Cidades

A TODO VAPOR

Uma semana após desastre, obra na BR-163 entra na 'reta final'

Desde que estipulado prazo de 15 dias para liberação da via, chuva já estava no radar e não atrapalhou andamento; serviços à margem da rodovia devem continuar por mais 45 dias

Continue lendo...

Dentro do cronograma, uma semana após o desastre de rompimento da represa do Nasa Park, as obras no trecho da BR-163 já se mostram bem adiantadas e entrando em "reta final" para liberação do fluxo na rodovia que, atualmente, segue funcionando no sistema pare e siga. 

Ainda na semana passada a CCR apontou para o prazo de 15 dias, para obras de recomposição até liberação total do fluxo de veículos, com o trabalho de uma semana já mostrando bons resultados, já que o que antes era "cratera", agora está bem próximo do nível da rodovia. Confira: 

Como bem aponta o coordenador de engenharia, Filipe Pereira dos Reis, que desde a última terça-feira (13) acompanha a situação no trecho, os trabalhos desde a tragédia tem se focado em recompor o corpo do aterro, que rompeu com a força da água e - na linguagem mais técnica - levou toda a “saia do talude” embora. 

Na ponta do lápis, o talude consiste em uma superfície inclinada em que o corpo desse aterro - que nesse caso sustenta a rodovia - é composto por uma crista na parte de cima e a saia na parte debaixo. 

“Os próximos passos, agora, é fazer o encontro do novo aterro com o existente, e refazer a pavimentação da pista norte”, pontua Filipe. 

Ele destaca que, para trazer as pedras usadas na recomposição - que por sua vez tornam o processo mais rápido do que reempregar o solo -, o trecho de obras na BR-163 chegou a contar com 25 caminhões simultâneos na obra, sendo essa agora uma etapa que precisa ir com mais cuidado, “controlando nível; cota e qual altura está do aterro, se já está chegando na estrutura do pavimento”, cita o coordenador. 

Faça chuva... 

Segundo o gerente de engenharia, Marcus Vinicius Pereira, estima-se que as equipes de obras permaneçam no trecho por aproximadamente mais 45 dias, o que totalizaria cerca de 60 dias totais de serviço, com as etapas após recomposição do corpo do aterro consistindo em: 

  • Encher de grama; 
  • Fixar sistemas de defesa metálica para proteção dos carros; 
  • Toda a pintura da pista e pormenores. 

O gerente faz questão de frisar que se mantém o prazo de 15 dias para liberação do fluxo e trânsito, com as demais diárias de serviço sendo realizadas com as equipes fora da pista em ambos os lados da rodovia. 

Gerente e coordenador de engenharia detalham também que, até mesmo as condições climatológicas, como as chuvas deste último fim de semana, já foram consideradas desde o primeiro momento por meio de um programa utilizado pela CCR, inclusive, nas tragédias que assolaram o Rio Grande do Sul. 

“Temos um sistema que monitora e solta alerta, um software em parceria com o ClimaTempo, então temos um rastreamento precipitado e todo tipo de chuva se tiver com maior volume ele informa para a gente. No primeiro momento, o colapso que aconteceu, se houvesse um segundo, aí ele levaria a pista inteira, o que poderia ser causado por uma chuva muito forte”, diz Marcus. 


Como bem complementa Filipe, desde que estipulado o prazo para liberação da via, os dias chuvosos já estavam no radar e, inclusive, não atrapalharam o andamento da primeira semana de serviços, sem baixa na produção. 

"Inclusive sábado, que começou a chuva, foi o nosso dia de maior produtividade aqui, já que a gente deu o maior avanço na obra. Então assim a gente está conseguindo um ritmo bom e o prazo segue o mesmo", conclui.

Assine o Correio do Estado
 

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

Continue Lendo...

Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

Assine o Correio do Estado

BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

Continue Lendo...

A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).