Cidades

COVID-19

"Vamos empilhar cadáveres", diz secretário sobre terceira onda

Geraldo Resende vê que o aumento recente de casos e internações é indicativo de início da piora

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Mato Grosso do Sul lidera o número de aplicação de vacinas contra a Covid-19, mas, por outro lado, está à beira da terceira onda da doença. O cenário preocupa autoridades do Estado, e o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, alerta sobre um futuro próximo com muitas mortes.  

“Vamos empilhar cadáveres se a população não colaborar”, apela Resende ao falar com o Correio do Estado sobre o aumento de casos e novo colapso na saúde em Mato Grosso do Sul. “Já estamos vivemos a terceira onda, mesmo fazendo todos os esforços que podemos, como a ampliação da vacinação e a abertura de novos leitos”, completa. 

O Estado registrou nesta sexta-feira (21) 1.942 novos casos de Covid-19 e catalogou 32 novos obituários. Nos últimos 15 dias, o número de mortes apresentou um crescimento de 7%, e a média móvel de casos dos últimos sete dias apresentada na sexta-feira foi a maior registrada em toda a pandemia, sendo 1.530.  

Durante transmissão realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nessa sexta-feira, Resende garantiu que os hospitais estão no limite de atendimento. 

“Se levarmos em consideração que de cada 100 casos dois vão precisar de leitos de UTI, a cada dia vamos demandar 30 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva, isso porque já estamos no limite máximo da capacidade de leitos”.

Para o médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, a terceira onda de contágio da Covid-19 será o pior cenário já visto no Estado. “Vai ser triste, e sem fechar tudo rapidamente, teremos pessoas morrendo em Unidades Básicas de Saúde sem a devida assistência”, afirmou.  

Conforme Croda, com as altas taxas de internações, as próximas semanas serão delicadas. “Já estamos começando a terceira onda com uma taxa de ocupação de leitos hospitalares muito elevada”, reiterou.  

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado, Mato Grosso do Sul tem 98% dos leitos públicos de UTI ocupados, enquanto na rede privada a taxa de ocupação está em 85%. São 1.143 pessoas hospitalizadas, das quais 647 estão em leitos clínicos e 496 estão em leitos de UTI.

Em todo o Estado, 202 pessoas estão na fila de espera aguardando por uma vaga para a UTI Covid-19. E o número tende a crescer.  

“As pessoas me dizem que estão fazendo festa em algumas cidades que têm atrativos turísticos e de lazer, como rios. Estou fazendo esse alerta, porque a chamada terceira onda está chegando e eu acredito que vamos vivê-la neste fim de maio”, considera Resende. 

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SEMANA EPIDEMIOLÓGICA

Esta semana epidemiológica que se encerra neste sábado (22), para se ter uma ideia, pode ser a pior de toda a pandemia. Até sexta-feira, os casos confirmados já estavam acima de 9 mil, número contado desde domingo (16). Se os casos somados foram acima de mil, o Estado deverá ultrapassar a barreira de 10 mil casos em uma semana, o que ainda não havia acontecido.

O secretário pede a colaboração da população. “Está morrendo muita gente, gente jovem, gente que ainda não completou o ciclo vacinal”.

Para contornar a situação, o titular da Saúde no Estado informou que novos leitos estão sendo abertos para auxiliar no atendimento da alta demanda. Segundo ele, Ponta Porã, Dourados e Três Lagoas devem ativar novas vagas em Unidade de Terapia Intensiva o quanto antes.  

“Teremos uma reunião com Ponta Porã para verificar a abertura de dez novos leitos de UTI. Além deles, vamos ver a abertura de outros 20 leitos clínicos para o tratamento da Covid-19. Estamos aguardando também a montagem de leitos em três lagoas e conversando com os municípios”. (Colaborou Mariana Moreira)

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Cidades

Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

27 vagas

UFGD abre concurso para professor com salários de até R$ 13 mil; confira

Inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet

23/12/2025 18h30

UFGD

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Com salários de até R$ 13 mil, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) publicou edital de concurso público para provimento de cargos da carreira para 27 novos professores.

Conforme o edital, a remuneração inicial varia de R$ 3.399,47 a R$ 13.288,85, de acordo com a titulação exigida e o regime de trabalho.

Os valores são acrescidos de auxílio-alimentação (R$ 587,50) para jornadas de 20h semanais e R$ 1.175,00 para 40h semanais. As inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet.

As oportunidades contemplam campos como Administração, Agronomia, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Gestão Ambiental, História, Letras, Engenharia de Alimentos, Pedagogia e Medicina, entre outros, conforme detalhado no edital.

Provas

O processo seletivo será composto por prova escrita, prova didática, ambas de caráter eliminatório e classificatório, além de prova de títulos, de caráter classificatório. O edital de convocação para o sorteio de pontos e para a prova escrita será publicado em 26 de março. O sorteio está marcado para 28 de março, e a prova escrita ocorrerá em 29 de março (domingo).

A prova didática será realizada nos dias 25 e 26 de abril, conforme edital específico dessa etapa. O procedimento de heteroidentificação está previsto para 12 de maio, enquanto o envio dos títulos ocorrerá de 19 a 21 de maio. O resultado preliminar será divulgado em 1º de junho, e o resultado final, após recursos, em 3 de junho.

A taxa de inscrição é de R$ 200, com possibilidade de pagamento até o último dia de inscrição, em qualquer agência bancária durante o horário de expediente. O edital completo, com a descrição das áreas, requisitos e demais orientações, está disponível aqui!

Isenção de taxa

Os pedidos de isenção da taxa de inscrição poderão ser feitos entre 16 e 26 de dezembro. Têm direito ao benefício candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo, além de doadores de medula óssea. O resultado preliminar da isenção será divulgado em 9 de janeiro, com homologação final prevista para 13 de janeiro, após análise de recursos.

Do total de vagas, a UFGD assegura políticas de ações afirmativas, destinando 25% para candidatos autodeclarados negros (pretos ou pardos), 3% para indígenas e 2% para quilombolas, independentemente da área. Também há reserva de vagas para pessoas com deficiência. Ao todo, sete vagas são destinadas a candidatos negros, uma para indígenas, uma para quilombolas e duas para pessoas com deficiência.

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