Cidades

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Saiba como transformar seu telhado em uma área verde

Saiba como transformar seu telhado em uma área verde

ig

10/07/2012 - 04h00
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Há quem imagine que os telhados verdes sejam possíveis somente em construções novas. Entretanto, coberturas antigas de casas ou apartamentos também podem receber os benefícios do sistema. O importante nestes casos é que sejam observadas a resistência da cobertura (se o modelo for colocado sobre o telhado) e a impermeabilização da laje.

O estado das telhas deve ser verificado principalmente porque a estrutura de um telhado verde (que inclui suporte, terra, água e vegetação) pesa, em média, 40 kg por m². Diante disso, para garantir o sucesso da adaptação, pode ser necessário trocar o modelo da cobertura - em especial quando se tratar de telhas de cerâmica, que quebram fácil com o passar do tempo. Entre os tipos mais duradouros e resistentes estão os de fibrocimento e metálicos.

“Quando a estrutura ecológica for instalada sobre as telhas, o ideal é verificar se elas estão bem posicionadas e têm resistência suficiente. Modelos antigos podem ser frágeis e não suportar o peso excedente”, afirma Marcos Casado, gerente técnico da GBC Brasil.

Antes de preocupar-se com a capacidade das telhas, no entanto, é preciso definir a complexidade do sistema. Quanto mais terra for ser usada e maior for o tamanho da planta, mais pesada ficará a estrutura. Além disso, os modelos com irrigação interna – lâminas d’água presentes debaixo da forração vegetal – chegam a exercer uma sobrecarga de 200 kg sobre o m². Estruturas verdes com forrações grossas, destinadas ao uso de plantas maiores, também são pesadas e podem representar 300 kg de sobrepeso.

“Ao escolher um modelo de cobertura verde mais pesado, o ideal é retirar o telhado antigo, que não aguentará a carga extra, impermeabilizar a laje e adaptar o sistema verde”, afirma João Manuel Feijó, diretor da Ecotelhado.

Durante a escolha do melhor produto para fazer a impermeabilização, os especialistas alertam sobre a necessidade de analisar o tamanho da área. Locais grandes e sem muitos recortes podem receber mantas asfálticas pré-fabricadas, mas é bom lembrar que sua aplicação deve ser feita em altas temperaturas (com a ajuda de um maçarico) e que não há liga com madeira. Desse modo, opções como mantas vulcanizadas ajudam, pois têm encomenda sob medida. Já em áreas menores, o ideal é usar impermeabilizantes líquidos, como o poliuretano, que são fáceis de aplicar, não deixam falhas nas emendas e oferecem praticidade caso o local seja bastante recortado.

Outro aspecto que merece destaque na hora de transformar a cobertura tradicional em verde é perceber a inclinação do telhado. Como haverá necessidade de manter o jardim, o que inclui regas e podas periódicas, não é indicado adaptar o sistema em telhados com inclinação superior a 30º. “Locais com grande declive dificultam a instalação e, muitas vezes, desperdiçam uma possível área de lazer”, diz Feijó.

Cuidados e novas possibilidades

Durante a escolha da cobertura verde, não se pode esquecer do tipo de planta que será utilizado. Segundo os consultores, as de grande porte e raízes profundas, como a figueira, flamboyant, salgueiro-chorão e o abacateiro, exigem muitos cuidados e boa quantidade de terra. Logo, as melhores espécies são aquelas resistentes à falta de água e insolação intensa. tais como seduns, rabo de gato, cambará, clúsia, orelha de rato e saião.

“Telhados verdes exigem plantas de baixa estatura, que cresçam rápido e sejam adaptadas ao clima do local”, diz Maria Solange Gurgel de Castro Fontes, professora do departamento de arquitetura, urbanismo e paisagismo da Unesp Bauru. “O sistema também pedirá um controle de irrigação, caso as chuvas não aconteçam com frequência”, afirma.

Mas a cobertura sustentável não é voltada exclusivamente ao telhado da casa. Além dele, locais como a varanda também podem se transformar em boas alternativas para trazer a natureza à decoração. O importante é que a área seja aberta e receba luz do sol e água da chuva. Quanto à estrutura, não há necessidade de reforço, pois as varandas aguentam, em média, cargas de 200 kg por m², o que torna viável a aplicação do sistema.

A área externa também pode receber diversas alternativas verdes além do telhado ecológico. Jardins verticais e coberturas de trepadeiras são boas opções e dão novos ares às paredes da varanda. Mas, se o jardim ainda não estiver completo, nada melhor do que uma pequena horta com ervas e temperos para harmonizar o cantinho verde da casa.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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