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Riscos Online

Veja como se prevenir dos riscos de golpe e vazamento de dados na internet

A cada minuto, mais de 400 brasileiros são vítimas de vazamentos de dados pessoais na internet, segundo pesquisa

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De acordo com o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), o Brasil ocupa a posição de campeão mundial em vazamento de dados, só no ano passado (2022), houve 2,8 bilhões de registros de informações pessoais expostas de forma indevida.

Além disso, a cada minuto, mais de 400 brasileiros são vítimas de vazamentos de dados pessoais na internet, segundo um levantamento divulgado pela empresa holandesa de segurança de dados, Surfshark. 

Em 2022, o BC informou que quase 140 mil chaves Pix foram vazadas, o ocorrido afetou pessoas físicas e jurídicas. Segundo o BC, o vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro, já que são dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos. O Banco Central já registrou cerca de quatro episódios como este.

Apesar de o Banco Central informar que os dados vazados não colocam em xeque a segurança informacional dos usuários, esses episódios são sintomáticos, sobretudo porque o dinamismo das redes tende a expor a fragilidade da segurança de dados nas redes. Fato que levou a criação da Lei nº 13.709 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) -, fundada em 14 de agosto de 2018.

O delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Rauali Kind Mascarenhas, conta que os dados pessoais expostos por vazamentos podem ser utilizados por terceiros não apenas para que sejam aplicados golpes, mas também para fins de comercialização. Rauali conta que a LGPD surge para tentar coibir golpes e/ou crimes em rede.

A LGPD constitui uma lei recente que visa a regulamentação do tratamento de dados online por instituições privadas. Mesmo com a regulamentação, tanto os golpes quanto os episódios de vazamentos de dados continuam a crescer no Brasil.

Uma jornalista de Campo Grande, de 24 anos e que preferiu não se identificar, passou pela situação de ter seus dados expostos em rede. O episódio aconteceu após o computador da jornalista ser infectado por um malware, ela conta que o antivírus não identificou o objeto suspeito.

“Aí como foi pelo notebook, minhas senhas estavam salvas. Eles tiveram acesso às redes sociais e número do meu cartão de crédito virtual. Aí começaram a soltar mil coisas de bitcoin, pelo Twitter, Instagram e Gmail. Conteúdo fishing, para pegar outros desavisados. Tentar fazer uma compra no meu cartão, mas por sorte, o banco bloqueou”, afirma a jornalista.

Por fim, a campo grandense conta que, apesar do susto, conseguiu resolver os problemas de privacidade e o banco estornou os valores que haviam sido utilizados em transações indevidas, ela afirma que “depois eu troquei as senhas e reativei autenticação de dois fatores nas redes sociais”.

Previna-se

Nessa conjuntura, Rauali discorre sobre algumas das melhores maneiras de se proteger diante do universo das redes. São práticas que contribuem para a garantia da segurança do usuário na internet, a fim de prevenir que seus dados sejam vazados, mas também para que se previnam de golpes online.

“Primeiro, não utilize computadores de terceiros. Sempre preferir utilizar o seu próprio computador. A gente não sabe se tem um vírus instalado. Mesmo que sejam contados de um amigo. Basta ter um vírus para que os dados sejam apropriados por terceiros”, alerta.

O delegado orienta que, além de não utilizar computadores de terceiros, os usuários não devem efetuar cadastros em sites suspeitos, não seguros e que não apresentem selos de segurança na barra de navegação. O selo consiste em um cadeado, disponível nos navegadores  e que informa se o site pode ser confiável.

“Se tiver o cadeado fechado é porque aquele site é seguro. Se não tiver o cadeado fechado e sim aquele cadeado vermelho aberto é porque o site não é confiável. Então evite acessar sites não confiáveis”, afirma, Rauali.

Rauali afirma que, em atos de compra online, onde o consumidor/usuário/internauta, de forma ativa, preenche os campos de compra com dados pessoais, dados de cartões e afins, é importante que o consumidor opte pelo cartão de crédito temporário. Essa ferramenta dos aplicativos de banco consistem em ajudar o usuário a gerar um cartão virtual de apenas uma compra.

“Outra dica importante é ter muito cuidado onde o usuário digita seus cartões de crédito. Hoje em dia os aplicativos de banco permitem gerar um cartão virtual para uma compra apenas. Sempre preferir utilizar esse cartão virtual na primeira compra em lojas online”, afirma.

O Procon/MS também apresenta algumas orientações para a garantia da privacidade e da segurança dos usuários em rede. A advogada do Procon/MS, Patricia Mara da Silva, afirma que a internet constitui um oceano de informações e que, nesse contexto, os usuários devem se atentar à alguns pontos, sobretudo ao efetuar compras em lojas online.

“A internet é um um oceano, né? E o consumidor deve ter algumas cautelas. Por exemplo, se estiver diante da compra e aquisição de produtos online, ele deve checar as informações de segurança, de site e tudo mais. Para poder comprar e adquirir algo na rede”, pontua.

A advogada continua: “primeiro, antes de fazer compra no site, pesquisar se o site é confiável ou não, se aquele canal de venda é confiável ou não”.

Para Patrícia, o consumidor que busca a aquisição de serviços e produtos em rede se encontra em uma situação de hipervulnerabilidade.

“Infelizmente como o consumidor é é hipervulnerável nesse mercado (o online) convém identificar o nome da empresa, né? Verificar nos sites de reclamação, entrar em contato com o PROCON. Ele pode ligar pro PROCON e perguntar se há reclamações em face dessa empresa. Porque não é o fato da empresa estar no mundo virtual que ela está desobrigada”, orienta.

Por fim, a advogada discorre que o consumidor tem respaldo, caso caia em golpes e em situações de dados expostos de forma indevida.

O delegado da PCMS, Rauali, orienta que, em casos onde o usuário desconfie que seus dados foram expostos, de golpes, ou que sinta-se lesado ao realizar compras online, é importante que o usuário registre um Boletim de Ocorrências para que a Polícia Civil possa estabelecer um campo de investigação a fim de identificar os responsáveis.

Núcleo de Investigação

Diante do  contexto do aumento de crimes online que envolvam tanto o vazamento de dados, quanto os golpes em rede, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) criou o Núcleo de Análise de Crimes praticados através de Tecnologia de Informação e Comunicação e de Inteligência (NATICI). O Núcleo objetiva o combate aos crimes virtuais praticados por meios eletrônicos.

O núcleo é um setor investigativo de inteligência policial, a fim de promover técnicas adequadas que possam analisar os meios eletrônicos utilizados pelos criminosos. O delegado da PCMS, Rauali, discorre acerca da importância e do papel que esse núcleo investigativo desempenha, nos contextos de vulnerabilidade que a internet e as redes sociais podem apresentar aos usuários.

“Uma boa prática que a gente tem percebido em vários outros estados e eu acredito que é o futuro para a investigação. Porque cada vez mais a gente tem crimes sendo praticados pelas redes sociais, pela internet”, afirma.

Além disso, o investigador conta que há uma peculiaridade na investigação de crimes online: “porque a gente precisa de inclusive do apoio de outras polícias, porque muitas vezes os criminosos fazem vítimas em outros estados, então nós precisamos de atuação em mais de um estado da federação”.

Por fim, o delegado conta que o núcleo significa uma evolução para o campo investigativo, já que contribui para que os suspeitos de crimes online (antes escondidos no anonimato) sejam identificados.

“Criando essa rede, aumenta a efetividade na hora de investigar e identificar mais rápido quadrilhas ou criminosos que praticam crimes online em diferentes regiões do país, inclusive identificar outras vítimas daquela associação criminosa”, finaliza.

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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