Cidades

OPERAÇÃO NACIONAL

Servidor do INSS em Campo Grande era 'braço' em fraudes de R$ 6 milhões

Esquema desmantelado pela Operação "Server" fraudava pensões por morte concedendo três benefícios na Capital e um em Sidrolândia

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Endereço de um servidor campo-grandense do Instituo Nacional do Seguro Social (INSS) foi alvo, na manhã desta quinta-feira (31), de busca e apreensão durante a Operação "Server", por suposto envolvimento em fraude em mortes por pensões, sendo "braço" em esquema nacional que deu prejuízos de cerca de R$ 6 milhões. 

Segundo o Ministério da Previdência Social e confirmado pela Polícia Federal, os dois mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, envolvendo oito agentes da PF e servidor da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP). 

Ao todo, a CGINP do Ministério da Previdência Social identificou 54 pensões em território nacional, das quais quatro foram localizadas em Mato Grosso do Sul: três na Capital Campo Grande e uma no município de Sidrolândia. 

Sendo que a Operação "Server" foi batizada dessa forma por envolver a participação de servidor público do INSS, esse um endereço de Campo Grande seria "braço" no esquema que fraudava mortes de pensões, nesse caso especificamente de trabalhadores mortos de Porto Alegre–RS.

Entenda o esquema

Pelas investigações foi possível concluir que as pensões eram concedidas sem o devido processo administrativo, com as fraudes entregues a dependentes companheiros, usando benefícios de segurados mortos entre 2013 e 2018. 

O curioso, e como bem aponta o Ministério da Previdência Social, é que à época esses servidores não tinham familiares. 

Ainda, a Pasta informa que todos esses pagamentos "foram realizados com valores retroativos à data de falecimento dos instituidores", em um prejuízo identificado que beira R$ 6 milhões. 

Segundo a Coordenação-Geral de Inteligência da previdência, se comprovadas as irregularidades, envolvidos devem responder por: 

  • Crimes de estelionato previdenciário, 
  • Associação criminosa;
  • Uso de documentos falsos e
  • Falsidade ideológica.

Além disso, tanto materiais apreendidos e possíveis presos em flagrante serão levados à sede da Polícia Federal na Capital sul-mato-grossense. 

 

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CONCURSO PÚBLICO

Prefeitura empossa 448 professores convocados no último concurso

Desse quantitativo, 200 tomaram posse para Educação Infantil e cerca de 250 para anos iniciais do Ensino Fundamental

31/10/2024 10h15

Professora, aprovada no concurso da Reme, assinando termo de posse

Professora, aprovada no concurso da Reme, assinando termo de posse DIVULGAÇÃO/PMCG

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Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG), por meio da Secretaria Municipal de Gestão (Seges), empossou 448 novos professores aprovados no Concurso Público para professor da Rede Municipal de Ensino (Reme).

Dos 448 empossados, 200 são para Educação Infantil e cerca de 250 para anos iniciais do Ensino Fundamental alocados nas disciplinas de Ciências, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física e Arte.

A nomeação foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Confira a lista de nomes aqui. Os profissionais começarão a trabalhar no próximo ano letivo, em 2025.

Professores foram convocados, mas, conforme noticiado pelo Correio do Estado, outros tiveram a convocação anulada. Isto porque houve a inobservância do prazo para apresentação ou em não atendimento aos requisitos previstos no Edital.

Dos 40 concurseiros que tiveram a convocação anulada, 15 são da Educação Infantil, 20 de Anos Iniciais do Ensino Fundamental, 4 de Artes e 1 de Ciências. A decisão foi publicada no Diogrande de terça-feira (29). 

CONCURSO REME 2024

Concurso Público para professor da Rede Municipal de Ensino (Reme) iniciou em 11 de dezembro de 2023 e encerrou em 23 de agosto de 2024. Os professores foram convocados para posse em 23 de outubro de 2024.

No início, eram 323 vagas disponíveis, mas o número foi expandido para 810. O salário é de R$ 3.671,07 e a carga horária é de 20 horas semanais.

Ao todo, 20.861 candidatos se inscreveram no concurso, sendo que 18.764 (89,9%) compareceram as provas. A concorrência foi de 58 candidatos/vaga.

período de inscrições foi de 11 de dezembro de 2023 a 15 de janeiro de 2024. O exame foi aplicado em 4 de fevereiro de 2024 na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Uniderp, Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado e Escola Estadual Prof. Emygdio Campos Vidal.

O gabarito foi compartilhado em 5 de fevereiro. Já o resultado da prova objetiva foi divulgado em 1º de março e a redação em 26 de março. O resultado final foi divulgado em 24 de abril e a convocação em 23 de agosto. O concurso público foi aplicado pelo Instituto Avalia.

No início, eram 323 vagas, sendo 82 para professor de Educação Infantil; 120 para professor de anos iniciais do Ensino Fundamental; 84 para professor de Artes; 10 para professor de Educação Física; 5 para professor de Língua Inglesa; 5 para professor de Língua Portuguesa, 5 para professor de Matemática, 4 para professor de Geografia; 4 para professor de História e 4 para professor de Ciências.

Mas, a prefeitura resolver chamar mais 487, sendo que grande parte dos profissionais irá atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Porém, desse número, 40 tiveram a convocação anulada.

Atualmente, a Rede Municipal de Ensino (Reme) tem aproximadamente 109 mil alunos matriculados em 206 unidades de ensino, 7,5 mil professores e 12 mil servidores (administrativos, limpeza, merenda, monitor de aluno, entre outros).

INVESTIGAÇÃO

Esquema para fraudar camionete de prefeito "mais louco" expõe Detran-MS

Gaeco descobriu que Dodge RAM foi transferida de homem para PM em transação que envolveu selo e assinatura falsificados

31/10/2024 09h00

Durante o cumprimento dos mandados, agentes do Ministério Público encontraram R$ 79 mil em dinheiro, armas de fogo e munições

Durante o cumprimento dos mandados, agentes do Ministério Público encontraram R$ 79 mil em dinheiro, armas de fogo e munições Gerson Oliveira

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O chefe do Executivo de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB) – conhecido também como o prefeito “mais louco do Brasil” – está envolvido em mais uma polêmica. Dessa vez, o foco da investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) é referente a uma caminhonete Dodge RAM que foi do gestor, mas que tinha um homem morto como proprietário.
O esquema pode envolver, inclusive, a participação de uma funcionária do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), o que expõe a fragilidade do sistema do órgão estadual.

Esses elementos levaram o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) a deflagrar ontem a Operação Contrafação, 

“em apoio à investigação que tramita perante a 1ª Promotoria de Justiça de Ivinhema”.A ação cumpriu oito mandados de busca e apreensão domiciliar, um mandado de busca e apreensão de veículo e intimações sobre imposição de medidas cautelares diversas da prisão – e um dos alvos foi Ferro.

De acordo com informações apuradas pelo Correio do Estado, em junho do ano passado, um homem que já estava morto há três anos teria “transferido” a posse da caminhonete para um policial militar (PM). Isso aconteceu na agência do Detran-MS localizada em Maracaju.

“Proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de três anos, o que demonstra a falsificação”, diz trecho de nota do Gaeco.

A transferência entre o morto e o PM envolveu o uso de documentos falsificados, segundo o Gaeco, braço do MPMS.Entre esses documentos, o Correio do Estado apurou que estava o selo de um cartório de registros localizado em Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul, e a assinatura do dito proprietário da Dodge RAM, que já estava morto.

Por causa de todos esses elementos, o Gaeco investiga também a possibilidade do envolvimento de uma servidora do Detran-MS no esquema.

Durante o cumprimento das ordens judiciais na operação de ontem, as quais tiveram como alvo o prefeito de Ivinhema, dois PMs, entre outras pessoas, foram apreendidos R$ 79 mil em dinheiro, além de armas, carregadores e munições.

Duas pessoas foram encaminhadas para delegacia de Polícia Civil pelo flagrante de posse de arma. Uma delas, conforme apuração do Correio do Estado, seria um vereador recém-eleito que trabalhava como uma espécie de segurança de Ferro.

Além da casa do prefeito, os promotores do Gaeco fizeram buscas em um supermercado (Alvorada) e em uma loja de revenda de veículos pertencente à mesma família.

Dessa loja, os agentes levaram uma caminhonete semelhante à que teve a documentação adulterada, mas o Gaeco não confirmou se é o veículo que estava sendo utilizado pelo prefeito até meados deste ano.

INVESTIGAÇÕES

Conforme o Gaeco, as investigações revelaram que a Dodge RAM que pertenceu a Ferro também foi de um empresário local, entretanto, eles não chegaram a registrar a posse – e nisso “acabou tendo a sua transferência efetivada, em sequência, para o nome de policiais militares do Estado, 

[a qual foi] baseada em documentação falsificada”.A caminhonete também aparece em uma outra investigação. Em setembro deste ano, a Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar por qual motivo o prefeito de Ivinhema não havia declarado à Justiça Eleitoral a posse de uma Dodge RAM e de uma Silverado – avaliadas em R$ 800 mil – que ele ostentava em suas redes sociais, ou seja, as quais ainda estavam em sua posse.

Ao prestar depoimento, no dia 3 de setembro, Ferro disse que já havia vendido a RAM recentemente e que a Silverado não estava em seu nome e que, por isso, não declarou à Justiça Eleitoral.

Essa Silverado acabou sendo apreendida pela PF no dia 15, em meio a uma investigação relativa a uma quadrilha de narcotraficantes.

O prefeito admitiu que havia comprado a Silverado de Luiz Carlos Honório, que foi preso em 8 de agosto acusado de ser um dos chefes de uma quadrilha do narcotráfico baseada em Ivinhema.

Na investigação também apareceu a informação de que a casa do prefeito havia sido adquirida do mesmo comerciante, que segue preso.

HISTÓRICO

No dia 23, agentes da PF recolheram uma série de documentos e tomaram depoimento de servidores da prefeitura de Ivinhema em meio a uma investigação que apura suposto superfaturamento da ordem de R$ 225 mil na compra de merenda escolar.

Dias antes, em 15/10, uma operação da PF contra uma quadrilha de narcotráfico apreendeu uma caminhonete Silverado de R$ 519 mil que também havia sido do prefeito. Ele comprou o veículo no começo deste ano de Honório, que foi preso por tráfico.
O prefeito “mais louco do Brasil” ainda devia R$ 380 mil dessa Silverado. Depois que o veículo entrou na mira da PF, ele afirmou que vendeu a caminhonete, a qual mesmo assim foi tomada do novo proprietário.

Saiba

Reeleito com folga para prefeito de Ivinhema

Juliano Ferro (PSDB) foi reeleito no dia 6 com pouco mais de 81% dos votos em Ivinhema. Foi a votação mais expressiva de um candidato a prefeito na história de 70 anos do município, conforme ele mesmo faz questão de informar em diversas publicações em seu perfil no Instagram, no qual tem 767 mil seguidores. Além da promoção pessoal, Ferro utiliza as redes sociais para uma série de rifas, geralmente de veículos. 

Nas últimas semanas, oferecia um Landau e uma F-1000 antigos. Seria com o dinheiro da venda dessas rifas que ele conseguiria o dinheiro para pagar a Silverado que havia comprado de um suposto narcotraficante.

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