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EDUCAÇÃO

Uso de celulares nas Escolas em MS: Professores opinam sobre a proibição do aparelho

Apesar da maioria ser favorável a proibição de celulares em sala da aula, professores temem que a medida afete o planejamento do uso didático de tecnologias

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Nova lei que proíbe o uso de celulares nas escolas da rede pública e particular veio para mudar o hábito dos alunos em todo o pais. Professores do Mato Grosso do Sul opinam sobre os pontos positivos e negativos desta legislação, que tem como objetivo, minimizar as distrações dos estudantes, garantindo assim um ambiente mais disciplinado e focado no aprendizado.

Apesar da lei entrar em vigor neste inicio de ano, algumas escolas já adotavam regras internas parecidas com o que foi proposto nacionalmente. É o caso do Colégio Refferencial de Campo Grande, que disponibiliza prateleiras no patio da escola para os alunos guardarem os celulares antes de começar as aulas.

Para o Correio do Estado, o professor de Biologia Edilson Soares da Silveira, que trabalha no Colégio Refferencial, informou que o método vem sendo benéfico para os alunos. "Os alunos ficam mais concentrados e menos dispersos. A percepção de melhora é nítida, o foco é total e as notas aumentaram significativamente", disse o professor.

 Edilson é a favor da proibição do uso de celulares na sala de aula, porém a proibição de acesso até no período dos intervalos, para o professor, não haveria necessidade dentro do que a lei propõe.

"No Colégio Refferencial os alunos são liberados para pegar o celular nos intervalos, até para comunicação com os pais, ou alguma informação com a família. Eu acredito que proibir radicalmente, não é uma boa, porque acaba gerando mais problemas", acrescentou. 

TECNOLOGIA EM SALA DE AULA

O uso do celular em sala de aula como equipamento didático não foi proibido pela nova lei, porém professores temem que a utilização de técnologias em sala de aula como uma forma de auxilio ao aprendizado seja desencorajado ou diminua com esta mudança.

Esta é a visão do professor de física Suintila Valiños Pedreira, que dá aula em Escola pública em Campo Grande, o professor é um dos pioneiros em utilizar o celular como uma ferramenta de estudo dentro da sala de aula, usando o aparelho didaticamente com os alunos desde 2007.

Em entrevista para o Correio do Estado, o professor falou o porque é contrário a proibição do uso de celulares nas escolas.

"Com esta proibição, temos que fazer agora um planejamento em conjunto mais detalhado de como vamos utilizar o celular nas aulas, e ainda temos que convencer outros professores e a coordenação de que é possível dar aula com o uso do celular. O que tínhamos que fazer é repensar como utilizar o celular na sala de aula, e não proibir", declarou Suintila.

O professor ainda informou que suas aulas normalmente havia o estimulo para o aluno realizar consultas e pesquisas na internet de temas ensinados em sala de aula, além de enviar para os estudantes materiais didáticos através de mensagens no celular.

"Eu acredito que com essa mudança nós vamos voltar a ser professores tradicionais, vamos voltar para o século XVI. Esse vai ser o maior impacto para alguns professores, ter que se adaptar a essa realidade pré-histórica", disse. 

A LEI NA PRATICA

De acordo com o texto da lei os alunos devem manter os dispositivos celulares desligados durante o período de aulas escolares.

É proibido também o uso do celular durante intervalos de aula e atividades extracurriculares. Na rede de educação municipal de Campo Grande alunos a partir do 5º ano serão orientados a deixarem o celular em casa ou dentro da mochila. 

O uso dos celulares será permitido apenas em situações pedagógicas ou didáticas, desde que orientado pelos professores.

Também será permitido especificamente para estudantes que necessitam de recursos tecnológicos devido a condições especiais.

Cidades

Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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