Correio B

ENTREVISTA

Bate-papo com a a atriz Marieta Severo, que analisa sua relação com a tevê

Com a reprise de "Laços de Família", a atriz relembra os bastidores da novela

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A vitalidade de Marieta Severo impressiona. E do alto de seus 73 anos, boa parte dessa energia está voltada para o trabalho. Em especial, ao retorno das gravações de “Um Lugar ao Sol”, próxima novela das nove, e à reabertura do Teatro Poeira, casa de espetáculos que mantém em sociedade com Andréa Beltrão. Enquanto a quarentena não termina, todas as tardes, Marieta faz uma viagem no tempo com a reprise de “Laços de Família” no “Vale a Pena Ver de Novo”, onde vive a controladora Alma. “Alma era um exemplo de amor tóxico muito antes dessa expressão se tornar popular. Além de mandar no marido, ela também queria ter domínio absoluto sobre o sobrinho. No fundo, ela era pura insegurança por conta da idade e pelo fato de não poder ter podido engravidar. Uma personagem cheia de conflitos e vontades”, relembra.

Natural do Rio de Janeiro, Marieta é do tempo em que atrizes de televisão, além da bagagem teatral, carregavam a consciência crítica sobre o exercício de atuar. “Acho que a arte existe não apenas para entreter, mas para transformar as pessoas”, acredita. Sua estreia no vídeo foi em 1966, em “O Sheik de Agadir”. No entanto, sua relação com o veículo só se tornou mais íntima a partir dos anos 1980, onde participou de sucessos como “Vereda Tropical” e “Que Rei Sou Eu?”. Nos anos seguintes, o comprometimento com o cinema e, sobretudo, com o teatro, a levaram a fazer apenas aparições esporádicas na tevê. Até que surgiu o “remake” de “A Grande Família”, seriado que coube perfeitamente em sua apertada agenda e que ficou no ar de 2001 a 2014. “Foi meu grande encontro com a televisão. É tão difícil superar a Dona Nenê que eu já desisti. Adoro o carinho que o público cultiva por esse seriado. Sigo com Nenê no coração e a busca por novas e boas personagens”, ressalta.

P - Apesar dos inúmeros convites, você estava há seis anos sem fazer novelas quando acertou sua participação em “Laços de Família”. O que a aproximou do projeto?

R - Na época, estava completando 35 anos de carreira e me dei conta de que nunca tinha atuado em uma obra do Manoel Carlos. Sempre fui uma admiradora e já há algum tempo queria fazer alguma novela dele. Então, quando fui convidada, aceitei na hora. O texto do Maneco tem uma característica irresistível: através da simplicidade do cotidiano, ele vai penetrando na complexidade da alma humana e das relações entre as pessoas. É incrível como ele vai desvendando o ser humano para o público. Além disso, também tem a riqueza dos diálogos, um prato cheio para o trabalho do ator.

P - Exatos 20 anos depois da exibição original, como é rever a trama?

R - Essa reprise me trouxe um fio de memórias muito prazerosas. As lembranças são de muitas farras nas gravações. Existia uma troca com os atores muito boa. Um clima bom no estúdio é fundamental, traz muito prazer e alimenta o trabalho.

P - Alguma cena deste trabalho a marcou em especial?

R - Lembro muito dos duelos com a Helena (Vera Fischer). Nós tínhamos cenas enormes e intensas juntas. Também tenho guardada na memória a primeira cena de peso com a Ritinha (Juliana Paes), quando a Alma descobre a história dela com o marido, Danilo (Alexandre Borges). Estava muito tensa porque sabia que era a primeira cena com muito texto da Juliana e uma experiência determinante para ela. Então, me sentia na obrigação de ampará-la. Mas, ao mesmo tempo, deixá-la à vontade. O olhar dela naquele momento ainda é muito nítido para mim.

P - Muitos intérpretes mais experientes reclamam de contracenar com atores mais jovens. Você sempre encara esse encontro de gerações com essa boa dose de generosidade?

R - É claro! Já fui jovem e profissionais maravilhosos me acolheram e me ensinaram diversas coisas. Gosto muito de contracenar com atores jovens. Principalmente, quando percebo que eles querem evoluir e ter uma relação honesta com a profissão, isso me dá uma enorme alegria. Em uma cena difícil, a minha experiência também tem de estar a favor deles. Além de Juliana, o Reynaldo Gianecchini também estava estreando e foi um encontro maravilhoso. Anos depois, fiquei muito feliz em voltar a contracenar com ele em “Verdades Secretas” e ver o grande ator que ele se tornou.

P - Você parou de pintar os cabelos e agora ostenta um visual naturalmente branco. É algum efeito da quarentena ou faz parte de sua caracterização para a próxima novela das nove, “Um Lugar ao Sol”?

R - As duas coisas (risos). Quando comecei a preparação, no início deste ano, a direção, eu e a equipe de caracterização pensamos na Noca usando cabelo branco. Tentamos descolorir e depois tonalizar os fios, mas não estava dando certo porque meu cabelo é fino demais. Veio a pandemia, parei de ir ao salão e o branco foi surgindo naturalmente. Tudo na minha vida gira em função das minhas personagens e achei que era a hora dessa “virada” no visual. Estou adorando e não vejo a hora de começar a gravar.

Felpuda

O ninho tucano está praticamente vazio, pois muitos prefeitos e vice-pre...Leia na coluna de hoje

Leia a coluna desta segunda-feira (22)

22/12/2025 00h03

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Roberto Shinyashiki - escritor brasileiro

"A grande verdade é que você é a pessoa que escolhe ser. Todos os dias você decide se continua do jeito que é ou muda. A grande glória do ser humano é poder participar de sua autocriação”.

 

FELPUDA

O ninho tucano está praticamente vazio, pois muitos prefeitos e vice-prefeitos “bateram as asas” e foram se abrigar no PL. Já deputados estão “treinando” a retirada dos bicos para seguir o mesmo caminho ou voar em outra direção. Enquanto isso, alguns remanescentes estão brigando para “comandar” um ninho que, como tudo indica, estará entregue às moscas que estão voando ao redor, satisfeitas que só. Nos meios políticos, tem gente ironizando, dizendo que é a primeira vez que existe uns e outros brigando por “espólio que inexiste”. Como diria vovó: “Nem Freud explica...”

Diálogo

Atitude

No entendimento de alguns políticos do segmento da direita, o modo de agir do deputado federal Marcos Pollon (PL) sobre episódios ocorridos na Câmara Federal contribuem para prejudicar seu projeto de querer entrar na disputa do governo do Estado. 

Mais

O parlamentar responde por obstrução e ofensa, quando da ocupação da plenário e por declarações difamatórias contra o presidente da Casa. Na hora das consequências, porém, alega problemas de saúde e não comparece para ser ouvido no Conselho de Ética. Aí...

DiálogoCristianne e Rinaldo Modesto de Oliveira
DiálogoIsabella Suplicy

 Mudanças

No início do próximo ano, o governador Eduardo Riedel deverá fazer uma minirreforma em seu secretariado. É que alguns secretários, além de diretores, deverão deixar os cargos para se preparar visando disputar as eleições. Embora tenha equipe em sua maioria técnica, há casos em que integrantes do primeiro escalão já manifestaram interesse de tentar conquistar mandato, seja na Assembleia Legislativa de MS, seja na Câmara dos Deputados.

Dupla

Dois dos interessados na disputa eleitoral do ano que vem são o titular da Semadesc, Jaime Verruck, filiado ao PSD, que pensa no Senado ou em uma das cadeiras da Câmara Federal, e o secretário Marcelo Miranda, da Setesc, de olho no Legislativo estadual. O governador Riedel já falou das pretensões de ambos e que a saída deles deverá ocorrer ainda no primeiro trimestre de 2026. Verruck e Marcelo são remanescentes da gestão do ex-tucano Reinaldo Azambuja.

Estratégia

O gesto do governo do Estado em adiantar recursos para o município de Campo Grande e colocar fim à greve no transporte coletivo foi visto como uma ação estratégica para que o PP, partido da prefeita, e seu colega de sigla, o governador Riedel, não saíssem, digamos, “chamuscados”. Com as próximas eleições se aproximando e com o tamanho de uma crise dessa, que causou transtorno a milhares de pessoas, não seria de bom tom que Administração Municipal continuasse sangrando. Afinal...

Aniversariantes

José Marcio Benevides,
Rosana Mara Cristófaro de Moreira e Marinho,
Luciana Rondon,
Cândice Gabriela Arósio,
Jorgeana Lobato Falcão, 
Alfredo Antonio Ferreira,
Francisco Luis do Nascimento (Saci), 
Anézio Napi, 
José Inácio dos Santos,
Carlos de Aquino,
Maria Ivone Ibanhes,
Gustavo Beroni Felix,
Julio Higuti,
Vicente de Paulo Rinhel,
Maria Lino da Silva,
Walter Pinto da Silva,
Paulo Ramos Pedroza,
João Pereira Queiroz,
Maria de Lourdes Almeida Cardoso,
Oswaldo Marques de Figueredo Filho
Maria Eduarda Figueiredo Massud, 
Tânia Serra Cantero,  
Aldo Villalba,
Anderson do Prado Castilho,
Ramão Centurion,
Antônio Guedes de Melo,
Luana Cella de Souza,
João Cesar de Almeida Cassiano,
Masatoshi Azuma,
Nelson Garcia de Freitas,
Claudemir José de Souza,
Jandira de Oliveira Silva, 
Clodoaldo Martins,
Fabiana Katayama,
Anita Muniz de Souza Burille,
Nilce Mesquita Carriço Garcia Dias,
Cláudio Henrique Fialho Canale,
Valdir de Souza,
Amanda Vilela Pereira,
Elza Garabini de Oliveira,
Mário Gomes de Arruda,
Laura Cristina Pancoti,
Maria Cândida Caetano,
Camila Mansour Echeverria,  
Carlos Ailton de Pieri,
Dr. Ulisses Schwarz Viana,
Rui Barbosa Junior,
Antônio João Borges Daniel,
Ramona Loubet de Almeida,
João Eduardo de Moraes Marques,
Luciana Cristina Rockenbach,
Tênisson Waldow de Souza,
Poliana Zapata,
Filadelfo Franklin Canela,
Roberta Nigro Franciscatto,
Maria Elisa Lorenzo de Azevedo,
Dirce Brustolim,
Vera Lúcia Corrêa Aranda,
Tomiyo Zumilka Gomes Ishiyama,
Eduardo da Silva Pegaz,
Renata Malhado Dalavia,
Aparecida Martins Nascimento,
Esmênia Geralda Dias,
Honorato Ovelar Solaliendres,
Plinio Oto Klafke Júnior,
Edivaldo Cangussu Meira,
Dra. Norma Suely Gomes,  
Joana Maria Torres de Assis,
Dalva Francisca Mendes Alves,
Paulo Henrique Vanzelli,
Tânia Severina Almeida,
Guilherme Rodrigues Cândido,
Catarina de Melo Meira,
Luis Barros de Freitas,
Renato Toniasso,
Írio José Eich,
Dalveliza Leite Ferreira,
Carlos Geraldi Vieira,
Linor Centurião de Rezende,
Cacyla Aparecida Baur Arfux Maluf,
Jesus Teodoro Barbosa,
Márcio de Araújo Pereira,
Cleonice Camillo,
Adriano Wilian Volpini,
Marli Kaiper Cruz,
Carlos Celso de Moura,
Juliana de Lima Cordeiro,
Lúcia Antonia Ribeiro,
Yara Silva dos Santos,
Luciele Senefonte Bernardinelli, 
Silvio Puk Pereira, 
Cecília Barcellos Teixeira,
Regina Augusto dos Santos,
Leocir Luiz Cigerza,
Cleber José de Oliveira,
Manuel Mendes Marchesi,
Andréia Yuri Ono Hirsch,
Marisa Zucherato,
Rodrigo Kalinovski de Oliveira,
Abadio Baird,
Gilmar Trevizan,
David Chadid Warpechowski, 
Alcides de Pinho Victorio Neto,
Christiane Vera de Andrea, 
Flaviano Lugo,
Ninive Amanda Moreira Cabrera,
Mariana Vechi de Toledo,
Thaís Pagliusi Paes de Lima, 
José Ladimir Lopes Estefanes
 

COLABOROU TATYANE GAMEIRO

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

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