Cidades

RISCO

Sisep "desafia São Pedro" e mantém inativo novo vertedouro do Lago do Amor

Chapa de aço improvisada na entrada do vertedouro impede a vazão extra de água. Chuva na região chegou a 70 mm na noite de domingo (30)

Continue lendo...

Depois de manter aberto por alguns dias o novo vertedouro do Lago do Amor, que estava entupido e por conta disso ocorreu o transbordamento durante as fortes chuvas do dia 18 de março, ele foi novamente fechado pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep). Mesmo assim o lago resistiu à forte chuva que atingiu Campo Grande durante a noite deste domingo.

Na região dos bairros Rita Vieira, Vilas Boas e Progresso foram 59 milímetros, segundo o meteorologista Natálio Abrahão. Mais ao sul da cidade, na região da UPA do bairro Universitário, o volume chegou a 70 milímetros, conforme o Instituto Nacional de Meterologia. Na região do Parque dos Poderes, que está fora da bacia hidrográfica do Lago do Amor, o acumulado foi de 83 milímetros. 

Os volumes são parecidos aos registrados no dia 18 de março, quando o lago transbordou e a força da água destruiu trecho da barragem, que havia sido refeita ao custo de R$ 3,8 milhões pouco mais de um ano antes.

Naquela data, na UPA do Universitário, haviam sido registrados 71 milímetros. A diferença principal é que desta vez não havia chovido no dia anterior e o período em que ocorreu a precipitação foi mais espaçado. 

Conforme a Sisep, o novo vertedouro, que consumiu boa parcela dos R$ 3,8 milhões investidos em 2023, foi fechado para permitir as obras de reparo na tubulação. 

Estes reparos, porém, foram feitos logo no começo dos trabalhos, que já estão na fase final. A tubulação já está a mais de dois metros de profundidade e mesmo assim ainda existe uma chapa de aço na "boca" do novo vertedouro, que fica em um nível mais baixo que os dois anteriores. 

Se a chuva da noite deste domingo tivesse sido mais concentrada, possivelmente o lago teria transbordado novamente, pois teria sido impossível retirar esta chapa, que no pico da chuva chegou a ficar completamente submersa. 

Mesmo com a comporta aberta, ela não verte água, pois uma chapa de aço improvisada na entrada da tubulação impede a vazão

Mas, mesmo que não estivesse com a chapa de aço na entrada, o vertedouro só funciona se algum funcionário da Sisep vai ao local e abre manualmente a comporta. Como a chuva foi durante a noite, este servidor teria que ficar de vigília no local para saber se seria ou não necessário ou abrir a comporta. 

Em 18 de março, conforme a verão oficial, este servidor abriu a comporta, mas  o canal estava com a entrada parcialmente entupida em decorrência da queda de uma árvore semanas antes e por isso não teria ajudado a escoar o grande volume de água que chegou ao lago em curto espaço de tempo. 

Por conta do tempo chuvoso, na manhã desta segunda-feira não havia operários trabalhando na reconstrução do trecho que solapou no dia 18, mas os trabalhos estão na fase final, faltando basicamente a colocação de uma última camada de aterro e do asfalto. 

 

Assine o Correio do Estado

Impasse

Médicos celetistas ficam de fora em acordo sobre 13° com a Santa Casa

Profissionais que atual em regime de carteira assinada ainda não firmaram acordo sobre vencimentos previstos

24/12/2025 17h00

Santa Casa de Campo Grande afirma gastar mais em atendimentos do que recebe pelo SUS

Santa Casa de Campo Grande afirma gastar mais em atendimentos do que recebe pelo SUS Gerson Oliveira

Continue Lendo...

A Santa Casa de Campo Grande firmou acordo com sindicatos que representam profissionais da enfermagem, limpeza, radiologia e farmácia para o pagamento do 13º salário, encerrando uma paralisação parcial que afetou serviços essenciais na semana do Natal, no entanto, os médicos celetistas da instituição, que trabalham sob regime CLT, ficaram de fora do entendimento e, até o momento, não receberam proposta formal para quitação do benefício, o que mantém o impasse com previsão incerta sobre os pagamentos. 

Na manhã desta quarta-feira (24), véspera de Natal, o hospital anunciou que chegou a um consenso com o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de MS (Sintesaúde), Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de MS (Sinterms) e Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de MS (Sinfarms). Pelo acordo, 50% do 13º salário foi pago ainda nesta quarta-feira, e o restante deverá ser quitado até o dia 10 de janeiro do próximo ano.

Segundo a direção do hospital, a segunda parcela será paga com recursos da 13ª parcela repassada pelo Governo do Estado aos hospitais filantrópicos de Mato Grosso do Sul, verba que, conforme destacado, não está prevista em contrato. Com a aceitação da proposta pelas categorias envolvidas, a paralisação parcial dos trabalhadores chegou oficialmente ao fim.

Apesar disso, os médicos celetistas não foram incluídos no chamado “acordão”. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), a instituição não apresentou qualquer proposta concreta para a categoria. Ainda assim, os profissionais decidiram não deflagrar greve neste momento, para evitar prejuízos aos serviços essenciais prestados à população.

Diante da ausência de pagamento, o Sinmed-MS ingressou na Justiça na última terça-feira (23) com pedido de liminar para que a Santa Casa seja obrigada a quitar integralmente o 13º salário em até 48 horas. Além disso, o sindicato pede indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil, a ser revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

No mesmo dia, o sindicato também divulgou nota à imprensa acusando a Santa Casa de praticar lockout, quando o empregador, deliberadamente, cria condições para pressionar os trabalhadores a entrar em greve, com o objetivo de gerar pressão sobre o poder público. Segundo o Sinmed-MS, os ofícios enviados pelo hospital à categoria só chegaram após o sindicato convocar uma assembleia, realizada na noite de segunda-feira (22), para discutir o atraso no pagamento do 13º.

Na assembleia, os médicos analisaram uma proposta apresentada pela instituição que previa o parcelamento do benefício apenas a partir de janeiro de 2026, sem juros ou correção monetária pelos atrasos. A sugestão foi rejeitada pela categoria, que decidiu manter as atividades, mas buscar medidas judiciais para garantir seus direitos trabalhistas.

Além da liminar, o Sinmed-MS pede a responsabilização dos gestores da Santa Casa e a realização de uma audiência de conciliação para resolver o impasse. “Nunca vimos esse tipo de atitude na história da Santa Casa. O problema da falta de pagamentos e do 13º salário é de responsabilidade exclusiva deles como empregadores. Eles nos chamaram apenas um dia antes do vencimento do prazo para dizer que não pagariam, demonstrando total falta de gestão e de respeito com os médicos celetistas”, afirmou o presidente do sindicato, Marcelo Santana nesta semana.

O acordo firmado com as demais categorias encerrou uma greve que durou cerca de dois dias e impactou diretamente a população campo-grandense em plena semana de festas natalinas. Aproximadamente 30% dos profissionais das áreas de enfermagem, limpeza e copa cruzaram os braços, comprometendo consultas e cirurgias eletivas, atendimentos em enfermarias, pronto-socorro e UTI, além de serviços de apoio como higienização, lavanderia e cozinha.

Essa foi a segunda paralisação em serviços essenciais registrada em Campo Grande em menos de uma semana. Na semana anterior, motoristas do transporte coletivo ficaram quatro dias em greve devido a atrasos salariais, situação resolvida apenas após audiência de conciliação realizada na tarde de quinta-feira (18).

Colaborou Felipe Machado**

Ribas do Rio Pardo

Motorista ignora parada e capota carro roubado no interior de MS

Homem confessou aos policiais que veículo era produto de furto e que receberia R$ 1,5 mil para levar carro até Minas Gerais

24/12/2025 15h45

Foto: Divulgação / PRF

Continue Lendo...

Um motorista foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta terça-feira (23), após desobedecer a uma ordem de parada, fugir em alta velocidade e capotar um carro roubado na BR-262, em Ribas do Rio Pardo, no interior do Estado. Apesar da gravidade do acidente, o condutor saiu ileso.

De acordo com a PRF, a equipe realizava fiscalização de rotina no km 150 da rodovia quando deu ordem de parada a um Nissan/Versa. A sinalização foi feita por meios físicos, sonoros e luminosos, mas o motorista ignorou a determinação e iniciou a fuga.

Durante a perseguição, o condutor passou a dirigir de forma extremamente perigosa, com manobras em alta velocidade, ultrapassagens pela contramão e também pelo acostamento, colocando em risco outros usuários da via. Já no km 165, ao tentar ultrapassar um veículo pelo acostamento, ele colidiu lateralmente com o retrovisor de outro automóvel.

Após a colisão, o motorista perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou o veículo. Com o carro imobilizado, os policiais se aproximaram e deram voz de prisão ao condutor, identificado como Régis Yuri do Nascimento. Ele não sofreu ferimentos e foi algemado por precaução, diante do receio de nova tentativa de fuga.

Ainda no local, o homem confessou aos policiais que sabia que o veículo era produto de furto e que receberia R$ 1.500 para transportá-lo de Uberlândia (MG) até Campo Grande. Os agentes também constataram que o Nissan/Versa, modelo 16SL CVT, de cor cinza, estava com as placas adulteradas.

Durante a ocorrência, a PRF apreendeu o automóvel e um telefone celular da marca Samsung. A princípio, foram constatados os crimes de adulteração de sinal identificador de veículo automotor e desobediência. O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).