Cidades

CAMPO GRANDE

Procon autua estacionamento do Shopping Campo Grande

Falta de valor proporcional à permanência é uma das irregularidades

RAFAEL RIBEIRO

08/10/2019 - 10h17
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O Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) de Mato Grosso do Sul autuou a empresa responsável pelo estacionamento do Shopping Campo Grande após atestar durante fiscalização elementos que caracteriza como "má prestação de serviço." Segundo a autarquia estadual, de responsabilidade da gestão Reinaldo Azambuja (PSDB), entre as irregularidades está a não permissão de pagamento pelo serviço por tempo proporcional de uso.

Atualmente, a Campo Grande Parking, empresa que administra o espaço, cobra o valor de R$ 8 por um tempo de três horas de estacionamento. Cada período de 60 minutos adicionais tem valor de R$ 1. As informações constam no sítio oficial do shopping.

Segundo o Procon, a existência de uma tabela fixa de horários e preços pode ser caracterizada como uma irregularidade

Além disso, a autarquia destaca também como irregularidades o fato das máquinas para pagamento automático do serviço não aceitarem notas de alto valor, como de R$ 100, além da falta de funcionários para auxiliar na solução de problemas dos usuários com o equipamento.

"Foi constatada a presença de apenas uma  auxiliar, em um dos quatro pontos de saída, com revezamento ou seja, uma pessoa atende das 10h às 16h e outra das 16h às 22h, com isso prejudicando as pessoas que se dirigem aos cinemas cujo funcionamento, via de regra, passa das 22 horas. Para dificultar, ainda mais, existe equipamentos com defeito obrigando o consumidor a se dirigir a outro local para deixar as dependências do estacionamento", diz texto enviado pelo Procon.

A nota da autarquia também diz que o que determina a Lei Estadual 3.530/2008, dando a entender desconhecimento a respeito a necessidade  de liberar tal informação aos  consumidores que poderiam se beneficiar dela. Além disso, funcionários da empresa responsável pelos serviços procuraram  impor obstáculos ao trabalho da  fiscalização.

"De todas as maneiras tentaram, de todas as maneiras, impedir acesso à sala de administração que se encontrava fechada se negando a indicar pessoa que pudesse se responsabilizar pelo atendimento, o que só ocorreu depois da  fiscais esperarem por mais de 30 minutos e afirmarem que solicitariam a  presença de integrantes da Delegacia  de Defesa do Consumidor", aponta.

Em nota ao Correio do Estado, o Shopping Campo Grande, por meio de sua assessoria, informou que "buscar novas melhorias para atender os clientes com conforto, qualidade e segurança é um de seus compromissos."

Por meio de nota, o centro comercial disse que "a fila para atendimento prioritário será adaptada e as máquinas serão configuradas para aceitar notas de R$ 100. Além disso, será avaliada a possibilidade de uma nova escala de trabalho para os atendentes, com o objetivo de prestar o melhor atendimento possível para quem frequenta o local."

*Matéria editada às 11h14 para acréscimo do posicionamento do Shopping Campo Grande

TRIBUTAÇÃO

Morador de Campo Grande é o que mais gasta com iluminação pública no Brasil

Arrecadação bruta da Cosip da Capital se aproximou de R$ 200 milhões em 2024, três vezes maior que a de Porto Alegre

22/12/2025 09h00

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante Súzan Benites/Correio do Estado

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Entre as grandes cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, Campo Grande é o lugar onde moradores mais gastam com a Contribuição Social para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip).

Proporcionalmente, a capital do estado de Mato Grosso do Sul está entre as que mais arrecadam no Brasil e tem uma receita anual com a taxa, cobrada de maneira casada com a conta de luz, maior que a do município de Curitiba (PR), que tem o dobro da sua população.

Levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) indica que, em todo o ano de 2024, a capital de Mato Grosso do Sul teve uma receita bruta de R$ 196,8 milhões com a Cosip. O custo per capita para os moradores da cidade é de R$ 206,24 – o maior do Brasil.

Na capital paranaense, que tem 1,83 milhão de habitantes, praticamente o dobro dos 960 mil habitantes de Campo Grande, foram arrecadados R$ 154,1 milhões em 2024, resultando em uma Cosip per capita de R$ 84,27.

Foi o suposto mau uso desta verba de centenas de milhões de reais que levou o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) a desencadear, na sexta-feira, a Operação Apagar das Luzes, que investiga um esquema de corrupção em contratos de iluminação pública da Prefeitura de Campo Grande.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em um caso que indica a ocorrência de reiteradas fraudes na licitação, além de contratos firmados para a execução de serviço de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande, já tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões. As empresas envolvidas na operação seriam a Construtora B&C Ltda. e a Construtora JLC Ltda.

A JLC, por exemplo, é a empresa contratada pelo Município para promover a decoração natalina de Campo Grande, por R$ 1,7 milhão. Neste ano, apesar do valor, a decoração se restringiu apenas à área central da cidade.

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

ALTA ARRECADAÇÃO

Os números do levantamento da FNP mostram que na Região Centro-Oeste a arrecadação com a Cosip destoa de outras capitais. Os R$ 196 milhões arrecadados pela Prefeitura de Campo Grande em 2024, que correspondem a 3,6% de sua receita corrente líquida, são mais que o dobro do valor arrecadado em Goiânia.

Na capital de Goiás o município recolheu R$ 98,4 milhões na cobrança casada com a conta de luz. Goiânia, contudo, tem 1,4 milhão de habitantes, o que corresponde a uma Cosip per capita de R$ 65,87, quase um terço dos R$ 206,24 de Campo Grande.

No Centro-Oeste, a segunda e terceira maiores contribuições de iluminação pública estão em Cuiabá (R$ 142,45 per capita) e Dourados (R$ 142,04).

No Brasil, nenhuma cidade com mais de 200 mil habitantes tem uma Cosip per capita superior à de Campo Grande.

CONTRATOS

Como mostrou reportagem do Correio do Estado, dados do site da Transparência da Prefeitura de Campo Grande trazem que a iluminação pública da Capital é dividida em sete contratos independentes, para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A Construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que, somados, estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a Construtora JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21.

Avaliado em R$ 4.300.411,70, o Lote 6 ficou sob responsabilidade da MR Construtora. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, essa empresa também estaria sendo investigada por estar envolvida nos contratos.

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CAMPO GRANDE

Cavalos invadem avenida e são recolhidos no Terminal Guaicurus

Manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais

22/12/2025 08h45

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos. Reprodução

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Uma cena inusitada chamou atenção, na madrugada desta segunda-feira (22), em Campo Grande: seis cavalos foram recolhidos para dentro do Terminal Guaicurus após serem flagrados perambulando pela região.

Conforme apurado pela reportagem, a manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais.

Em seguida, o Corpo de Bombeiros (CBMMS) flagrou a tropa andando pela pista e resolveu recolhê-los para dentro do Terminal Guaicurus, com o objetivo de mantê-los em segurança e resguardar a vida da população.

A manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Os bombeiros acionaram o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas, o órgão não possui plantão noturno. Também acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA), mas, de acordo com a PMA, só é possível atender animais silvestres.

Logo em seguida, o dono dos animais foi localizado. Ele afirmou aos bombeiros que a porteira ficou aberta e por isso os animais fugira. Com isso, os militares conduziram o animal até o local de origem.

 

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