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ALERTA

Problemas de saúde podem aumentar durante ondas de calor

Especialista informam que doenças respiratórias, intestinais, dermatológicas, virais e cardíacas ficam mais frequentes nessa época de tempo seco e quente

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Especialistas em saúde alertam que ondas de calor e tempo seco, que fazem parte da rotina campo-grandense nessa época do ano, aumentam os riscos de doenças respiratórias, intestinais, dermatológicas, virais e cardíacas na população.

A Superintendente de Vigilância em Saúde de Campo Grande, Veruska Lahdo, informa que “o calor intenso faz com que o corpo perca mais água e eletrólitos, o que pode levar a problemas como desidratação e, por consequência, a problemas cardíacos e intestinais. O estresse térmico pode causar sobrecarga no sistema cardiovascular e afetar a saúde respiratória, exacerbando condições preexistentes”.

Os casos de diarréia, vômito e dor de barriga têm lotado postos de saúde e emergências de hospitais na Capital.

Em nota enviada na última sexta-feira (30), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) relata que nas duas últimas semanas houve um aumento da média de atendimentos diários, passando de 2 mil para 4 mil pacientes adultos.

A Dra. Carolina Albuquerque, especialista em clínica médica da Unimed Campo Grande, informa que o aumento do número de casos de gastroenterites nessa época do ano ocorre principalmente devido ao contato direto entre as pessoas, que acabam compartilhando mais objetos pessoais e se aproximam mais dos outros.

Segundo o boletim técnico da Sesau, as causas de doenças gastrointestinais são diversas, podendo estar relacionadas a infecções virais, parasitárias ou bacterianas, que podem ser adquiridas pela ingestão de água ou alimentos contaminados, contato com objetos ou pessoas doentes sem as devidas medidas de higiene.

Esses fatores podem ser impulsionados pelo clima quente, como informa a nutricionista Ana Moura.“Quanto mais calor, maior a proliferação de microrganismos, como bactérias, vírus e parasitas, especialmente em alimentos e águas. Isso eleva o risco de infecções intestinais”, alerta a profissional da saúde.

CRISES CARDÍACAS

Entre os problemas de saúde que podem ser impactados pelo forte calor, estão as crises cardíacas. Veruska Lahdo relata que o calor intenso pode estar diretamente ligado a problemas na pressão arterial e coração.

Além disso, “pessoas com problemas cardíacos preexistentes podem enfrentar um maior risco de crises cardíacas em climas quentes”, pontua a superintendente.

A médica Carolina Albuquerque também acrescenta que o tempo quente e seco pode interferir no organismo de diversas maneiras, principalmente causando uma desidratação mais precoce.

“Os pacientes com doenças cardíacas são mais sensíveis a alteração do volume interno corporal. O que isso quer dizer? Que acabam desidratando com mais facilidade, então o calor e o tempo seco faz com que ocorra uma perda maior de água pelo nosso organismo, por isso é muito importante manter a hidratação”, alerta a médica.

Entre os hospitais que notaram um aumento de casos cardíacos nas últimas semanas, está a Santa Casa de Campo Grande. A médica Patrícia Berg, diretora técnica em exercício da unidade, apontou nas redes sociais que desde julho houve uma ampliação nos registros de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), que também tem impactado na superlotação do hospital.

OUTRAS DOENÇAS

Os problemas respiratórios também são mais comuns em períodos quentes e secos. Veruska Lahdo, da Sesau, relata que o ar seco e quente “pode irritar as vias respiratórias, exacerbando condições como asma e outras doenças pulmonares crônicas, e o calor pode aumentar a concentração de poluentes e alérgenos no ar, elevando o risco de infecções respiratórias”.

A médica Carolina Almeida acrescenta que as rinites, asmas, bronquites, ficam mais frequentes nessa época porque ocorre uma piora no quadro respiratório.

Devido ao calor e ao tempo seco, ocorre uma perda maior de líquidos no nosso organismo, o que piora outros quadros de saúde.

A conjuntivite, por exemplo, é impactada pelo calor e a secura, que irritam os olhos e aumentam a exposição a poluentes e alérgenos, o que facilita a ocorrência da conjuntivite, que é uma doença viral. A superintendente, Veruska Lahdo também pontua que a Síndrome do Olho Seco, que é a redução da umidade nos olhos, causando desconforto, coceira e vermelhidão, também ficam mais frequentes.

Os problemas dermatológicos também são mais comuns nessa época, devido a falta de umidade que pode causar ressecamento, rachaduras e descamação da pele. “A condição inflamatória da pele pode piorar em ambientes secos, levando a mais coceira e irritações, como eczemas, brotoejas, entre outras”, ressalta Lahdo.

ONDA DE CALOR

O tempo quente e seco vai continuar sendo uma realidade em Campo Grande e em bora parte do Estado. Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), novembro será de temperaturas acima da média e chuvas abaixo do esperado.

Uma onda de calor deve permanecer em boa parte de MS até o dia 19 deste mês, e as fumaças de incêndios florestais devem ficar mais forte na quinta-feira (5), em Campo Grande e parte do Estado, quando uma frente fria vai chegar, sem diminuir muito a temperatura, mas trazendo a fumaça da Amazônia, Bolívia, Paraguai, Cerrado, e em menor escala, do Pantanal.

Saiba

Alguns cuidados simples, como lavar as mãos sempre antes de comer e depois de ir ao banheiro; higienizar e armazenar os alimentos corretamente; beber água filtrada; ter cuidado ao consumir comida de rua; usar roupas leves e claras; evitar exposição solar e manter a casa arejada são aliados contra as doenças mais comuns no tempo seco e quente.

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TEMPO

Após longa estiagem, Campo Grande registra garoa e temperatura cai 4°C

Várias regiões registraram chuva fina e fraca, mas o suficiente para elevar umidade relativa do ar a 87%

15/09/2024 19h14

Garoa atingiu diversas regiões de Campo Grande

Garoa atingiu diversas regiões de Campo Grande Foto: Reprodução

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Após um longo período de estiagem e dias encoberta por fumaça de incêndios, a chuva deu as caras em Campo Grande, no fim da tarde deste domingo (15), mas em forma de garoa. As temperaturas, que já estavam amenas, também sofreram queda de quase 4°C.

Várias regiões da cidade registraram alguns pingos, que foram o suficiente para molhar o asfalto, mas não geraram grandes acumulados. 

Conforme alertou a meteorologia, mesmo fraca, na primeira chuva pode ocorrer o fenômeno chamado chuva preta, que é quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta e que pode ser prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana e animal. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

Além disso, Campo Grande registrou, na sexta-feira (13), o pior índice de qualidade do ar da história, segundo a estação de monitoramento da qualidade do ar da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (EMQAr-UFMS), com medição de 136µg/m³ (microgramas por metro cúbico) de partículas de poluição no ar, resultado da combinação da fumaça, altas temperaturas e baixa umidade.

No entanto, a garoa já melhorou um pouco as condições climáticas. Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade relativa do ar chegou a 87% no início da noite. Nos últimos dias, a Capital chegou a registrar 10% de umidade, índice considerado de emergência e prejudicial à saúde.

A temperatura máxima registrada no dia foi de 23,2°C e caiu para 19,3°C. A expectativa é que ainda caiam garoas durante parte da noite, mas sem grandes acumulados. Também ainda não há análises se a garoa terá impacto positivo na nuvem de fumaça.

Em Sidrolândia, cidade localizada a 70 km de Campo Grande, a precipitação foi maior, com 3,5 milímetros de chuva nas últimas quatro horas.

 

Chuva

A tão esperada chuva chegou e “abençoou” alguns municípios de Mato Grosso do Sul neste fim de semana.

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, neste domingo (15), choveu em Sete Quedas (25,4 mm), Mundo Novo (27,4 mm), Iguatemi (25,2 mm), Itaquiraí (31,8 mm), Amambaí (17,4 mm), Aral Moreira (15,4 mm), Laguna Carapã (28,6 mm), Juti (33 mm), Caarapó (23,4 mm), Ponta Porã (27 mm), Dourados (0,2 mm), Itaporã 19,6 mm), Bonito (18,2 mm), Porto Murtinho (0,4 mm), e Sidrolândia (2 mm).

No sábado (14), choveu em Sete Quedas (14,2 mm), Japorã (13,6 mm), Mundo Novo (11,6 mm), Paranhos (4,8 mm), Jardim (13 mm), Itaquiraí (1,4 mm), Maracaju (2,4 mm), Miranda (15,4 mm), Laguna Carapã (1,8 mm), Iguatemi (2,2 mm), Bonito (35,8 mm), Aral Moreira (3,4 mm), Aquidauana (3,8 mm), Maracaju (1,8 mm), Porto Murtinho (1,6 mm), Corumbá (8,4 mm) e Ponta Porã (4,2 mm).

Eldorado, município localizado a 445 quilômetros da Capital, chegou a registrar a chuva preta no sábado (14).

 

RODOVIA DA MORTE

Colisão de carro e caminhonte em meio à chuva mata dois na BR-163

Acidente aconteceu no final da tarde deste domingo (15), entre as cidades de Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante

15/09/2024 19h04

Tráfego chegou a ser totalmente interrompido, mas depois seguiu em meia pista durante pelo menos três horas neste domingo

Tráfego chegou a ser totalmente interrompido, mas depois seguiu em meia pista durante pelo menos três horas neste domingo

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Duas pessoas morreram em um acidente na altura do quilômetro 353 da BR-163, entre as cidades de Nova Alvorada do Sul e Rio Brilante, na tarde deste domingo. Chovia na região no momento do acidente, que ocorreu por volta das 17 horas.

Conforme informações do site Alvorada Informa, as mortes ocorreram em decorrência da colisão entre uma caminhonete e um carro de passeio. Conforme as informações iniciais, as duas pessoas que morreram estavam no carro de passeio. Dois ocupantes da caminhonete também teriam sofrido ferimentos, mas até o começo da noite não havia detalhes sobre a gravidade. 

Não existe confirmação de que a chuva tenha tido relação com o acidente, mas a suspeita dos socorristas é de que um dos concutores tenha perdido o controle da direção e invadido a pista contrária em decorrência da água na pista.

Conforme as informações iniciais, as vítimas seriam de São Paulo, mas até por volta das 19 horas suas identidades não haviam sido divulgadas. .

Fontes no local informaram que um dos veículos envolvidos no acidente transportava grandes de bebidas alcoólicas, mas não há informação se existe se estas bebidas têm alguma conexão com a tragédia. 

A rodovia chegou a ficar temporariamente interditada, mas foi liberada em sistema de pare e siga. E, conforme o site da CCR MS, até 19:15 ainda estava em sistema de pare e siga.

 

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