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quase R$ 17 milhões

Retomada de investimentos na BR-163 fica para o fim do ano

Novo contrato de concessão com a CCR MSVia para administrar a rodovia só deverá ser assinado em setembro, quatro meses após leilão na B3

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Os investimentos de quase R$ 17 bilhões que garantem novas obras na BR-163 só vão começar no fim deste ano, a partir de setembro, quando a concessionária vencedora do leilão em andamento vai assinar o termo aditivo que permitirá administrar a rodovia por 30 anos. 

Embora o leilão ocorra em maio, na Bolsa de Valores (B3), a Comissão de Outorga Mista de Processo Competitivo estipulou a assinatura do novo contrato no dia 5 de setembro.

O prazo entre o leilão e a entrega da BR à nova concessionaria seria ainda maior – a data prevista era 29 de setembro. Para encurtar em 24 dias esse período, o presidente da Comissão, Thiago Aragão, publicou na sexta-feira o cronograma do processo competitivo reformulado. 

Por meio de um comunicado relevante, afirmou: “Foi inserido novo cronograma, excluindo a fase de recursos ao resultado definitivo do leilão e ampliado o período de pedidos de esclarecimentos, conforme novo Anexo 2”.

Nesse anexo, o período para “interposição de contrarrazões aos eventuais recursos interpostos quanto ao resultado preliminar” foi aumentado de 19 para 23 de junho. 

Também foi ampliado o período para publicação da ata de julgamento de eventuais recursos interpostos quanto ao resultado preliminar e do resultado definitivo. Passou do dia 26 para 30 de junho. 

A partir dessa data, os prazos serão reduzidos, eliminando-se quatro etapas de recursos. Foram diminuídos 14 dias no processo até a homologação e a anuência prévia da Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Os outros 10 dias serão diminuídos nas outras fases do leilão, até a assinatura do termo aditivo em 5 de setembro. 

Esse edital da readaptação e da otimização da concessão da BR-163 foi publicado no dia 31 de janeiro, em virtude de o governo federal considerá-lo prioritário no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), com objetivo de retomar os investimentos interrompidos em 2019 pela CCR MSVia. 

À época de lançamento, a secretária nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, Viviane Esse, afirmou que a nova licitação vai acelerar os investimentos. 

“Será garantida uma logística eficiente por meio da integração da malha, da redução de custos, da ampliação de capacidade de transporte e do aumento da competitividade do País. Para tanto, estão previstas soluções de duplicação da rodovia, vias marginais, faixas adicionais, implantação de dispositivos de melhorias, recuperação do pavimento, manutenção e conservação da via ao longo de todo o período de concessão e prestação de serviços aos usuários”, enumerou.

Mesmo com essa redução no cronograma do leilão e as expectativas do governo federal, os novos investimentos estimados em R$ 17 bilhões só vão começar no último trimestre deste ano. São previstos investimentos em obras e infraestrutura de R$ 9,9 bilhões, além de mais R$ 7,1 bilhões na operacionalização da rodovia. 

Serão aplicados R$ 3,905 bilhões na duplicação de 203 quilômetros, na construção de 150 km de faixa adicional, em 23 km de vias marginais, em 22 novas passarelas para pedestres e em cinco contornos urbanos nas localidades de Mundo Novo (5,7 km), Eldorado (11 km), Itaquiraí (6 km), Vila São Pedro (duplo, com 3,4 km) e Vila Vargas (duplo, com extensão de 2,8 km).

Esses investimentos foram apresentados como justificativas para o aumento de 100% na tarifa de pedágio. Dos atuais R$ 7,52 a cada 100 km vai para R$ 15,13/100 km, em quatro anos. 

No segundo ano, o aumento será de 33,70% (de R$ 7,52 para R$ 10,06) com entrega de 6,12 km de terceiras faixas (4,14% do total), 1,04 km de vias marginais (4,54% do total) e 5,66 km de duplicação (2,79% do total). 

No terceiro ano, o preço vai a R$ 12,60/100 km (reajuste de 25,21%). No ano seguinte, o valor sobe para R$ 15,13/100 km (reajuste de 20,13%).

Também haverá a reclassificação tarifária que eleva o valor do pedágio a medida que forem sendo entregues trechos de duplicação e faixas adicionais. Os usuários da BR-163 vão pagar um extra por cada obra realizada na rodovia, fazendo com que o valor ultrapasse, no caso da pista duplicada, os R$ 19,67 a cada 100 km no quarto ano, podendo atingir R$ 20,42 com outras benfeitorias. 

Isso vai ocorrer porque os porcentuais de aumento por execução de melhorias são acumulativos. Será cobrado um adicional por obra sobre a tarifa que estiver em vigor: 30% por duplicação, 15% por terceira faixa, além de mais 1% a 5% por outras obras, tanto nas pistas simples quando nas duplicadas ou com uma faixa a mais.

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Cidades

Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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