Cidades

Celebração de Páscoa

Via-Sacra reúne 1,2 mil fieis na Paróquia São João Bosco

O rito que rememora a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo foi rememorado pelos católicos nesta sexta-feira

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Cerca de 1,2 mil fiéis celebraram a Via-Sacra nesta sexta-feira (18) na Paróquia São João Bosco, no bairro Vila Célia, em Campo Grande. O rito que rememora a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo contou com orações, devoção e muita fé, nesta data que, segundo a Igreja Católica, é uma oportunidade para os cristãos se renovarem e refletirem sobre o sacrifícios de Cristo, além de fortalecerem os laços de comunidade. 

“É o momento de congregar, estar juntos, orar pelos irmãos e viver em comunidade”, disse o padre Padre José Marcos de Oliveira.

Moradora de Campo Grande há 30 anos, Cleonice Ferreira lembrou que o sentimento do período é de muita devoção e “fervor”.  Venho frequentemente à missa, as festividades, e a cada vez o sentimento fica mais fervoroso, me sinto mais próxima das coisas de Deus, mais grata pelas oportunidades que ele me dá. Aproveito a ocasião para rezar por todo mundo e agradecer a Deus por estar aqui.”, destacou. 

Voluntária junto à pastoral da Arquidiocese de Campo Grande, Luana Cavalli destacou ao Correio do Estado que neste ano, cerca de 50 voluntários se prepararam especificamente para as festividades pascais. “Sirvo há três anos na pastoral da acolhida, eu me sinto bem completa, o rito pascal é bem bonito, hoje temos umas 50 pessoas servindo. Nos preparamos para isso desde o início do ano, é muito gostoso, me sinto muito completa”, destacou. 

Questionado se a forte chuva desta tarde seria um empecilho aos ritos, Carlos Henrique Carvalho disse que o momento é de celebração, e que a chuva seria incapaz de limitar as comemorações. “A chuva não desanima. Com toda a alegria (mesmo com chuva) continuamos servindo, adoro tudo  isso aqui.”, disse. 

Ritos

Comumente rezada durante o período da Quaresma, a Via-Sacra cruz é uma tradição católica que afirma que Cristo morreu em uma sexta-feira às 15h, por esse motivo, muitas paróquias realizam a Via-Sacra neste horário nas sextas-feiras durante as festividades, o que se confirmou na Paróquia São João Bosco. Após a celebração da Santa Missa, por volta das 17h30, os fiéis se dirigiram para a frente da igreja, onde assistiram a encenação da Via Crucis, que em 14 atos, retratou a morte, a crucificação e o enterro de Cristo. Posteriormente, os devotos seguiram em procissão pelas ruas adjacentes à paróquia, e junto da representação do corpo de Cristo, caminharam pela Rua Pernambuco, Rua São Paulo, Rua Goiás e retornaram para a igreja. 


Via-Sacra

Também conhecida como Via Crucis, a Via-Sacra é uma tradição cristã milenar que remonta ao século IV, quando peregrinos passaram a visitar os locais da paixão de Cristo em Jerusalém. No entanto, a prática como conhecemos hoje, com 14 estações fixas representando os principais momentos do caminho de Jesus até o Calvário, se consolidou na Idade Média, especialmente a partir do século XIII, com a atuação dos franciscanos.

Cada estação representa um episódio marcante da Paixão, como a condenação à morte, o encontro com Maria e a crucificação. Durante a Quaresma e, especialmente, na Sexta-feira Santa, milhões de fiéis em todo o mundo reconstituem esse percurso como forma de meditação, penitência e renovação espiritual.

O rito religioso se tornou uma das expressões mais populares dos católicos, celebrado em igrejas, ruas e morros, com encenações teatrais e procissões, marca da espiritualidade pascal dos cristãos.

Ordem da Via Crucis

Estação: Jesus é condenado à morte;

Estação: Jesus carrega a cruz às costas;

Estação: Jesus cai pela primeira vez;

Estação: Jesus encontra Maria;

Estação: Simão de Cirene ajuda Jesus;

Estação: Verônica limpa a face de Jesus;

Estação: Jesus cai pela segunda vez;

Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém;

Estação: Jesus cai pela terceira vez;

Estação: Jesus é despojado de suas vestes;

Estação: Jesus é pregado na cruz;

Estação: Jesus morre na cruz;

Estação: Jesus é descido da cruz;

Estação: Jesus é sepultado.

Saiba*

Neste sábado, a paróquia realiza a vigília às 18h, enquanto a Santa Missa de Páscoa às 8h, 10h, 17h e 19h. 

MATO GROSSO DO SUL

Em pleno período de chuvas, Hidrelétrica Porto Primavera reduz vazão

Com a barragem mais extensa do País (10,2km), redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciadano último dia 12, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira

20/12/2025 14h14

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera Reprodução/Cesp

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Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, a unidade começou nesta sexta-feira (19) através da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a redução da vazão, para preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio Paraná. 

Com a barragem mais extensa do País (10,2 km), essa redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciada pela Cesp no último dia 12, prevista para começar ainda em 15 de dezembro, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira. 

"O patamar mínimo defluente será reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 metros cúbicos por segundo para 3.900 m³/s, seguindo diretrizes operacionais do ONS", cita a Cesp em nota. 

Além disso, a Companhia frisa que, durante o processo, será mantido o plano de conservação da biodiversidade que havia sido aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e teve início em maio deste ano, para monitoramento do Rio Paraná justamente nos trechos da jusante - parte rio abaixo - da Porto Primavera até a foz do Ivinhema. 

Ou seja, entre outros pontos, equipes embarcadas formadas por biólogos e demais profissionais especializados, devem trabalhar como os responsáveis por acompanhar a qualidade da água, bem como a conservação e comportamento dos peixes locais enquanto durar a flexibilização da vazão. 

Importante frisar a redução adotada também ao final de novembro (24/11) e mantida até 1° de dezembro, a partir de quando houve a retomada gradativa aos patamares originais. 

Problemas com a vazão

Em épocas passadas, como bem acompanha o Correio do Estado, o controle da vazão em Porto Primavera já trouxe prejuízo e revolta de produtores que chegaram a culpar a ONS pelas fazendas alagadas por mais de quatro meses em Batayporã no ano de 2023, por exemplo. 

Nessa ocasião, o problema começou com a abertura das comportas de Porto Primavera no dia 18 de janeiro de 2023, com a usina avisando a Defesa Civil de Batayporã da liberação de até 14,7 mil metros cúbicos de água por segundo. 

Sendo a maior vazão desde o começo do período chuvoso, as águas se somaram ainda à liberação dos cerca de 3 mil metros cúbicos por segundo do Rio Paranapanema, juntando em torno de 18 mil metros cúbicos por segundo. 

Na linha cronológica em 2023, o problema dos alagamentos começou no final de janeiro, indo até o mês de abril diante do fechamento das comportas em 31 de março. 

Quando a água já havia recuado, saindo de boa parte dos nove mil hectares alagados, as comportas foram reabertas na terceira semana de abril, com vazão máxima de dez mil metros cúbicos.

Depois, o aumento da vazão para até 13 mil metros cúbicos chegou a alcançar 14,7 mil m³, sendo que antes disso o volume anterior já havia sido responsável por invadir casas de moradores locais pela terceira vez no ano. 

Estimativas da Defesa Civil de Batayporã à época apontaram que pelo menos sete mil animais tiveram de ser remanejados na região por causa do mesmo problema. E, mesmo depois que a água baixar, são necessários de dois a três meses para que o pasto cresça e esteja em condições para alimentar os rebanhos. 

 

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MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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