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SÉRIE

Após sucesso no streaming, "Arcanjo Renegado" passa a ser exibido na Globo

Trama realista e recheada de ação, garantiu a exibição dos seus 10 episódios na emissora aberta

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José Júnior aborda o caos da violência pública do Rio de Janeiro com propriedade. Fundador do Grupo Cultural AfroReggae e histórico mediador de conflitos entre o morro e o asfalto, Júnior investe há pelo menos duas décadas na área audiovisual, onde estreou com uma série de programas e documentários abordando os contrastes da vida na favela. 

Nos últimos anos, após se lançar como produtor de ficção, se inspirou nas histórias que viu e viveu e encontrou no Globoplay a plataforma perfeita para séries como “Arcanjo Renegado”, “thriller” frenético que conta a história de vingança e redenção de um policial do Batalhão de Operações Especiais. Por conta da boa repercussão no “streaming”, a produção subiu de nível dentro da Globo e seus 10 episódios agora são exibidos na emissora aberta.

“A série é a história de um sargento que perdeu os pais muito cedo: o pai, vítima da violência, a mãe, vítima de câncer. Ele tem uma irmã e os dois cresceram um cuidando do outro. Em função dessas perdas, ele cresce com uma visão deturpada da realidade e acredita que a justiça pode ser feita com as próprias mãos. Aos poucos, ele vai se desconstruindo”, conceitua o “showrunner”.

O protagonista deste enredo é Mikhael, papel de Marcello Melo Jr, líder da equipe mais bem treinada, eficaz e letal da corporação. Respeitado pelos parceiros de trabalho e temido pelos bandidos, o trabalho desenvolvido pelo sargento durante um atentado de caráter político acaba por colocar sua postura em xeque. 

Meu personagem é um cara muito corajoso e entra para a polícia disposto a fazer justiça. É um cara honesto, mas se perde em sua própria cegueira sobre os poderes que regem a cidade”, analisa Marcello. Criticado pela imprensa, políticos e pelo crime organizado, Mikhael é afastado do cargo e enviado para o interior do estado. Aos poucos, descobre que seus serviços foram amplamente usados em prol de uma estratégia de poder muito maior do que suas convicções sobre violência. 

A história é muito realista. A manipulação política está em todos os lugares e o Mikhael percebe isso da pior maneira possível. É uma série extremamente envolvente e que equilibra bem personagens complexos e sequências de ação”, valoriza o cineasta Heitor Dhalia, cuja série marca sua estreia na televisão.

A preparação de atores para as gravações de “Arcanjo Renegado” foi intensa. Depois de muitas leituras e ensaios no início de 2019, parte do elenco passou por um treinamento tático para orientar a movimentação correta e a postura com o armamento nas sequências de ação. Para deixar tudo ainda mais realista, o elenco formado por nomes como Daniele Suzuki, Leonardo Brício, Rita Guedes e Erika Januza, entre outros, contou também com 14 integrantes reais do Bope. 

Além disso, os papéis de traficantes foram desempenhados por 10 pessoas egressas do sistema penal. “A troca de experiências nos bastidores da série foi muito profunda. Eram conversas que faziam o elenco entender as sutilezas que estavam por trás de cada cena, de cada diálogo dentro do texto. É uma das coisas mais ricas e fortes que já fiz na tevê”, elogia Leonardo Brício, intérprete do ambicioso Coronel Gabriel, papel que marca sua volta à Globo cerca de 15 anos depois de trocar a emissora por um posto de protagonista na Record. “Era um retorno muito esperado por mim e fico feliz que seja em um projeto desse porte”, confessa o ator.

Gravada entre maio e agosto de 2019, a produção teve cenas rodadas nas favelas Morro do Timbau, Baixa do Sapateiro, Roquette Pinto e no famoso Piscinão de Ramos. Também passou pelos bairros da Penha e Ramos, na Zona Norte carioca, e ainda teve locações no Centro da capital, tendo a Assembleia Legislativa do Estado como cenário constante. “Desde o início, a vontade da equipe era gravar em locações reais e que não tivessem sido tão exploradas por outra obra audiovisual. Acho que conseguimos um visual diferente e muito potente”, analisa o diretor. 

Por conta da pandemia, as gravações da segunda temporada de “Arcanjo Renegado” acabaram adiadas. O roteiro da continuação já está pronto e aguarda apenas o “sinal verde” do Globoplay. “Com a exibição na tevê aberta, tenho certeza que a pressão por essa nova temporada será dobrada. Estamos trabalhando para que essa volta seja muito especial”, promete José Junior. 

Quem é quem?

Mikhael Afonso (Marcello Melo Jr.) 

O primeiro-sargento que lidera a equipe Arcanjo no Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o BOPE. Seu maior orgulho é pertencer à elite da tropa e lutar ao lado de seus irmãos de armas. Mais do que o violento dia a dia na corporação, foi o passado que lhe deixou os maiores traumas. Mikhael é atormentado pela lembrança da morte do pai, Afonso (Marcello Melo), um sargento da PM executado quando o filho tinha apenas 12 anos. Depois de se envolver com Paloma (Karen Motta), encontra abrigo nos braços de Luciana (Dani Suzuki), capitã da Polícia Militar de Miracema.

Sarah (Erika Januza)

É irmã de Mikhael (Marcello Melo Jr.). Ela é casada com Rafael (Alex Nader), e por conta da rotina atribulada do marido policial, se desdobra para acompanhar o filho, Lucas, durante o complexo tratamento médico ao qual o menino precisa se submeter. Apesar de aparentar ser uma mulher frágil, vai ser obrigada a caminhar com as próprias pernas e sustentar a família do jeito que der.

Gabriel (Leonardo Brício)

Comandante-geral da PM. Com a morte de seu grande amigo, Afonso, ele assumiu o compromisso de ajudar a criar Mikhael (Marcello Melo Jr.) e Sarah (Erika Januza). Com isso, tornou-se o mentor do sargento, a quem trata como filho. Profissional dedicado, aparentemente demonstra um desejo de fortalecer a polícia e, para isso, conta com o apoio de Manuela Berengher (Rita Guedes), presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e sua amante.

Luciana (Dani Suzuki)

Capitã da a PM e chefe do posto policial de Miracema, cidade do Norte fluminense para onde Mikhael (Marcello Melo Jr.) é transferido. Conquistou o respeito de seus subordinados e de toda a população local graças à fama de ser uma pessoa justa e uma boa mediadora. A chegada de Mikhael em Miracema, no entanto, vai mexer com Luciana. A princípio, os dois se estranham, mas logo surge uma forte atração entre eles.

Manuela Berengher (Rita Guedes)

Advogada que ganhou notoriedade defendendo causas tributárias contra o Estado e se elegeu deputada. Mãe de Gerard e casada com um francês radicado no Rio de Janeiro e funcionário do consulado da França na cidade, mantém um relacionamento extraconjugal com Gabriel (Leonardo Brício).

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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