Cidades

CONTRA O CORONAVÍRUS

UFMS fabrica EPIs e álcool para hospital de Campo Grande

Servidor emprestou equipamento e universidade disponibilizou material para fabricar protetor facial

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A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está produzindo equipamentos de proteção individual (EPIs) e álcool em gel para uso dos profissionais do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS). São protetores para o rosto e álcool 80% glicerinado, com baixo custo de fabricação.

Com uma impressora 3D, pesquisadores estão produzindo suportes para protetor facial com visor acrílico. “Até a próxima semana teremos 70 máscaras completas para entregar ao Hospital Universitário. Produzimos o suporte e o elástico e o acrílico que completam o EPI são providenciados pelo Humap”, explica o diretor da Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Agetic), Luciano Gonda.

A produção varia conforme a impressora e, em média, cada peça é impressa em três horas. O primeiro parceiro foi o servidor da Sead Eduardo Luís Figueiredo de Lima, que tinha impressora 3D em casa e se dispôs a imprimir o material. A Sead disponibilizou PLA que estava guardado para possíveis impressões futuras de outros materiais.

“Fomos atrás de possíveis laboratórios da UFMS que possuem a impressora 3D, como a Faculdade de Computação (Facom) e o Instituto de Física (Infi) que já se dispuseram a ajudar”, afirma Luciano.

A produção varia conforme a impressora e, em média, cada peça é impressa em três horas. O primeiro parceiro foi o servidor Eduardo Luís Figueiredo de Lima, que tinha impressora 3D em casa e se dispôs a imprimir o material. A Secretaria Especial de Educação a Distância (Sead) da universidade disponibilizou polímero sintético termoplástico (PLA) que estava guardado para possíveis impressões futuras de outros materiais.

“Fomos atrás de possíveis laboratórios da UFMS que possuem a impressora 3D, como a Facom [Faculdade de Computação] e o Infi [Instituto de Física] que já se dispuseram a ajudar”, afirma Luciano.

ÁLCOOL

Já o Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan) da UFMS realizou essa semana a entrega dos primeiros 84 litros de álcool etílico glicerinado 80%, que serão utilizados pela comunidade interna na UFMS.

No primeiro momento, quatro professores da Facfan produziram dez quilos de álcool em gel e mais 150 litros do álcool etílico glicerinado 80%, ambos indicados para assepsia das mãos.

“Estamos manipulando de acordo com a demanda, com o aumento da procura, mas a capacidade produtiva do Laboratório é bem maior do que isso, e à medida que forem chegando os pedidos vamos aumentar a produção”, explica o professor da Facfan Teófilo Fernando Mazon Cardoso.

O álcool etílico glicerinado 80% tem na sua formulação álcool, glicerina, peróxido de hidrogênio e água. A glicerina funciona como hidratante para as mãos, já que a alta concentração de álcool resseca a pele. O certo é utilizá-lo com um borrifador.

Para produções futuras, acadêmicos e outros profissionais serão inseridos no processo. A UFMS publicou editais voltados aos estudantes, servidores e pesquisadores que queiram atuar como voluntários e/ou desenvolver pesquisas, ações de extensão e inovação que contribuam para o combate ao vírus.

Greve

Sem ônibus, idosos enfrentam dificuldade com carros de aplicativo

Ao procurar atendimento médico no Centro Especializado Municipal, em Campo Grande, idosos enfrentam alto custo e confusão na hora de solicitar o serviço por aplicativo

16/12/2025 17h15

Crédito: Pagu / Correio do Estado

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Com a greve dos motoristas de ônibus, idosos que tinham consultas marcadas enfrentaram dificuldades para chamar veículos por aplicativo na tarde desta terça-feira (16), na saída do Centro Especializado Municipal, em Campo Grande.

Na ausência de pessoas para ajudar, a reportagem foi abordada pelo auxiliar de pedreiro Davi Soares, de 60 anos, que tentava voltar para casa, mas não conseguia auxílio.

O idoso relatou que iria de ônibus, mas, devido à greve do transporte público, teve de recorrer ao serviço por aplicativo. Ele compareceu ao Cem para uma consulta com o dentista, pois está em processo de confecção de uma prótese dentária.

Morador do Jardim Noroeste, Davi passou pela consulta, e o retorno está previsto para fevereiro de 2026. No entanto, ele enfrentava dificuldades para entender o funcionamento do aplicativo.

“Eu tô com dificuldade para chamar um carro e voltar para casa, né?”, disse.

Davi Soares, tentando entender o aplicativo / Crédito: Pagu / Correio do Estado

Além da mudança na forma de transporte, como noticiou o Correio do Estado, a greve dos ônibus aumentou em 140% as viagens por veículos de aplicativo.

Com isso, idosos que não podem perder consultas estão desembolsando valores mais altos. É o caso da artesã Shirley Aparecida Dias, de 64 anos, que levou a mãe para uma consulta.

“A corrida [quando o ônibus não está em greve] fica, em média, uns R$ 17 ou R$ 18, e hoje deu R$ 24”, informou Shirley, em uma situação em que a mãe dela aguardou um ano e meio para passar pela consulta com um médico entomologista.

Greve

Com o transporte parado pelo segundo dia consecutivo e a paralisação sem previsão de término, esta é a maior greve que a Capital enfrenta nos últimos 31 anos.

Hoje, mais uma vez, os terminais Morenão, Julio de Castilho, Bandeirantes, Nova Bahia, Moreninhas, Aero Rancho, Guaicurus, General Osório e Hércules Maymone amanheceram fechados sem nenhuma "alma viva".

Em contrapartida, as garagens amanheceram lotadas de ônibus estacionados. A greve foi alertada antecipadamente, estava prevista e não pegou passageiros de surpresa.

Por conta da chuva, ficou mais difícil recorrer a alternativas nesta terça-feira (16), sendo impossível chegar de bicicleta ao trabalho e complicado pagar o preço sugerido pelos transportes por aplicativo.

A greve ocorre por falta de pagamento. Com isso, os motoristas reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou: Naiara Camargo

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Cidades

Em meio à crise do transporte, comércio antecipa folga de funcionários

Na falta de clientes nas lojas da região central, empresas liberam colaboradores enquanto aguardam a resolução da greve de ônibus

16/12/2025 16h45

Crédito: Pagu / Correio do Estado

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O comércio da região central, que esperava aumentar o volume de vendas a oito dias do Natal, está tendo de antecipar a folga dos funcionários devido ao esvaziamento da região em decorrência da greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande.

A reportagem percorreu o entorno da Praça Ary Coelho, onde os pontos de ônibus estão servindo de local de espera para trabalhadores ou consumidores que se aventuraram e aguardavam um veículo por aplicativo.

Na Rua 14 de Julho, vendedores de lojas se ocupam organizando o estoque, formando filas à espera de um ou outro cliente, mas o cenário de incerteza marca a época do ano em que os lojistas esperam faturar mais.

Alguns estabelecimentos estão optando por antecipar a folga dos funcionários, já que, com a ausência da população que acessa o centro por meio do transporte coletivo, o movimento praticamente desapareceu.

É o caso de uma loja de calçados Anita, cuja gerente da unidade, Rayssa Dias dos Santos, relatou à reportagem que, na segunda-feira (15), quando a greve teve início, a loja ainda manteve um movimento tímido.

“Hoje a gente antecipou algumas folgas, primeiro porque o movimento fica mais calmo e, segundo, por ser menos um gasto para ter que trazer o funcionário de Uber.”

Nem a caravana de Natal da Coca-Cola deixa o setor confiante, uma vez que grande parte da população que costuma ir ao local, inclusive para aproveitar as atrações da Praça Ary Coelho, depende do transporte coletivo.

“Hoje vai ter a passeata da Coca-Cola, e eu acredito que muita gente precisa do ônibus para vir até o centro. Então, acredito que a paralisação do transporte público dá uma desequilibrada”, explicou Rayssa, e completou:

“A gente fica preocupada porque, querendo ou não, muita gente depende desse meio de transporte.”

Do outro lado da rua, na loja do Boticário, a gerente Suelen Benites Vieira, de 31 anos, explicou que a alternativa para enfrentar a falta de clientes tem sido a entrega em domicílio, serviço oferecido pela rede.

Entretanto, a greve dos motoristas de ônibus diminuiu de forma significativa o número de clientes no estabelecimento.

14 de Julho vazia, em horário que costuma ter fluxo de pessoas / Crédito: Pagu / Correio do Estado

“Realmente, seria o dobro, porque esta semana e a próxima são decisivas. Estamos vendendo muito para quem possui veículo, porque os que dependem de ônibus não estão vindo”, disse Suelen.

Na loja de vestuário, o gerente da Damyller, Cesar de Araújo, de 23 anos, recebeu a reportagem em um espaço que normalmente teria fluxo intenso de clientes, mas que, devido à chuva e ao custo do transporte por aplicativo, acabou tendo o cenário alterado.

“A greve de ônibus está impactando bastante não só a gente, mas também os outros comerciantes. Por exemplo, fui pegar uma marmita e ouvi reclamações. Isso está afetando tanto a rotina dos funcionários quanto o movimento do centro, e a gente percebe claramente essa diferença no fluxo”, pontuou Cesar.

Além disso, os funcionários só não estão sendo mais afetados e conseguem ir trabalhar porque as empresas se comprometeram a custear o transporte por aplicativo.

“A empresa está dando todo o suporte. Os funcionários pedem Uber e a gente ressarce o valor”, explicou Cleber, iniciativa que outros estabelecimentos também tiveram de adotar para não perder o efetivo.

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