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ENTREVISTA

Alexandre Nero fala de seu primeiro protagonista no horário nobre e do sucesso avassalador de "Império"

Nero participou da novela inteira, mas confessa que tem poucas lembranças do enredo

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Alexandre Nero tem inúmeros motivos para celebrar o retorno de “Império”. 

A novela de Aguinaldo Silva marcou a estreia do ator no posto de protagonista, alçando Nero ao time de primeiro escalão do “casting” da Globo. 

Além da importância extrema do projeto em sua trajetória, ele também terá a chance de refrescar a memória sobre um trabalho recente. 

Apesar de ter participado do folhetim do começo ao fim, Nero confessa que tem poucas lembranças do enredo do horário nobre. 

“Sou um desmemoriado para tudo na minha vida. Não lembro de muita coisa da história do personagem. Com a reestreia da novela, estou dando muitas entrevistas e, então, vou lembrando uma coisa ou outra. Recentemente, a Lilia (Cabral) relembrou uma história na Sapucaí que eu não lembro mesmo. Me recordo muito das festas e da afetividade dos bastidores. Isso me marcou muito”, explica Nero, que vive o protagonista José Alfredo na edição especial. 

“Se eu que fiz a novela não lembro, imagino que o público também não recorde. Vai ser bom rever”, completa.

Na história, José Alfredo é um homem de origem humilde. 

Após ser separado de seu grande amor, ele se torna dono de uma rede de joalherias. 

Casado com a esnobe Maria Marta, papel de Lilia Cabral, ele precisa lidar com a intensa ganância dos filhos que brigam pelo controle de todo o império de joias. 

“O José Alfredo é um anti-herói, capaz de atitudes no mínimo duvidosas, mas que também sabe proteger, ser solidário. É um ‘casca grossa’ de bom coração, eu diria, com os seus defeitos, e talvez isso tenha ajudado a aproximá-lo do público. Ele não tem aquela característica angelical dos mocinhos. Veio muito naquela esteira de ‘Os Sopranos’. Uns personagens meio grotescos e agressivos”, defende.

 

P – O José Alfredo foi seu primeiro protagonista no horário nobre. De que forma esse personagem impactou na sua trajetória profissional?

R – As pessoas se encantaram com o Comendador. Mais do que um divisor de águas na minha carreira, ele provocou um verdadeiro tsunami! (risos) O projeto não foi um sucesso, foi um fenômeno maluco mesmo.  

As pessoas se fantasiavam no Carnaval, tinha uma romaria até a minha casa.  

Foi algo meio doido. Eu precisei mudar de casa porque eu não morava como um ator global, né? (risos)  

Até hoje eu recebo mensagens do mundo inteiro sobre esse personagem.  

Fui chamado de Comendador na Itália, em Paris... Mas, na verdade, ninguém lembra do personagem que eu acho mais importante da minha carreira.

P – E qual foi?  

R – É curioso, mas o personagem, para mim, mais importante foi o Gilmar, de “Escrito nas Estrelas”, escrita pela Elizabeth Jhin.  

Era um personagem que eu amava fazer, era muito interessante, mas ninguém lembra dele (risos).  

Mas do ponto de vista da repercussão nacional, o Comendador fez mais sucesso. Em qualquer profissão, você faz sucesso e fracassa o tempo inteiro.

P – Como você recebeu a notícia da reprise de “Império”?

R – Foi uma surpresa para mim. Tanto tempo depois do sucesso avassalador que foi a primeira exibição de “Império”, vai ser interessante assisti-la agora em outro momento, em outro contexto de vida.  

Ainda hoje, não tem um dia sequer que eu não seja chamado de Comendador.  

A novela teve uma repercussão espetacular, inclusive internacional com o Prêmio Emmy, e para mim foi um marco. Me deu a oportunidade de fazer o meu primeiro protagonista, logo no horário nobre.

P – Você teve algum tipo de dificuldade para lidar com essa repercussão intensa na época?

R – No início, foi complicado para mim, mas hoje eu já desapeguei.  

Acho um barato e não vejo problema. Desde que se reverta em reais está tudo bem (risos). Brincadeira.  

Eu entendi que a carreira continua independente do Comendador.  

Se eu estou de bigode, acham que veio do Comendador, mas o bigode é meu, eu é que emprestei para o personagem.  

Quando estou de preto é a mesma coisa, mas eu sempre usei preto.  

No começo, eu pensava como sairia do Comendador. Aquela coisa meio atores de “Friends”.  

Novela tem uma repercussão assustadora e isso fica na cabeça do grande público, da massa.  

Não posso ficar pensando em não aceitar um personagem nordestino porque o Comendador era.  

Sou eu e não tem como fugir. Isso está mais no olho de quem vê do que em mim.  

Depois que eu vi as pessoas chamando o Fagundes (Antônio) de Rei do Gado, quem sou eu para não querer ser chamado de Comendador?

P – Antes de “Império”, você já tinha participado de “Fina Estampa”, que fez sucesso com o motorista Baltazar. Como foi o convite para interpretar o Comendador?

R – Eu fui o primeiro a falar que isso não ia dar errado.  

Fiquei sabendo que o Aguinaldo estava pensando no meu nome através da imprensa, mas, em um primeiro momento, nem acreditei. Achei que era coisa de jornal.  

Depois, falei com o Papinha e ele confirmou, mas a Globo estava resistente. Por motivos óbvios, né? Uma aposta no posto de protagonista do horário nobre era algo arriscado.  

Mas o Aguinaldo é meio maluco e as coisas sempre dão certo.  

P – Como foi seu processo de composição para viver um homem mais velho na época?

R – Eu fazia o pai da Andréia (Horta) e do Caio (Blat).  

Eu não era pai na época e não fazia ideia de como poderia fazer isso.  

A preparação com o Eduardo Milewicz foi fundamental.  

Geralmente, em dramaturgia diária, a gente tem pouco tempo de preparação, mas, em “Império”, tivemos um tempo grande antes de começar a gravar.  

Postura, jeito de falar e mexer no bigode foi tudo ensaiado.  

Minha grande referência, na verdade, foi meu pai. A gente sempre busca referências dentro da gente.  

A maquiagem também foi de extrema importância.

P – Como assim?  

R – Na época, as pessoas achavam que eu tinha dado uma acabada porque eu fazia uma maquiagem para me envelhecer.  

Então, acho que agora elas vão pensar que eu dei uma rejuvenescida.  

Além disso, estou dez quilos mais magro.  

Durante a novela, eu combinei com o Papinha e a produção de manter segredo sobre essa maquiagem.  

“Vídeo Show” e “Fantástico” sempre queriam fazer matéria sobre, mas o Papinha comprou a ideia de não divulgar isso.  

As pessoas falavam que eu tinha dado uma acabada quando estavam no estúdio. Vai ser legal rever essa edição especial.

P – Atualmente, você grava “Nos Tempos do Imperador”, que já teve as gravações paralisadas duas vezes por conta das restrições de isolamento social. Como você tem lidado com esse período de pandemia em meio ao trabalho?  

R – Olha, é aquilo, né? Quem está bem (psicologicamente) no Brasil, está mal-informado.  

Está todo mundo no mesmo buraco. É um misto de alegria com tristeza.  

Todo mundo quer entregar novos produtos, a gente está fazendo coisas novas, mas estamos impedidos de evoluir por conta da pandemia e da incompetência no combate ao vírus.

P – O que você pode adiantar da trama de “Nos Tempos do Imperador”?

R – Eu faço o Tonico. Vai ser um vilão bem caricato, bastante mandão, que é nordestino também.  

Em alguma camada, talvez o público encontre algumas semelhanças com o Comendador.  

Não sei exatamente como ficará a programação, mas há uma chance de ficar no ar com as duas novelas por um período talvez.  

 

Novo normal

Há mais de um ano Alexandre Nero está envolvido com as gravações de “Nos Tempos do Imperador”, próxima novela inédita das seis. 

Inicialmente, a trama tinha estreia marcada para março do ano passado, mas, com a chegada da pandemia, os trabalhos foram paralisados por quase seis meses. 

Com a retomada das gravações, o folhetim tem estreia prevista para o segundo semestre. 

“Estamos gravando e, provavelmente, quando a novela estrear, vamos estar acabando de gravar. Estou sentindo falta de acompanhar e gravar uma produção. Gosto de ver e poder analisar o que está bom, o que pode mudar. Vai ser uma experiência inédita”, afirma. 

Mesmo com as gravações da novela das seis, Nero espera encontrar um tempo para rever a edição especial de “Império”. 

Sem o peso e a responsabilidade da primeira exibição, o ator acompanhará a reprise com mais leveza e bom humor. 

“Vou fazer parte da galera da internet. Vou tirar sarro de mim mesmo, fazer memes, ver os defeitos...Quero poder participar das brincadeiras, dessa zoação da internet”, brinca. 

Dúvida final

Assim que soube que “Império” iria voltar ao ar, Alexandre Nero começou a receber mensagens do público sobre a reprise da novela. 

“As pessoas falam muito que esperam que o final mude. Não sei se não gostaram do Comendador morrer ou a possibilidade de ele estar vivo na verdade”, afirma.

No último capítulo da trama, José Alfredo acaba assassinado por José Pedro, papel de Caio Blat. 

Porém, oito anos após sua morte, o Comendador reaparece ao fundo de uma nova foto oficial da família Medeiros. 

“Esse final foi a cara do Aguinaldo, uma coisa de realismo fantástico. Essa loucura de morreu ou não morreu? É espírito? Acho maravilhoso esse final em aberto. Achei que teve muita coerência artística com a genialidade e a coragem do Aguinaldo”, elogia.

Instantâneas

# Após “Império”, Nero reviveu o Comendador em um esquete do “Tá no Ar: A TV na TV”. 

# Em 2008, o ator esteve à frente da banda Maquinaíma.

# Recentemente, ele voltou ao ar na edição especial de “Fina Estampa”, em que viveu o motorista Baltazar.

# Nero é casado com a atriz e consultora Karen Brusttolin. Os dois são pais de Noá e Inã, de 5 e 2 anos, respectivamente.

 

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Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

"Hoje meus melhores papéis são como pai, a paternidade mudou a minha forma de agir no mundo, estar em cena executando o dom que Deus me deu, ou no palco cantando, três paixões que são as missões da minha trajetória".

21/12/2025 15h30

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita Foto: Divulgação

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O ator Bernanrdo Mesquita está completando 19 anos de carreira, e esta semana estreou como Caio Velanova na primeira novela vertical original do TikTok, gravada em São Paulo.

Bernardo vive a melhor fase de sua carreira, além de ser um pai exemplar que encanta nas redes sociais com tanto amor ao filho, e após passar o ano no ar como Arcanjo Miguel, em A Vida de Jó, na TV Record, ele topou o desafio de gravar sua primeira novela vertical original do TikTok, foram apenas 10 dias de gravação em São Paulo.

Com 80 episódios de 1 minuto, a produção traz uma narrativa ágil e divertida, reunindo Ana Beatriz Tavares, Lucas Moura, Raissa Shaddad, Ariel Moche e Lilian Blanc no elenco. “Esse convite surgiu através do Eduardo Pradela, que é um produtor de elenco bem renomado, junto com a diretora Yana Sardenberg, das maiores diretoras do mercado hoje, da nova geração. Fiquei super feliz, um formato totalmente diferente”, conta Bernardo.

Na trama, ele interpreta Caio Velanova, dono de uma empresa de joias, que precisa de uma esposa de aluguel para enganar o avô e convencê-lo de que vai se casar. “A história se desenrola com Caio pedindo a esposa de aluguel, que é a Isadora Sereno, personagem da Ana Beatriz Tavares. Ela também está precisando de dinheiro para pagar o hospital da avó. É bem divertido, e o público vai ter que acompanhar no TikTok”, explica o ator.

A experiência também foi marcante de ser dirigido por Yana.  “A Yana Sardenberg dirigiu muito bem, toda equipe de câmeras, direção de luz, fotografia, o elenco maravilhoso… foi incrível trabalhar com todos”, destaca.

Carioca e torcedor do Flamengo, Bernardo sempre foi comunicativo, mas a timidez marcou sua infância. Para superá-la, buscou cursos de interpretação e descobriu sua paixão pelo teatro na Casa da Gávea. Aperfeiçoou-se no Tablado e na CAL (Casa de Artes Laranjeiras), enquanto conquistava espaço em campanhas publicitárias, testes para teatro, musicais e novelas.

Seu primeiro grande papel na TV veio em 2007, como Adalberto Rangel na novela Duas Caras (Globo). Desde então, colecionou personagens marcantes, como Fred em Malhação (2011) e Micáias em O Rico e o Lázaro (2017), além de ter sido príncipe do filme Xuxa em O Fantástico Mistério de Feiurinha.

Além da televisão, Bernardo é apaixonado pelo teatro e participou de diversas peças e musicais, relembra com amor do musical  Uma Luz Cor de Luar, que atuou ao lado de Totia Meireles e Claudia Ohana, das maiores atrizes do país com direcao de Thiago Gimenes e Keila Fuke.

A paternidade, diz ele, foi uma transformação ainda maior. Pai de Bento, de 6 anos, Bernardo afirma: “Ser pai mudou a minha vida. Ser pai é acordar todos os dias sabendo que você é responsável por um ser humano. Tento sempre me tornar um ser humano melhor para que meu filho veja isso. Ele realmente transformou minha vida para melhor. Sempre.”

Bernardo é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ele fala sobre sua trajetória, estreia e o significado da paternidade.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - Como surgiu o convite para estrelar a primeira novela vertical original do TikTok e qual foi sua reação inicial ao ser apresentado a esse formato totalmente novo?
BM - 
A diretora , Yana Sademberg, que é a diretora do projeto, junto com o produtor de elenco Eduardo Pradela, me chamaram. Fiquei honrado. Já tínhamos feito alguns trabalhos juntos, e quando eles me chamaram explicando que seria a primeira novela vertical do TikTok. O processo foi intenso (gravamos 80 episódios), mas foi uma experiência linda, muito bacana de viver.

CE - Atuar em um formato tão inovador, com episódios de apenas 1 minuto te desafiou como ator?
BM -
 A correria foi o maior desafio. Gravamos 80 episódios em apenas 10 dias. Mas o segredo está no roteiro - cada minuto tem uma sacada que prende o espectador e faz a história avançar de forma natural. Mesmo com pouco tempo, a narrativa é envolvente, e isso ajuda muito no trabalho do ator.

CE - Você mencionou que acredita que esse formato “é o futuro”. Novelas verticais, filmes e series nos streamings como você vê esse novo mercado?
BM -
 Acho que esse é o futuro. Claro que o streaming e as novelas tradicionais não vão acabar, mas o formato vertical vai ganhar um espaço importante. É algo que traz mais oportunidades pra nós, atores. Acho superinteressante ver essa nova forma de contar histórias se consolidando.

CE - Ao mesmo tempo que estreia nessa semana na novela do TikTok, você estava  no ar como o Arcanjo Miguel em A Vida de Jó na Record como foi esse duplo processo?
BM - 
Foi novo pra mim, nunca tinha feito dois projetos ao mesmo tempo. Então o meu processo é me esvaziar totalmente de um personagem antes de entrar no outro. Tento deixar a composição anterior de lado pra começar do zero. Tem dado super certo, e estou animado pra ver o resultado nas telas.

CE - Você tem um quadro no seu instagram que você conversa com Deus, que viraliza, país todo republica e bate milhões de views, um galã falando de fé, qual sua relação com Deus?
BM - 
É o meu jeito de falar com Deus sem tocar em religião. Acho importante acordar e rezar, orar do seu jeito, independente da crença. O que importa é alimentar a espiritualidade. Sempre aprendi que, se você não cuida da sua fé, a matéria não funciona. Hoje eu sei disso, na prática. A fé me equilibra, me ancora e me lembra de quem eu sou.”

CE - Como surgiu o teatro na sua vida? Quando  confirmou que a atuação era seu caminho?
BM -
 Ainda adolescente, ja sabia que queria isso.  O teatro só potencializou o que eu já sentia dentro de mim. Eu era super tímido, e ele me ajudou a ficar mais desenvolto em tudo - na vida pessoal, na forma de me comunicar. É onde me sinto completo, meu dom, e uma permissão divina completar 19 anos desse oficio. Me formei na Casa da Gávea, no Tablado e na CAL .

CE - Como você sente que evoluiu como ator ao longo desses 19 anos?
BM
- Eu evoluí muito. A experiência e a maturidade fizeram toda a diferença, tanto profissional quanto pessoalmente. Depois que me tornei pai, senti ainda mais essa transformação. Me trouxe uma nova visão de mundo e acabou refletindo no meu trabalho também.

CE - De galã da Malhação até príncipe da Xuxa, hoje protagonista de uma novela vertical,  existe um tipo de personagem ou gênero que você ainda sonha em explorar?
BM
- Todos meus personagens até hoje foram mocinhos: príncipes, galas, bons moços… Tenho muita vontade de fazer um grande vilão. Uma produção nos streamings, no cinema.

CE - E seus seguidores ficam encantados em sua relação com seu filho, como chegou a paternidade para voce ainda tao jovem?
BM -
Meu filho é a luz da minha vida. Ele veio num momento complicado, mas transformador. Hoje, quero ser uma pessoa melhor a cada dia, para que isso também seja transformador na vida dele. Depois que o Bento nasceu, tudo mudou. A minha forma de ver o trabalho, as relações, a fé… Ele me trouxe uma noção muito forte de propósito.”

CE - Projetos 2026 para nos contar?
BM
- Que venham novos personagens, novos amores, muito trabalho e um sonho de protagonizar um grande musical da Broadway, cantar é um dos meus oficios, concilio com a atuação e no palco me sinto completo.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

 

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Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Sob a regência do Seis de Copas, a semana convida à celebração das memórias, dos afetos e dos reencontros que aquecem o coração. Permita-se viver esse clima de carinho e nostalgia. Boas Festas!

21/12/2025 14h00

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração Foto: Divulgação

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Esta é, sem dúvida, a época perfeita do ano para a energia do Seis de Copas. Vivemos o clima das festas de fim de ano, quando família e amigos se reúnem e as memórias ganham um brilho especial. Ancorada na harmonia e no equilíbrio do número seis e na sensibilidade emocional do naipe de Copas, essa carta é tradicionalmente vista como positiva e acolhedora.

O Seis de Copas fala sobre revisitar o passado com carinho, mergulhar na nostalgia e, sobretudo, estar presente para o outro. Afinal de contas, o que realmente importa na vida são os laços que construímos com amigos e família. Não se trata de bens ou posses, mas de criar boas memórias e ter consciência de como escolhemos viver e compartilhar nosso tempo.

Quando penso em lembranças marcantes das festas de fim de ano, é difícil escolher apenas uma. O que permanece mais vivo na memória não são os presentes, mas a alegria genuína de compartilhar nosso tempo e estarmos todos juntos em família nessas datas tão especiais.

O Seis de Copas nos convida a olhar para trás e recordar aquilo que verdadeiramente nos fez felizes. Muitas vezes, ao revisitar o passado, é comum fixarmo-nos apenas nos momentos difíceis... aqueles que, não raro, renderiam longas sessões de terapia. No entanto, quando observamos nossa história como um todo, percebemos que, ao lado dos desafios, também existiram fases de alegria, leveza e esperança no futuro.

O Seis de Copas celebra a bondade, a generosidade e a simplicidade do afeto. Ele nos convida a valorizar o que realmente importa: o amor, a partilha e os gestos gentis que dão sentido à vida. Sua lição é clara: viver com mais delicadeza transforma não só a nós, mas também quem está ao nosso redor.

Em um plano mais profundo, essa carta fala de enraizamento e pertencimento. Evoca família, ancestralidade e a consciência de onde viemos, convidando-nos a refletir sobre como essas raízes moldam quem somos hoje. Seja em um lugar, em uma tradição ou em uma linhagem, o Seis de Copas nos chama a reconhecer e honrar aquilo que nos sustenta.

Na imagem do Seis de Copas, as crianças representam uma memória afetiva feliz. A menina recebe flores, símbolo de beleza, afeto e prazer simples. Jardins e flores evocam para ela sentimentos de acolhimento e contentamento; são a expressão de um sonho de futuro que nasce justamente dessa lembrança: uma casa, um quintal, um jardim onde a vida possa florescer. As crianças brincam em um espaço protegido, cercadas por segurança. Ao fundo, um guarda vigia silenciosamente, assegurando que nada interrompa esse momento de inocência. Um grande escudo reforça essa sensação de proteção.

Tudo nessa cena indica que as necessidades básicas estão plenamente atendidas. Por isso, essas crianças podem ser criativas, rir, crescer e confiar na vida. As flores que brotam dos vasos mostram que tudo prospera em um ambiente de cuidado e segurança. Elas encaram o futuro com otimismo, acreditando que ele pode ser tão feliz quanto o presente.

Quando nossas necessidades essenciais — abrigo, alimentação, segurança — estão supridas, tornamo-nos capazes de prosperar emocionalmente. É nesse espaço que a autoestima se desenvolve e que podemos voltar a olhar para os sonhos e desejos que cultivávamos na juventude. Na vida adulta, nossa principal responsabilidade é garantir essa base. A partir dela, torna-se possível direcionar energia para aquilo que realmente nos traz realização..

Muitas pessoas, porém, se perdem nesse processo. Mesmo depois de atender às próprias necessidades, continuam presas à busca incessante por mais segurança, mais dinheiro, mais controle. Não conseguem se desligar do trabalho, nem encontrar espaço para o prazer simples de uma tarde livre. Aos poucos, passam a se identificar mais com a segurança material do que com a criança que brinca no jardim. A criança interior é esquecida e, com ela, suas esperanças e desejos mais genuínos.

Se hoje você já construiu uma base segura, o Seis de Copas convida a um retorno essencial: revisitar as partes esquecidas de si mesmo. Seus sonhos ainda podem florescer, mas antes é preciso lembrar que eles existem. Revisite os momentos mais felizes da sua vida e observe as pistas que eles oferecem sobre o futuro que você deseja criar.

Conhecida como a carta da nostalgia, ela encontra ressonância perfeita no Natal e nas festas de fim de ano. Não por acaso, rege esta semana. Nesse período, é quase impossível não ser tocado por memórias afetivas evocadas por músicas, aromas, sabores e sensações que permeiam as celebrações entre familiares e amigos.

Essa carta frequentemente fala da nossa ligação com a família, os avós e até com os ancestrais. Ela nos convida a refletir sobre o lugar de onde viemos e sobre a relação que mantemos com essa origem hoje.

Preservamos e honramos nossas raízes nos gestos simples que atravessam o tempo: ao repetir a receita de rabanada que passa de geração em geração, ao folhear fotos antigas que guardam histórias de quem veio antes, ao montar a mesma decoração de Natal que sempre ocupou um lugar especial na casa. São rituais aparentemente pequenos, mas carregados de afeto, que mantêm viva a memória, fortalecem o sentimento de pertencimento e nos lembram de quem somos e de onde viemos.

O Seis de Copas também fala de cura por meio da lembrança. Revisitar o passado não significa ficar preso a ele, mas sim resgatar o que houve de verdadeiro, afetuoso e essencial. Sua vibração é gentil e restauradora, lembrando-nos de que conforto, ternura e familiaridade podem ser guias preciosos enquanto seguimos adiante.

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Não é de se espantar que, ao vivenciarmos a energia deste arcano, situações e pessoas do passado queiram retornar. Pode ser uma relação antiga, um reencontro inesperado ou a reaproximação de alguém de quem você estava afastado há algum tempo: amigos da escola, da infância ou antigos colegas de trabalho com quem havia afinidade. O Seis de Copas é a carta dos reencontros e das reconciliações, mas também do resgate de atividades, interesses ou até caminhos profissionais que um dia trouxeram alegria.

E você, de que forma a energia do Seis de Copas tem se manifestado na sua vida ultimamente?

Seis de Copas no Amor

Novo relacionamento

Há uma sensação imediata de familiaridade, como se vocês já se conhecessem há muito tempo. A conexão flui com naturalidade, marcada por afinidade emocional, memórias semelhantes ou até uma impressão de laço de outras vidas.

Parceria de longo prazo

Esta carta convida a resgatar momentos felizes do passado. Se o entusiasmo diminuiu, revisitar lugares ou experiências marcantes pode reacender a conexão.

Em busca de romance

Para quem está solteiro, o Seis de Copas alerta para apegos ao passado que podem estar bloqueando o novo. Quando um amor antigo ainda ocupa espaço no coração, torna-se difícil acolher alguém diferente. Talvez seja o momento de liberar esse vínculo e abrir-se ao que vem.

Seis de Copas no trabalho

No trabalho, o Seis de Copas pode indicar o retorno de oportunidades do passado, como um convite para colaborar novamente com antigos colegas, voltar a uma área em que você já foi feliz ou resgatar talentos e habilidades que haviam sido deixados de lado. Também sugere um ambiente profissional mais harmonioso, baseado na confiança, no apoio mútuo e em relações construídas ao longo do tempo. Em alguns casos, aponta para a valorização da experiência adquirida e para a sensação de “estar em casa” no que se faz.

Seis de Copas nas finanças

Nas finanças, o Seis de Copas fala de estabilidade ligada à simplicidade e ao uso consciente dos recursos. Pode representar ajuda financeira vinda de alguém do passado, um investimento que começa a dar retorno ou escolhas baseadas em valores afetivos, e não apenas materiais. Essa carta lembra que segurança também vem do equilíbrio e da gratidão, incentivando uma relação mais saudável e generosa com o dinheiro.

Nosso passado é parte do nosso legado, e a energia do Seis de Copas o envolve como flores que desabrocham na brisa da primavera. A vida se abre agora em oportunidades de crescimento e expansão, convidando você a revisitar capítulos antigos como quem relê um livro querido — não para permanecer ali, mas para compreender o quanto já floresceu. E, às vésperas do Ano Novo, fica a pergunta essencial: que novo capítulo você está pronto para escrever no livro da sua vida?

Há dias em que o coração desperta voltado para o que foi simples, verdadeiro e afetuoso. Talvez seja exatamente isso que Clarice Lispector traduziu tão bem ao dizer: “Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.” Que essa nostalgia seja um convite para viver, no agora, aquilo que já fez a sua alma sorrir.

Uma ótima semana, boas festas e muita luz!

Ana Cristina Paixão

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