Iniciativa de um grupo de jovens voluntários da igreja Adventista do bairro Tiradentes, em Campo Grande, vai doar para famílias carentes da região do bairro Noroeste, cerca de 100 marmitas de sopas neste domingo(31), às 17h00, na rua Marquês de Lavradio nº 237.
Com o inverno chegando na cidade, o clube de Desbravadores se dedica durante o período de suas férias escolares ao voluntariado. Muitas famílias carentes e moradores em situação de rua, que sofrem durante o mês de agosto com a queda das temperaturas.
Esta ação é realizada anualmente por meio do projeto Missão Calebe, programa voluntário de serviço social da Igreja que tem como objetivo incentivar a comunidade para participar com doações a quem precisa e passa por dificuldades.
“Já faz 10 anos que fazemos o sopão e distribuímos para as famílias carentes. Minha expectativa com esse gesto é levar alimento para quem precisa, mas também o amor de Jesus para quem ainda não conhece. Com essa atitude nós ensinamos as crianças que fazem parte do Clube Falcão que elas podem levar esperança mesmo de uma forma simples”, explica Sara Azevedo, diretora do clube de desbravadores.
Todos os ingredientes da sopa são originados de doações por parte dos membros da igreja. Durante a realização do projeto, voluntários e desbravadores estarão unidos na preparação da sopa e distribuição da comida a comunidades carentes do bairro Noroeste.
Fome
A insegurança alimentar no Brasil atingiu patamar recorde no final de 2021 e superou, pela primeira vez, a média global. Ela afeta mais mulheres, famílias pobres e pessoas entre 30 e 49 anos, grupos que geralmente têm mais filhos –comprometendo a atual geração de crianças brasileiras.
Segundo a Central Única das Favelas de Campo Grande (Cufa), atualmente, na cidade a mais de oito mil crianças residindo em favelas, desses, 70% enfrentam a pobreza monetária extrema com insegurança alimentar em suas residências.
Segundo os dados do Gallup, analisados no Brasil pelo Centro de Políticas Sociais do FGV Social, a taxa de insegurança alimentar saltou de 17% em 2014 para 36% no final de 2021. Pela primeira vez ela superou a média global (35%), aferida a partir de 125 mil questionários aplicados no mundo.




