Correio B

Dia das Crianças

Brincar não é descuidar

Aproveitando a data que muitos pequenos aguardam com mais expectativa do que o próprio aniversário, veja como a diversão pode continuar legal sem riscos e confira duas receitas imbatíveis para fazer junto à gurizada

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Se por um lado, os brinquedos e as atividades de lazer apoiam o desenvolvimento infantil, ao estimular a imaginação, a curiosidade e a criatividade, além de contribuir para a sociabilidade dos mais jovens, por outro podem colocar a saúde e a vida deles em perigo. Os incidentes podem envolver ocorrências de engasgos, sufocação, queimaduras e intoxicação, fora cortes e lesões.

Um levantamento realizado pela Aldeias Infantis SOS, organização global que lidera o maior movimento de cuidado do mundo, mostrou que no ano passado os acidentes envolvendo crianças e adolescentes no Brasil cresceram quase 8% na comparação com 2022.

Esse é o maior número desde 2019, período pré-pandemia. No total, foram registradas 119.245 internações causadas por lesões não intencionais, entre as faixas etárias de 0 a 14 anos.

O estudo, elaborado com dados do DataSUS e desenvolvido pelo Instituto Bem Cuidar, programa de gestão de conhecimento da Aldeias Infantis SOS, analisou oito categorias de causas de acidentes. Entre as que tiveram maior destaque estão sufocação (aumento de 11,24%), quedas (10,33% a mais de casos), queimadura (cresceu 7,38%) e afogamento (subiu 5,78%).

Para apoiar os adultos no Dia das Crianças, a especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS Erika Tonelli compartilha algumas orientações básicas para a proteção e a prevenção de acidentes durante as atividades infantis realizadas na data. 

AMBIENTE SEGURO

“Durante o período de férias e feriados, como o Dia das Crianças, os riscos tendem a aumentar, uma vez que crianças e adolescentes estarão com mais tempo livre para explorar os ambientes. Vale fazer uma ‘operação pente-fino’ na casa e nos demais espaços nos quais aproveitarão a data para garantir uma diversão saudável e segura”, destaca.

“Adotar medidas de prevenção é uma das formas mais eficientes para que acidentes não ocorram. Medidas básicas de precaução podem evitar problemas graves e minimizar situações com potencial de ferimentos e, principalmente, salvar vidas. É fundamental verificar a segurança do local antes que as crianças brinquem livremente pelo ambiente”, reforça Erika.

A seguir, confira algumas orientações básicas da especialista para a prevenção de acidentes com crianças.

QUEDAS
Crianças não devem brincar próximas a janelas ou a sacadas sem proteção, as quais devem ter grades ou redes de segurança. A atenção deve ser redobrada com pisos escorregadios, lajes e escadas, 
que oferecem alto risco para quedas. As brincadeiras em parquinhos e brinquedões também devem ser supervisionadas para evitar acidentes.

TOMADAS
Para evitar descargas elétricas, todas as tomadas devem estar tampadas e protegidas para obstruir o contato das crianças. Segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2022, divulgado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), 342 crianças de 0 a 10 anos morreram de choque elétrico na última década.

GAVETAS
É indispensável adicionar travas em gavetas com objetos cortantes e que ofereçam risco. Além disso, não é somente a faca que apresenta perigo: itens de cozinha em geral, além de objetos como clipes metálicos, tampas de canetas e tesouras, por exemplo, também podem causar acidentes.

INTOXICAÇÃO
É essencial manter remédios, produtos de limpeza, higiene e beleza, venenos e plantas tóxicas fora do alcance das crianças.

HOSPEDAGEM
Em caso de viagem, não importa onde for a hospedagem, seja na casa de familiares, seja em quarto de hotel, as condições de segurança devem ser avaliadas e adaptadas para 
as crianças.

AR LIVRE
Ao andar de skate, bicicleta ou patins, por exemplo, é necessário usar equipamentos de segurança como capacete, cotoveleiras e joelheiras, a fim de evitar o risco de lesões graves.

Nos parquinhos, sempre verificar a condição dos brinquedos e não utilizá-los caso estejam quebrados, enferrujados ou com superfícies perigosas. Se a brincadeira escolhida for empinar pipas, certifique-se de estar longe de fiações. Em caso de relâmpagos, recolha o brinquedo imediatamente.

NA ÁGUA
Não deixe as crianças sozinhas à beira de piscinas, rios ou lagos. Ao entrar na água, faça o uso de coletes salva-vidas, uma vez que boias de braço não são aconselhadas. Fique atento ainda com baldes, bacias e piscinas plásticas, que mesmo sendo rasos, podem ser perigosos.

EM GRUPO
Em hotéis e colônias, procure saber se existe uma equipe de monitores especializados para cuidar de crianças, 
com profissionais formados em primeiros socorros. No caso de atividades que necessitem de equipamentos de segurança, exija que sejam utilizados e atente às condições dos instrumentos.

DIREITO DE BRINCAR
Mais que uma atividade saudável e de entretenimento, brincar também é um direito assegurado por lei. Toda criança tem o direito de brincar e se divertir, conforme disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), da Constituição Federal de 1988, da Declaração Universal dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU) e, mais recentemente, da Lei Federal nº 14.826, de 20 de março deste ano, que institui a parentalidade positiva e o direito ao brincar como estratégias de prevenção à violência contra crianças.

Cone de tartaruguinha

Ingredientes:
> 8 casquinhas de sorvete;
> Chocolate branco fracionado para banhar as casquinhas;
> 1 pote de sorvete 
(sabor de sua preferência);
> 300 g de chocolate granulado;
> Tartarugas de chocolate branco.

Modo de Preparo

Derreta o chocolate em banho-maria ou no micro-ondas (a cada 30s para não queimar). Caso prefira em banho-maria, cuidado para não deixar cair água. Banhe as casquinhas de sorvete com o chocolate derretido por dentro primeiro (isso evitará que o sorvete fique umedecendo a casquinha), escorra e espere secar na geladeira. Agora, repita o mesmo processo do lado de fora da casquinha, porém, antes de secar, passe no granulado. Leve novamente para a geladeira. Após alguns minutos, encha as casquinhas de sorvete e tire o excesso. Coloque uma tartaruga de chocolate por cima. Tempo de preparo: duas horas. Rendimento: oito casquinhas.

Brigadeiro de palito

Ingredientes:
> ½ xícara de chocolate em pó;
> 1 lata de leite condensado;
> ½ caixa de creme de leite;
> 2 colheres de sopa de manteiga sem sal;
> Confeitos coloridos a gosto;
> Palitos para pirulito a gosto.

Modo de Preparo

Em uma panela, misture o chocolate em pó, o leite condensado, o creme de leite e a manteiga sem sal. Leve ao fogo e mexa até 
o conteúdo desgrudar do fundo da panela. 

Deixe esfriar. Com essa mistura, face bolinhas, passe cada uma nos confeitos coloridos e as espete nos palitos para pirulito. Agora é só servir! Tempo de preparo: 35 minutos. Rendimento: 10 porções.

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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