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Ranking de segurança aérea deixa Gol e TAM entre as últimas

Ranking de segurança aérea deixa Gol e TAM entre as últimas

chicoterra

15/01/2014 - 07h00
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Uma pesquisa avaliou as 60 maiores companhias de aviação do mundo no quesito segurança. As brasileiras Gol e TAM melhoraram os seus desempenhos, porém continuam entre as últimas na listagem, que foi divulgada nesta terça-feira (14/1), pelo jornal americano Los Angeles Times. A relação é anunciada todos os anos pela empresa de consultoria alemã Jet Airliner Crash Data Evaluation Center (Jacdec).

A TAM e a Gol, em relação ao ano passado, subiram três posições e figuram agora, nas 56ª e 54ª colocações, respectivamente. Segundo o estudo, o principal motivo da colocação ruim são os acidentes registrados com aviões das empresas nos últimos 30 anos.

“Com a ausência de ocorrências graves em 2013, elas tiveram uma ligeira ascensão. Como a avaliação se baseia no histórico dos últimos 30 anos, as empresas ainda ‘sofrem’ com os acidentes do passado”, ressalta Achim Figgen, editor da revista Aero International, que divulgará a lista completa na próxima sexta-feira (17).

A Jacdec lembra que seis acidentes aéreos envolvendo a TAM, que em 2009 e 2010 foi a última do ranking, mataram 336 pessoas em pouco menos de 40 anos de atividade. Com relação a empresa Gol, a instituição de pesquisa recorda que ela protagonizou uma das maiores tragédias aéreas do Brasil no ano de 2006, quando 154 passageiros morreram no acidente entre um Boeing 737 e um jato executivo Legacy 600 da Embraer, no território de Mato Grosso.

A Gol divulgou em nota que não leva o ranking em consideração. Já a Tam afirmou que não comenta os critérios usados pela Jacdec. Segundo a Tam,  em janeiro de 2012 a empresa renovou a certificação Iosa (Iata Operational Safety Audit), responsável por avaliar os sistemas de gestão e controles operacionais de companhias aéreas.

O ranking da Jacdec inclui todos os tipos de acidentes aéreos, sem especificar ou diferenciar os fatores que ocasionaram o fato. Das 20 empresas mais bem classificadas no ranking anual de segurança aérea, apenas quatro registraram acidentes desde que começaram a operar. As primeiras posições da lista ficaram com companhias que não registraram acidentes graves nos últimos 30 anos, como perda de aeronaves e registro de morte.

Pelo estudo, a Air New Zealand, da Nova Zelândia, é a empresa mais segura do mundo, tomando o lugar da Finnair, da Filândia, que desceu da primeira para a terceira posição. Em segundo lugar ficou a chinesa Cathay Pacific Airways. A Emirates Airlines, dos Emirados Árabes, em quarto lugar. A Lufthansa, maior empresa alemã do setor, desceu sete posições, chegando ao 18º lugar. O último acidente aéreo da companhia ocorreu em 1993, em Varsóvia, com registro de duas mortes. A holandesa KLM está uma posição à frente.

O levantamento da Jacdec concluiu que em 2013 foi o ano de maior segurança da história da aviação, considerando as seis últimas décadas. Segundo os dados da consultoria, em 2013 251 passageiros morreram em acidentes aéreos, contra 496 em 2012. A Jacdec também traçou uma relação direta entre a segurança dos voos e a transparência das autoridades responsáveis pela fiscalização do setor aéreo. Segundo a empresa, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália são os melhores exemplos deste fenômeno. A consultoria diz ainda que países como Brasil, Colômbia e África do Sul têm tido um bom nível de transparência, o que é visto de maneira positiva. Em locais onde há censura, como China, Malásia e Turquia, o índice de avaliação é puxado para baixo, diz o relatório.

O ranking (20 mais seguras):

1- Air New Zealand (Nova Zelândia)

2- Cathay Pacifica Airways (Hong Kong)

3- Finnair (Finlândia)

4- Emirates (EAU)

5- Eva Air (Taiwan)

6- British Airways (Reino Unido)

7- TAP (Portugal)

8- Etihad Airways (EAU)

9- Air Canada (Canadá)

10- Qantas (Austrália)

11- Qatar Airways (Catar)

12- All Nippon Airways (Japão)

13- Virgin Atlantic (Reino Unido)

14- Haian Airlines (China)

15- Virgin Australia (Austrália)

16- Jetblue Airways (EUA)

17- KLM (Holanda)

18- Lufthansa (Alemanha)

19- Shenzhen Airlines (China)

20- Easyjet (Reino Unido)

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Cadela Laika encontra corpo de idoso que desapareceu em Campo Grande

O idoso Joaquim Gonzales, que sofria de Alzheimer, foi localizado sem vida na tarde desta terça-feira (14), no Jardim Itamaracá

14/01/2025 18h00

Reprodução Redes Sociais

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O idoso Joaquim Gonzales, de 78 anos, natural da Espanha, que desapareceu no último domingo (12), foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (14), nas proximidades do pontilhão do Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

A vítima, que sofria de Alzheimer, estava desaparecida desde domingo, segundo relatos de familiares. De acordo com eles, Joaquim deixou a residência de madrugada. O corpo foi encontrado com o auxílio da cachorra Laika, do Corpo de Bombeiros.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a orientar as buscas. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Joaquim foi identificado nas gravações, e a partir disso, os militares delimitaram um perímetro de buscas.

Na região, que possui mata, foram localizados próximos a uma estrada de terra o chinelo, o boné e até um cinto que pertenciam ao idoso.

O trabalho da cachorra Laika foi fundamental para encontrar o local onde o corpo de Joaquim estava. Após a localização, os militares confirmaram que se tratava do desaparecido.

Equipamentos como drones com sensor de calor também foram utilizados durante as buscas. Durante todo o processo, familiares permaneceram mobilizados, espalhando cartazes pela cidade em busca de Joaquim.

Cadela que auxiliou nos resgates

A cadela de busca Laika do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMS), que atua ao lado do sargento Thiago Kalunga, levou poucos minutos para localizar o corpo da vítima. Em outubro de 2023 recebeu a Certificação Nacional de Cães de Busca e Resgate.

Laika, que é da raça pastor holandês, foi aprovada na prova de ‘busca urbana’ realizada nos dias 4 a 6 de outubro durante a 21ª edição do Seminário Nacional de Bombeiros (Senabom), em Gramado no Rio Grande do Sul. 

Além de estar apta para atender todos os municípios de Mato Grosso do Sul, após a certificação nacional, a cadela também está autorizada a atuar em ocorrências em todo o Brasil.

Posteriormente, no dia 13 de maio de 2024, Laika fez parte da  1º equipe especializada em busca e resgate juntamente com outros cães e militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul para auxiliar no resgate das vítimas na tragédia que assolou o Rio Grande do Sul. A equipe do Estado atuou no município de Encantado.

 A equipe formada pelo sargento Thiago Kalunga e os soldados Jéssica Lopes e Humberto permaneceu em torno de  10 dias atuando nos locais com as estruturas colapsadas pela enchente e inundação.

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Transtorno

Briga na Justiça: passageiros de MS sofreram 1 atraso de voo por dia em 2024

Cenário acarretou em 435 ações judiciais contra empresas aéreas no estado

14/01/2025 17h45

Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande

Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande Gerson Oliveira, Correio do Estado

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Os passageiros do setor aéreo em Mato Grosso do Sul sofreram com um número médio de 1 atraso de voo por dia em 2024. 

Conforme levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), esse cenário acarretou em um total de 435 ações judiciais contra empresas aéreas entre os meses de janeiro e novembro do ano passado no estado.

Os processos foram solicitados principalmente por passageiros, em busca reparação por prejuízos causados pela alteração indevida do horário das viagens.

Apesar de alto, o número de ações judiciais em Mato Grosso do Sul apresentou uma leve queda se comparado com 2023, ano em que registrou 440 processos. Em 2022, o número foi ainda maior, com 520 ações judiciais registradas.

Serviço ineficaz

A principal insatisfação dos consumidores é com a falta de resolução eficaz por parte das companhias aéreas. As buscas dos passageiros na Justiça são de valores financeiros por danos materiais e morais.

Segundo Mayra Sampaio, advogada especializada na área, a decisão de processar está diretamente relacionada à incapacidade das companhias aéreas de resolverem essas questões de forma adequada e em tempo hábil.

"Esse alto número acaba não só impactando esses processos a terem uma rápida solução, mas também o consumidor deve ter seus direitos respeitados, e infelizmente, não é o que tem acontecido por parte das companhias aéreas. Desta forma, talvez esse alto número acabe influenciando as companhias a reverem suas políticas para evitarem esses problemas judiciais", afirma.

Já para Henrique Arzabe, advogado especialista em Direito do Consumidor, o alto número de ações evidencia que, apesar da recuperação do setor aéreo após a pandemia, as companhias aéreas ainda enfrentam desafios para oferecer um serviço eficiente.

“O crescimento de casos pode ser um indicador para que as companhias revejam suas práticas e evitem recorrências judiciais, buscando soluções mais rápidas e eficazes para os consumidores”, conclui.

Atraso vs cancelamento

Ainda confome Arzabe, a diferença entre atraso e cancelamento de voo está na execução do serviço. Nesse sentido, as situações impactam o passageiro de maneira diferente.

“O atraso ocorre quando há uma nova previsão de partida e o voo é realizado, mesmo fora do horário inicial. O cancelamento, geralmente, implica maiores prejuízos para o passageiro, como a perda de compromissos ou diárias de hospedagem, além do transtorno de ter que replanejar toda a viagem”, ressalta.

Brisa Nogueira, advogada especializada em Direito do Consumidor alerta que o tempo de espera é um fator determinante para os direitos do consumidor em casos de atraso de voo.

“Em termos de direito do consumidor em relação ao atraso no voo, nós precisamos pensar quantas horas o consumidor fica ali à disposição da companhia aérea para que seja dada, se for dada, alguma providência. Até duas horas há ali uma pendência de alimentação, especialmente despesas com água e comida. Excedendo-se quatro horas de espera e havendo a necessidade de pernoite no aeroporto, é necessário que a companhia aérea faça o custeio de hospedagem, bem como transporte de deslocamento e retorno ao aeroporto, sem prejuízo do direito do consumidor de ser alocado no próximo voo, havendo disponibilidade”, afirma.

Registre provas

Vale destacar que é importante o consumidor conhecer seus direitos e ficar preparado para buscar reparação em casos de prejuízos causados por atrasos ou cancelamento de voo.

Nesse sentido, ao sentir-se lesado, é importante que o passageiro registre o maior número de provas possível, para assim, conseguir reinvindicar reparação jurídica de maneira mais eficaz.

“É muito importante o consumidor constituir a prova. Primeiro, prova do atraso do voo e, também, dos prejuízos. Se a empresa oferecer algum voucher, é importante registrar isso. Principalmente, se a empresa não o ofereceu, é fundamental ter a prova de que, por exemplo, o atraso gerou outro tipo de prejuízo, como a perda de uma diária de hotel ou reserva de carro. Relembrando que, a partir de quatro horas de atraso injustificado, é devido dano moral ao consumidor”, destaca Brisa Nogueira.

Por fim, o advogado Henrique Arzabe o consumidor não deve pensar duas vezes quando for buscar reparação caso se sinta prejudicado.

“As companhias aéreas têm a obrigação de oferecer um serviço adequado e de prestar assistência, independentemente do motivo do atraso ou cancelamento. Até porque, pequenos atrasos podem causar prejuízos significativos para o cliente, como perder uma conexão ou uma reserva. Por isso, documentar tudo é essencial para garantir que seus direitos sejam respeitados”, conclui.

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