Cidades

TOCAM O TERROR

Quatis alimentados por moradores atacam animais domésticos

Animais silvestres transmitem doenças, mas órgãos de controle não se responsabilizam em registrar os ataques

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Invasores inusitados estão causando problemas para a vizinhança tranquila do Bairro Taveirópolis, em Campo Grande. Buscando abrigo e alimento nas casas da região, quatis se instalaram nas árvores próximas a residências do bairro. Os principais alvos do bando são os animais domésticos, principalmente os cães, que estão sendo atacados com mordidas e arranhões. 

Ontem de manhã (21) dois cães de casas vizinhas sofreram ferimentos causados por um dos quatis que fixou residência em uma árvore de tamarindo no quintal de Hélio Alexandro, 61 anos. Ele é o dono da vira-lata Nega, que foi atacada.

Segundo o tapeceiro, o animal silvestre chegou ao local há aproximadamente duas semanas e, a princípio, não demonstrou agressividade. “Fiquei com dó dele [quati] e coloquei ração em cima do telhado para ele comer. Hoje foi a primeira vez que ele atacou as duas cachorras que tenho aqui e chegou a machucar a Nega. Antes, só tinha se arrepiado e mostrado os dentes quando os cachorros latiam”, relata.

Boxer foi aracado por quatis (Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado)

Segundo Hélio, além das agressões, o pequeno invasor rouba alimentos e urina nos móveis do local. Mas o medo principal da família é a possibilidade de transmissão da raiva, já que o quati é considerado um vetor da doença. 

Ao longo das duas últimas semanas, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Ambiental (PMA) foram procurados para realizar o resgate mas, de acordo com os moradores, informaram que não havia equipes disponíveis para a tarefa. Como solução, na manhã de hoje, o tapeceiro trabalhava na construção de uma armadilha improvisada para tentar capturar o morador indesejado e soltar em um lugar adequado.

Outra vítima da agressão foi o cão do técnico de segurança do trabalho Kenny Roger, 30 anos. Ontem o morador foi acordado pelo barulho da briga entre os dois animais. “Entrei no meio para separar os dois. Fiquei com medo de coisa pior acontecer, mas na hora nem pensei. A gente também não quer mal para o quati, ficamos em um impasse”, afirma. 
O boxer de seis anos, chamado Javali, sofreu ferimentos por todo o corpo. Um dos arranhões e mordidas atingiu região próxima da artéria carótida que, caso rompida, poderia levar o cão à morte. Segundo os donos do animal, o cachorro precisará ficar internado para se recuperar.

Roger afirma ter procurado o Corpo de Bombeiros, que informou não poder realizar o resgate. “Ligamos para o resgate, para o Corpo de Bombeiros, e informaram que não tem como buscar, que poderiam fornecer a gaiola”, relata Kenny.
O problema com quatis no Bairro Taveirópolis é antigo. Clínicas veterinárias da região foram consultadas pela reportagem e informaram que casos de ataques são recorrentes. 

SILVESTRES

Os quatis são mamíferos de pequeno porte considerados comuns em Mato Grosso do Sul, podendo ser encontrados em quase todo o território nacional. Com hábitos diurnos, buscam abrigo em árvores durante a noite ou em períodos de descanso.

O desmatamento e a falta de espaços verdes para a espécie causa sua presença em ambientes urbanos, principalmente dos machos da espécie, que costumam viver separados do restante do bando, formado por fêmeas, jovens e filhotes. 

A veterinária e professora de clínica de animais silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Thyara Deco, explica que quatis são animais que normalmente não apresentam comportamento agressivo.

“Eles agridem quando se sentem acuados, como pelos latidos dos cães. O problema é quando o limite deles é ultrapassado”. Ainda segundo a professora, não é recomendado alimentar os animais, o que pode ocasionar alterações alimentares e comportamentos invasivos.

De acordo com o tenente-coronel da Polícia Militar Ambiental, Edmilson Queiroz, casos como os relatados não são o foco da organização, que trabalha principalmente com crimes ambientais. O problema é conhecido pela PMA, que já recebeu outras denúncias sobre os animais na região. Segundo o tenente, a responsabilidade é da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

“Trata-se de um erro de manejo. A PMA vai continuar atendendo às chamadas quando houver disponibilidade de equipe, mas não é a nossa área de atuação”, afirmou. Os ataques de quatis acontecem em caso de disputa por comida, proteção de filhotes ou em situação de ameaça. “As pessoas precisam aprender a não alimentar e manter os cachorros presos. É necessário aprender a conviver”, conclui. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) informou que as ocorrências que envolvam animais silvestres devem ser atendidas pela PMA. O CZZ atua apenas no atendimento de casos envolvendo animais domésticos e da fauna urbana. 

Economia

Procon de Campo Grande atendeu mais de 2,3 mil consumidores em 2025

Durante o ano, o órgão realizou 822 audiências de conciliação e 486 ações fiscalizatórias através de denúncias no canal 156

21/12/2025 16h30

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital FOTO: Valdenir Rezende/Arquivo Correio do Estado

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Ao longo de 2025, 2.306 consumidores precisaram acionar o Procon Municipal de Campo Grande para receber desde orientações técnicas até formalização de reclamações. 

O balanço divulgado pelo órgão, ligado à Secretaria de Assistência Social (SAS) apontou que, destes atendimentos, 242 casos foram solucionados diretamente pelas notificações, sem a necessidade de abertura de um processo administrativo. Ao todo, foram realizadas 822 audiências de conciliação.

Através do canal 156, foram recebidas denúncias que resultaram em fiscalizações diretas e 486 ações fiscalizatórias. 

Além disso, foram fiscalizados supermercados, postos de gasolina, distribuidoras de combustível, lojas de suplementos, agências bancárias, óticas, pet shops e todos os shoppings da Capital. 

O superintendente do Procon Municipal, José Costa Neto, destacou que a gestão 2025 focou em equilibrar a fiscalização rigorosa e o empoderamento do consumidor. 

“O balanço de 2025 reflete um Procon cada vez mais presente no dia a dia de Campo Grande. Superamos a marca de 2.300 atendimentos priorizando a agilidade; resolver 242 casos apenas com notificações mostra que as empresas estão mais atentas ao peso do órgão. Mas o nosso maior legado este ano foi a prevenção. Quando monitoramos preços por quatro semanas antes da Black Friday ou levamos palestras de educação financeira aos bairros, estamos dando ao consumidor a ferramenta mais poderosa que existe: a informação. Nossa fiscalização, que percorreu desde os postos de combustível até todos os shoppings da capital, garante que as regras sejam cumpridas, mas é a educação do consumidor que transforma o mercado a longo prazo.”

Ações de fiscalização

O Procon intensificou o monitoramento em estabelecimentos de Campo Grande em datas estratégicas, marcadas por grande movimento. 

Na Black Friday, o órgão acompanhou o comportamento dos preços de 29 produtos em grandes lojas do Centro durante quatro semanas. 

Durante o dia das mães, as ações do Procon orientaram 462 consumidores. No Dia dos Pais, o foco foi no setor de serviços, resultando em visitas técnicas em 12 barbearias por toda a cidade. 

Educação Financeira

O setor de Projetos e Pesquisas do Procon levou 6 palestras orientativas por toda a Campo Grande, com temas cruciais como Educação Financeira e Prevenção de Golpes. 

No total, aproximadamente 500 consumidores participaram das palestras, fortalecendo a cultura do consumo consciente e seguro. 

MATO GROSSO DO SUL

Blitz na MS-164 apreende mais de 150 canetas emagrecedoras dentro de veículo

Mercadorias de origem estrangeira estavam sem comprovação legal de importação

21/12/2025 16h00

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria Divulgação

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Uma fiscalização de rotina da Polícia Militar Rodoviária (PMR) resultou na apreensão de uma grande carga de produtos de origem estrangeira transportados de forma irregular, na tarde deste sábado (20), em Ponta Porã, região de fronteira com o Paraguai.

De acordo com o portal Dourados News, a ação ocorreu por volta das 12h45, durante uma blitz realizada pela equipe da Base Operacional de Aquidabã, na rodovia MS-164, no km 105, em frente à unidade policial. Durante a abordagem a um veículo de passeio, os policiais encontraram diversos itens sem comprovação legal de importação.

Entre os produtos apreendidos estavam mercadorias dos ramos de perfumaria, farmácia, informática e mecânica. O destaque da ocorrência ficou por conta de 175 canetas emagrecedoras, de uso controlado, sendo 32 unidades de TG 15 mg, 115 unidades de Lipoless 15 mg, 25 unidades de Tirzec 15 mg, além de uma unidade de Lipoless 10 mg, uma de Lipoless 5 mg e duas de Retatrutide Loss.

Diante da irregularidade, o veículo, os produtos e os envolvidos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal para as providências legais cabíveis.

Segundo a PMR, o valor estimado da mercadoria apreendida é de R$ 142.060, enquanto o veículo foi avaliado em R$ 80.500, totalizando um prejuízo de R$ 223.100 ao crime.

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