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SAÚDE

Teste para vacina da chikungunya já tem metade dos voluntários

A primeira etapa de triagem já atendeu 10 dos 100 adolescentes de 12 a 17 anos inscritos na pesquisa; ainda restam 100 vagas

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Realizado de forma pioneira em Campo Grande, o estudo Chikv, para o desenvolvimento da vacina contra a chikungunya, já conta com 100 voluntários entre 12 e 17 anos, metade dos 200 adolescentes esperados nas seis etapas da pesquisa na Capital. 

Ao Correio do Estado, o infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda afirmou que a primeira etapa de triagem iniciou na semana passada, com testes já realizados em 10 voluntários. 

“Optamos por fazer esses primeiros testes com menos pessoas para a equipe estar alinhada e para que os adolescentes e voluntários fossem recebidos sem que houvesse nenhum atraso”, disse o pesquisador. 

O estudo é realizado na Capital no Hospital-Dia localizado no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS). Para participar da pesquisa, o voluntário precisa responder um questionário e, depois, passar por exames. 


Se os resultados dos exames demonstrarem que o adolescente está em boas condições de saúde, o voluntário poderá ser vacinado. Após a imunização, ele será acompanhado por um período de 12 meses.


“Depois desses 12 meses de acompanhamento, chegaremos ao fim do estudo. A primeira visita é a triagem. Na segunda etapa, vamos vacinar o adolescente que não tiver nenhuma doença que seja contraindicada para a vacina e se todos os exames estiverem ok. Depois, coleta de sangue, exame físico e anamnese ao longo das outras quatro visitas”, afirmou Croda.

PÚBLICO

O pesquisador explicou que o foco dos estudos são os adolescentes de 12 a 17 anos porque a eficácia do imunizante já foi testada em adultos em outros países. 


“A vacina nos adultos se mostrou extremamente segura e produziu uma resposta imunológica bastante apropriada. Com isso, devemos testar em outras populações. Assim como a vacina contra a Covid-19, os estudos para as vacinas começam pelos adultos, depois vão para os adolescentes e, por último, às crianças”, explicou Croda.


De acordo com a Fiocruz, o imunizante produzido com o vírus atenuado de uma cepa africana, a mais circulante no Brasil, foi testado em mais de quatro mil adultos nos Estados Unidos e se mostrou seguro e eficaz neste grupo. 


Os resultados dos testes mostraram que 96,3% dos voluntários apresentaram anticorpos protetores contra o vírus da chikungunya seis meses após a aplicação de uma dose da vacina. 
Nos EUA, o FDA (sigla em inglês de Food and Drug Administration) está analisando o pedido de aprovação do fabricante da vacina, para que ela chegue ao mercado.


Patrocinada pelo Instituto Butantan, a pesquisa é realizada em 10 centros de estudo do País. O objetivo é recrutar por volta de 750 a 800 adolescentes voluntários. A previsão é de que esse estudo seja concluído em 2024.

VACINA


Croda explicou que a vacina em desenvolvimento para a proteção contra a chikungunya possui o vírus atenuado, assim como o imunobiológico desenvolvido para a prevenção da febre amarela. 


“O vírus da chikungunya é modificado para não provocar a doença e, portanto, proteger quem utilizar essa vacina. A vacina contra a chikungunya é diferente, por exemplo, da Coronavac, que possui o vírus inativado. Mas os eventos adversos são similares à dose contra o coronavírus, como dor local, um pouco de vermelhidão e, eventualmente, febre”, destacou. 

DOENÇA


A febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. 


Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos e nos dedos, tornozelos e pulsos. 


Pode ocorrer, ainda, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas se iniciam entre 2 e 12 dias após a picada do mosquito. 


O mosquito adquire o vírus Chikv ao picar uma pessoa infectada durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas. 


O pesquisador Julio Croda explicou que a chikungunya é uma doença mais grave do que a dengue, por exemplo, com maiores índices de hospitalizações, mortes e dores crônicas nas articulações. 


“As pessoas que tiveram a chikungunya podem ficar principalmente com artralgia [dor nas articulações] por anos. Inclusive, necessitando de acompanhamento com reumatologista para a administração de medicamentos específicos para controle da dor articular”, destacou Croda.

CASOS


Conforme os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mato Grosso do Sul já contabiliza neste ano 575 casos prováveis de chikungunya, os maiores índices desde 2014, ano da introdução da doença no País. 


Até o dia 1º de outubro, 178 casos da doença já haviam sido confirmados no Estado. Desses, 46 no município de Chapadão do Sul, 31 em Campo Grande e 21 casos em Dourados. De 79 municípios de MS, a doença já foi confirmada neste ano em 29. 

SAIBA


Os adolescentes que quiserem participar do estudo podem entrar em contato pelo número (67) 99257-5021. É necessário a autorização dos pais ou responsáveis.

 

solidariedade

Campanha arrecada alimentos para instituições beneficentes de MS

Alimentos não perecíveis poderão ser doados até o dia 21 de dezembro

06/12/2025 12h00

Divulgação

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A campanha nacional de arrecadação de alimentos "Alimento a Gente Compartilha", organizada pelo Instituto Assaí, irá arrecadar alimentos não perecíveis até 21 de dezembro em todas as mais de 300 lojas do Assaí, incluindo as seis presentes em Mato Grosso do Sul.

As cinco lojas de Campo Grande e a de Dourados, estarão mobilizadas na arrecadação, com pontos de coleta para receber doações de alimentos não perecíveis e itens de cesta básica, como arroz, feijão, óleo, açúcar, leite em pó, macarrão, farinhas, enlatados e molhos.

"Mais de 100 organizações sociais parceiras serão diretamente beneficiadas. Essas instituições utilizam os alimentos doados para preparar refeições, montar cestas básicas, distribuir marmitas e atender famílias que enfrentam fome ou insegurança alimentar em diferentes regiões do Brasil. A campanha se consolidou como uma das maiores mobilizações solidárias da rede e desempenha um papel essencial para a manutenção dos projetos atendidos, especialmente no período de fim de ano, quando a demanda aumenta.", explica Fábio Lavezo, Gerente de Sustentabilidade e Investimento Social do Assaí.

No Mato Grosso do Sul, as contribuições beneficiarão instituições como a AACC, Casa Peniel, Cotolengo e o Instituto SOS Gente, que redirecionarão os alimentos para as famílias atendidas.  Nos dias de maior mobilização, cerca de 10 voluntários das instituições sociais parceiras estarão presentes nas lojas para sensibilizar o público e apoiar o recolhimento das doações.

Criada em 2023, a campanha cresce anualmente em engajamento e impacto. Em 2025, o Instituto busca alcançar o objetivo de 460 toneladas de alimentos arrecadados, somando, ao longo das três edições, aproximadamente 1.300 toneladas destinadas a pessoas em vulnerabilidade alimentar. Ao final do período, o Instituto Assaí acrescentará 15% sobre o total arrecadado para ampliar o impacto coletivo da ação. 

Serviço

Campanha: Alimento a Gente Compartilha "Do coração para o prato"
Período: até 21 de dezembro de 2025
Onde doar: 

CAMPO GRANDE

Assaí Coronel Antonino
Localização: Av. Cônsul Assaf Trad, s/n - Mata do Jacinto 

Assaí Acrissul
Localização: Av. Fábio Zahran, 7.919 - Jardim América

Assaí Aeroporto
Localização: Av. Duque de Caxias, 3.200 (Próx. ao aeroporto) - Santo Antônio

Assaí Joaquim Murtinho
Localização: Rua Joaquim Murtinho, 3.167 - Tiradentes

Assaí Gunter Hans
Localização: Av. Doutor Gunter Hans S/N Cophavila II - Campo Grande

DOURADOS

Assaí Dourados
Localização: Rua Coronel Ponciano de Mattos Pereira, 785 Conj Habit. Terra Roxa

INTERIOR| MS-141

Acidente com carreta e caminhão-tanque mata motociclista em MS

Identificado como José Silva do Nascimento, o motociclistas de 55 anos não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada das equipes de socorro

06/12/2025 11h00

Acidente aconteceu no fim da tarde de ontem (05), por volta de 17h,

Acidente aconteceu no fim da tarde de ontem (05), por volta de 17h, Reprodução/IviNotícias

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Grave acidente registrado em trecho MS-141, no fim da tarde de sexta-feira (05), teve um motociclista como vítima fatal após seu veículo ser atingido por um caminhão-tanque e uma carreta que iam no mesmo sentido da rodovia, entre os municípios de Ivinhema e Naviraí. 

Identificado como José Silva do Nascimento, conforme apurado pelo portal local IviNotícias, o motociclista de 55 anos não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada das equipes de socorro. 

Esse acidente aconteceu no fim da tarde de ontem (05), por volta de 17h, com as suspeitas iniciais indicando uma possível frenagem de José no trecho da rodovia, quando o mesmo teria notado que se aproximava de um radar. 

A motocicleta Honda 160 de José se envolveu em acidente junto de: 

  • um caminhão-tanque de óleo lubrificante 
  • uma carreta Scania R440. 

Entenda

Com todos os veículos possuindo placas do Mercosul, esse acidente aconteceu próximo ao trevo de acesso ao distrito de Guassulândia, distante aproximadamente 281 quilômetros de Campo Grande, entre os municípios de Naviraí e Ivinhema.

Todos os veículos seguiam o mesmo sentido, com a motocicleta estando à frente no momento em que teria "reduzido bruscamente", já que próximo ao trecho, como mostram gravações in loco da equipe do IviNotícias, há um radar instalado na via que delimita a velocidade máxima a 60 quilômetros por hora. 

A dinâmica do acidente evidencia que o caminhão-tanque de óleo lubrificante, que seguia logo atrás de José, não teve tempo hábil o suficiente para frear e atingiu o motociclista, que teria perdido o equilíbrio e rodado na pista, segundo narrado pelo motorista. 

Porém, logo em seguida veio a carreta que também não conseguiu evitar a batida, atingindo José na sequência e projetando o corpo do motociclista para fora da pista. 

Enquanto José, apontado como morador de Naviraí, foi encontrado já sem sinais vitais, informações apontam que o motorista da carreta teria ficado muito abalado, recebendo atendimento no local. 

Importante reforçar que, ambos os motoristas dos veículos de carga permaneceram no local do acidente, prestando os devidos auxílios e realizando todos os procedimentos legais. 

 

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