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Bem-estar: Revezamento de equipamentos na academia: sim ou não?

Saiba quais são as regras de etiqueta para manter o bom relacionamento entre os frequentadores

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Recentemente um vídeo de um rapaz que não quis revezar o equipamento na academia viralizou e muitas dúvidas surgiram sobre o tema, entre elas, a pausa para permitir que outra pessoa faça o exercício pode atrapalhar o trabalho e hipertrofia ou o revezamento é obrigatório?

Para manter o bom relacionamento dentro da academia é necessário seguir algumas regras de etiqueta, sim, isso mesmo.

Que atire a primeiro pesinho quem sempre achou uma bobagem respeitar o intervalo entre as séries. Algo que pode parecer sem importância, mas é um detalhe muito valioso de acordo com cada objetivo: o tempo de descanso entre as séries faz toda a diferença para quem quer ganhar massa muscular, e o revezamento do equipamento, neste caso, interfere no processo.

“É importante ressaltar que o tempo de descanso entre as séries é um componente fundamental do treinamento de força, especialmente quando o objetivo é a hipertrofia, ou seja, o aumento do tamanho das fibras musculares.

O intervalo é um aspecto crítico do treinamento que influencia diretamente a capacidade do corpo de se adaptar e crescer em resposta ao estímulo do exercício. Para maximizar a hipertrofia, é essencial encontrar um equilíbrio que permita recuperação suficiente sem descansar demais os músculos entre as séries. E, neste caso, o revezamento implica significativamente para o objetivo do executante que se trata da hipertrofia”, esclarece Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

O intervalo entre séries pode variar entre 30’, 45’, 60 segundos ou até 3 minutos, esse descanso é essencial para a recuperação das fontes energéticas, modificações na taxa testosterona/cortisol, respostas hormonais, metabólicas, cardiovasculares e no desempenho.

As concentrações de lactato sanguíneo variam e são influenciadas pela quantidade de tempo de intervalo entre séries, onde, descansos menores tendem a causar maior acúmulo desses metabólitos quando comparados a tempos de intervalo entre séries maiores (SIMÃO, 2006).

Ainda sobre o tema, o autor relaciona o tempo de intervalo com os objetivos de treinamento, onde, intervalos mais curtos (1 minuto ou menos) podem ser utilizados em treinos de resistência muscular ou em circuito, com a finalidade de aprimorar a capacidade cardiovascular.

Já o descanso de 2 a 3 minutos podem ser utilizados para potencializar a hipertrofia muscular, e intervalos de mais de 3 ou 4 minutos ajudam a aumentar a força máxima, sem que haja muito acúmulo de lactato para causar desconforto durante as repetições.

“Outro problema que cresce a cada dia dentro das salas de musculação é a reprodução de treinos da moda, drop set, pirâmide crescente e decrescente. Cada vez mais nos deparamos com alunos que escolhem seguir treinos sugeridos nas redes sociais e em canais do YouTube. Essa atitude gera demora na execução do exercício e preocupação, pois os exercícios muitas vezes são indicados por pessoas sem formação acadêmica e que acham que podem sair “inventando” nos movimentos sem qualquer noção do funcionamento do corpo humano. Minha maior preocupação é que todas essas alternativas e metodologias, até o momento, não apresentam evidências científicas que sejam mais eficazes. O mais importante é procurar orientação profissional para compatibilizar o método de treinamento com a dinâmica e operacionalidade da sala”, observa Netto.

Foto: Divulgação

Para entender quais são as regras dentro de uma academia (isso pode variar para cada ambiente), Netto listou os pontos mais importantes para ter um convívio tranquilo e as boas maneiras dentro da academia.
Vem ver:

1). Respeito: nada de achar que por pagar a mensalidade, você tem direito de fazer o que quiser, é fundamental respeitar todos os frequentadores do ambiente, afinal, todos os “coleguinhas” tem o mesmo objetivo, cuidar da saúde;

2). Compartilhar os aparelhos: em certos momentos será necessário revezar com alguém, especialmente em momentos de pico, e se por algum motivo não for possível, explique o motivo para que não exista nenhum ruído de informação. O bom senso deve prevalecer;

3). Limpeza dos equipamentos: Algumas pessoas suam mais que as outras, nesse caso, ao finalizar o exercício, não custa nada borrifar o produto para limpar e secar o aparelho;

4). Celular: é o inimigo número do treino, é muito fácil perder o foco ao começar a mexer no aparelho, vai atrasar a continuidade da atividade e atrapalhar o rendimento;

5). Seja educado: colocou pesos no equipamento ou utilizou acessórios para auxiliar na execução dos exercícios, ao finalizar a série, lembre-se de colocar todos os itens no lugar. Sabe aquelas dicas de mãe: pegou, aguardou, sujou, limpou – são válidas na academia, afinal esse é um ambiente coletivo;

6). Professor de sala não é personal trainer: nada de monopolizar o profissional que está na sala de musculação, ele precisa atender vários alunos, dar atenção para todos de maneira igual. Quer um atendimento mais exclusivo focado nos seus objetivos. Contrate um profissional de Educação Física;

7). Roupa adequada: dê preferência a peças confortáveis que possam ajudar na mobilidade;

8). Sem gritar: nada de gritar ou gemer durante a execução dos exercícios, seja cauteloso e discreto.

Foto: Divulgação

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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