Cidades

Campo Grande

Semana restritiva terá igrejas abertas e comércio fechado

Infectologista teme que semana se torne feriadão prolongado se fiscalização não for rigorosa

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Campo Grande terá antecipação de feriados na próxima semana e 32 serviços e atividades poderão funcionar durante o período. Medidas foram implantadas por conta da situação caótica da pandemia de Covid-19 na Capital, que não possui leitos hospitalares e bate recorde de mortes e internações diariamente.

Durante o período de vigor do decreto, locais como parques, conveniências, academias, shoppings e comércios não poderão funcionar. Entretanto, igrejas e templos foram considerados como essenciais no decreto e poderão funcionar seguindo as medidas de biossegurança, obedecendo ao toque de recolher das 20h e à lotação máxima de 40% da capacidade.

De acordo com o infectologista Julio Croda, entre as atividades do decreto a menos essencial é a abertura de igrejas, mas isso não vai ter grande impacto na pandemia. “Acho que é muito desnecessário manter os templos abertos. Não que a igreja seja a principal culpada pela pandemia e vai ser fonte principal de aglomeração, porque a pandemia só vai ser controlada se tiver fiscalização em pelo menos em todas as atividades do decreto”.

O infectologista afirma que caso não haja uma fiscalização ostensiva em todas as atividades permitidas pelo decreto há um grande risco de a semana se tornar um feriado prolongado para a população.

“Vai ter de ter força de segurança, intervenção, multa, blitz. Tem de criar dificuldade para que as pessoas não circulem, senão a população não vai respeitar e não vai aderir às medidas, se não houver uma fiscalização ostensiva, pode ser que tenha festas e aglomerações clandestinas e que, assim, vire um feriado prolongado”, ressalta.

O procurador-geral de Campo Grande, Alexandre Ávalo, afirma que esta é uma medida necessária para amenizar a crise de saúde que o município enfrenta. Entretanto, declara que não haverá proibição de pessoas nas ruas antes do toque de recolher e que espera a conscientização da população para não circular desnecessariamente.

“Nossa orientação neste momento é para que a população fique em casa, mas não tem como proibir todos de saírem pela cidade. Esperamos então uma consciência da população em não circular”.

De acordo com Ávalo, na próxima semana o serviço de fiscalização será realizado da mesma forma que ocorre com o toque de recolher. O Município contará com o auxílio da vigilância sanitária, da guarda municipal, dos fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), da Polícia Civil e da Polícia Militar com rondas pela cidade durante o dia e noite.  

O procurador ainda destaca que caso uma empresa não respeite o decreto pode ser denunciada para a vigilância sanitária ou para os serviços de policiamento. Ao receber a denúncia, a entidade vai até o estabelecimento, fechará o local e aplicará multa para o proprietário.  

Últimas Notícias

Decreto

De acordo com o prefeito Marcos Trad, do dia 22 até o dia 26 de março serão antecipados os feriados dos dias 13 de junho e 26 de agosto de 2021 e 2022, dia do padroeiro da cidade e aniversário da Capital, respectivamente. Além disso, para completar os cinco dias, o Estado liberou a antecipação do feriado de 11 de outubro, aniversário de Mato Grosso do Sul.

Nestes dias, só funcionarão alguns serviços considerados essenciais durante as 24 horas. Trad destaca que o comércio que não se enquadra nos serviços descritos no Decreto como essenciais não poderá abrir. Para aqueles que estiverem autorizados a abrir, continua sendo válido o limite máximo de ocupação com 40% da capacidade total permitida, além do toque de recolher vigente, das 20h às 5h.

Anteriormente, o prefeito havia informado que feriados nacionais e estaduais, como os dias 21 de abril, 3 de junho, 26 de agosto, 7 de setembro e 15 de novembro, também seriam compensados na próxima semana. No entanto, de acordo com Ávalo, a legislação só autoriza que a prefeitura antecipe feriados municipais.

O decreto terá validade de sete dias e fica em vigor até domingo (28). Neste fim de semana, o decreto estadual é o que continua em vigor, o que permite o funcionamento do comércio até às 16h. No entanto, durante o fim de semana do dia 27 e 28 de março, passa a valer o que determina a prefeitura, com medidas mais restritivas que sobrepõem o decreto estadual.

O procurador destaca que não se trata de uma semana de feriados e, sim, de restrição para melhorar a situação de crise da Capital. “O objetivo é salvar vidas, é a saúde pública, é o bem coletivo, em um ato conjunto e consensual para evitarmos problemas mais agravados no futuro”, acrescentou.

Transporte coletivo

Os ônibus vão funcionar da mesma forma que ocorre desde o sábado passado, de acordo com o toque de recolher do decreto estadual. O procurador do município afirma que a paralisação de diversas atividades tem impacto direto na circulação de pessoas e consequentemente na utilização do transporte coletivo.  

Aulas

Faculdades e escolas públicas também fecharão durante o período, e escolas particulares poderão continuar funcionando de forma remota. No entanto, quem decidir manter o local em funcionamento deve pagar hora extra ou folga futuramente para compensar o feriado.

Alimentação

Supermercados, centrais de abastecimento alimentar e padarias poderão funcionar durante os sete dias de vigência do decreto, no entanto, fica proibido o consumo de alimentos e bebidas nos locais.

Umas das reivindicações do comércio foi atendida, e restaurantes e lanchonetes poderão realizar atendimentos no sistema drive-thru e delivery. Além disso, para não sobrecarregar os entregadores, o cliente também poderá buscar o pedido no estabelecimento.  

Bancos

As agências bancárias de Campo Grande poderão abrir apenas para autoatendimento pelos caixas eletrônicos. Não será permitida a entrada de pessoas para atendimento pessoal.

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Cidades

Gleisi: 'Não temos dependência de mercados hegemônicos das nossas vendas'

28/07/2025 21h00

Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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A ministra da Secretaria das Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o Brasil não tem uma dependência de mercados hegemônicos. Segundo ela, isso se dá pela função de Lula como "caixeiro-viajante" em viagens internacionais.

"Nós não temos dependência de um mercado hegemônico para as nossas vendas. Devemos isso a função de Lula, quase como um caixeiro-viajante junto com os empresários desse País, para abrir comércio com a Ásia e tantos outros países", declarou Gleisi.

Em breve discurso no Palácio do Planalto, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais também celebrou a saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Temos muito orgulho de, de novo, termos conquistado com o povo brasileiro essa posição. Infelizmente, nós tivemos um retrocesso, mas conseguimos, por determinação desse governo, fazer com que a gente não esteja no Mapa da Fome. Não tem coisa mais feia e perversa do que a fome. Um país não vai ser grande, não vai ser desenvolvido, se uma parte considerável da sua população passar fome", disse Gleisi.

Nesta segunda, Lula sancionou o projeto de lei que cria o programa Acredita Exportação. Segundo o Planalto, a proposta busca ampliar a base exportadora de micro e pequenas empresas (MPEs) por meio da devolução de tributos federais pagos ao longo da cadeia produtiva de bens industriais destinados à exportação. Segundo Gleisi, a lei só foi possível graças à parceria do Congresso Nacional.

O Acredita Exportação vai antecipar efeitos da reforma tributária, buscando contribuir para a redução do custo nas exportações e ampliar a competitividade das MPEs no mercado internacional.

As micro e pequenas empresas representam 40% do total de companhias exportadoras do país, somando 11,5 mil das 28,8 mil que venderam ao exterior em 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secex/MDIC). Essas exportações atingiram a cifra de US$ 2,6 bilhões no mesmo período.

A nova lei serve como uma ponta até a implementação da reforma tributária, em 2023, quando a comutatividade de impostos será extinta. Além da restituição, o Acredita Exportação também moderniza outros regimes aduaneiros, como o drawback e o Recof, suspendendo a cobrança de PIS/Cofins sobre serviços diretamente ligados à exportação, como frete e logística.
 

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luz no fim do tunel

Duplicação da BR-163 perto de Campo Grande começa a tomar forma

Duplicação vai eliminar um dos gargalos da rodovia, entre o início do anel viário e a posto da Polícia Rodoviária Federal

28/07/2025 19h01

Trabalhos estão mais adiantados na altura do km-454, próximo ao posto da PRF, na saída de Campo Grande para Dourados

Trabalhos estão mais adiantados na altura do km-454, próximo ao posto da PRF, na saída de Campo Grande para Dourados Gerson Oliveira

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Acostumados a pagar pedágio sem verem investimentos, usuários da BR-163 em Mato Grosso do Sul aos poucos começam a ver luz no fim do túnel. Ela está “brilhando” próximo ao quilômetro 454 da rodovia, nas imediações do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde as obras de duplicação finalmente começam a aparecer. 

O contrato da relicitação da rodovia deve ser assinado somente em agosto, mas para tentar convencer de que desta vez ele será cumprido, o comando da CCR MSVia anunciou ainda no leilão, no dia 22 de maio, que os investimentos começariam antes da formalização. 

Quem está chegando a Campo Grande, vindo a região sul do Estado, consegue ver as máquinas e trabalhadores no último trecho de aclive antes de chegar ao posto da PRF. Conforme a promessa, dalí em diante serão em torno de sete quilômetros nesta primeira fase de duplicação. 

Na tarde desta segunda-feira, apesar do tempo instável, duas grandes retroescavadeiras, caminhões e cerca de duas dezenas de trabalhadores podiam ser vistos atuando no local, que é parte inicial dos cerca de sete quilômetros que já está autorizados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

Trabalhos estão mais adiantados na altura do km-454, próximo ao posto da PRF, na saída de Campo Grande para DouradosTrecho inicial da duplicação atende a um dos pontos mais críticos da rodovia, entre a entrada de Campo Grande o posto da PRF

Nesta segunda-feira (28), a agência autorizou a desapropriação de imóveis às margens da rodovia para permitir o avanço da obra. Nesta parte inicial, a autorização se estende até o quilômetro 460, mas a previsão é de que nos próximos cinco anos a duplicação chegue a todo o anel viário. 

A parte inicial será feita em um dos trechos mais críticos da rodovia, localizado entre a rotatória do anel viário (KM-466) e o posto da PRF, onde não existe terceira faixa e normalmente o movimento é intenso. 

Além desta duplicação próximo a Campo Grande, máquinas da CCR MSVia também podem ser vistas em quatro locais diferentes próximo a Mundo Novo e Itaquiraí, no extremo sul do Estado, onde está sendo instalada terceira faixa em trechos de aclive. 

Inicialmente, conforme o edital, terão de ser duplicados 203 quilômetros da rodovia, sendo a maior parte entre Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes. Porém, se houver aumento no fluxo de veículos, novas duplicações terão de ser instaladas. 

Além das duplicações, o contrato inicial prevê a construção de 147 quilômetros de faixas adicionais, 29 quilômetros de contornos urbanos e 29 quilômetros de vias marginais em áreas urbanas.

Cidades como Mundo Novo, Itaquiraí e Eldorado, por exemplo, ficarão livres do tráfego de caminhões, já que está prevista a construção de contorno rodoviário. Próximo a Dourados, na Vila São Pedro e Vila Vargas, também terá de ser construído contorno, mas em pista duplicada.

LONGA ESPERA

A CCR controla a BR-163 desde 2013. O contrato inicial previa a duplicação dos 847 quilômetros, de Mundo Novo a Sonora. Porém, depois de duplicar 150 quilômetros em trechos aleatórios e receber autorização para cobrar pedágio, os investimentos pararam, apesar de a cobrança de pedágio continuar até hoje. 
A empresa alegou que estava operando no vermelho e tentou devolver a rodovia à União. Porém, uma longa negociação redefiniu as exigências e garantiu que a empresa terá aumento de 100% nos valores do pedágio assim que cumprir as principais exigências do novo contrato. Atualmente, a CCR cobra em torno de R$ 8,00 a cada cem quilômetros. 

No primeiro ano do novo contrato devem ser investidos em torno de R$ 500 milhões, sendo a maior parte, R$ 150 milhões, na recuperação da pista de rolamento, que está sem investimentos significativos desde 2021. 

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