Cidades

INVESTIGAÇÃO

Provas periciais de acidente aéreo de Luciano Huck inocentam piloto

Falha mecânica pode ter sido a causa da queda de avião que transportava o apresentador e sua família, em 2015

Continue lendo...

Seis anos após o acidente aéreo sofrido pelo apresentador Luciano Huck e sua família em Mato Grosso do Sul, o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), responsável pelas investigações, finalizou a fase de exames periciais do caso.

A partir da análise das provas, foi concluído que a pane na aeronave se deu pela instalação invertida de um capacitor do tanque de combustível. Com o problema de instalação, o painel do avião indicou que ainda havia uma quantidade de combustível no tanque, quando, na verdade, não tinha.

Últimas Notícias

A delegada Ana Cláudia Medina, que conduz o caso, informou que para chegar ao resultado foram realizados alguns exames de maneira indireta após o recolhimento de denúncias, em 2017. Desta forma, o piloto da aeronave, Osmar Frattini, não pode ser responsabilizado pela falha ou queda.

“Nós fizemos uma reprodução simulada dos fatos, utilizando uma aeronave de mesmo modelo e ano. Os capacitores foram invertidos em solo, por nossa equipe especializada, para verificar qual era a leitura que se daria no instrumento, assim como foi no dia do ocorrido. Nós constatamos que dava combustível na aeronave mesmo sem ter, ou seja, indicava mais [combustível] quando se invertiam esses capacitores”, afirmou Medina.

Junto à chamada “reprodução simulada”, a Dracco também se encarregou de buscar laudos e fotos da época, marcas que porventura haviam no bimotor dentro do que poderia ser original ou não, e fez entrevistas com pilotos e mecânicos.

Procurado pelo Correio do Estado, o advogado do piloto, Wagner Leão, disse que Osmar ressaltou que só aceitaria se manifestar sobre o assunto mediante pagamento: “Vamos criar uma forma de cobrar desses jornais, porque eu estou quebrado, sem grana. Meu carro quebrou, estão lá R$ 3.000 para pagar. O meu problema é financeiro, então, vamos cobrar uma taxa para cada reportagem dessa aí”, explicou o advogado. 

Questionado, Wagner repassou que a taxa solicitada pelo seu cliente é de R$ 7 mil por entrevista.  

A partir de agora, de acordo com a delegada, será iniciada a fase de responsabilização das pessoas que tiveram acesso à manutenção irregular do avião, para que aqueles que tiveram ligação com o fato sejam indiciados.

Sobre os investigados, a delegada respondeu que podem ser incluídos “gerentes operacionais, proprietários da empresa e todos que tiveram ligação direta com o fato”. Também serão investigados os profissionais que promoveram a manutenção, invertendo o capacitor, e quem assinou e realizou o serviço.

Segundo a delegada, podem ser caracterizados com base no acidente os crimes de atentado à segurança de voo, lesão corporal por dolo eventual, já que tinham servidores não habilitados realizando a manutenção da aeronave, e fraude processual, pelo serviço de manutenção ter sido lançado por uma pessoa e realizado por outra, sem supervisão. 

“Também tem de ser verificada a questão do pagamento que foi feito para a empresa, isso é uma questão fiscal”, completou. O bimotor foi contratado da MS Táxi Aéreo, e, como mostram as investigações, o pagamento do serviço foi montado pelo gerente da empresa.

Conforme informou a Dracco, a família Huck foi contatada sobre as atualizações periciais, mas ainda não respondeu.

Acidente

O casal de apresentadores Angélica e Luciano Huck sofreu um acidente aéreo em 24 de maio de 2015, nos arredores de Campo Grande, após o avião em que eles estavam sofrer uma pane.

Ao todo, a aeronave era tribulada por nove passageiros. Além do casal, também estavam presentes os filhos dos apresentadores, Joaquim, Benício e Eva, as duas babás, Marcileia Eunice Garcia e Francisca Clarice Canelo Mesquita, o piloto, Osmar Frattini, e o copiloto, José Flávio de Sousa Zanatto.

A família teria vindo a Mato Grosso do Sul para acompanhar Angélica na gravação de uma temporada especial do programa “Estrelas”, conduzido por ela na época, sobre o Pantanal.

Já na volta para casa, o avião modelo Embraer 820C decolou da Estância Caiman, em Miranda (MS), em direção ao Aeroporto Internacional de Campo Grande, mas precisou fazer um pouso de emergência e acabou caindo em uma fazenda na região de Rochedo, próximo à Capital.

Após a queda, os passageiros foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande, apenas com escoriações.

Erro Detectado

A descoberta de que a queda do avião foi ocasionada por problemas em sua asa esquerda foi do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica que apura acidentes aéreos no País.

O relatório do órgão militar evidenciou que uma pane seca foi a causa do acidente. “Após 35 minutos de voo, a aproximadamente 43 milhas náuticas do destino, no início da descida, ocorreu o apagamento do motor esquerdo. Em função da incapacidade de manter a altitude, a tripulação realizou o pouso forçado na fazenda”, ressaltou o relatório.

No anúncio, o Cenipa também apontou falhas em relação à manutenção da aeronave, dizendo que “apesar de o manual de serviços MS-NE-821/003, Rev. 09 de 22 de fevereiro de 2007, prescrever que os sensores de combustível deveriam ser inspecionados quanto ao estado geral e à segurança nas inspeções de 500 e 100 horas, nenhuma escrituração relativa ao sistema de combustível foi encontrada nas cadernetas de manutenção”.

Assim como repassou a delegada Medina, o órgão constatou a falta de preparação da equipe que conduzia o avião. “A rotina operacional da tripulação não era supervisionada pela empresa, cabendo à tripulação o planejamento dos voos. A própria tripulação planejava os voos de acordo com o destino e o tipo de missão. A responsabilidade e a autonomia eram dadas ao comandante para decidir sobre a realização ou não de voos, sendo o mesmo responsável por analisar e julgar as condições para tal”, concluiu o texto. 

Assine Correio do Estado

Caso das Bets

Caso das apostas: advogados competem pela defesa de Gusttavo Lima

A defesa do cantor desautorizou o escritório do advogado Nelson Wilians a tratar em favor do artista no processo da Operação Integration.

24/09/2024 21h00

Justiça mandou prender Gusttavo Lima

Justiça mandou prender Gusttavo Lima Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A defesa do cantor Gusttavo Lima desautorizou o escritório do advogado Nelson Wilians a tratar em favor do artista no processo da Operação Integration, que investiga uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

Nesta segunda (23), o criminalista Nelson Wilians apresentou um pedido ao TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) para que o habeas corpus que soltou a influenciadora Deolane Bezerra fosse estendido a Gusttavo Lima.

Horas após a petição, os advogados Claudio Bessas, Matteus Macedo e Delmiro Campos, que representam o cantor no processo, solicitaram à Justiça que o pedido fosse desconsiderado, afirmando que Willians não está constituído oficialmente como advogado do sertanejo.

No ofício, eles pedem "integral desconsideração da petição" assinada pelos advogados Nelson Wilians, Santiago Schunck, Guilherme Romão e Rafaela Pereira, alegando que nenhum deles integra oficialmente a defesa do cantor.

"(...) tampouco possuem qualquer instrumento procuratório ou substabelecimento que lhes outorguem poderes para representar Gusttavo Lima, de forma que a petição por eles aviada desrespeita os signatários --estes sim profissionais de confiança efetivamente constituídos pelo peticionário", completa a defesa do sertanejo, no documento.

Nelson Wilians afirma, por sua vez, que ingressou na causa a pedido do próprio cantor.
O advogado disse que "recebeu uma chamada de vídeo de Gusttavo Lima por volta das 23 horas da segunda-feira, em conjunto com a equipe que trabalha no caso, ocasião em que o cantor ratificou oralmente os poderes conferidos para a busca de sua liberdade, em especial para o pedido de extensão da decisão do TJ-PE que revogou a prisão de todos os demais investigados".

Os advogados de José André Neto, dono da casa de apostas VaideBet, e de sua esposa e sócia, Aislla Rocha, alvos da operação, também solicitaram à Justiça de Pernambuco que uma petição de Wilians fosse desconsiderada.

O pedido se referia a uma tentativa de reverter a prisão do casal. No entanto, um habeas corpus que concedeu liberdade a todos investigados do caso foi proferido na noite de segunda-feira beneficiando Neto e a esposa.

Wilians teria entrado na defesa dos donos da VaideBet depois da conversa que teve com Gusttavo Lima na semana passada. A ligação ocorreu antes de a prisão do cantor ser decretada pela Justiça de Pernambuco.

Na tarde desta terça-feira (24), a ordem de prisão do cantor foi revogada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do TJ-PE.

A ordem havia sido definida pela juíza Andrea Calado da Cruz, também do TJ-PE, no âmbito da Operação Integration, que envolve ainda a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, presa no início de setembro e solta nesta terça.

A defesa de Gusttavo Lima disse nesta segunda-feira que a ordem de prisão era injusta, que o cantor é inocente e que tomaria as medidas cabíveis.
 

*Informações da Folhapress 

2º FEMINICÍDIO DO DIA

Mulher que estava desaparecida é encontrada morta e marido confessa crime

Ela foi assassinada a facadas e corpo foi jogado em um canavial; Marido tentou se matar após o crime, mas sobreviveu e foi preso

24/09/2024 18h44

Mariana foi morta a facadas pelo marido e o corpo foi deixado em um canavial

Mariana foi morta a facadas pelo marido e o corpo foi deixado em um canavial Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Mariana Agostinho Defensor, 32 anos, que estava desaparecida desde domingo (22), foi encontrada morta a facadas no fim da tarde desta terça-feira (24), em Ivinhema. O marido,identificado pelas iniciais J.P.S, também de 32 anos, confessou o crime.

Conforme noticiou o Correio do Estado, o caso ganhou ar de mistério após o marido ser encontrado desacordado ao lado do carro do casal, com uma faca suja de sangue e o celular da vítima com resquícios de barro. A mulher foi dada como desaparecida.

A filha do casal já havia sido ouvida pela manhã e informou que ouviu seu pai dizer que levaria a mãe para a mata.

De acordo com informações do delegado Gustavo Oliveira dos Santos, titular da Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, diligências foram feitas e Mariana foi encontrada sem vida. Ela foi morta a facadas e o corpo foi jogado em um canavial.

Após o crime, o marido tentou se matar enforcado na porta do carro, mas sobreviveu. Ele foi interrogado, confessou o crime e foi preso.

Informações sobre a dinâmica do crime, motivações e detalhes serão repassadas apenas nesta quarta-feira (25), segundo o delegado.

2º feminicídio no dia

Mariana foi a segunda vítima de feminicídio em menos de 24 horas em Mato Grosso do Sul e a 22ª do ano no Estado.

Na noite de segunda-feira (23), Marlene Salete Mees, de 54 anos, foi morta a facadas pelo marido, Jair da Conceição, 51 anos, no bairro Fração da Chácara, em Amambai, na presença dos filhos de 9, 10 e 11 anos.

Segundo informações, a filha mais velha do casal acionou a Polícia Militar. Ao chegarem na residência, os policiais ouviram gritos de socorro da vítima através da porta do quarto, que estava trancada.

A porta foi arrombada e a vítima estava em cima da cama, ainda com vida, mas com nove ferimentos provocados por facadas.

O homem estava encostado na parede, segurando a faca contra o pescoço e ameaçando se matar, além de impedir a entrada de bombeiros para prestação de socorro à vítima.

Como a mulher estava em situação grave, policiais atiraram com bala de borracha na mão do suspeito. Ele foi desarmado, imobilizado e encaminhado ao Hospital Regional, onde está internado com escolta policial.

O Corpo de Bombeiros conseguiu entrar na casa, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).