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NATUREZA

Símbolo de MS, ipê-amarelo é o segundo a florir na temporada das cores

Folhas são totalmente substituídas por flores, de cor amarela, em formato de cachos

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Após floração do ipê-rosa, é a vez do amarelo colorir ruas e avenidas de Campo Grande.

A cor amarela é a segunda a florir. Por enquanto, o branco ainda não "deu as caras" na cidade. O ipê rosa floresce em junho/julho; o amarelo em julho/agosto e o branco em agosto/setembro.

Símbolo da flora sul-mato-grossense, a árvore é comum nas estações de outono e inverno, entre os meses de junho e setembro.

Ipê-amarelo. Crédito: Gerson Oliveira

A equipe de reportagem do Correio do Estado flagrou, na manhã desta quarta-feira (26), um ipê-amarelo - árvore desprovida de folhas, com flores de cor amarela, tom caramelo, em formato de cachos, com galhos secos - na rua Júlio Verne, vila Albuquerque, em Campo Grande.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o ipê-amarelo foi escolhido, pelo governo do Estado, como símbolo de Mato Grosso do Sul.

A lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa (ALEMS) e sancionada pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), no Diário Oficial do Estado (DOE), em 17 de julho de 2018.

Com isso, a imagem é usada em documentos oficiais, imagens publicitárias e peças de comunicação visual em que o Estado divulgar as belezas e características botânicas de Mato Grosso do Sul.

Em nota enviada ao Correio do Estado neste mês, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) informou que no fim nos anos 90 e início dos anos 2000, a gestão municipal plantou cinco mil mudas de ipês nas saídas da cidade, canteiros centrais das avenidas e parques. E, por isso, a cidade recebeu o título e slogam de “Capital dos Ipês”.

“A Semadur reforça que incentiva e realiza o plantio de espécies nativas, dentre elas os ipês, como forma de manter a tradição da espécie que faz parte da cultura campo-grandense”, disse. 

Ipê-amarelo. Crédito: Bruno Henrique

IPÊ

O ipê é uma árvore do gênero Handroanthus, Tabebuia e Cybistax e da família Bignoniaceae. É comum florescer na estação de inverno.

Possui altura que varia de 5 a 20 metros, carregadas de flores coloridas e desprovidas de folhas. Em boas condições, pode passar de 100 anos de vida com facilidade. 

Suas características são:

  • Cascas rugosas
  • Folhas substituídas por flores coloridas na estação de inverno
  • Deciduidade de folhas, que é quando as folhas caem na estação seca
  • Folhas palmadas, que são folhas em forma de uma mão aberta

Chama a atenção porque as folhas são totalmente substituídas por flores, em cachos, na maioria de suas espécies durante a estação de seca.

Por causa de sua beleza, atraem insetos e vertebrados como abelhas e pássaros, especialmente beija-flores que tem papel fundamental na polinização.

"É uma época em que há menor concorrência com outras plantas floríferas, então os polinizadores podem visitar os ipês com mais frequência. Como as sementes são dispersas pelo vento, também, a época em que os frutos ficam maduros coincide também com a de vento", explicou o biólogo Pedro Isaac Vanderlei de Souza, em entrevista ao Correio do Estado.

As cores mais comuns em Campo Grande são rosa, amarelo e branco. Também existe a cor verde, incomum na Capital. Além desses, existe o falso ipê, que é o lilás, do gênero Jacaranda.

Ao Correio do Estado, o biólogo afirmou que os Ipês são predominantes em todo o país, com ocorrência na Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia, Cerrado e em alguns países da América do Sul.

Existem três espécies de Ipê rosa, quatro do amarelo, uma do branco e uma do verde em Campo Grande.

“A mais comum de rosa é Handroanthus impetiginosus. De amarelo a gente tem bastante Handroanthus ochraceus, que é o ipê amarelo do cerrado, e Tabebuia aurea, que é o ipê amarelo do Pantanal ou paratudo, além de Handroanthus chrysotricha, que é aquele ipê amarelo pequeninho", explica Pedro.

"O branco é Tabebuia roseoalba e o verde é Cybistax antisyphilitica”, acrescentou.

Questionado pela reportagem porque algumas árvores tem mais folhas do que flor e vice-versa, o biólogo explicou que "geralmente, plantas mais novas não florescem todas de uma vez e as mais velhas tem uma tendência a perder mais folhas, mas não é regra. De forma geral, uma planta maior e saudável vai perder todas as folhas e florescer de vez, mas fatores como umidade e nutrientes podem levar alguns ramos a manter folhas".

Ipê-amarelo. Crédito: Marcelo Victor

Campo Grande

Moradores ficam apavorados com incêndio de grandes proporções em residência

O fogo começou em um veículo que estava estacionado na garagem de uma residência. A proprietária da residência queimou as duas mãos e foi encaminhada para a Santa Casa para atendimento médico.

25/09/2024 16h03

Fumaça foi vito por quilômetros de distância

Fumaça foi vito por quilômetros de distância Reprodução/

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Um incêndio de grandes proporções deixou os moradores do bairro Taquarussu, em Campo Grande, apavorados na manhã de hoje (25). O fogo, visível a quilômetros de distância, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros.

Conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, o incêndio começou em um veículo que estava estacionado na garagem de uma residência na região do bairro Taquarussu, às margens do córrego da Avenida Presidente Ernesto Geisel.

Imagens divulgadas pela página do Instagram do Passeando em Campo Grande mostram uma densa fumaça preta saindo de uma residência.

A reportagem esteve no local e não conseguiu obter a identidade da moradora, mas os vizinhos relataram que a mulher, apavorada por causa do incêndio, tentou apagar o fogo, mas acabou queimando as duas mãos e foi levada para a Santa Casa para atendimento médico.

Até o momento não há informações sobre o estado de saúde da vítima e as causas reais do incêndio. 

 


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FEMINICÍDIO

Marido mata com 58 golpes e desfigura rosto de esposa em MS

Discussão teria sido iniciada por conta de uma festa que o autor do crime estava

25/09/2024 15h30

Marido mata com 58 golpes e desfigura rosto de esposa em MS

Marido mata com 58 golpes e desfigura rosto de esposa em MS Reprodução

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Vítima de feminicídio, Mariana Agostinho Defensor, 32 anos, encontrada morta no fim da tarde desta terça-feira (24), em Ivinhema, levou 58 facadas, sendo 17 apenas no rosto. O marido, identificado pelas iniciais J.P.S, também de 32 anos, confessou o crime.

Conforme o titular da Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, Gustavo Oliveira dos Santos, o crime aconteceu após uma briga devido a uma festa em que J.P.S teria ido, chegado tarde, e Mariana não teria gostado. 

Em seguida, J.P.S contou à polícia que colocou a mulher e os dois filhos do casal dentro do carro e começou a andar pela cidade, parando em frente ao canavial - onde Mariana desceu do veículo e os dois começaram a discutir de maneira mais acalorada.

Neste momento, J.P.S desferiu 58 golpes em Mariana, levou-a para dentro do canavial e voltou ao carro, onde foi questionado pelas crianças, uma menina de 3 anos e um menino de 1 ano de onde estaria a mãe delas. Para se justificar, disse que Mariana dormiria naquele local. 

De acordo com a reconstrução dos fatos, após o assassinato, J.P.S deixou as duas filhas em frente a casa da mãe de Mariana e seguiu sem rumo em áreas rurais, parando de sítio em sítio para pedir uma corda. Testemunhas afirmaram que J.P.S dizia que o objeto seria para ajudar a desatolar seu carro. 

Quando conseguiu, tentou se matar enforcado na porta do carro, mas sobreviveu. Ele foi encontrado desacordado no carro do casal junto com uma faca manchada de sangue e o celular da moça com resquícios de barro. 

Marido mata com 58 golpes e desfigura rosto de esposa em MSLocal foi indicado por assassino

Inconsciente e com lesão na cervical, ele foi socorrido, entubado e transferido para um hospital em Dourados, onde retomou a consciência. A Polícia Civil passou a tratá-lo como o principal suspeito após a coleta de depoimentos de testemunhas e a perícia realizada no veículo.

Com base nas provas obtidas, a Polícia Civil solicitou e conseguiu a prisão temporária do indivíduo, que foi autorizada pelo Poder Judiciário e endossada pelo Ministério Público. O marido confessou o crime e revelou que deixou o corpo nos fundos de um posto de combustíveis desativado, entre as cidades de Ivinhema e Deodápolis. Com a informação em mãos, equipes fizeram buscas e conseguiram localizar o corpo em meio a lavoura de cana.

Em publicação nas redes sociais, uma sobrinha de Mariana escreveu que a tia sumiu por volta das 19h daquele dia, após discussão com o marido. A filha do casal informou aos policiais que ouviu o pai dizer que levaria a mãe para o ‘mato’.

O homem deve responder por feminicídio, motivo fútil por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

 

 

2º feminicídio no dia

Mariana foi a segunda vítima de feminicídio em menos de 24 horas em Mato Grosso do Sul e a 22ª do ano no Estado.

Na noite de segunda-feira (23), Marlene Salete Mees, de 54 anos, foi morta a facadas pelo marido, Jair da Conceição, 51 anos, no bairro Fração da Chácara, em Amambai, na presença dos filhos de 9, 10 e 11 anos.

Segundo informações, a filha mais velha do casal acionou a Polícia Militar. Ao chegarem na residência, os policiais ouviram gritos de socorro da vítima através da porta do quarto, que estava trancada.

A porta foi arrombada e a vítima estava em cima da cama, ainda com vida, mas com nove ferimentos provocados por facadas.

O homem estava encostado na parede, segurando a faca contra o pescoço e ameaçando se matar, além de impedir a entrada de bombeiros para prestação de socorro à vítima.

Como a mulher estava em situação grave, policiais atiraram com bala de borracha na mão do suspeito. Ele foi desarmado, imobilizado e encaminhado ao Hospital Regional, onde está internado com escolta policial.

O Corpo de Bombeiros conseguiu entrar na casa, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 21 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 24 de setembro de 2024, em Mato Grosso do Sul. 

Desse número, 5 ocorreram em Campo Grande e 16 no interior. As mortes foram registradas em janeiro (3), fevereiro (5), março (3), abril (5), junho (3), agosto (1) e setembro (1). Em 2023, 31 mulheres foram mortas.

DENUNCIE!

Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja agressão física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).

O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades. 

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