Cidades

ANIVERSÁRIO

Em 45 anos de história, UFMS formou 70 mil profissionais

A federal reuniu autoridades e professores que participaram da história da instituição, em celebração no Teatro Glauce Rocha, nesta terça (02); hoje, a universidade conta com quase 40 mil alunos

Continue lendo...

Com o começo do mês de julho, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) vem intensificando as ações voltadas à celebração de seus 45 anos como instituição federal. Nesta terça-feira (02), a federal realizou um evento no Teatro Glauce Rocha, a fim de homenagear todos aqueles que participaram e continuam participando da evolução da instituição.

Durante o evento, que reuniu autoridades, professores, técnicos-administrativos, estudantes, egressos, familiares e gestores e diretores das unidades, o reitor Marcelo Turine reforçou o rápido avanço da universidade durante os anos, destacando que em 1979, ano de fundação da instituição, havia 3 mil alunos e hoje há quase 40 mil.

"Agradeço a todos, em especial por essa transformação que ocorreu graças à equipe, que junto ao Conselho Universitário, propõe políticas públicas para transformar vidas. Sucesso, vida longa a UFMS! Vida longa à ciência de Mato Grosso do Sul e do Brasil", afirmou.

Albert Schiaveto, pró-reitor de Assuntos Estudantis e presidente da Comissão de Análise da Ordem do Mérito de Egresso, ressaltou o impacto dos egressos no desenvolvimento da UFMS, do qual, segundo ele, durante esses 45 anos, 70 mil egressos já passaram pela federal. Inclusive, foi concedido o Título da Ordem do Mérito de Egresso aos ex-alunos presentes no evento.

Ao longo da celebração, o grupo regional de forró Flor de Pequi se apresentou e, após a performance musical, foi realizada a entrega de 26 títulos de Professor do Magistério Superior Emérito e 42 de Técnico-Administrativo em Educação Emérito, pelas contribuições como servidor público e na educação.

Nesta quarta-feira (03), a UFMS anunciou uma programação musical referente aos 45 anos. Hoje, Banda do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MS) se apresenta no Teatro Glauce Rocha, às 20h. Amanhã, quinta-feira (04), é a vez de Camerata Madeiras Dedilhadas, um conjunto musical que combina o timbre do violão ao timbre dos instrumentos de sopro/madeiras, no Auditório Luís Felipe de Oliveira.

Na sexta-feira (05), terá apresentações dos coros, com a participação do Projeto Coral Infantojuvenil da UFMS (PSIU), o Coral da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi) e da turma de Técnica Vocal do Curso de Música, também no Auditório Luís Felipe de Oliveira.

Dos dias 29 de julho a 3 de agosto, será realizado o sétimo Festival Internacional de Violão, no Teatro Glauce Rocha. As incrições estão abertas e estão sendo feitas no site da instituição. Há 30 vagas para alojamento, 15 masculinos e 15 femininos.

ATIVIDADES PASSADAS

Nesta segunda-feira (1°), três ações marcaram o início do programa especial da UFMS para comemorar seus 45 anos. Primeiro, um novo monumento, intitulado como "Inclusão e Diversidade", foi inaugurado no Bosque Central da Cidade Universitária, em Campo Grande.

Foto: Cristhofer Andrade

Ele foi desenvolvido por professores e estudantes do Curso de Artes Visuais, da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc), em parceria com a Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), além de ter sido feito com placas de metal reutilizados em projetos anteriores.

"Ele traz três grandes momentos da história da UFMS: o início da Universidade Estadual, em 1962; a criação da UFMS em 1979; e essa data, de comemoração aos 45 anos, em 2024", salientou o reitor Marcelo Turine.

Após a inauguração do monumento, os participantes realizaram um tour pelos principais pontos da universidade, passando por locais como o Estádio Morenão, o Teatro Glauce Rocha, o Restaurante Universitário, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap/UFMS-Ebserh), Biblioteca Central, entre outros.

Ainda no dia primeiro deste mês, uma exposição interativa foi inaugurada na Galeria de Artes Visuais da Cidade Universitária. A mostra reúne fotos, curiosidades e dados dos 45 anos da Universidade, e está aberta para visitação durante o mês de junho, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h. 

Além da exposição, um site em comemoração aos 45 anos foi lançado pela federal, do qual qualquer pessoa pode acessá-lo e conferir imagens de cada ano a partir de 1979 e incluindo o período quando a UFMS ainda era integrada à antiga Universidade Estadual do Mato Grosso (UEMT), antes da separação do Estado, em 1977.

História

A UFMS tem sua origem em 1962, quando o Estado ainda era unificado como Mato Grosso, com a criação da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Campo Grande. Com o passar do anos, novos cursos foram implementados na universidade e, em 1979, após a definição do Estado de Mato Grosso do Sul, acontece a federalização da instituição e passa a se chamar, oficialmente, Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 

Vários câmpus da UFMS foram surgindo no território pantaneiro e hoje há 11 espalhados pelo Estado, sendo em: Aquidauana, Chapadão do Sul, Coxim, Corumbá (Pantanal), Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã, Três Lagoas (dois câmpus) e Campo Grande (Cidade Universitária). O câmpus de Dourados era UFMS até 2006, quando foi federalizada e passou a ser Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Assine o Correio do Estado

veja o vídeo

"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

Continue Lendo...

Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

atraso nas chuvas

Nível do Rio Paraguai começa a subir e traz alento à mineração

Nos últimos 12 dias subiu 24 centímetros na régua de Ladário, mas ainda está longe de alcançar o nível ideal para o transporte de minérios

20/12/2025 18h30

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

Continue Lendo...

Depois de chegar a 3,31 metros na régua de Ladário no dia 16 de julho, o nível do Rio Paraguai estava baixando ininterruptamente até o dia 8 de dezembro, quando atingiu a mínima de apenas 24 centímetros. Depois disso, começou a subir, mas tardiamente. No ano passado ele começou a subir quase dois meses mais cedo.

E, apesar de até agora as chuvas terem sido escassas na região norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, o nível do rio está melhorando nos últimos 12 dias e neste sábado amanheceu  em 54 centímetros. O nível ainda está longe do necessário, mas já traz alívio para o setor de transporte de minérios, que está praticamente parado faz dois meses. 

Nos dez primeiros meses do ano foram escoados, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), 7,6 milhões de toneldas de minérios pela hidrovias, batendo todos os recordes de movimentação. Incluindo grãos e outros produtos, o volume transportado pelo Rio Paraguai chega a 8,2 milhões de toneladas em dez meses de 2025.

Em 2023, que até então era o melhor ano do setor, o volume de minérios havia chegado a 5,6 milhões de toneladas nos dez primeiros meses do ano. Naquele ano, porém, havia muito mais água no rio e o pico da cheia chegou a 4,24 metros. Depois que ultrapassa os quatro metros em Ladário o rio começa a transbordar e a alagar a planície pantaneira.

No ano passado, quando atingiu seu pior nível da história, com 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, as chuvas fortes chegaram mais cedo e o Rio Paraguai começou a subir já a partir do dia 17 de outubro. 

Por conta disso, no dia 20 de dezembro já estava em 94 centímetros, o que é 40 centímetros acima do nível em que amanheceu neste sábado (20). Estas chuvas logo no início da temporada, em setembro do ano passado, foram fundamentais para que o transporte de minérios fosse retomado logo no começo de 2025.

O cenário, porém, será diferente no começo de 2026. Sem as dragagens que estão previstas no projeto de concessão da hidrovia, o nível ideal para o transporte é acima de 1,5 metro. Porém, as barcaças ainda descem pela hidrovia, com volume menor, até que o rio tenha em torno de um metro na régua de Ladário. 

E, como até agora os rios subiram pouco na região sul de Mato Grosso, a pespectiva é de que o nível em Ladário só chegue a 1,5 metro depois de janeiro, atrapalhando o transporte de minérios no primeiro mês do ano. Em janeiro de 2025, por exemplo, foram despachadas 521 mil toneladas de produtos. No final do mês o rio já estava em 1,34 metro. 

O nível se manteve acima de um metro até o dia 20 de outubro deste ano. No dia primeiro daquele mês ainda estava em 1,79 metro, mas recuou rapidamente e no final do mês estava em apenas 66 centímetros. Mesmo assim, segundo a Antaq, ainda foram despachadas 678 mil toneladas de minérios, o que equivale ao volome de cerca de 14 mil carretas bi-trem somente em outubro. 

TRIBUTÁRIOS IMPORTANTES

Embora os rios Miranda e Aquidauana desemboquem no Rio Paraguai abaixo da régua de Ladário, a água destes dois tributários é fundamental para melhorar a navegabilidade. E, esta semana foi a primeira vez que ambos superaram a marca dos quatro metros, segundo dados do Imasul. 

Na sexta-feira (19), em Aquidauana, o rio com o mesmo nome da cidade alcançou 4,56 metros, o que ainda é 1,5 metro abaixo do nível de alerta. Somente quando supera os 7,3 metros é que entre em situação de emergência. Ou seja, já se passaram quase quatro meses do período de chuvas e o Aquidauana não encheu nenhuma vez. 

Situação parecida ocorreu com o Miranda. Após as chuvas do começo da última semana, ele chegou a 4,48 metros na régua instalada próximo à cidade de Miranda. Ele também só entra em situação de emergência depois que ultrapassa os 7 metros, o que não aconteceu nenhuma vez na atual temporada de chuvas. 

O Rio Coxim, por sua vez, chegou a entrar em nível de alerta ao longo da última semana, ultrapassando os quatro metros. Mas, depois de alcançar 4,16 metros começou a baixar. Somente depois que ultrapassa os cinco metros é que se considera que ele encheu. 

O Rio Piquiri, na divisa com Mato Grosso, que entra em situação de emergência somente depois que ultrapassa os 5,8 metros, estava em apenas 2,12 metros nesta sexta-feira, apesar das chuvas que atingiram a região ao longo da semana. 


 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).