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MEIO AMBIENTE

Unindo cuidado ambiental com economia, empresas aderem à programa de energia solar

A iniciativa vai de encontro com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, que prevê uma série de mudanças para um desenvolvimento sustentável

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Mato Grosso do Sul é um Estado com um forte poderio de fontes renováveis, que podem ser utilizadas para minimizar os impactos ambientais, e promover um desenvolvimento sustentável, como é previsto pela Organização das Nações Unidas (ONU). Indo de encontro com a Agenda 2030 da ONU, o Senai tem um programa que auxilia as empresas a fazerem a mudança de matriz energética. 

A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) relata que tem notado uma crescente adesão as empresas ao uso de fontes renováveis em MS. Uma delas foi o Supermercado Luísa, em Glória de Dourados, que decidiu optar pela energia solar pela economia e também por ser uma energia limpa. 

De acordo com a proprietária, Maria Luiza Denadai, a iniciativa trouxe uma economia de praticamente 99% ao estabelecimento. A empresária decidiu fazer a mudança no início de 2020, e tudo ocorreu rapidamente. “Só fica a taxa mínima cobrada pela Energisar”, comenta a empresária. 

O consultor do Programa Senai de Gestão Energética do Senai Empresa, Sebastião Dussel, aponta que as empresas relatam uma grande satisfação após a transição. “Ao invés de se aborrecerem ao receberem a conta de luz, eles passam a comemorar a economia obtida após implantarem o sistema de geração de energia elétrica, utilizando como matéria prima a luz solar”, informa o engenheiro eletricista. 

A Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Algodão (AMPASUL), também passou pela mudança de matriz energética, relata o diretor executivo da entidade, Adão Hoffmann, que teve a ajuda do Senai para a adesão à energia solar. 

O diretor aponta que não houve problemas na transição, que foi incentivada devido ao custo elevado das contas, já que a associação tinha um alto consumo de energia. “Ocorreu a necessidade de buscar uma fonte mais econômica de produção de energia”, informa Adão, que relata uma melhoria econômica e também de manutenção. 

A consultoria para a transição energética é feita a partir de uma simulação da planta de geração de energia necessária para suprir a demanda do local, informa o consultor do programa. “Entre o portfólio de energias renováveis, elaboramos o anteprojeto e consultamos preço com empresas parceiras para a implementação dos sistemas de geração”, relata Sebastião Dussel. 

No entanto, além de prestar a consultoria, o Sistema Fiems também utiliza fontes energéticas renováveis no dia a dia de suas unidades, e praticamente toda energia elétrica consumida pelas unidades do Sesi, Senai e IEL no Estado, são de produção solar. 

Além disso, a Fiems informa também que está concluindo obras de um complexo de usinas fotovoltaicas em Campo Grande, que tem capacidade total para produzir até 3,4 MW de energia elétrica. O presidente da instituição, Sério Longen, também comenta que além da iniciativa ser uma alternativa econômica, também é uma opção mais sustentável para o meio ambiente, pois reduz a produção de poluentes na atmosfera. 

Iniciativas sustentáveis são incentivadas pelo Agenda 2030 da ONUA, que elenca Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para serem desenvolvidos no mundo todo. Mato Grosso do Sul, é um dos locais que o governo do Estado aderiu ao programa, e vem realizando ações voltadas para cumprir as metas sustentáveis. 

Além do Estado estar inserido em uma região privilegiada para a geração de energia elétrica solar, estando na 8ª posição no ranking de potência de geração solar, e Campo Grande como a 3ª melhor Capital do país, há também outras fontes renováveis elencadas pela Fiems. 

Entre as opções, além da fonte hidráulica, há também a biomassa, vinda de 23 usinas de açúcar e etanol, instaladas em MS e de 1,4 milhão de hectares de área plantada de florestas de eucalipto, que juntos, colocam o Estado entre os maiores produtores de energia elétrica a partir da biomassa. 

O biogás também é muito explorado em MS, sendo o Estado o sexto maior no ranking nacional de suinocultura e o quarto em bovinocultura de corte, o que sugere uma elevada produção diária de resíduos sólidos de dejetos, que podem ser aproveitados em biodigestores, resultando em um “elevado potencial para geração de energia elétrica a partir do biogás”. 

A energia eólica também e uma das iniciativas que podem ser exploradas em MS. O Instituto Senai de Inovação e Energias Renováveis do Rio Grande do Norte, por solicitação da Fiems, mapeou o corredor de vento do Estado, e identificou uma velocidade apropriada para instalar aerogerador a partir de 110 metros de altura, permitindo a produção de energia elétrica eólica. 

Além de sustentável, todo esse poderio de produção energética renovável pode auxiliar também em momentos de stress de consumo energético, como foi causado pela última onda de calor, quando Campo Grande e algumas cidades do Estado registraram consumos recordes de energia. 

De acordo com a Energisa, a demanda de alguns municípios foi maior do que o sistema conseguia suprir, e algumas cidades do interior e bairros da Capital ficaram sem abastecimento elétrico. A energia solar ajudou o sistema elétrico, pois durante o período que há a presença do sol, 115 mil consumidores retiram energia das placas fotovoltaicas, o que significa pouco mais de 10% dos 1,1 bilhão de clientes da Energisa em MS. 

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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