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MEIO AMBIENTE

Relatório pede criação de Unidade de Conservação no Rio da Prata

Fora dos pontos turísticos, rio tem trechos completamente secos e com água enlameada, o que gerou denúncia ao Ministério Público de Jardim

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O Rio da Prata é um importante ponto turístico de Mato Grosso do Sul, no entanto, em trechos que estão fora da rota de balneários e passeios de Bonito e Jardim, as águas estão enlameadas, e alguns locais totalmente secos, como aponta denúncia feita pelo grupo Unidos pelo Rio da Prata a Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) em Jardim, e o relatório de entidades ambientais que pedem a criação de uma Unidade de Conservação para o chamado “Banhado do Rio da Prata”.

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma entidade que acompanha o Rio da Prata há seis anos, através do Programa Cabeceiras do Pantanal, e aponta que há áreas no chamado “Banhado do Rio da Prata” que tiveram supressão e drenagem, que acabaram prejudicando o local.

“Essas áreas são de grande importância, pois essas nascentes são difusas, isto é, não sai água jorrando do chão, mas aflora por toda parte e vai formando pequenos veios superficiais que são recolhidos por uma rede de canalículos até um pequeno córrego ou até um sumidouro, que pode ser visível ou subterrâneo. E o principal, e que pode ser entendido como pior fator prejudicial à essas áreas, há drenagem nesses locais”, aponta o instituto.

O IHP relata que ocorre uma exploração inadequada desses locais, e dá exemplos, como valas abertas, que quando são instauradas a água escoa, rebaixando o seu nível no solo e matando a vegetação, e, consequentemente, a fauna desaparece também.

“Em termos do que pode ser feito, o governo estadual tem se mostrado sensível. É preciso executar decisões que projetam o futuro de inúmeros empregos que dependem desse ecossistema, que são gerados a partir do ecoturismo. Uma alternativa seria, por exemplo, a criação de uma Unidade de Conservação (UC), que são áreas com características naturais relevantes, instituídas pelo poder público”, informa o IHP.

O Instituto Guarda Mirim Ambiental (IGMA) de Jardim, que fez o monitoramento ambiental a pedido do Ministério Público, para avaliar a situação do trecho do Rio da Prata, também pontuou a criação da UC como alternativa para a área.

No relatório, feito pelo IGMA em parceria com o IHP e a Universidade do Estado de Mato Grosso do Sul (UEMS) de Jardim, os pesquisadores identificaram grande quantidade de mortandade de peixes de pequeno e médio porte em parte do trecho afetado pela seca; a falta de mata ciliar próximo a Ponte do Cure, em desacordo com a legislação; a ruptura do fluxo da água; alguns passivos ambientais, como vestígios de pesca e outros materiais; indícios de acesso de gado a mata ciliar e ao leito do Rio Prata; e uma pequena barragem feita com “sacos” cheios de terra.

“Alguns desses sacos ainda estavam fechados e contendo terra vermelha, comprovando que o material utilizado para encher os sacos não são de origem deste rio e que foram ali colocados de forma intencional no único veio de água do leito do Rio da Prata, o que contribuía para a diminuição do fluxo”, alerta o relatório.

O grupo constatou que a área em questão aponta “diversas problemáticas, não sendo possível afirmar possíveis causas, pois essas áreas são de grande importância e fragilidade, pois suas nascentes são difusas, aflora por toda parte e vai formando pequenos veios superficiais que são recolhidos por uma rede de canalículos até um pequeno córrego ou até um sumidouro”.

Como esses sumidouros podem ser visíveis ou subterrâneos, a equipe orientou a realização de um estudo mais detalhado, com sondagens subterrâneas e investimentos em pesquisas que envolvam a sociedade civil, e instituições públicas e privadas.

ORIGEM DO INQUÉRITO

A origem do inquérito e do relatório foi a denúncia feita pelo grupo Unidos Pelo Rio da Prata, que evidencia a quantidade de lama que desloca do Rio Verde para o Rio da Prata, em dias de chuva, com “uma demora excessiva até limpar, o que fundamenta a preocupação” para a notícia do fato.

No documento, o grupo relembra que a proteção do Rio da Prata está prevista na Lei n° 1.871 de 1998, mas o turvamento e enlameamento da água do Rio da Prata no trecho após os pontos turísticos, “não vem sendo monitorado ou solucionado pelos órgãos de monitoramento”.

Com uma série de imagens de trechos do rio, o grupo aponta a mudança na coloração quando o Rio da Prata encontra o Rio Verde.

Em locais em que o Rio da Prata não é banhado pelo afluente Rio Verde, permanece a coloração cristalina, mas quando há o encontro das águas, nota-se o impacto da coloração, “recebendo grande volume de lama”.

O grupo ainda expõe que mesmo dias após chuvas, ou em períodos de estiagem, a água segue com lama e turva, o que a torna imprópria para o banho.

O documento afirma que essa situação demonstra que algo “muito grave está acontecendo, já que na parte acima do Rio da Prata, antes do encontro com o seu afluente, as chuvas não impactam em nada a coloração da água”.

Para o grupo, o Rio Verde pode ser uma das causas do fenômeno, mas também, destacam que o turvamento das águas do Rio da Prata já foi relatado outras vezes, principalmente após o surgimento de lavouras na região.

No entanto, em oportunidades anteriores em que foi constatado o problema na parte superior do Rio, região dos pontos turísticos, o problema foi “rapidamente solucionado com criação de força tarefa pelo governo e órgãos ambientais”.

“Verifica-se portanto, uma evidente divisão de importância do curso do Rio da Prata já que, no local do rio onde estão instalados os atrativos turísticos o enlameado e turvamento foram rapidamente solucionados. Entretanto, na parte do rio da Prata que não possui nenhum atrativo turístico, o mesmo vem sofrendo com desemboque constante de lama, porém, nenhuma ação é feita para solucionar o referido problema”, expõe a denúncia feita ao Ministério Público Estadual.

Saiba

A Comarda de Jardim requeriu ao Ministério Público a conversão da Notícia do Fato em Inquérito Civil para apurar a sujidade e a seca no trecho do Rio da Prata em Jardim, no dia 12 de julho e a ação ainda aguarda despacho.

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Economia

Procon de Campo Grande atendeu mais de 2,3 mil consumidores em 2025

Durante o ano, o órgão realizou 822 audiências de conciliação e 486 ações fiscalizatórias através de denúncias no canal 156

21/12/2025 16h30

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital FOTO: Valdenir Rezende/Arquivo Correio do Estado

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Ao longo de 2025, 2.306 consumidores precisaram acionar o Procon Municipal de Campo Grande para receber desde orientações técnicas até formalização de reclamações. 

O balanço divulgado pelo órgão, ligado à Secretaria de Assistência Social (SAS) apontou que, destes atendimentos, 242 casos foram solucionados diretamente pelas notificações, sem a necessidade de abertura de um processo administrativo. Ao todo, foram realizadas 822 audiências de conciliação.

Através do canal 156, foram recebidas denúncias que resultaram em fiscalizações diretas e 486 ações fiscalizatórias. 

Além disso, foram fiscalizados supermercados, postos de gasolina, distribuidoras de combustível, lojas de suplementos, agências bancárias, óticas, pet shops e todos os shoppings da Capital. 

O superintendente do Procon Municipal, José Costa Neto, destacou que a gestão 2025 focou em equilibrar a fiscalização rigorosa e o empoderamento do consumidor. 

“O balanço de 2025 reflete um Procon cada vez mais presente no dia a dia de Campo Grande. Superamos a marca de 2.300 atendimentos priorizando a agilidade; resolver 242 casos apenas com notificações mostra que as empresas estão mais atentas ao peso do órgão. Mas o nosso maior legado este ano foi a prevenção. Quando monitoramos preços por quatro semanas antes da Black Friday ou levamos palestras de educação financeira aos bairros, estamos dando ao consumidor a ferramenta mais poderosa que existe: a informação. Nossa fiscalização, que percorreu desde os postos de combustível até todos os shoppings da capital, garante que as regras sejam cumpridas, mas é a educação do consumidor que transforma o mercado a longo prazo.”

Ações de fiscalização

O Procon intensificou o monitoramento em estabelecimentos de Campo Grande em datas estratégicas, marcadas por grande movimento. 

Na Black Friday, o órgão acompanhou o comportamento dos preços de 29 produtos em grandes lojas do Centro durante quatro semanas. 

Durante o dia das mães, as ações do Procon orientaram 462 consumidores. No Dia dos Pais, o foco foi no setor de serviços, resultando em visitas técnicas em 12 barbearias por toda a cidade. 

Educação Financeira

O setor de Projetos e Pesquisas do Procon levou 6 palestras orientativas por toda a Campo Grande, com temas cruciais como Educação Financeira e Prevenção de Golpes. 

No total, aproximadamente 500 consumidores participaram das palestras, fortalecendo a cultura do consumo consciente e seguro. 

MATO GROSSO DO SUL

Blitz na MS-164 apreende mais de 150 canetas emagrecedoras dentro de veículo

Mercadorias de origem estrangeira estavam sem comprovação legal de importação

21/12/2025 16h00

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria Divulgação

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Uma fiscalização de rotina da Polícia Militar Rodoviária (PMR) resultou na apreensão de uma grande carga de produtos de origem estrangeira transportados de forma irregular, na tarde deste sábado (20), em Ponta Porã, região de fronteira com o Paraguai.

De acordo com o portal Dourados News, a ação ocorreu por volta das 12h45, durante uma blitz realizada pela equipe da Base Operacional de Aquidabã, na rodovia MS-164, no km 105, em frente à unidade policial. Durante a abordagem a um veículo de passeio, os policiais encontraram diversos itens sem comprovação legal de importação.

Entre os produtos apreendidos estavam mercadorias dos ramos de perfumaria, farmácia, informática e mecânica. O destaque da ocorrência ficou por conta de 175 canetas emagrecedoras, de uso controlado, sendo 32 unidades de TG 15 mg, 115 unidades de Lipoless 15 mg, 25 unidades de Tirzec 15 mg, além de uma unidade de Lipoless 10 mg, uma de Lipoless 5 mg e duas de Retatrutide Loss.

Diante da irregularidade, o veículo, os produtos e os envolvidos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal para as providências legais cabíveis.

Segundo a PMR, o valor estimado da mercadoria apreendida é de R$ 142.060, enquanto o veículo foi avaliado em R$ 80.500, totalizando um prejuízo de R$ 223.100 ao crime.

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