A Prefeitura de Ivinhema e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINSPIV) estão em pé de guerra. Na próxima semana não está descartada greve cujo indicativo já foi tirado em julho, segundo a presidente da entidade, Irene Jesus dos Santos.
O site Jornal da Nova informa que a categoria vem lutando pela revisão salarial dos funcionários uma vez que até a presente data a tabela vigente da categoria é do ano de 2012 e está com vencimento inicial de R$ 650,00 e não R$ 724,00 conforme salário mínimo vigente no país.
Irene disse ao site que a greve foi votada no dia 5 de julho passado, após o prefeito Eder Uilson (PMDB) trancar as negociações. O gestor ainda teria desrespeitado a revisão geral anual dos servidores públicos, nos anos de 2013 e 2014. A revisão é prevista na Constituição Federal, Art. 37, § X.
Segundo Irene Jesus dos Santos, sempre que o sindicato buscou negociações que contemplasse a categoria, o prefeito procurou negar as reivindicações, motivando o sindicato a votar pela greve, durante Assembleia Geral ocorrida em julho. O início da paralisação estava marcado para o dia 21daquele mês.
Conforme a presidente do sindicato dos servidores públicos de Ivinhema, a greve atingiria serviços em diversas áreas, como educação, administração, entre outras áreas. Isso, já na data inicial. Apenas a área da saúde seria mantida funcionando normalmente.
Temendo pela paralisação, dois dias previstos para início da greve, no dia 19 de julho passado, o Executivo Municipal, informou o sindicato que haveria uma nova negociação no gabinete do prefeito Eder Uilson (Tuta). A entidade entendeu ser uma proposta insatisfatória e foi recusada pelos sindicalistas.
Nova Assembleia
Após negarem a proposta do executivo, os servidores se reuniram em nova assembleia e decidiram apresentar uma contraproposta ao prefeito. Passados 48h, após ver as exigências dos servidores Tuta enviou uma nova proposta, semelhante com a primeira. Em seu conteúdo, a proposta rezava as mesmas diferenciações, com índice de 11,39%, que seria pago entre outubro deste ano, a março de 2015.
Nova proposta não agradou
Conforme Irene, a última proposta não foi aceita pelos funcionários, pelo simples fato de que revisão geral anual, não pode ser concedida de forma diferenciada, por ser contrário ao princípio da isonomia, já que os funcionários não estão pedindo aumento, mas sim revisão.
Diante do impasse, Irene afirma que o sindicato estará se reunindo neste sábado (2), com os seus associados para propor que a greve seja referendada. A grave esta apenas suspensa destaca a presidente.
Após o referendo, o Executivo Municipal de Ivinhema será informado que após o prazo de 72h, a partir de segunda-feira (4), os funcionários públicos do município de Ivinhema vão parar suas atividades.
“Caso queira negociar novamente, o prefeito Eder Uilson terá de negociar dentro da legalidade, e não da forma como foi proposto”, finaliza a presidente.


