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AUMENTO SALARIAL

Reajuste dos servidores do Estado deve ser pago em junho

O aumento de 3,73% foi aprovado nessa quinta-feira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul por maioria de voto, mas ainda vai para uma segunda votação

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O reajuste de 3,73% dos servidores estaduais foi aprovado em primeira discussão nessa quinta-feira (16), conforme adiantado pelo Correio do Estado. O Projeto de Lei n° 98/2024, enviado pelo Executivo Estadual, teve 22 votos favoráveis e um contrário, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). 

De acordo com o texto do projeto, a proposta "considera as disponibilidades financeiras do Estado para atender às despesas dela decorrentes, passando a vigorar a partir de 1° de maio", ou seja, os servidores receberão já em junho, e retroativo.

A estimativa de impacto no orçamento do governo é de R$ 598.169.754,88 para este ano, com o reajuste. 

O projeto passará por uma segunda discussão nessa terça-feira (21), antes de ir à sanção do governador. A iniciativa visa reajuste salarial aos servidores públicos efetivos ativos, comissionados e dos empregados públicos integrantes da administração direta, autárquica e funcional do Estado. 

O projeto tem parágrafo único e dispõe sobre a revisão geral anual da remuneração dos servidores e empregados públicos do Estado, dos pensionistas e dos quadros da Defensoria Pública, Tribunal de Contas, do Ministério Público de Contas, da Assembleia Legislativa, do Poder Judiciário e do Ministério Público do Estado, "não se aplicando aos membros e aos servidores cujos subsídios estejam vinculados constitucionalmente ou em legislação específica". 

CATEGORIAS

No entanto, apesar do texto dispor sobre os servidores do Tribunal de Contas de MS (TCE/MS), o órgão está negociando um aumento salarial ainda maior, de 12%.

A proposta foi enviada através de Projeto de Lei à Assembleia Legislativa, e foi assinada pelo presidente do TCE, Conselheiro Jerson Domingos. 

A proposta de aumento total de 12%, é composta pelo reajuste inflacionário de 3,73%, aprovado nessa quinta-feira, e de 8,27%, como recomposição salarial dos servidores da instituição.

O presidente do TCE alega que o projeto respeita os limites orçamentários e financeiros do tribunal, que tem atualmente um gasto de R$ 176,8 milhões ao ano, e se o reajuste for aprovado, passará a ter despesa total de R$ 206,1 milhões, mesmo assim, abaixo do limite de Responsabilidade Fiscal, de R$ 259 milhões no máximo. 

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), também enviou sua proposta particular à ALEMS, que pede um reajuste linear de 6% aos servidores do Judiciário do Estado. A iniciativa é 2,27% maior que o oferecido pelo governo, de 3,37% e aprovado pelos deputados. 

A proposta enviada pelo TJMS, e assinada pelo presidente do tribunal, Sérgio Martins, alcança os servidores ativos, inativos e cargos patronais. O impacto anual será de R$ 49,4 milhões na folha de pagamento. 

O reajuste dos professores também é diferente do restante dos servidores estaduais. Os docentes concursados de MS tiveram um aumento de 14,95%, aprovado em outubro do ano passado. Sendo assim, o salário-base da Rede Estadual de Ensino (REE), que era de R$ 10.383,18, passou a ser de R$ 11.935,46. 

Os professores da REE, contratados em regime temporário, também tiveram reajuste diferentes dos servidores estaduais, entretanto, com índices diferentes conforme a formação.

Para o docente com nível normal médio/magistério, o reajuste foi de 11%, para os professores com especialização, de 3% e para aqueles que possuem mestrado e doutorado, de 1%. 

Lilian Fernandes, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais de MS (Feserp), informa que tem se reunido com o secretário de Administração do Estado (SAD), Frederico Felini, para tratar sobre solicitações das categorias de servidores, feitas através da federação. 

Na última quarta-feira (15), foi abordado, durante a reunião entre a Feserp e Felini, sobre o retorno do auxílio alimentação, que havia sido retirado dos servidores em licença, já no próximo mês.

A federação informa ainda que sobre o reajuste no valor dos plantões, horas extras e diárias, deve ser concedido até o final do ano. 

"Atualmente o governo está conduzindo estudos para definir os valores a serem concedidos", aponta em nota.

A celeridade nas promoções também foi tema debatido na reunião, o que, segundo a Feserp, também está sendo estudado uma forma de padronizar a data e o envio das informações para as promoções, pelo Departamento de Recursos Humanos (DRH) de cada órgão. 

Lilian também ressalta que a federação visa mais acordos no decorrer do ano, principalmente para uma reestruturação atendendo as particularidades de cada carreira, e pontua que a Feserp vai continuar "pressionando o governo em relação às demais solicitações feitas desde o ano de 2023". 

"O reajuste por carreira é uma forma de corrigir as distorções. Então o governo começa agora a atender cada sindicato. No Estado existem 47 carreiras de servidor público, cada uma tem uma tabela, cada uma tem seu salário, então o que vai ser discutido agora é por carreira para corrigir essas distorções, para que uma carreira não ganhe mais que a outra", comenta a presidente da Feserp. 

SAIBA

O projeto aponta que os valores que deverão ser direcionados para a remuneração dos servidores estão de acordo com a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dos próximos dois anos, sendo de R$ 619.943.133,96 para 2025 e de R$ 641.641.143,65 em 2026. 

**Colaborou Eduardo Miranda e Glaucea Vaccari.

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Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

27 vagas

UFGD abre concurso para professor com salários de até R$ 13 mil; confira

Inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet

23/12/2025 18h30

UFGD

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Com salários de até R$ 13 mil, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) publicou edital de concurso público para provimento de cargos da carreira para 27 novos professores.

Conforme o edital, a remuneração inicial varia de R$ 3.399,47 a R$ 13.288,85, de acordo com a titulação exigida e o regime de trabalho.

Os valores são acrescidos de auxílio-alimentação (R$ 587,50) para jornadas de 20h semanais e R$ 1.175,00 para 40h semanais. As inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet.

As oportunidades contemplam campos como Administração, Agronomia, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Gestão Ambiental, História, Letras, Engenharia de Alimentos, Pedagogia e Medicina, entre outros, conforme detalhado no edital.

Provas

O processo seletivo será composto por prova escrita, prova didática, ambas de caráter eliminatório e classificatório, além de prova de títulos, de caráter classificatório. O edital de convocação para o sorteio de pontos e para a prova escrita será publicado em 26 de março. O sorteio está marcado para 28 de março, e a prova escrita ocorrerá em 29 de março (domingo).

A prova didática será realizada nos dias 25 e 26 de abril, conforme edital específico dessa etapa. O procedimento de heteroidentificação está previsto para 12 de maio, enquanto o envio dos títulos ocorrerá de 19 a 21 de maio. O resultado preliminar será divulgado em 1º de junho, e o resultado final, após recursos, em 3 de junho.

A taxa de inscrição é de R$ 200, com possibilidade de pagamento até o último dia de inscrição, em qualquer agência bancária durante o horário de expediente. O edital completo, com a descrição das áreas, requisitos e demais orientações, está disponível aqui!

Isenção de taxa

Os pedidos de isenção da taxa de inscrição poderão ser feitos entre 16 e 26 de dezembro. Têm direito ao benefício candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo, além de doadores de medula óssea. O resultado preliminar da isenção será divulgado em 9 de janeiro, com homologação final prevista para 13 de janeiro, após análise de recursos.

Do total de vagas, a UFGD assegura políticas de ações afirmativas, destinando 25% para candidatos autodeclarados negros (pretos ou pardos), 3% para indígenas e 2% para quilombolas, independentemente da área. Também há reserva de vagas para pessoas com deficiência. Ao todo, sete vagas são destinadas a candidatos negros, uma para indígenas, uma para quilombolas e duas para pessoas com deficiência.

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