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"A BALEIA" Filme traz assuntos considerados tabus pela sociedade

Terapeuta analisou o longa que estreia hoje e pontua as principais conexões

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O aclamado filme “A Baleia”, dirigido por Darren Aronofsky, que estreia hoje nos cinemas brasileiros, conta a história de Charlie, um professor de 270 kg, repleto de problemas emocionais, interpretado por Brendan Fraser que concorre ao Oscar 2023 na categoria de melhor ator.

Ele se transformou fisicamente para viver um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink) e sua ex-mulher (Samantha Morton). O roteiro é escrito por Samuel D. Hunter, baseado em sua peça homônima.

“Esse filme está recheado de conexões profundas. A primeira é a entrega do ator que interpretou o personagem com tanta profundidade que fez com que nós pudéssemos estar lá, atuando e contando sobre as nossas dores emocionais em cada momento que ele aprofunda as próprias dores.

Em uma relação com corpo, mente e alma, nos conduz a olhar de que maneira temos enfrentado os nossos desafios ao longo da nossa vida, o que varremos para debaixo do tapete e quais culpas carregamos e deixamos pesar sobre os nossos ombros”, comenta a terapeuta Wanessa Moreira.

Brendan Fraser que concorre ao Oscar 2023 na categoria de melhor ator - Divulgação

O longa pontua temas importantes que são deixados de lado pela sociedade, como o preconceito com pessoas obesas, depressão, os gatilhos negativos que o luto pode trazer para a vida de uma pessoa e tantos outros.

O personagem então possui uma vida normal, rotulada por um sistema preconceituoso, até que ao se apaixonar por outro homem, se vê na obrigação de ir atrás de sua felicidade, causando tristeza em sua família, abandonando sua esposa e filha recém nascida.

“Vejo a importância de abordar a obesidade e todos os desafios que ela trás, que vão além do preconceito velado, de um distanciamento social, quase um estilo de vida de solidão muitas vezes.

O desafio de lidar com o descontentamento sobre seu corpo, e ter na comida o refúgio para sanar esse pensamento, torna-se um ciclo autodestrutivo que arrasa milhões de pessoas todos os dias”, pontua a terapeuta.

Ao perder seu companheiro, Charlie enxerga na comida sua fuga para viver o luto, longe das pessoas e de todos os que o cercam, incluindo seus próprios alunos que não sabem a aparência de seu professor, pois o mesmo nunca aparece nas aulas virtuais, somente o áudio é possível captar.

Charlie encontra na comida o refúgio para seu sofrimento - Divulgação 

“A mente que busca se preencher de comida é machucada, uma pessoa que não tem seu próprio território, que não sente que tem o seu espaço, que muitas vezes se enxerga ameaçada e excluída de várias situações familiares, se preenche de alimento para poder suprir toda a sensação de descrédito em si mesmo, como se a nutrição compulsiva pudesse repor o colo materno, a nutrição e a atenção que não foi recebida de forma suficiente pela família”, complementa Wanessa.

Brendan Fraser, por sua vez, conta que teve uma entrega total ao personagem, como nunca fizera antes, para mostrar toda a força e vulnerabilidade de Charlie.

“Ele tem uma melancolia que o paralisa que vem do fato de nunca poder ter sido a pessoa que queria ser. Ele carrega muitos sentimentos de culpa“, explica o ator.

Fraser também defende o personagem, que, para ele, não é mesquinho ou calculista, mas vítima de suas próprias escolhas.

“Charlie feriu as pessoas por não ser direto, não ser autêntico, e agora vive uma batalha consigo mesmo. Ele deixou de lado de acertar as contas com as pessoas que amava, e agora pode ser tarde demais para fazer isso. Quando diz aos seus alunos que precisam encontrar uma maneira de dizer a verdade, no fundo, ele está falando isso para si mesmo”.

“Não saber lidar com os desafios, não conseguir pedir ajuda real e não encontrar uma saída possível para o problema que se vive, também é uma grande causa da necessidade de suprir com a comida as emoções. Mas de toda abordagem das emoções que ‘A Baleia’ nos presenteia, vejo uma de muito impacto: o fato da melancolia que o paralisa por nunca ter sido a pessoa que ele queria ser.

Atualmente, o mais comum que ouvimos nos consultórios de terapia, é exatamente essa dor - um ser humano que se olha profundamente e lida com a dor e a frustração de não ter tido a vida que ele planejou, de não ter conseguido realizar o que imaginou, que lida com a dor e a frustração de ser quem é e não quem gostaria de ter sido, e mais, não têm a menor ideia de como mudar isso.

Num mundo de pouca profundidade, baixo comprometimento e relações rasas, estamos com uma população fadada a adoecer de pânico, depressão e frustração, por não saber mais exatamente o que as fariam felizes, independente das conquistas que já obtiveram até aqui”, aprofunda Wanessa.

Parte do elenco no filme que concorre ao Oscar - Divulgação

“Preconceito contra obesidade é uma das últimas fronteiras das maneiras de uma pessoa menosprezar a outra. Muitas vezes, as pessoas do tamanho de Charlie são invisíveis, vistas apenas por suas famílias e cuidadores. É uma forma de silenciamento. Conversando com essas pessoas, percebi que, como qualquer um, elas querem ter suas histórias contadas, e serem tratadas de maneira justa e honesta. Isso tudo foi um impulso para me levar à autenticidade do personagem”, conclui Fraser.

A terapeuta completa: “A falta de direção, verdade e profundidade, conduz com facilidade a identificação das pessoas com a dor do nosso querido personagem, que no momento que ele desiste de si mesmo, abre a câmera para os alunos quando já nada mais importa, e quando, infelizmente não tem tempo para viver o que gostaria, pois na sequência ele se despede da vida e faz a passagem, criando aquele caminho familiar de pensamento, como teria vivido, caso tivesse feito a tempo isso ou aquilo? Terminamos o filme com um tom intrigante com a vida, que leva cada telespectador a repensar sua relação e ação com suas dores, e quem sabe retomar assuntos que estavam na prateleira”, finaliza Wanessa Moreira.

DOCUMENTÁRIO

Cotidiano Terena

Curta-metragem retrata o dia a dia da Aldeia Urbana Marçal de Souza; produção conta com recursos da Lei Paulo Gustavo e tem previsão de lançamento para 19 de abril de 2025, Dia Nacional dos Povos Indígenas

23/12/2024 10h00

"Vémo'um", nome do curta e do projeto, significa "nossa voz" na língua terena; por meio de oficinas, jovens da aldeia foram capacitados para o trabalho com audiovisual e integraram a equipe do filme Foto: Divulgação

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A cultura indígena e a inclusão digital ganham um novo fôlego com o projeto “Vémo’um”(“nossa voz”, na língua terena), que está mexendo com a rotina da Aldeia Urbana Marçal de Souza, em Campo Grande. O projeto, idealizado pela gestora cultural Maria Auxiliadora Bezerra e pela atriz Thaís Umar, no fim de semana captou imagens que estarão em documentário de curta-metragem, além de ter realizado oficinas de cinema e fotografia com moradores da comunidade.

Com 15 minutos de duração, o documentário tem lançamento previsto para o dia 19 de abril de 2025, em celebração ao Dia Nacional dos Povos Indígenas. A primeira parte do curta-metragem foi gravada recentemente, nos dias 14 e 15, e contou com depoimentos de oito moradores da comunidade, representando diferentes fases da vida conforme a idade de cada um.

“A gente já gravou a primeira parte do documentário. Agora, faremos filmagens de alguns detalhes apenas e partir para a edição”, explica Thaís, que acompanhou as gravações e pôde constatar a dedicação dos moradores.

“Dentro e fora de cena, vi o empenho de cada um. Pudemos contar como trazem relatos muito potentes sobre a vivência na aldeia, em temas como identidade, memória e os desafios de ser indígena em um contexto urbano”, conta a atriz e diretora.

ALUNOS NO SET

O documentário aborda temas como identidade indígena urbana, a importância das línguas nativas, a inclusão no mercado de trabalho artístico e o papel das mulheres artesãs. Inclusive, alunos que estiveram nas oficinas puderam participar também do set de gravações para ver na prática o conhecimento estudado. Sâmara Figueiredo, uma das alunas das oficinas, acabou sendo selecionada para executar a função de entrevistadora diante das câmeras.

“Foi uma honra ser convidada para ser entrevistadora. É mais um desafio superado”, diz a jovem.

“As oficinas vieram como um complemento para valorizar a cultura indígena e ampliar a voz das comunidades. Então, os cursos vieram para agregar conhecimento em audiovisual na formação de adolescentes e adultos, proporcionando noções de filmagem, fotografia e edição que podem ser aplicadas em projetos futuros”, destaca Thaís.

O Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena, um ponto simbólico para a comunidade, é parte central do curta, evidenciando a riqueza cultural e histórica da região. A gestora do espaço cultural, Maria Auxiliadora Bezerra, conta que a iniciativa nasceu de uma preocupação com os jovens da aldeia.

“A ideia surgiu de uma conversa com a Thaís por conta de uma preocupação minha enquanto mãe e mulher, especialmente com a juventude. Vivemos em uma realidade em que o mundo virtual é muito presente para eles. Queremos ressaltar a importância da ocupação desse espaço digital pelos jovens, que têm aptidão e precisam ocupar esse lugar. O projeto é também uma forma de dar voz à comunidade, com cerca de 80 jovens vivendo na aldeia”, diz Maria Auxiliadora.

As oficinas foram uma experiência enriquecedora para os participantes, como destaca Kauê B. Escobar, jovem da comunidade.

“Eu já fiz alguns trabalhos, como campanhas, casamentos e aniversários, mas ainda estou no início na fotografia e na edição. Aprendi técnicas como enquadramento e troquei experiências com os colegas. Isso soma muito para mim”, relata Kauê.

FORTALECIMENTO

Já o ator Breno Moroni, roteirista e preparador de elenco do curta, ressalta o impacto do projeto na formação de novos artistas e no fortalecimento da cultura indígena.

“O puramente artístico é colocar o indígena como músico, ator, cinegrafista. A ideia é fomentar artistas, e não apenas consumidores de arte. Além disso, o audiovisual é uma poderosa ferramenta de denúncia e documentação. Ensinamos o básico das funções no cinema – direção, captação de som, etc. – para que cada um descubra sua melhor função”, afirma Breno.

“Vémo’um” é financiado pela Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura (MinC) do governo federal, por meio de edital operado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que integra a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

A iniciativa, segundo os responsáveis pelo projeto, reafirma o compromisso de toda a equipe com a valorização da diversidade cultural e deixa um legado de inclusão digital e artística para a comunidade indígena.

Além de Thaís Umar (diretora e produtora) e Breno Moroni (roteirista e preparador de elenco), estão na equipe do projeto: Antônio Lopes, diretor de fotografia e editor de vídeo; Rodrigo Bezerra, operador de áudio e editor de áudio; Bruno Henrique de Oliveira e Kauê Escobar, assistentes de filmagem; Sâmara Figueiredo, entrevistadora; e Ana Malheiro, maquiadora.

O curta conta ainda com os seguintes convidados: Ana Carla Malheiro, Gerson Jacobina, Giulia Gabriela Rodrigues, Itamar Xunati, Josias Ramires, Jucimara Pereira, Lisio Lili, Maria Auxiliadora Bezerra e Silvana de Albuquerque.

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Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 23 e 29 de dezembro

A carta da Imperatriz, o Solstício e o Natal: Um Chamado à Abundância e à Renovação

23/12/2024 06h30

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 23 e 29 de dezembro

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 23 e 29 de dezembro Foto: Divulgação

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Chegamos ao último capítulo de 2024, um momento marcado pelo solstício, que traz energias diferentes para cada hemisfério. No hemisfério sul, o solstício marca o início do verão, um período de luz, calor e expansão. Já no hemisfério norte, ele inaugura o inverno, o dia mais curto e a noite mais longa do ano, um convite à introspecção e ao renascimento.

Seja qual for o lado do mundo em que você esteja, o solstício representa um momento de transição, encerramento e preparação para novos ciclos.

Nesse cenário, a energia da Imperatriz no Tarô, carta regente da semana, torna-se uma guia valiosa. Símbolo de fertilidade, abundância e amor incondicional, ela nos lembra que, independentemente da estação, sempre há a oportunidade de nutrir nossos sonhos e criar novas possibilidades.

Assim como os ciclos da natureza, a vida se renova constantemente, e a Imperatriz nos inspira a reconhecer essa dinâmica, cultivando a beleza nos pequenos detalhes e nutrindo as conexões de amizade e afeto.

Verão no Sul e Inverno no Norte: A Dualidade do Solstício

No hemisfério sul, o solstício de verão é celebrado como um período de vitalidade e abundância, representando a fertilidade em seus aspectos físico e espiritual. Com a luz do sol em seu ápice, ele simboliza expansão, força e a concretização dos projetos que cultivamos ao longo do ano.

Esse momento nos convida a nos conectar com a energia ao nosso redor, acolher a vida com alegria e gratidão, e aproveitar o calor, tanto no corpo quanto no coração. Em muitas culturas, o início de um novo ciclo solar representa a chance de recomeçar.

Por outro lado, no hemisfério norte, o solstício de inverno representa o recolhimento e a introspecção. É o momento em que o sol se retira, dando espaço para refletirmos sobre os ciclos de “morte” e “renascimento”. Embora seja um período mais escuro, ele traz consigo a promessa de dias gradualmente mais brilhantes e a chance de renovar nossas intenções para o futuro.

Em ambos os hemisférios, o solstício nos lembra da importância de apreciar os ciclos da vida: hora de expandir e celebrar, hora de descansar e planejar.

Capricórnio e o Trabalho Interior

Independentemente da estação, a entrada do sol em Capricórnio traz uma energia estruturada e prática. É um momento astrológico de reflexão sobre como podemos organizar nossas vidas, liberar o que não nos serve mais e trabalhar com diligência para alcançar nossos objetivos.

Embora essa energia possa parecer desafiadora, ela também nos oferece a chance de revisitar ideias e ajustar estratégias. A carta da Imperatriz, por sua vez, suaviza essa jornada, nos ensinando a equilibrar esforço e prazer, trabalho e gratidão.

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 23 e 29 de dezembro Carta da Imperatriz - Divulgação

A Imperatriz e o Natal: Fertilidade, Beleza e Conexão

Neste período, o Natal, celebrado no coração da temporada de Capricórnio, transmite uma mensagem profunda de renovação e esperança, muito alinhada à energia da Imperatriz. Afinal, o terceiro arcano maior no Tarô representa criação, abundância e o amor.

O Natal é um momento para nutrir nossos laços, celebrar a beleza ao nosso redor e valorizar a verdadeira abundância – não apenas material, mas emocional e espiritual. Assim como a Imperatriz valoriza os prazeres sensoriais, o Natal nos convida a mergulhar na magia dos detalhes: o calor das reuniões familiares, o aroma das comidas típicas, o brilho das decorações e a troca de gestos de carinho e cuidado.

Honrando Ciclos e Preparando-se para o Renascimento

Com o solstício e o Natal, somos chamados a refletir sobre o que desejamos levar adiante e o que precisamos deixar para trás. A mensagem é clara: respeite o tempo de cada coisa e confie no renascimento que está por vir.

A energia de Capricórnio, com sua determinação, nos lembra de que o sucesso depende de trabalho constante. Mas o arcano da Imperatriz nos ensina que, mesmo enquanto trabalhamos, podemos encontrar alegria e beleza nos pequenos momentos, tornando o caminho mais leve e gratificante.

Incorporando a Imperatriz e o Espírito de Capricórnio

Para aproveitar ao máximo este período:

• Acolha a abundância: Valorize o que você possui e compartilhe generosamente com os outros.

• Nutra suas sementes internas: Cultive seus sonhos com intenção e paciência.

• Celebre a beleza da vida: Permita-se momentos de prazer e gratidão.

• Trabalhe com propósito: Use a energia de Capricórnio para construir bases sólidas para o futuro.

A chegada do Sol em Capricórnio nos inspira a organizar nossos pensamentos e estruturar nossos planos e trabalhar com foco para transformar sonhos em realidade em 2025.

Tudo se resume ao quanto estamos dispostos a investir de esforço para promover mudanças. A temporada de Capricórnio, mais do que qualquer outra coisa, é um convite para abandonar o “ai de mim” e começar a perguntar: “Como posso retomar o controle?”

Embora seja mais fácil falar do que agir, sua missão é adotar a postura de um capricorniano: colocar a mão na massa e persistir, sabendo que isso o preparará para o sucesso duradouro.

Que este Natal seja iluminado pela sabedoria da Imperatriz, pela determinação de Capricórnio e pela promessa de um futuro mais luminoso e repleto de possibilidades. E lembre-se: “Não é o quanto damos, mas quanto amor colocamos em dar.” (Madre Teresa de Calcutá)

Muita luz, paz e um Feliz Natal!

Cris Paixão

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