Cidades

CONTROLE

Sisfron recebeu até agora pouco
mais de 10% da verba prevista

Destinado ao monitoramento de fronteiras, projeto tem esperanças no governo Bolsonaro

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Projetado para ser desenvolvido ao longo de dez anos, com investimentos mínimos anuais de R$ 1,2 bilhão, o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), um dos programas estratégicos do Exército para controle e proteção das fronteiras brasileiras, “respira por aparelhos”, tanto para se conservar vivo quanto para manter as aquisições dos equipamentos e tecnologias essenciais ao projeto.

Com recursos contingenciados desde o governo da presidente Dilma Rousseff, estendendo-se até o fim do governo Michel Temer, que elaborou o orçamento para este ano, o Sisfron tem recebido dinheiro a conta-gotas. Em oito anos, por exemplo, o projeto recebeu pouco mais de 10% dos recursos previstos para todo o período de execução, somando apenas R$ 1,6 bilhão.

A implantação do sistema, que previa investimentos na ordem de R$ 12 bilhões ao longo de dez anos, tem recebido pouco mais de R$ 300 milhões/ano (em alguns anos, bem menos que R$ 300 milhões), montante aquém das necessidades. A situação não deve ser muito diferente neste ano, a menos que haja um “socorro” por parte do novo governo, do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo informou o comando do Exército, por meio do seu Centro de Comunicação Social, com o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2019, aprovado pelo Congresso no ano passado e submetido à sanção e promulgação do Executivo, há previsão de R$ 310.492.134,00 para o programa.

MUDANÇA DE QUADRO

A esperança é de que, daqui para frente, no governo Bolsonaro, mais alinhado com os projetos militares, seja encontrada uma alternativa para suprir as demandas financeiras do projeto. Mesmo assim, conforme o Exército, “não é possível retomar o cronograma dentro daquilo inicialmente previsto, tendo em vista o grande distanciamento entre os valores planejados para o programa e o montante efetivamente distribuído de créditos orçamentários nos últimos sete anos. Um novo governo alinhado com os Projetos Estratégicos do Exército, realizando os investimentos necessários, poderá, no entanto, evitar um atraso ainda maior nas entregas do programa e nos benefícios decorrentes para a sociedade”.

Conforme a análise, o principal prejuízo sofrido pelo Sisfron até agora foi o alongamento do tempo de implantação do sistema, com as dificuldades decorrentes para o gerenciamento do programa e dos projetos componentes, para o acompanhamento da evolução doutrinária de emprego da Força Terrestre na faixa de fronteira, para a inserção e integração de novas tecnologias, bem como para o investimento e custeio do ciclo de vida do programa, entre outros aspectos.

BENEFÍCIOS

Para o Exército, o sistema deverá, além de incrementar a capacidade de monitorar as áreas de fronteira, assegurar o fluxo contínuo e seguro de dados entre diversos escalões da Força Terrestre. Deverá, também, produzir informações confiáveis e oportunas para a tomada de decisões bem como apoiar prontamente em ações de defesa ou contra delitos transfronteiriços e ambientais, em cumprimento aos dispositivos constitucionais e legais que regem o assunto. São informações que poderão ser repassadas às forças de segurança pública, ajudando a implementar as ações de combate ao tráfico de drogas e armas e o contrabando.

SEM DINHEIRO

Mesmo sendo um sistema que fortalece a presença e a capacidade de ação de segurança nas faixas de fronteira, sem o dinheiro necessário ao seu planejado seguimento, o Sisfron será obrigado a amargar um atraso de, pelo menos, 15 anos em sua programação original, iniciada em 2010.

Segundo informou o comando do Exército, pelo  seu Centro de Comunicação Social, nem mesmo o projeto-piloto, implantado a partir de Dourados, foi concluído. A conclusão com todos os subprojetos previstos deve acontecer somente neste ano. A execução nessa etapa é a que validaria a sua expansão para outras regiões de fronteira.

Ainda de acordo com o Exército, apesar de não estar concluído conforme previsto, é possível, a partir dos meios já instalados e integrados, concluir favoravelmente sobre viabilidade, adequabilidade e conveniência da expansão da implantação do sistema para as demais regiões da fronteira, como esperado inicialmente no seu projeto básico, observados, contudo, os ajustes necessários às peculiaridades regionais.

“É conveniente observar que, além do montante destinado ao projeto-piloto, em Mato Grosso do Sul, alguma parcela dos recursos foi destinada a outras regiões de fronteira, seja na forma de obras de engenharia, como preparação para receber os meios de vigilância das fases seguintes do programa, seja na forma de meios de apoio à atuação, para atender necessidades prioritárias e urgentes”, destacou o setor de comunicação social.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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