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Professor de MS vai ganhar salário de quase R$ 12 mil, o triplo do piso nacional

Piso subirá 14,95%; Estado dispara como melhor para 40 horas semanais em comparação a outras unidades da Federação

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Alteração em projeto de lei encaminhada pelo governo do Estado para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) reajusta em 14,95% o salário dos professores da Rede Estadual de Ensino (REE), que hoje é de R$ 10.383,18. Com isso, os docentes concursados de MS passarão a ter um salário-base de R$ 11.935,46, valor que é quase três vezes maior que o piso nacional da categoria, que foi instituído em R$ 4.420,55 este ano pelo governo federal.

Com o aumento, que ainda precisa ser aprovado pela Casa de Leis para entrar em vigor, 
o Estado se distancia ainda mais das outras unidades federativas e se consolida como o que oferece o melhor salário da categoria.

Para se ter uma ideia, entre os 27 estados, o Pará tem o segundo melhor salário para os professores da Educação Básica, pagando R$ 8 mil, valor 33% menor que o sul-mato-grossense. Já Mato Grosso 
(R$ 6.699,42), Distrito Federal (R$ 6,5 mil) e Rio Grande do Norte (R$ 6.188,77) fecham o top cinco dos estados com maior valorização da categoria, de acordo com levantamento da reportagem.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira, ressalta que essa valorização acontece desde que o Estado aplicou o piso nacional que era de 40 horas para 20 horas, fazendo com que a remuneração dos servidores da categoria dobrasse em relação ao salário-base.

Essa medida foi estabelecida pelo então governador André Puccinelli (MDB), em 2014, mas tinha validade para ser paga a partir de 2015, já na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).

"Desde que o piso de 40 horas passou a ser contado para 20 horas, nós temos o melhor salário para os docentes efetivos de carreira e os aposentados", salienta Teixeira.Atualmente, isso significa que esse salário-base é pago para 20.146 servidores, incluindo 13.082 aposentados e 7 mil em atividade.

Com o aumento do salário-base, evolui também o pagamento dos servidores de carreira e dos profissionais com especialização, mestrado e doutorado. Na ponta de cima da pirâmide salarial, o teto da categoria em Mato Grosso do Sul vai para R$ 26.833,24, isso caso o projeto de lei seja aprovado pela Alems. O texto foi entregue nesta quarta-feira pela secretária de Estado de Administração, Ana Nardes. Segundo ela, o reajuste proposto vai ter um impacto financeiro de R$ 36,1 milhões por mês o equivalente a R$ 481,3 milhões por ano nas contas do governo do Estado.

O projeto de lei referente ao reajuste foi encaminhado em regime de urgência à Assembleia Legislativa, a fim de ser pago retroativo ao dia 1º de outubro, já na folha de pagamento de novembro.

Esse aumento, entretanto, não contempla os 12.683 professores contratados que atuam na rede estadual. Para essa parcela da Educação Básica, o governo já havia concedido um reajuste em maio deste ano, de 5%.

Agora, esses profissionais serão contemplados com mais 10%, via decreto. "Em janeiro de 2024, os professores contratados devem passar a receber 60% do salário dos concursados", afirma Teixeira.

RANKING

Com Mato Grosso do Sul na liderança dos estados que remuneram melhor os professores da rede pública, também há as unidades federativas em que os docentes ainda nem sequer recebem o piso nacional.
Conforme levantamento feito pelo Correio do Estado, dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, apenas três não cumprem a lei do piso.

O estado com a menor remuneração da categoria é o Acre, onde os professores da rede estadual recebem R$ 3.315,41. 

O Amapá é o segundo pior, com R$ 3.921,26, enquanto Minas Gerais paga cerca de R$ 4.420,36 para 40 horas semanais (o valor é uma média referente ao piso de R$ 2.652,22 estabelecido para 24 horas).

CAMPO GRANDE

A capital de MS também anunciou esta semana um reajuste salarial para a categoria. A prefeita Adriane Lopes assinou na quarta-feira o decreto sobre o piso nacional para o magistério campo-grandense.

A proposta havia sido aprovada um dia antes pelos vereadores da Câmara Municipal, tratando da repactuação do valor do piso nacional do magistério por 20 horas. Com a sanção, será efetivado o repasse de 14,95%, sendo 5% neste mês, 5% em janeiro de 2024 e 4,95% em maio do ano que vem.

Cerca de 8 mil professores da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande (Reme) serão contemplados com reajuste de 5% no próximo mês. Também fica previsto que, em setembro de 2024, haverá a reposição de 30% da correção anual do piso e em dezembro, outros 70%.

A lei prevê ainda definições que vão além da gestão da atual prefeita, autorizando a repactuação do reajuste salarial dos professores da Reme entre os anos de 2025 e 2028.

Com relação a isso, ficam previstos reajustes de 12%, 14%, 15,79% e 10,39% nos meses de setembro de cada ano, além da reposição de 100% da correção anual do piso nos meses de maio. (Colaboraram Ana Karla Flores, Judson Marinho e Valesca Consolaro)

SAIBA

Pelas projeções da secretária de Estado de Administração, Ana Nardes, o reajuste proposto vai ter um impacto mensal de R$ 36,1 milhões, o equivalente a R$ 481,3 milhões por ano.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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