Cidades

2011

Rodovias federais registram 187 mortes

Rodovias federais registram 187 mortes

Gabriel Maymone

27/11/2011 - 00h02
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 187 mortes no período de janeiro a novembro deste ano, nos 3.410 quilômetros de rodovias federais que cortam Mato Grosso do Sul. A BR-163 continua sendo a campeã em número de mortes, com 83 registradas no período, 44% do total. A BR-262 aparece em segundo lugar com 39 mortes e as BRs 267 e 158 aparecem logo em seguida com 23 e 22 mortes respectivamente.

O inspetor-chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF, José Ramão Mariano Filho, aponta que a imprudência, desrespeito de sinalização e o excesso de velocidade são as principais causas de acidentes. A imprudência é responsável por 34% das colisões. De acordo com dados da PRF, dos 3.093 acidentes registrados no período, 1.058 foram provocados pela desatenção dos motoristas.

A presença de animais na pista também chama atenção nas estatísticas da PRF. É apontada como a quarta maior causa de acidentes, sendo responsável por 8% deles. “O condutor deve estar atento, também, a este tipo de situação, que é a realidade do nosso Estado”, alerta Mariano.

Chuvas

O período de chuvas também é considerado crítico pela PRF. “Em dias de chuva sempre tem mais acidentes, é um problema sério”, afirma Mariano, dizendo que em condições adversas, o condutor deve ter consciência de que a postura no trânsito deve mudar. “O motorista deve reduzir a velocidade, aumentar a distância de segurança em relação ao veículo anterior e ficar atento com a aquaplanagem”, completa.

As condições da pista não ganham destaque como causas de acidentes. “Em grande parte do Estado, o asfalto está em excelente condição. Quando detectamos alguma falha na infraestrutura, informamos o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para que as devidas providências sejam tomadas”, aponta o inspetor.

Cuidados especiais

Das quatro rodovias mais perigosas do Estado, três delas apresentam trechos que exigem cuidados especiais dos condutores. Segundo o Dnit, o trecho de 34,3 quilômetros da BR-158 - entre o Km 59 e Km 93,4 – é o mais crítico, com funcionamento em meia pista no Km 78 através de desvio precário em cascalho. Na BR-267, o Dnit informa que entre o Km 150 ao 249, a rodovia apresenta pista irregular e trechos em obras, com restrição de velocidade. Nas Brs 163 e 262 não há restrições.

Segundo o engenheiro do Dnit, Carlos Pascoal, todas as rodovias passam por obras de conservação e manutenção. “São realizados serviços de tapa buraco, limpeza, roçada capina, e dispositivo de drenagem”, explica.

Estaduais

Entre as rodovias estaduais, a mais perigosa é a MS-276. Entre os meses de maio a outubro, segundo a Polícia Militar Rodoviária (PRE), foram registradas 40 ocorrências. A estrada apresenta movimento pesado por ligar a região sul do Estado, principalmente a grande Dourados, até Nova Andradina, rota para os estados de São Paulo e Paraná.
As rodovias estaduais registraram 59 mortes em 488 acidentes no período. A PRE aponta que a principal causa dos acidentes é a imprudência dos condutores, principalmente pela alta velocidade.

Fiscalização

Segundo a PRF, não haverá aumento no número de fiscalizações e operações nas rodovias campeãs de acidentes, pois para isso seria necessário mais policiais. No entanto, para agilizar as fiscalizações, a PRF recebeu, em julho, 10 novas viaturas, sendo uma para atuar na região de Naviraí, três para Campo Grande – onde a demanda é maior, três ficaram à disposição do Núcleo de Operações Especiais (NOE) e as outras ficam à disposição da PRF, conforme a demanda. O Balanço da PRF refere-se ao período de 1º de janeiro a 16 de novembro. 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

CAMPO GRANDE

Trabalhadores engrossam paralisação na Santa Casa

Se no primeiro dia manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, ato é engrossado e pelo menos dois mil  trabalhadores aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário

23/12/2025 11h00

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: 

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua". Marcelo Victor/Correio do Estado

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Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos/serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua".

"Com efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores", complementa a Santa Casa de Campo Grande em retorno. 

Em outras palavras, se no primeiro dia a manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, a paralisação é engrossada e pelo menos dois mil  trabalhadores da Santa Casa (dos quatro mil totais) aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário. 

Sem acordo

    

Enquanto a Santa Casa de Campo Grande aponta que, até o momento, não há nenhuma novidade em relação ao pagamento do décimo terceiro, que afeta todos os funcionários celetistas da unidade, a paralisação acaba impactando na vida não somente dos trabalhadores mas também de pacientes e visitantes. 

Ainda ontem no fim da tarde, através das redes sociais, a Santa Casa de Campo Grande emitiu comunicado anunciando ajustes temporários nas rotinas de vista aos pacientes, diante da paralisação. 

Essas visitas estão autorizadas tanto para pacientes internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas enfermarias. 

Esses ajustes na rotina seguem as seguintes diretrizes: 

  • - Apenas um familiar será liberado e permitido vistar o paciente;
  • - Cada paciente tem direito a uma visita por dia, feita pelas manhãs, às 11h. 
  • - Acesso das visitas deve ser feito exclusivamente pela porta de vidro do térreo.  

Há o detalhe de que, para os pacientes da área de trauma, onde ficam os acidentados, os visitantes devem dirigir-se pela entrada específica do setor. 

É o caso de Vitória Lorrayne, que está com o irmão acidentado na Santa Casa, que deu entrada na unidade desde o domingo e seria submetido a cirurgia durante o primeiro dia de paralisação, e sequer conseguiu contatar o parente que foi vítima de acidente de moto. 

"Não facilitaram em nada. Até disse que minha mãe sairia de viagem e precisava de notícias, está preocupada, mas falaram ontem (22) infelizmente que eu não poderia entrar", comenta ela. 

Como se não bastasse, até mesmo as informações sobre quando teria novamente contato com o irmão foram desencontradas, já que num primeiro momento mandaram a jovem voltar à Santa Casa por volta de 16h, quando novamente foi impedida de fazer a visita. 

"Voltei lá e disseram que haviam suspendido as visitas da tarde e da noite. Que seria apenas hoje às 11h, e não facilitaram em nada, sendo que gastei 70 reais ao todo entre idas e vindas", conclui. 

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).
**(Colaborou Naiara Camargo)

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