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Enquanto Secretário de Saúde diz que MS já vive a 3º onda, prefeito da Capital defende que ela nunca chegará

Apesar das discordâncias, o secretário parabenizou a Capital pela velocidade na aplicação das vacinas contra a Covid-19

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Enquanto o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende afirma que Mato Grosso do Sul já sofre com a 3º onda da Covid-19, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) "profetizou" que ela nunca chegará.

"A Bíblia diz que Deus fez o mundo com a palavra, e com a palavra eu profetizo e afasto toda e qualquer onda nesta cidade. Previsão, futurologia, tarólogo... não há de chegar 3º, 4º, 5º onda", disse em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (22), realizada para comemorar a marca de 1 milhão de doses aplicadas no Estado.

Resende, que também estava presente, relatou que na sexta-feira (22) não existiam leitos de UTIs disponíveis no Estado, e que as UPAs, improvisadas para receber os pacientes com Covid-19 para desafogar os hospitais, já estão lotadas de pacientes.

"Eu acredito que vai ser a pior onda, sem ser alarmista, mas estou procurando fazer esse alerta, os indicativos estão bem claros", disse ao Correio do Estado.

"Faço um apelo, nós não vamos poder fazer afrouxamento nenhum sobre as regras que levem ao isolamento social, porque se não vamos ter de fato muito mais mortes do que já estamos vivenciando. Ontem a central de regulação dos municípios voltaram a ter mais de 200 pessoas na fila para ter acesso a um leito de UTI", completou.

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Contudo, Trad afirmou que vai pedir ao governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) suporte econômico para os comerciantes na próxima data comemorativa que movimenta as vendas varejistas, o Dia dos Namorados.

"Quero deixar claro aos empresários que vivem da vida noturna, não da festa clandestina, que terão apoio do município sim. Dar a eles um pouco de oxigênio, porque eles também estão na UTI", disse.

"Cautela sim, todavia hoje nos estamos com 96% da taxa de ocupação de leitos da nossa cidade, nenhum campo-grandense faleceu de Covid sem que estivesse dentro de um hospital", completou o prefeito.

Apesar das discordâncias, o secretário parabenizou a Capital pela velocidade na aplicação das vacinas contra a Covid-19. "Estamos chegando a marca de 30% das pessoas imunizadas".

Afinal, tem 3º onda ou não?

O Correio do Estado já havia noticiado nesta manhã que o cenário preocupa autoridades do Estado, especialmente o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.

Para o médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, a terceira onda de contágio da Covid-19 será o pior cenário já visto no Estado. 

“Vai ser triste, e sem fechar tudo rapidamente, teremos pessoas morrendo em Unidades Básicas de Saúde sem a devida assistência”, afirmou.  

Conforme Croda, com as altas taxas de internações, as próximas semanas serão delicadas. “Já estamos começando a terceira onda com uma taxa de ocupação de leitos hospitalares muito elevada”, reiterou.

De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, o Estado registrou 1.954 novos casos da doença e 49 mortes nas últimas 25 horas.

São 225 pessoas na fila por leitos em Mato Grosso do Sul, ontem eram 202. Segundo a última atualização da central de regulação, 140 pessoas aguardam na macrorregião de Campo Grande, 123 delas só na Capital.

“Na fila de espera são pacientes por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs), podendo ser Covid ou não. Se é suspeita de Covid tem que fazer a internações e fazer todos os encaminhamentos para ter um diagnostico correto”.

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saúde

MS registra mais 9 casos da gripe K e número chega a 12

9 novos casos encontram-se em investigação epidemiológica, afirmou a SES-MS

23/12/2025 10h40

Átomo H3N2

Átomo H3N2

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Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) apontam que 9 novos casos da Gripe K foram registrados em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, 3 casos foram confirmados. Com isso, o número chega a 12.

Os casos foram confirmados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. Os infectados possuem 3 meses, 5 meses, 1 ano, 3 anos, 5 anos, 6 anos, 11 anos, 20 anos, 73 anos, 77 anos, 82 anos e 87 anos.

De acordo com a SES-MS, todos os nove novos casos confirmados do subclado K da Influenza A (H3N2) encontram-se em investigação epidemiológica. Para subsidiar a análise, foram solicitadas informações complementares aos respectivos municípios de residência dos pacientes.

Após a confirmação dos casos, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo para a doença.

TEMPO

Capital tem o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos

Acumulado até ontem era de 212,4 milímetros, o que já é superior à média climatológica do mês no Município; volume fica abaixo apenas do registrado em 2019

23/12/2025 09h00

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Após anos de seca, Campo Grande viu a chuva voltar com força este ano. Só nos primeiros 22 dias de dezembro, o acumulado já chegou a 212,4 milímetros, o maior volume dos últimos seis anos na cidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado até ontem na Capital já é superior à normal climatológica, ou seja, a média para o mês no Município (considerando o período de 1981 a 2010), que é de 206,0 mm.

A última vez que choveu maior volume em Campo Grande foi em dezembro de 2019, quando foram registrados 249 mm, porém, o valor considera o mês inteiro, o que significa que ainda há possibilidade de este volume ser superado neste ano.

Além de ser o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos, este é o mês mais chuvoso deste ano, superando abril, quando foram registrados 204,8 mm.

Este ano também registrou alguns recordes, por exemplo, abril foi o mais chuvoso da história de Campo Grande, enquanto novembro teve o maior acumulado de chuva em 10 anos, conforme matérias do Correio do Estado.

Ao todo, o acumulado deste ano estava em 1.170,8 mm até ontem, conforme dados do Inmet. O volume é quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando foram apenas 780,6 mm, que foi o período com o menor acúmulo de chuvas da história em Campo Grande, de acordo com dados anuais da estação meteorológica do Inmet desde 1981.

ESTRAGOS

A chuva deste ano veio acompanhada de estragos nas ruas da cidade. Em abril, a situação mais crítica foi registrada na região da Chácara dos Poderes, onde a Estrada SE-1 precisou ser interditada em função da abertura de uma cratera na via de terra.

Já em novembro o acumulado de vários dias de chuva forte resultou em carros arrastados pela enxurrada na Praça Itanhangá e asfalto arrancado na rotatória das Avenidas Rachid Neder e Ernesto Geisel, além de dezenas de árvores que caíram sobre fiação de energia elétrica.

PREVISÃO

Para esta semana, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), há possibilidade de chuva no Estado.

Hoje o sol deve ficar entre nuvens em todo MS. Em Campo Grande, há possibilidade de pancadas de chuva, principalmente durante a tarde e à noite. Também pode chover nas regiões, sul, norte e oeste do Estado. Já no leste o sol brilha entre nuvens.

Ontem Campo Grande teve períodos de nebulosidade e de sol forte durante toda a manhã e à tarde - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A temperatura deve variar de 23°C a 31°C na Capital e chega à máxima de 36°C em Três Lagoas e Paranaíba.

Na quarta-feira, o dia na Capital deve ser ensolarado, com máxima de 32°C. Há possibilidade de chuva no sul, norte e oeste do Estado.

O dia de Natal deve ser quente em Campo Grande, com máxima de 33°C e sol entre nuvens.

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