Ativista Rafael Brandão Scaquetti Tavares, 34 anos, eleitor do PSL e que acabou virando réu por propagar ódio na internet criticou o promotor Eduardo Franco Cândia e o chamou de “analfabeto funcional” nas redes sociais. Tavares se referia a acusação em que o magistrado aceitou contra ele. “O Ministério Público Estadual do MS aceitou uma acusação contra mim porque não compreendeu um comentário irônico, alegando que não havia emojis que justificassem a figura de linguagem. Um procurador de Justiça que depende de emojis. O analfabetismo funcional mandou um abraço”, diz a postagem que não pode mais ser encontrada na página de Twitter de Tavares, pois, após publicar, ele apagou as declarações.
O ativista virou réu na 2ª Vara Criminal de Campo Grande, acusado de crime de ódio contra negros, gays e japoneses. Tavares se defendeu, declarando que usou de ironia para criticar acusações de que Jair Bolsonaro era a favor da violência contra a minoria. As declarações foram feitas durante eleições de 2018.
Rafael Tavares é líder do movimento EndireitaCG. A denúncia contra ele foi aceita no início de junho deste ano.
As declarações de Tavares começaram durante campanha entre os eleitores de Bolsonaro e de Fernando Haddad. Em outra publicação citada pelo promotor, Tavares dizia que não via a hora do Bolsonaro vencer as eleições para comprar “pedaço de caibro para começar os ataques” aos gays, negros e japoneses.
Ainda nesse mês de agosto, Tavares publicou outra postagem em suas redes sociais criticando a esposa do presidente da França Emannuel Macron, Brigitte Macron. “Muié do Macron parece que pegou fogo e apagaram na pancada... Tá doido, por isso que ele não gosta das queimadas na Amazônia!”, declarou.
Tavares terá que responder por crime de ódio na Justiça e caso seja condenado, poderá levar cinco anos de prisão.


