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Valter pode assumir o PSB na campanha

Valter pode assumir o PSB na campanha

Redação

08/05/2010 - 21h18
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lidiane kober

 

O senador Valter Pereira recebeu proposta de comandar o PSB no período das eleições. Ele, porém, exigiu a maioria dos cargos da executiva para deixar o PMDB. O atual presidente regional do partido, Sérgio Assis, considera difícil atender todas as exigências do senador. Ele ofereceu a vaga de vice-presidente a Valter, com a garantia de o parlamentar assumir o comando da sigla durante a campanha eleitoral, por conta do seu afastamento do cargo para concorrer a deputado federal.

O problema em atender as exigências do parlamentar reside no fato de gerar mal-estar com outras lideranças do partido, com as quais Assis firmou compromissos anteriores. "Lideranças, que vão disputar as eleições, entraram no PSB com a garantia de espaço na executiva. Agora, não posso voltar atrás, principalmente, diante do risco de não ter candidatos", explicou. "Até mesmo porque, ao aderir ao partido, o Valter não poderá concorrer", completou. A lei eleitoral exige que o candidato esteja filiado ao respectivo partido pelo menos um ano antes das eleições.

Além de oferecer ao senador a vice-presidência e o comando do partido no período eleitoral, Sérgio Assis propôs ao filho de Valter, o prefeito de Terenos Beto Pereira (PSDB), a secretaria-geral do PSB. "Tenho muito interesse na vinda do senador, mas não podemos desagregar o que já temos", ponderou. "De nada adianta um entrar por uma porta e outros saírem pela outra", acrescentou.

Na visão de Assis, Valter tem todas as chances de, com o tempo, conquistar a maioria da executiva do partido, sem causar mal-estar. "Com o tempo, ele vai ter o seu espaço e isso precisa acontecer sem trauma", disse.

No entanto, o fato de não ter a maioria da executiva do PSB e depois de manter conversas com o governador André Puccinelli (PMDB), Valter decidiu refletir um pouco mais sobre sua adesão ao PSB. Inicialmente, ele prometeu anunciar sua posição no dia 21 de abril, depois adiou a decisão para o final do mês passado e, agora, só vai falar sobre o assunto no dia 20 de maio. "Vamos aguardar", disse Assis. "Mas a decisão de Valter, para nós, é uma incógnita. Ainda mais levando em conta informação de que, sem a maioria do diretório do PSB, o senador ficaria no PMDB para concorrer a deputado federal", contou Assis.

Sobre o rumo do partido na sucessão estadual, o presidente regional do PSB mantém mistério, mas garantiu que a adesão do senador ao partido de nada influenciará a legenda. Nos bastidores políticos, circula a informação de que Valter só deixaria o PMDB para apoiar o projeto do PT retomar o comando do Governo do Estado.

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Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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