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Beleza B+: Eduardo Sterblitch se transforma em "Uma Babá quase perfeita" no teatro

"Existe um cuidado e principalmente um padrão a ser seguido, já que a imagem da Babá deve ser a mesma em qualquer país", afirma Anderson Bueno

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Um clássico da comédia dos anos 90, o filme “Uma Babá Quase Perfeita” conquistou gerações de fãs e transformou-se, em 2021, em um musical da Broadway, reafirmando a atemporalidade da obra. O Brasil finalmente poderá se reencontrar com a Sra. Doubtfire, essa personagem icônica com a estreia do musical homônimo em 3 de outubro, no Rio de Janeiro, no Teatro Multiplan, e no dia 12 de março de 2025, no Teatro Liberdade, em São Paulo.

Com direção de Tadeu Aguiar, um dos mais importantes diretores brasileiros, o musical tem produção da Touché Entretenimento, responsável por algumas das maiores montagens dos palcos brasileiros dos últimos anos, e traz o make-up designer Anderson Bueno assinando o visagismo de maquiagem do espetáculo.

O filme lançado em 1993, estrelado pelo icônico Robin Williams, venceu a estatueta do Oscar em 1994, na categoria Melhor Maquiagem e Penteados, os profissionais por trás da transformação foram Ve Neill, Greg Cannom e Yolanda Toussieng, e em 1995 foi indicado ao Bafta na mesma categoria.

Para o musical brasileiro, os profissionais envolvidos na produção foram até Londres para um treinamento, pois os detalhes devem ser idênticos a todas as outras produções que levam o nome do espetáculo.“Pra mim foi uma grande surpresa, pois em trinta anos de carreira, nunca havia passado por algo parecido.  Normalmente, quando se tem a necessidade de seguir um padrão criado lá fora, o criador ou maquiador residente, vem para treinar a equipe no país. Foi assim, por exemplo, em ‘O Fantasma da Ópera’.
Agora, vamos combinar que não é nada ruim poder ir estudar, mesmo que de forma relâmpago, em Londres. Aí você me pergunta; mas não temos bons profissionais que fariam as próteses aqui no Brasil? Sim, temos, mas existe um cuidado e principalmente um padrão a ser seguido, já que a imagem da Babá deve ser a mesma em qualquer país”, explica Anderson Bueno.

Beleza B+: Eduardo Sterblitch se transforma em "Uma Babá quase perfeita" no teatro - Divulgação

“Uma Babá Quase Perfeita” estreou na Broadway em dezembro de 2021, e traz o design de cabelo e peruca assinado por David Brian Brown e design de maquiagem e próteses de Tommy Kurzman. O musical foi indicado a melhor ator no Tony Awards, teve seis indicações no Outer Critics Circle Awards e duas no Drama Desk Awards. Após encerrar sua temporada na Broadway, o musical atualmente tem uma produção em Londres e uma turnê em andamento nos Estados Unidos. O espetáculo conta com vários números musicais enérgicos e divertidos, com muita dança e comédia.

“Em nosso workshop em Londres, que durou apenas dois dias, a Ve Neill não estava presente, ela assinou apenas a produção para o cinema. Para o teatro, a prótese cênica foi desenvolvida por Leigh Granston e Rob Smith. Nossa ida à Londres foi para tirar o molde do Eduardo Sterblitch, para a confecção da máscara cênica e para as próteses usadas para a sessão de fotos e divulgação. Consequentemente obtive o treinamento para entender as cores usadas e também o manuseio em cena”, complementa Bueno para a criação da maquiagem.    

A história de “Uma Babá Quase Perfeita” gira em torno de Daniel Hillard (Eduardo Sterblitch), um ator desempregado que fará qualquer coisa por seus filhos. Após um divórcio conturbado, Daniel encontra uma solução para não ficar longe dos seus filhos, disfarçando-se de Euphegenia Doubtfire, uma senhora idosa perfeita para ser babá das crianças. Enquanto cuida das crianças, ele aprende importantes lições sobre paternidade e responsabilidade.

Beleza B+: Eduardo Sterblitch se transforma em "Uma Babá quase perfeita" no teatro - Divulgação

Em uma passagem por Los Angeles, nos Estados Unidos, no início do mês, Anderson Bueno observou que Ve Neill, a maquiadora vencedora do Oscar de 1994 por “Uma Babá Quase Perfeita”, estaria na cidade para ministrar um workshop direcionado para maquiadores da indústria cinematográfica, foi então que teve a brilhante ideia – “liguei para a Nikoletta Skarlatos, uma incrível designer e maquiadora que também iria ministrar o curso, e falei do meu interesse em participar, foi aí que ela disse que eu não deveria participar como aluno, mas como instrutor convidado - imagina a minha surpresa, eu, ensinando maquiadores de Hollywood e falando sobre a minha carreira com Ve Neill ao meu lado”, disse Bueno. 

Anderson Bueno é responsável pelo visagismo de “Beetlejuice – O Musical”, também estrelado por Eduardo Sterblitch. O espetáculo foi indicado em doze categorias no Prêmio Bibi Ferreira, um recorde, que inclui a categoria de melhor visagismo. O evento acontecerá no dia 30 de outubro, em São Paulo. Muitos profissionais que estão em “Uma Babá Quase Perfeita” também estiveram neste musical, ou seja, a sintonia entre a equipe estará em alta. “O público poderá ver tudo! Literalmente tudo! O espetáculo é fiel a história da telona, com momentos muito engraçados”, finaliza Bueno.

Em seu segundo musical, Eduardo Sterblitch dará vida à famosa Babá. O artista multifacetado estará ao lado de Thais Piza, responsável por dar vida à ex-esposa Miranda, Lara Suleiman no papel da filha mais velha Lydia Hillard, Bernardo Destri como Christopher e Bibi Valverde como a pequena Natalie. O elenco conta ainda com outros 20 talentos dos palcos e poderá sofrer eventuais alterações sem prévio aviso. Vitor Martinez assina a maquiagem de efeito e a perucaria fica por conta de Feliciano San Román. O musical conta com música e letras de Karey e Wayne Kirkpatrick, e texto de Karey Kirkpatrick e John O'Farrell.

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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