Cidades

São Paulo

Quatro corpos e uma ossada são achados em casa de pintor

Polícia que investiga o caso diz acreditar que suspeito é assassino em série

FOLHAPRESS

28/09/2015 - 05h00
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O corpo de um travesti surdo e mudo de 21 anos, outros três cadáveres e uma ossada foram encontrados enterrados dentro da casa de um pintor de paredes por policiais militares na tarde de domingo (27), na favela Alba, no Jabaquara (zona sul).

A polícia acredita que Jorge Luiz Morais de Oliveira, 41, seja um assassino em série. Ele foi preso em flagrante e confessou apenas a morte de Carlos Neto Alves de Matos Júnior. A polícia encontrou escondidos na casa dele, facas e um soco inglês sujos de sangue, assim como roupas femininas e um lençol manchados.

Com ferimentos de faca no braço e na coxa, o acusado alegou que matou em legítima defesa. Ele disse que Júnior e outro homossexual foram à sua casa na tarde de quarta-feira e, como ele se recusou a fazer sexo com eles, foi atacado. Mas conseguiu tomar a faca que o travesti portava e o matou.

A história, entretanto, foi desmentida pela mãe e irmã do pintor, que moram na casa em frente a dele. Elas disseram que o travesti, acompanhado de um amigo, chamavam por uma vizinha do pintor. Ele, então, pediu que os dois entrassem em sua casa para chamar a vizinha pelo muro do quintal.

As familiares relataram terem ouvidos gritos depois e viram o momento em que o acompanhante do travesti escapou correndo.

Oliveira fugiu após o crime e só reapareceu ontem, após a mãe chamar a PM e ligar para ele, propondo que lhe contasse pessoalmente o que de fato aconteceu.

Na casa do pintor, havia um rastro de sangue do quintal ao quarto, onde o piso estava quebrado. A polícia desconfiou e cavou no local, onde encontrou o corpo do travesti. Oliveira disse, segundo a polícia, que ficou desesperado e resolveu ocultar o corpo.

No momento em que o acusado era algemado, policiais suspeitaram do chão do quintal, que estava com piso diferente do restante. Eles cavaram e encontraram mais três corpos e uma ossada. Nenhum foi identificado.

Um celular encontrado na casa de Oliveira foi reconhecido como sendo de uma mulher que está desaparecida há um mês.

Cidades

Homem morre após ser atacado por enxame de abelhas em fazenda de MS

Vítima era alérgica a picada de insetos e prestava serviço na propriedade no momento do incidente

22/12/2024 14h00

Estrada Pirizal, local onde ocorreu o incidente

Estrada Pirizal, local onde ocorreu o incidente Reprodução, Prefeitura de Camapuã

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Ednei Cláudio de Oliveira, de 48 anos, morreu após ser atacado por um enxame de abelhas, na noite desse sábado (21). O incidente aconteceu em uma fazenda localizada na Estrada Pirizal, zona rural de Camapuã, município a 143 quilômetros de Campo Grande.

Conforme o registro policial, a vítima estava prestando serviço na propriedade acompanhada de um colega de trabalho. Ambos os trabalhadores operavam um trator na propriedade, momento em que foram surpreendidos e cercados pelo enxame de abelhas.

As vítimas foram ferroadas em várias partes do corpo. Após o incidente, os trabalhadores foram socorridos e encaminhados para o hospital de Camapuã.

O colega de trabalho sobreviveu, contudo, Ednei possuía quadro de alergia a picadas de insetos, condição que agravou seu estado de saúde. A vítima não resistiu ao ataque das abelhas e faleceu.

O corpo de Ednei foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O caso está registrado como morte a esclarecer e segue em investigação pela Polícia Civil.

ANÁLISE

Falta de recursos é desafio para combater racismo na gestão pública

Relatório feito pela Fundação Tide Setubal mapeou 913 ações municipais realizadas entre 2021 e 2023 e 157 ações estaduais implementadas em 2023

22/12/2024 12h55

Levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos

Levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos Reprodução/ABR/T.R

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Relatório feito pela Fundação Tide Setubal mapeou 913 ações municipais realizadas entre 2021 e 2023 e 157 ações estaduais implementadas em 2023, destacando discrepâncias regionais e lacunas significativas com relação às ações de combate ao racismo e promoção da igualdade pela gestão pública brasileira.

O estudo identifica avanços como a ampliação de iniciativas no campo da educação e da cultura, mas também evidencia desafios estruturais, incluindo a ausência de transversalidade nas políticas públicas e a insuficiência de recursos financeiros.

Segundo o relatório "Mapeamento de Ações de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade pela Gestão Pública Brasileira" as 913 ações municipais foram identificadas em 130 cidades, com uma média de 6,76 ações por município.

O destaque em números absolutos ficou com o Nordeste e o Sudeste registrou a maior média por município (10,75). Também foi identificado que apenas 3,3% das iniciativas contaram com orçamento próprio identificado, o que compromete sua sustentabilidade.

Os dados revelam também que, em 2023, os estados implementaram 157 ações, com destaque para educação (52%), cultura (27%) e segurança pública (17%), com nove ações apresentando orçamento explícito, utilizando recursos próprios, emendas parlamentares ou parcerias.

A pesquisa constatou ainda que a implementação e a continuidade das ações mapeadas enfrentam desafios, incluindo dificuldades em assegurar a execução efetiva e a falta de garantias de investimentos a longo prazo.

“Nota-se que a falta de acesso a informações técnicas relevantes nos meios de comunicação oficiais das gestões e a dificuldade em obter detalhes sobre os valores investidos nas ações também são pontos de preocupação”, diz o documento.

Mapeamento

De acordo com o professor da Universidade Estadual de Maringá, secretário executivo da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e pesquisador visitante da FGV Direito SP, Delton Felipe, o potencial do mapeamento é significativo, especialmente no que diz respeito à gestão pública nos estados e municípios, pois permite avaliar como estão trabalhando na promoção do combate ao racismo e na busca pela igualdade.

“Além disso, o mapeamento fornece material para a formação dos gestores, ajudando-os a perceber que existem iniciativas exitosas tanto no âmbito municipal quanto no estadual. Essas iniciativas podem, ainda, ser aplicadas em outras áreas, como educação, saúde, segurança pública e outras diversas áreas”, disse.

Em suas considerações finais, o relatório diz que o levantamento permite observar que há um avanço na realização de ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial na gestão pública brasileira.

“No entanto, ainda nos são postos alguns desafios, sobretudo ao lançarmos olhares para indicadores sociais de classe, gênero, sexualidade, deficiência e território associados aos indicadores raciais”.

O levantamento também sugere que a gestão pública atue de forma ampla a partir de seus órgãos, não ficando limitada às Secretarias de educação, assistência social, desenvolvimento social, cultura e, até mesmo, às Secretarias de igualdade racial. 

“É preciso expandir e promover ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial nas pastas de agropecuária e desenvolvimento rural, saneamento básico, meio ambiente e recursos naturais, desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano, trabalho e emprego, justiça e habitação, por exemplo”.

 

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