O governador Eduardo Riedel voltou a prometer a conclusão do novo acesso às Moreninhas, durante a celebração dos 44 anos do bairro, na noite de domingo (7). O chefe do Executivo estadual afirmou que a obra definitiva da saída para o Itamaracá ficará pronta em 2026, atendendo a uma demanda aguardada há décadas pelos moradores da região sul da Capital.
Ao lado de secretários, parlamentares e autoridades municipais, Riedel disse que o governo mantém diálogo contínuo com Campo Grande para acelerar entregas.
“Trabalhamos junto com as 79 prefeituras, e com Campo Grande não é diferente. Queremos ver os municípios crescerem e melhorarem a qualidade de vida da sua gente”, declarou, ao citar que a região das Moreninhas deve receber uma série de frentes de obra no próximo ano.
Entre os anúncios, estão a pavimentação completa das Moreninhas III e IV, cujo processo licitatório já está em andamento, com previsão de início no começo de 2026; a entrega do asfalto nos bairros Cidade Morena, Nova Capital e Jardim Gramado; além da construção da nova pista de skate, que levará o nome do jovem Vinícius. Riedel também mencionou o planejamento para implantar a unidade definitiva da UEMS na região, ampliando a infraestrutura pública no entorno.
Vale lembrar que o contrato inicial previa que os trabalhos fossem concluídos em 18 meses, e se esgotaram em junho de 2024. Atualmente, de acordo com o que foi divulgado pelo Correio do Estado, as obras começaram em dezembro de 2022, e estão praticamente prontas, faltando apenas alguns detalhes que precisam ser executados.
Como por exemplo, o asfalto está praticamente todo pronto e o tráfego está liberado. Em alguns trechos até o passeio público já está instalado. Faltam ainda a ciclovia, que já está iniciada em alguns trechos, os trevos de acesso na Avenida Guri Marques e colocação da última camada de asfalto em uma rotatória próximo da nova ponte.
A nova avenida, o recapeamento de ruas paralelas, a ampla rede de drenagem e a construção de uma ponte sobre o córrego Lageado consumiram R$ 41,3 milhões. Entretanto, em janeiro desse ano, o valor passou para 53,24 milhões. O investimento previsto nesta segunda etapa é de R$ 32 milhões em pavimentação, drenagem, construção de ponte e instalação de ciclovia.
DESAPROPRIAÇÕES
Uma das explicações para a demora em tirar do papel esta segunda fase é o impasse sobre a desapropriação de 52 imóveis para alargar a Salomão Abdalla. O custo das indenizações, inicialmente orçado em R$ 10,5 milhões, está sendo bancado pelo Governo do Estado.
A parte burocrática, porém, ficou a cargo da administração municipal e uma parte dos proprietários contestou os valores e por conta disso existem pendências até hoje. E justamente por conta destas pendências é que esta segunda parte do projeto foi dividida em dois lotes.
Inicialmente a primeira etapa foi licitada por R$ 41,3 milhões e os trabalhos foram executados pela empreiteira Anfer, que é proprietária de parte dos imóveis que precisam ser desapropriados. Porém, depois de uma série de aditivos e acréscimos no projeto original, o custo da obra aumentou em 29%, chegando a R$ 53,24 milhões.
Conforme a previsão, a nova avenida servirá para desafogar o tráfego da Avenida Guri Marques, hoje a principal via de acesso da região central de Campo Grande às Moreninhas e bairros próximos.
A continuidade do projeto foi prometida pelo governador Eduardo Riedel no dia 4 de agosto, durante anúncio da programação das festividades relativas aos 126 anos de Campo Grande. Naquela, data, Riedel previu que as obras do novo acesso começariam ainda neste ano.
Para o Presídio de Segurança Máxima da Capital a verba não utilizada seria de R$ 5,8 milhões - Foto: Gerson Oliveira


