Cresce no Estado o número de suspeitas de fraude na rede elétrica, segundo a concessionária Energisa, o aumento em 2024 é de 62%, em comparação com o ano de 2023.
De acordo com a Energisa, mais de 160 pessoas foram levadas à delegacia por conta de suspeita deste tipo de crime. Em 2023, a média de denúncias e apontamentos mensais era de 6 mil casos. Já em 2024, considerando o período de janeiro a novembro, a média passou a ser de 9,9 mil casos.
Para tentar conter o aumento de fraudes, popularmente conhecido como "gatos", a Energisa mantém uma ação ostensiva e integrada com a Polícia Civil, além de um cronograma diário de atuação contra furtos de energia elétrica e fraudes na medição de energia em imóveis nas cidades atendidas pela concessionária.
A concessionária e a polícia se baseiam em investigações preliminares e análise de dados, com o uso de alta tecnologia, para identificar discrepâncias significativas nos registros de consumo.
As inspeções periódicas para identificar fraudes e furto de energia elétrica seguem determinação do órgão regulador do setor, a Aneel, que estabelece que “a distribuidora deve promover, de forma permanente, ações de combate ao uso irregular da energia elétrica”.
A distribuidora de energia possui um centro de monitoramento de fraudes e quem quiser denunciar situações suspeitas pode entrar em contato pelos canais de atendimento online, pelo aplicativo Energisa On, ou através do telefone: 0800 722 7272. A identidade de quem denuncia é mantida em total anonimato.
Segundo o coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz, as fraudes na rede elétrica acarretam diversos problemas, provocando principalmente a elevação da tarifa.
“Temos intensificado as ações de fiscalização para evitar que a sociedade pague um preço caro pela atitude criminosa de algumas pessoas. Além de colocar em risco a vida de pessoas inocentes, a fraude e furto de energia provoca elevação da tarifa para todos os consumidores da Energisa Mato Grosso Sul. A população também sente o impacto no repasse aos cofres públicos, do dinheiro que poderia ser investido em segurança pública, saúde e educação, entre outros”, explica.
Segundo a concessionária, cerca de 100 fraudes são detectadas, por dia, em Mato Grosso do Sul, sendo que, de janeiro até novembro de 2024 foram mais de R$ 68 milhões que deixaram de ser repassados aos cofres públicos por conta deste tipo de crime.
FISCALIZAÇÃO
Em Dourados, durante a Operação Quilowatt, cinco pessoas foram conduzidas à delegacia, sendo quatro autuadas em flagrante por crimes de furto de energia elétrica e estelionato, previstos no Código Penal brasileiro. Ao todo, 33 estabelecimentos foram vistoriados em um único dia.
A pena para furto de energia elétrica, quando a pessoa desvia energia antes do medidor, varia de 1 a 4 anos de reclusão. Além disso, há a possibilidade de multa.