Cidades

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Venda de bolsas de luxo vira caso de polícia em MS

Loja que trabalha com a revenda de artigos usados não pagou por uma compra de cinco bolsas, que totalizava R$ 57 mil, e também é alvo de denúncias por não entregar os produtos aos clientes

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A venda de artigos de luxo "second hand", uma forma mais refinada de se referir a itens usados, vem se tornando uma prática comum em todo o mundo. Seguindo a tendência da moda sustentável, muitas pessoas se interessam na compra desses produtos, que algumas vezes chegam a ser exclusivos por já estarem fora do mercado comum.

Uma das lojas que oferece esse tipo de serviço em Campo Grande está sofrendo uma série de denúncias por aplicar golpes em vendedoras e compradoras de bolsas. Com mais de 28 mil seguidores no Instagram, a empresa diz fazer serviço de intermediação de vendas, promete peças autenticadas e uma curadoria especializada, mas na prática não cumpre nem com o pagamento e entrega dos artigos.

Em Boletim de Ocorrência, registrado no dia 1º de abril deste ano, uma das vítimas - uma mulher que reside em Dourados, município distante 230,8 quilômetros de Campo Grande -  relata que em janeiro deste ano vendeu três bolsas de luxo, duas da marca Gucci e uma Chanel, para a proprietária da loja, que será identificada neste material como S.C..

Segundo a vítima, a mulher tinha interesse em comprar as bolsas, e ficou de fazer o pagamento de uma delas no dia 23 daquele mesmo mês, mas até a data do registro policial não havia pagado por nenhuma delas.

Acreditando na boa fé de S.C., a vítima vendeu outras duas bolsas, das marcas Gucci e Chanel, que também não foram pagas. Somados, os produtos tinham valor de R$ 57.600,00.

A vítima tentou cobrar o pagamento várias vezes, e chegou a receber comprovante de uma Transferência Eletrônica Disponível (TED) falsa, no valor de R$ 6.500,00.

No boletim policial consta ainda que a vítima ficou desconfiada da demora em receber o pagamento, e foi pesquisar sobre S.C., momento em que descobriu que havia uma série de processos contra ela, muitos deles ação civil por falta de pagamento e pix falso.

Em conversa exclusiva com o Correio do Estado, uma segunda vítima, que não quis se identificar, contou que comprou uma bolsa no valor de R$ 6 mil em junho deste ano, e que até agora não recebeu o produto ou a devolução do pagamento.

Segundo ela, as compras na loja são feitas através das redes sociais, tanto no Instagram quanto no WhatsApp. No aplicativo de mensagens, existe um grupo que serve como "catálogo" dos artigos de luxo disponíveis.

O pagamento dos produtos pode ser feito à vista ou em parcelas, mas ele só é enviado após o pagamento.

Segundo a vítima, que pretende registrar boletim de ocorrência, S.C. alega que a bolsa vem para Mato Grosso do Sul de outro estado, por isso demora a ser entregue, e "sempre dá uma desculpa".

No "Reclame Aqui" também há denúncia semelhante contra a loja. Essa, feita no dia 15 de fevereiro, por uma cliente que reside em Jaraguá, no estado de Goiás.

Ela relata que comprou duas bolsas no início do ano passado, que nunca foram entregues. Diz ainda que tentou contatar S.C. diversas vezes, mas que a empresária "nunca cumpre" as promessas de pagamento e entrega dos produtos.

Além disso, contou que havia feito uma reclamação anterior no portal Reclame Aqui, e que após a dnúncia, S.C. disse que devolveria o dinheiro e pediu que ela retirasse a reclamação.

"Mesmo fazendo uma confissão de dívida assinado por ela, vencendo em 21/12/2023, ela não cumpriu o pagamento. Sendo assim, tive que fazer uma nova reclamação e entrar na justiça", escreveu a vítima.

Diversos processos

Conforme consta no JusBrasil, S.C. responde diversos processos semelhantes aos casos citados acima. Em um deles, deve R$ 96,1 mil pela compra e não pagamento de bolsas de grife e uma pulseira.

A acusada de estelionato foi procurada pela reportagem, e respondeu apenas que o advogado entraria em contato - o que não aconteceu até o momento de publicação deste material. O espaço segue aberto para posicionamentos.

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Ivinhema

Prefeitura do "mais louco do Brasil" superfaturou verba da merenda, diz CGU

Administração de Juliano Ferro (PSDB), reeleito no domingo, teria superfaturado R$ 229,4 mil para alimentação dos estudantes das escolas públicas

09/10/2024 16h43

Juliano Ferro, prefeito de Ivinhema; prefeitura teria superfaturado dinheiro da merenda

Juliano Ferro, prefeito de Ivinhema; prefeitura teria superfaturado dinheiro da merenda Reprodução/Facebook

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A prefeitura de Ivinhema, administrada pelo prefeito Juliano Ferro (PSDB) — que também é influenciador nas horas vagas — praticou superfaturamento de recursos federais na compra de merenda escolar, conforme apontado pela Controladoria-Geral da União (CGU) em relatório publicado no mês passado.

O sobrepreço que resultou no superfaturamento ocorreu na compra de itens como carne bovina, carne de frango, ovos de galinha, pão, leite e outros alimentos destinados aos estudantes das escolas públicas do município.

O total do superfaturamento, segundo apurou o Correio do Estado com a CGU, é de R$ 229,4 mil. Juliano Ferro foi reeleito no domingo (6) com 88% dos votos. A população aprovou sua administração, apesar das inconsistências administrativas.

Na data da eleição, o relatório da CGU ainda não havia sido divulgado na imprensa, apenas nos canais internos da Controladoria-Geral da União.

O maior sobrepreço na compra de itens da merenda escolar ocorreu na aquisição de carne bovina.

Enquanto os supermercados de Ivinhema consultados pela CGU cobravam, em média, R$ 33,99 pelo quilo do alimento nas especificações contidas no edital, o município pagou R$ 44,90 pelo produto, resultando em uma diferença de R$ 10,91 por quilo.

Como foram adquiridos 9 mil quilos de carne durante o período analisado, o sobrepreço na compra de carne bovina foi de R$ 98.190,00.

Além disso, houve sobrepreço, com posterior superfaturamento, na compra de pão francês.

A prefeitura pagou R$ 16,20 pelo quilo do pão, enquanto o preço estipulado no Diário Oficial, que deveria ser seguido, era de R$ 10,61, gerando uma diferença de R$ 61.490,00 em recursos públicos repassados pelo governo federal.

A administração do “prefeito mais louco do Brasil” terá de explicar essa discrepância.

“Houve prática de superfaturamento decorrente de sobrepreço contratual no Pregão Eletrônico nº 21/2022 no valor apurado de R$ 224.955,00 (R$ 155.515,00 em favor da C E G de Matos EIRELI e R$ 69.440,00 em favor da B A Marques LTDA), o equivalente a 20% do valor da amostra (10 itens de maior materialidade financeira — 81,03% do valor total adjudicado)”, apontou a CGU em seu relatório.

Para efeito de comparação, o valor utilizado para a compra dos itens foi de R$ 778,2 mil. Ainda segundo a CGU, os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foram devidamente transferidos.

A prefeitura de Ivinhema não ofereceu qualquer explicação ao órgão federal de controle sobre as inconsistências encontradas.

O sobrepreço foi identificado nos seguintes itens:

  • 12 mil quilos de frango: sobrepreço de R$ 14,1 mil;
  • 12 mil litros de leite pasteurizado: sobrepreço de R$ 17,4 mil;
  • 3 mil litros de óleo de soja refinado: sobrepreço de R$ 12,4 mil;
  • 3 mil quilos de feijão carioquinha tipo 1: sobrepreço de R$ 2,1 mil;
  • 3 mil dúzias de ovos de galinha brancos: sobrepreço de R$ 1,4 mil;
  • 2 mil quilos de cenoura: sobrepreço de R$ 15,3 mil;
  • 2,5 mil quilos de repolho: sobrepreço de R$ 10,025 mil;
  • 9 mil quilos de carne bovina: sobrepreço de R$ 98,1 mil;
  • 11 mil pães franceses: sobrepreço de R$ 14,1 mil.

Em contrapartida, o município pagou um item com preço abaixo da média de mercado: R$ 7,6 mil pela compra de 6 mil quilos de coxa e sobrecoxa de frango.

O total do sobrepreço e possível superfaturamento é de R$ 224,5 mil.


Excentricidade e investigações

Nas redes sociais, Juliano Ferro é conhecido como “o prefeito mais louco do Brasil”. No Instagram, por exemplo, ele tem 760 mil seguidores. 

Mas não é só por isso que ele conhecido. Ferro também é conhecido por ser alvo de várias investigações e operações.

Na operação mais recente, Ferro foi alvo de investigação da Polícia Federal por suposta falsidade na declaração de seu patrimônio à Justiça Eleitoral. 

Em junho último, decisão liminar na 2ª Vara de Ivinhema proibiu Juliano Ferro de praticar atos de promoção pessoal e de ocupar ou permanecer em lugar de destaque em eventos custeados com recursos públicos no Município.

Em 2021, o prefeito foi alvo do Ministério Público por desrespeitar decreto que ele mesmo havia assinado proibindo aglomerações e acabou flagrado participando de uma festa em uma fazenda.

Além disso, foi alvo de investigação por conta das seguidas rifas de veículos das quais participa e das quais diz ter tirado boa parte de seu atual patrimônio.

Em outra investigação, cujo teor está sob sigilo,  são apuradas “eventuais ilegalidades em processos de inexigibilidade de licitação para contratação de artistas pelo Município de Ivinhema nos anos de 2021, 2022, 2023 e 2024”. 

Em maio, sem citar uma ação específica, o prefeito atribiu as investigações contra ele “a pessoas do mal”.

“Toda vez que você se tornar grande, pessoas fracas vão se levantar contra você. Pessoas do mal vão se levantar contra você, eles vão te atacar e isso faz parte do processo de crescimento…”, postou em vídeo no Instagram.
 

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Oportunidade

Sebrae abre processo seletivo, com salário de mais de R$ 6 mil em MS

Com salários entre R$ 6.076,02 e R$ 3.726,28, os interessados devem realizar a inscrição até o dia 16 de outubro

09/10/2024 16h15

Divulgação Sebrae

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O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MS) abriu processo seletivo para profissionais em nível superior com atuação em Campo Grande e interior do Estado.

As vagas são para Analista Técnico Nível I, com salário inicial de R$ 6.076,02, e Assistente Nível II, exclusiva para Pessoas com Deficiência (PcD), em Campo Grande, com remuneração de R$ 3.726,28.

Interessados devem realizar a inscrição até o dia 16 de outubro, por meio do site da Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino, Tecnologia e Cultura (Fapetec).

Vagas

Os postos são para compor o quadro de cadastro reserva em Campo Grande (que possui o maior número de vagas), Naviraí e Nova Andradina. Com carga horária de 40 horas semanais, de segunda a sexta-feira, em regime presencial, os profissionais atuarão no espaço ocupacional de Analista Técnico Nível I no Sebrae-MS.

Formações requeridas

Na Capital sul-mato-grossense, são 10 vagas, sendo elas para as seguintes formações:

  • Administração, Ciências Econômicas, Comércio Exterior, Comércio Internacional, Negócios Internacionais ou Relações Internacionais;
  • Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Processos Gerenciais, Gestão de Processos ou Gestão Empresarial;
  • Administração, Ciências Contábeis ou Ciências Econômicas;
  • Administração, Gestão Comercial, Marketing ou Processos Gerenciais;
  • Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas ou Gestão Financeira;
  • Administração, Ciências da Computação, Ciências Econômicas, Design de Produto ou Tecnologia da Informação;
  • Marketing ou Publicidade e Propaganda;
  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia de Dados, Engenharia da Computação, Redes de Computadores ou Ciência da Computação;
  • Psicologia;
  • Direito.

Naviraí

  • Administração, Ciências Econômicas, Relações Internacionais, Turismo, Ciências Políticas; Tecnologia ou bacharelado em áreas específicas da gestão empresarial.

Nova Andradina

  • Administração, Ciências Econômicas, Relações Internacionais, Turismo, Ciências Políticas; Tecnologia ou bacharelado em áreas específicas da gestão empresarial.

Os cursos de nível superior precisam ter certificação pelo Ministério da Educação. Os profissionais devem ter disponibilidade para viajar.

Quem for selecionado para o cadastro reserva em Naviraí atenderá também os municípios do Conesul, que são:

  • Eldorado
  • Iguatemi
  • Itaquiraí
  • Japorã
  • Mundo Novo
  • Naviraí
  • Sete Quedas
  • Tacuru

Enquanto os selecionados em Nova Andradina terão como área de atuação o Vale do Ivinhema, que inclui:

  • Anaurilândia
  • Angélica
  • Batayporã
  • Ivinhema
  • Nova Andradina
  • Novo Horizonte do Sul
  • Taquarussu

Vagas para PCD

O processo para a vaga de Assistente Nível II, exclusiva para Pessoas com Deficiência (PcD), é destinado a munícipes de Campo Grande. Para realizar a inscrição, o candidato precisa ter Ensino Médio completo. Neste cargo, é necessário que o candidato possua experiência em atendimento ao cliente de no mínimo seis meses.

“É assegurado à pessoa com deficiência o direito de se inscrever neste processo seletivo, desde que as atribuições da vaga pretendida sejam compatíveis com a deficiência de que é portador, conforme estabelecido no Decreto Federal nº 3.298, de 20/12/1999, alterado pelo Decreto Federal nº 5.296, de 02/12/2004.”

Inscrições

O candidato deve acessar o site da FAPETEC por meio do link (https://fapetec.selecao.net.br/). Na página, role a tela para acessar o edital e conferir todas as normas referentes à vaga para a qual pretende concorrer.

Já o comprovante de inscrição pode ser acessado pelo mesmo site (https://fapetec.selecao.net.br/), onde o concorrente deve acessar a ‘área do candidato’.

Veja abaixo:

Na página, é possível solicitar a impressão do comprovante de inscrição.

Benefícios

  • Assistência médico-hospitalar;
  • Assistência odontológica;
  • Plano de previdência privada;
  • Seguro de vida em grupo;
  • Auxílio alimentação/refeição;
  • Vale-transporte e auxílio-creche para mulheres com filhos com idade até três anos e 11 meses e/ou crianças com deficiência ou com condição incapacitante.

 

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