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Roubo de pedras lunares por estagiários da Nasa será tema de filme

Roubo de pedras lunares por estagiários da Nasa será tema de filme

folha online

24/01/2011 - 12h52
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A história real de como três estagiários da Nasa roubaram pedras lunares que valem milhões será agora contada nos cinemas.

O longa-metragem está começando agora a ser produzido por Scott Rudin, que também fez os aclamados "A Rede Social" e "Onde os Fracos Não Têm Vez". Ele já tem título: "Sexo na Lua".

O protagonista será Thad Roberts, estagiário da Nasa que, aos 25 anos, em 2002, conseguiu driblar os sofisticados mecanismos de segurança da agência para tomar para si as pedras recolhidas na Lua entre 1969 e 1972.

Ele contou com a colaboração de outras duas estagiárias. Tiffany Fowler, 22, que estava apaixonada por Roberts, e Shae Saur, 19.

A história do roubo realizado pelos três começa a ser melhor contada agora, em função de um novo livro prestes a ser lançado nos Estados Unidos, que deve inspirar o roteiro ainda em desenvolvimento do filme.

Primeiro eles utilizaram seus crachás da Nasa para ter acesso a uma área reservada do centro espacial.

Depois, deram de cara com uma porta que, para abrir, exigia uma senha que só gente mais importante do que eles tinha.

Eles não tiveram dificuldade, porém, para adivinhar a senha de um dos seus chefes, que tinha autorização para entrar no setor --o "password" não chegou a ser divulgado, mas, pela facilidade, pode-se supor algo como a sua data de aniversário.

Passada essa barreira, não tiveram dificuldades para ter acesso a uma pesada caixa de 600 quilos, parecida com um armário reforçado, que guardava 101 gramas de pedras lunares coletadas pelas missões Apollo.

Roberts chegou a machucar o seu braço, mas conseguiu colocar a caixa sobre um carrinho e levá-la para o seu carro --se alguém viu, não suspeitou de nada.

Os três levaram a caixa para um hotel, quando descobriram que ela exigia mais um código para abrir --e esse eles não conseguiram adivinhar. O jeito foi usar uma serra elétrica. A caixa foi serrada por horas até abrir.

O trio jogou fora os 600 quilos inúteis e guardou os valiosos 101 gramas. Muito valiosos: segundo o FBI, cada grama de pedra lunar vale entre US$ 1.000 e US$ 5.000 no mercado negro --sim, existindo oferta, até pedras lunares podem ter o seu mercado negro.

Roberts achou possíveis compradores entrando em contato com membros do Clube de Mineralogia de Antuérpia (Bélgica) --há gente com todo tipo de interesse no mundo, e foi por esse caminho que o FBI chegou aos três jovens ladrões.

Um dos membros do clube belga dedurou o esquema para os agentes americanos, que entraram então em contato com Roberts fingindo serem potenciais compradores.

Combinaram um encontro em um restaurante italiano em Orlando na Flórida, onde Roberts, Fowler e um amigo do casal foram surpreendidos pelo FBI.

Os agentes encontraram as pedras lunares no hotel onde eles estavam hospedados na cidade, resolvendo assim o caso.

Roberts, mentor do roubo, pegou quase 10 anos de prisão em uma cadeia federal, e ainda cumpre pena. Suas colegas pegaram penas menores, e já estão soltas.

Loira de olho azul

"Sexo na Lua", que deve ser o título do filme sobre o roubo das pedras lunares, é também o título do livro do escritor americano Ben Mezrich sobre o assunto.

Mezrich, cujo livro anterior já tinha sido utilizado como referência para o filme "A Rede Social", ainda está trabalhando na obra, que deve ser lançada nos próximos meses nos EUA.

"Sexo na Lua" porque ele deve dar grande atenção ao relacionamento entre Thad Roberts, mentor do crime, e Tiffany Fowler, sua cúmplice, estagiários da Nasa.

Roberts ela um aluno de física da Universidade de Utah considerado brilhante. Logo que foi à Nasa, se encantou com Fowler, uma bióloga loira de olhos azuis recém-formada. Fowler também se impressionou com Roberts. "Ele era muito inteligente, muito bom em tudo", disse ao "Los Angeles Times".

Foram então morar juntos, e Roberts justificou o plano do roubo dizendo que queria "dar a Lua" à loira.

Ele levou a sério a ideia: quando foram pegos, os dois, em depoimento, contaram aos agentes do FBI que chegaram a fazer sexo em meio às pedras lunares roubadas.
Não foi o suficiente para danificar as pedras, que voltaram para a Nasa.

Cidades

Veículos batem de frente e três pessoas da mesma família morrem na BR-267

Motorista de um Virtus tentou fazer uma ultrapassagem, quando colidiu de frente com um Corolla; todas as vítimas estavam no veículo atingido

16/12/2025 18h36

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram Foto: Divulgação / PRF

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Três pessoas morreram em um acidente envolvendo dois carros de passeio, na manhã desta terça-feira (16), na BR-267, em Nova Alvorada do Sul. O acidente aconteceu durante uma tentativa de ultrapassagem.

De acordo com informações da PRF, um veículo Toyota Corolla, com placas de São Miguel de Guaporé (RO), seguia no sentido Nova Alvorada do Sul a Distrito de Casa Verde, enquanto um Virtus, com placas de Três Lagoas, seguida no sentido contrário.

Na altura do km 177, os veículos bateram de frente. Segundo testemunhas, o Virtus teria tentado fazer uma ultrapassagem e acabou colidindo com o Corolla.

Com o impacto da batida, duas passageiras no Corolla, de 55 e 73 anos, morreram na hora. Um outro passageiro, de 74 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu posteriormente no hospital. O motorista, de 53 anos, não teve ferimentos graves.

Conforme informações, as vítimas eram a esposa, pai e mãe do motorista.

No Virtus estavam o condutor e um passageiro, de 42 e 37 anos, respectivamente. Ambos tiveram lesões consideradas leves e foram encaminhados ao hospital em Nova Andradina, mas não correm risco de morte.

Ainda segundo a PRF, foi realizado o teste do bafômetro nos motoristas, com resultado negativo para alcoolemia em ambos.

Informações preliminares são de que a família que estava no Corolla saiu de Rondônia para visitar familiares no interior de São Paulo.

Durante os trabalhos de resgate e perícia, parte da pista ficou interditada. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Outro acidente com duas mortes

Na madrugada desta terça-feira (16), outro acidente deixou duas pessoas mortas e três feridas, na BR-158, em Três Lagoas.

Conforme reportagem do Correio do Estado, Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, trabalhava como moto-entregador. Ambos colidiram em ua região conhecida como anel viário Samir Tomé.

No Palio conduzido, além da motorista estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas.

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora.

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

 

Cabe recurso

Jogo do bicho: deputado Neno Razuk é condenado a 15 anos de prisão

Condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

16/12/2025 17h45

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

Deputado estadual Neno Razuk (PL) Foto: Wagner Guimarães / Alems

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), foi condenado a 15 anos e 7 meses de prisão, apontado como o "cabeça" de um grupo criminoso para tomar o controle do jogo do bicho em Campo Grande. A condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) nesta segunda-feira (15) e sentencia outras 11 pessoas. 

Conforme os autos do processo que corre em segredo de Justiça, os réus tentaram anular a condenação sob pedindo a nulidade das investigações. Em resposta ao Correio do Estado, André Borges, advogado de defesa do deputado, disse que irá recorrer da sentença. "Defesa certamente recorrerá; processo está longe de encerrar; Neno confia na decisão final da justiça", declarou. 

Condenações 

  • Carlito Gonçalves Miranda 10 anos, 9 meses e 24 dias de reclusão, em regime fechado; Não tem o direito de recorrer em liberar e segue sendo procurado;
  • Diogo Francisco 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;   
  • Edilson Rodrigues Ferreira 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 
  • Gilberto Luis dos Santos 16 anos, 4 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • José Eduardo Abduladah 4 anos e 1 mês de reclusão, em regime fechado; permanecerá em prisão domiciliar;
  • Júlio Cezar Ferreira dos Santos 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Manoel José Ribeiro 13 anos, 7 meses e 1 dia de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • Mateus Aquino Júnior 11 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado;
  • Roberto Razuk Filho 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Taygor Ivan Moretto Pelissari 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclisão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado; 
  • Valnir Queiroz Martinelli 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Wilson Souza Goulart 4 anos, 2 meses e 22 dias de reclusão, no semiaberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 

Buscas

Em novembro deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apreendeu mais de R$ 300 mil durante a operação deflagrada contra alvos ligados à família Razuk. A ação, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, também resultou na prisão de três familiares do deputado estadual Neno Razuk. 

Foram detidos o pai do parlamentar, Roberto Razuk, e os irmãos Rafael Razuk e Jorge Razuk. Segundo informações, além do montante em dinheiro, equipes recolheram armas, munições e máquinas supostamente usadas para registrar apostas do jogo do bicho.

Os materiais foram apreendidos durante o cumprimento dos 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão executados  em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã, além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Em Dourados, viaturas foram vistas logo cedo em bairros como Jardim Água Boa e Vila Planalto. A residência de Roberto Razuk foi um dos principais pontos de ação, onde agentes recolheram malotes.

Outro alvo da operação é Sérgio Donizete Balthazar, empresário e aliado político, proprietário da Criativa Technology Ltda., que no início deste ano ingressou no Tribunal de Justiça com mandado de segurança para tentar suspender a licitação da Lotesul, estimada em mais de R$ 50 milhões.

Também aparecem entre os alvos o escritório de Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, conhecido como "Marquinho", chefe de gabinete de Neno Razuk e funcionário da família há cerca de 20 anos.

A família Razuk, já foi alvo de apurações relacionadas ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. A ação é tratada pelo Ministério Público como uma nova fase dessas investigações.

FASES

Em outubro de 2023, antes das fases da Successione, a Polícia Civil fez uma apreensão de 700 máquinas da contravenção, semelhantes a máquinas de cartão utilizadas diariamente em qualquer comércio, sendo facilmente confundidas.

As prisões foram desencadeadas a partir da deflagração das fases da Operação Successione, que começou no dia 5 de dezembro de 2023. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Foi nesta fase que os ex-assessores parlamentares de Neno Razuk foram pegos.

Duas semanas depois, no dia 20 de dezembro, foi deflagrada a segunda fase da operação, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão. Ela foi realizada após investigações do Gaeco apontarem que a organização criminosa continuou na prática do jogo do bicho, além de concluírem que policiais militares também atuavam nesta atividade.

No dia 3 de janeiro do ano passado, chegou a vez da terceira fase da operação, com mais dois envolvidos presos pela contravenção na Capital.

A disputa pelo controle do jogo ilegal em Campo Grande se intensificou após a prisão de Jamil Name e Jamilzinho, durante a Operação Omertá, em 2019, que eram apontados pelas autoridades como os donos do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. 

Quatro anos depois, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos de reclusão, após um julgamento de três dias.

O termo italiano "Successione"  que dá nome a operação, é uma referência a disputa pela sucessão do jogo bicho em Campo Grande após a operação Omertá. A decisão desta terça-feira cabe recurso. 

**Colaborou Felipe Machado

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