Cidades

Dourados

Trio aplica golpe do pix em Danilo Gentili e é preso em MS

Crime foi cometido em São Paulo, e suspeitos foram presos em dois municípios do interior do estado

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Nesta quinta e sexta-feira (17 e 18), a polícia civil prendeu três suspeitos investigados por aplicar golpes do pix e extorsão mediante sequestro. Conforme uma fonte repassou ao Correio do Estado, uma das vítimas do trio foi o comediante Danilo Gentili.

A primeira parte da operação aconteceu em Dourados na quinta-feira, quando agentes da Seção de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia de Polícia Civil de Dourados, em apoio à Delegacia Antissequestro de São Paulo, prenderam dois dos indivíduos apontados como mandantes do esquema. 

Eles foram identificados como A.B.R., do sexo masculino, e E.B.S.F., do sexo feminino. Um terceiro suspeito estava foragido, e foi presa na manhã desta sexta-feira em Iguatemi, município pouco mais de 190 quilômetros distante de Dourados. O autuado foi identificado como  Z.R.B., de 29 anos.

Comediante renomado foi uma das vítimas

O comediante paulista Danilo Gentili, que esteve em Mato Grosso do Sul em setembro deste ano para apresentar seu Stand Up Comedy no Palácio Popular da Cultura, localizado em Campo Grande, é apontado como a principal vítima do trio.

Golpe do Pix

A popularidade do uso do pix tornou os golpes cada vez mais comuns, já que através do método o pagamento pode ser feito de forma fácil e rápida.

Como destaca o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), os golpistas estão sempre criando novas formas de enganar as pessoas, e por isso é importante tomar cuidado e se atentar às dicas de segurança para não cair nos golpes.

Confira abaixo alguns dos golpes mais comuns, para saber identificá-los e previní-los:

Clonagem de WhatsApp

Neste tipo de golpe, os criminosos clonam o aplicativo de mensagens de uma pessoa e entram em contato com seus amigos e familiares, pedindo dinheiro com urgência.

A abordagem geralmente inclui uma história convincente para justificar a necessidade de uma transferência imediata. Para se proteger:

  • Desconfie de pedidos urgentes: sempre confirme a veracidade das mensagens diretamente com a pessoa, utilizando outro meio de comunicação;
  • Evite compartilhar códigos de verificação: nunca forneça o código de verificação do WhatsApp para ninguém;
  • Ative a verificação em duas etapas: essa medida adiciona uma camada extra de segurança ao seu WhatsApp. Saiba como ativar com o suporte oficial do WhatsApp.

Falsa central de atendimento

Nesse tipo de golpe, criminosos se passam por funcionários de bancos ou instituições financeiras, alegando problemas na conta e pedindo dados pessoais e senhas.

Eles podem ligar ou enviar mensagens que parecem autênticas, criando um senso de urgência para enganar a vítima. Para evitar cair nesse golpe:

  • Desconfie de contatos não solicitados: bancos não pedem informações sensíveis por telefone ou mensagem;
  • Verifique sempre: entre em contato diretamente com o banco usando um canal oficial informado em seu site para confirmar qualquer solicitação;
  • Nunca forneça senhas: mantenha suas senhas seguras e não as compartilhe com ninguém, principalmente por mensagens ou ligações.

Robô do Pix

Os golpistas fazem contato por mensagens ou anúncios nas redes sociais, oferecendo oportunidades de investimento com retornos altos e imediatos. Para participar, a pessoa deve fazer um Pix para uma conta indicada pelos golpistas.

Após receberem o dinheiro, eles cortam o contato e desaparecem com o valor. Para se proteger:

  • Cuidado com promessas de lucro fácil: desconfie de ofertas que parecem boas demais para serem verdade;
  • Pesquise a fonte: verifique a legitimidade da oportunidade e do remetente antes de fazer qualquer transferência;
  • Desconfie de urgências: na maioria dos casos, propostas que exigem decisões rápidas podem ser armadilhas.

Pix falso

Este golpe é mais comum quando o criminoso vai efetuar o pagamento de algum produto ou serviço adquirido. É apresentado um comprovante de Pix falso, e a vítima, acreditando que o valor foi creditado, libera o produto ou serviço antes de verificar a transação. Para evitar esse tipo de fraude:

  • Verifique o saldo da conta: não confie apenas no comprovante. Sempre confirme o recebimento do valor diretamente na sua conta;
  • Espere a confirmação: para valores maiores, aguarde a confirmação do banco antes de liberar o produto ou serviço.

Golpe do Pix errado

Neste tipo de fraude, o golpista envia um Pix para a vítima e, em seguida, entra em contato alegando que foi um erro e pedindo a devolução do valor.

O golpe ocorre porque os golpistas contam com a boa-fé da vítima para devolver o dinheiro, pedindo um valor maior do que foi inicialmente enviado, acelerando e confundindo a pessoa e fazendo com que ela devolva um valor superior. Para se proteger:

  • Verifique a origem do Pix: antes de devolver qualquer valor, consulte seu extrato bancário e confirme se a transação foi realmente um erro;
  • Entre em contato com o banco: solicite orientação ao seu banco sobre como proceder em caso de recebimento de um Pix suspeito.

Dúvidas frequentes respondidas pelo SPC:

Qual a responsabilidade do banco em caso de estelionato com Pix?

Os bancos são responsáveis por oferecer segurança nas transações e auxiliar os clientes em casos de fraudes. No entanto, a devolução dos valores depende de investigações e procedimentos específicos de cada instituição. Vale entrar em contato com cada uma delas para entender os seus detalhes e instruções para cada caso.

É possível ser hackeado pelo Pix?

Não é possível ser hackeado diretamente pelo sistema Pix, que é seguro e criptografado. No entanto, você pode ser vítima de golpes de engenharia social, onde os criminosos manipulam você para obter seus dados.

É perigoso passar o número do Pix?

Passar o número do Pix não é perigoso, porque ele é apenas um identificador para receber transferências. No entanto, sempre desconfie de pedidos de Pix de desconhecidos ou de situações suspeitas.

Com informações de SPC

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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