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Capa B+: Entrevista com a atriz Bia Santana no ar na Novela "Elas Por Elas" da TV Globo

"Estou me dedicando 100% a construção da Vic, tenho certeza que depois de 'Elas Por Elas" as oportunidades só vão crescer"

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Ela tem apenas 19 anos, um como modelo e 6 meses como atriz. Bia Santana teve sua estreia recentemente no remake da novela "Elas Por Elas" na TV Globo grande sucesso da emissora em 1982.

Ser atriz sempre foi o sonho de Bia, uma artista também apaixonada por moda e dança que começou a praticar aos 4 anos.

Interpretando a personagem Vic ao lado de um elenco de estrelas, Bia se emociona sempre que lembra de como construiu essa menina de apenas 15 anos abandonada pela família biológica, mas feliz com a atual que a adotou.

"É algo que está sendo desafiador, porque a minha adolescência foi muito boa, muito leve, consegui curtir a minha adolescência. Eu ia para as festas de 15 anos toda a semana, me apaixonei, briguei, ri, sofri, fiz amigos. Quero muito que ela viva isso, mas sei que são pessoas, histórias e tajetórias diferentes".

O sonho da jovem atriz é fazer uma vilã, como a Carminha de Avenida Brasil, também recorde de audiência da maior emissora do país. "Eu quero muito, sonho muito em fazer uma vilã, sempre quis fazer uma vilã. Uma vilã mesmo, tipo Carminha de Avenida Brasil, aquela vilã que todo mundo acha carismática, eu sempre quis ser uma vilã e falo isso pra todo mundo dentro da Globo também", explica.

Em um ensaio com entrevista exclusiva para o Correio B+ desta semana, Bia fala sobre sonhos, o peso de estrear em um remake, hobbies e de estar atuando pela primeira vez na maior emissora do país.

A atriz Bia Santana é a Capa exclusiva do Correio B+ desta desta semana - Foto: Fael Gregorio - Diagramação - Denis Felipe e Denise Neves

CE- Bia, a carreira na dramaturgia sempre foi um sonho seu?
BS-
Sempre foi, desde os meus sete, oito anos de idade. Eu comecei a falar na época do colégio que queria fazer faculdade de cinema ou de artes cênicas. Tudo pra que eu pudesse ser atriz, pra que eu pudesse realmente realizar esse sonho. Então, sempre foi uma vontade e agora está sendo uma oportunidade.

CE- Como foi sua experiência ao estrear em uma novela?
BS-
Foi incrível! Me lembro que no dia da estreia eu cheguei tremendo pra assistir. É muito legal quando você sonha com alguma coisa por muito tempo e finalmente consegue concretizar e ver aquilo realmente pronto, foi uma oportunidade incrível! A estreia foi algo mágico pra mim, reuni todos os meus amigos em casa porque não estava gravando no dia e a primeira vez que me vi, comecei a chorar, foi bem emocionante.

CE- De que maneira você equilibra a pressão e a empolgação de atuar em sua primeira novela?
BS-
Ainda estou aprendendo a equilibrar tudo isso. Na minha primeira semana de gravação, eu saía do estúdio flutuando de felicidade, e outros que eu saía do estúdio falando: ‘Meu Deus, eu sou uma fraude’. Está sendo uma oportunidade incrível, é saber que você sabe fazer, que estudei, que estou preparada pra isso, mas ao mesmo tempo, na prática tudo é muito diferente.

Ver uma equipe de 20 pessoas dentro do estúdio, todo mundo esperando algo de você, é uma responsabilidade muito boa, muito bonita de se fazer que é contar uma história, e é também uma pressão de que você está contando uma história, e pessoas que se identificam e vivem aquilo.

Então, é algo que eu ainda estou aprendendo a lidar, e tem muito pouco tempo pra que eu consiga realmente saber equilibrar com maestria issoainda, mas acredito que até o final da novela eu vou saber e a aprender a lidar direitinho com a pressão e a empolgação de estar fazendo esse projeto.

Bia Santana - Foto: Fael Gregorio

CE- Como você se preparou para interpretar Vic, cuja família é não convencional e foge dos padrões sociais estabelecidos?
BS-
A construção da Vic foi algo muito bonito e ao mesmo tempo muito complexo e coletivo. Os diretores e o nosso preparador conversaram comigo porque eles estavam procurando uma personagem que fosse leve na família por ela ser uma adolescente de 15 anos, mas ao mesmo tempo acontece muita coisa ao redor dela. Na história, o Wagner some, a Renée é uma mulher trans, são muitas responsabilidades e muita pressão em cima de uma "criança" de 15 anos.

CE- Quais são suas expectativas em relação à evolução da sua personagem na trama?
BS-
Acredito e quero muito que ela viva todas as experiências de adolescente, que ela se divirta. Ela chora muito pela história da família, mas espero muito que ela viva e realmente se divirta como uma adolescente de 15 anos.

Ela foi abandonada pela mãe biológica aos 3 anos, então, vem muito de querer que as pessoas escutem o que ela tem a dizer. Espero que no final da novela ela realmente viva isso, que as pessoas escutem, saibam o que ela tem a dizer, o que ela carrega, os sentimentos, que ela consiga realmente colocar isso tudo para fora e ter uma história linda até o final.

Bia Santana na estreia de Elas Por Elas - Foto: TV Globo

CE- Você tem 19 anos e a personagem tem 15. Você gostaria de imprimir alguma coisa dos seus 15 nela?
BS-
É algo que está sendo desafiador, porque a minha adolescência foi muito boa, muito leve, consegui curtir a minha adolescência. Eu ia para as festas de 15 anos toda a semana, me apaixonei, briguei, ri, sofri, fiz amigos. Quero muito que ela viva isso, mas sei que são pessoas, histórias e tajetórias diferentes.

Eu não sofri metade do que a Vic já sofreu na vida, ao mesmo tempo que eu tento colocar um pouco daquilo que eu vivi das minhas memórias, sei que na vivência dela é algo diferente, aquilo que talvez tenha sido muito alegre para mim, acho que para ela é um alívio viver, tirar toda aquela pressão da família, do pai ter abandonado. Me seguro muito para não colocar as minhas vivências de 15 anos nela.

CE- Você faz a personagem, sai dela depois. Mesmo, sabendo que é uma história de ficção, você valoriza mais a sua vida?
BS-
Sim. tivemos cenas já que ela andava de bicicleta, por exemplo, e lembro que quando cheguei no set o diretor me deu a bicicleta e eu falei: "Caraca, realmente eu tenho 15 anos", de segurar e falar: "Caraca, eu sou uma adolescente, eu posso ser uma adolescente de novo". É muito mágico! 

Paro para pensar e percebo o quanto fui privilegiada na minha adolescência,de não precisar passar por muita coisa que ela passa. Óbvio que eu tenho histórias de bullying, que eu já vivi outras coisas, já tive outros sofrimentos, mas um exemplo muito claro, eu tenho os meus pais perto de mim.

É um privilégio muito grande que muitas vezes a gente não dá valor e quando você se coloca vivendo, dando vida a uma história completamente diferente, por mais que seja desafiador você consegue enxergar e valorizar mais a sua própria história, você para e olha: "Caramba, ela não tem, eu pude ter". 

Bia como Vic em Elas Por Elas - Foto: TV globo

CE- Você tem alguma cena ou momento favorito até agora na novela?
BS-
Tenho vários. Em relação à emoção, a cena que a gente chega em casa e vemos que a casa está vazia, ela foi muito interessante de ser gravada, porque muita gente não tem noção de como acontece dentro dos estúdios.

A gente grava tudo muito fora de ordem, e não temos noção do que vai acontecer no dia seguinte. Recebemos o roteiro inteiro de uma vez só e não temos noção do que vai acontecer e na cena que a gente vê que está tudo vazio no dia anterior e havíamos gravado com a casa inteira cheia e a equipe virou para mim e falou assim: "Olha bem os detalhes porque amanhã não terá mais nada", e no dia que a gente gravou a casa estava inteira vazia.

Em relação à emoção, essa foi a minha cena favorita do que a gente viveu nos bastidores. A novela está sendo muito leve, a gente consegue deixar as gravações assim por mais que a história seja complicada, está sendo muito gostoso de gravar por conta também desses sentimentos e emoções que a gente está tendo nos bastidores. A união que a gente conseguiu fazer.

CE- Você teve a oportunidade de se conectar com fãs ou receber feedback nas redes sociais? Como isso tem afetado sua experiência?
BS-
Isso está sendo incrível demais, ainda não tenho nem noção disso para falar a verdade. Ontem, eu até recebi uma mensagem de uma menina que mandou uma solicitação no Instagram e quando eu abri ela estava assim: "Oi, eu sou muito sua fã", e isso foi um choque! Eu pensei:"Gente, isso realmente acontece". No segundo dia da novela abri o Twitter para ver o que estava acontecendo e vi que estava todo mundo realmente assistindo e do dia para a noite todo mundo me conhecia. Isso foi muito legal, olhar e falar: "Agora eu tenho fãs", e ao mesmo tempo, está sendo de muita responsabilidade.

CE- Como você lida com a exposição que a televisão traz para sua vida pessoal?
BS-
Sou muito nova na carreira e sou modelo há um ano. Como atriz tenho 6 meses praticamente, estou aprendendo a lidar com isso. Hoje em dia, repenso muito mais aquilo que falo, que faço no Instagram, que mostro, coisa que há 2 anos eu era doida da cabeça, postava tudo que dava na telha. Hoje em dia paro e penso: "Será que isso aqui é realmente bom?". Hoje estou representando uma história, está sendo um aprendizado pra mim, estou realmente aprendendo a lidar com isso, com a exposição, coisa que antigamente eu não tinha essa preocupação, então, estou equilibrando a vida profissional e a vida pessoal principalmente no Instagram que é a rede social que mais uso.

CE- Qual a sua relação com a moda? Gosta de usar looks diferentes?
BS-
Eu amo, algumas pessoas até elogiam, falando que sou estilosa, quando eu olho uma peça penso e se... As pessoas que estão comigo falam: ‘Nossa, que peça feia’ e eu falo: ‘Opa, vou levar, vou fazer alguma coisa com aquilo ali’. Às vezes eu saio pra comprar roupa com as minhas amigas, e elas falam: ‘O que você vai fazer com isso?’ e quando elas olham no look completo e olham o que eu fiz, elas falam: ‘Você realmente tinha razão’.

Gosto que as pessoas olhem pra mim e vejam algo diferente, vejam um toquezinho diferente, um toquezinho de vida. Eu amo moda, sempre quis trabalhar como modelo e depois que eu consegui trabalhar como modelo, fico ainda mais louca, qualquer editorial fashion, qualquer capa de revista diferente do cabelo tal, que fez o penteado tal, eu falo, opa, vou experimentar, não tenho medo de me ver de formas de experimentar as coisas, tenho 19 anos se eu errar agora, se eu quebrar a cara, tá tudo bem, sabe, gosto de me descobrir, realmente e a moda também, eu falo muito que consigo me comunicar através da moda, através das roupas que eu uso.

Quando estou muito feliz, eu quero estar toda colorida, quando estou meio pra baixo eu estou toda de preto. Gosto de fazer essa brincadeira também de quero que me vejam como mulherão, ou estou colocando um batom vermelho, eu estou colocando volume no cabelo, gosto de brincar com isso. Várias versões de mim.

CE- Quais são os seus truques de beleza favoritos?
BS-
Antigamente amava ficar super maquiada, arrumadona, mas hoje em dia eu vejo que o básico e natural pra mim é o que mais vale. Meu maior truque de beleza, hoje em dia, é meu cabelo, ele é meu acessório. Posso estar totalmente arrumada de pijama, se meu cabelo estiver bonito, estou me sentindo linda porque amo volumão, amo frizz, amo brincar. 

Foto: TV Globo

CE- Quais são seus hobbies?
BS-
Meu maior hobby é dançar, faço dança desde os meus 4 anos de idade, cresci dançando. Hoje em dia, não faço mais aula por conta do tempo, mas sempre que eu posso, vou colocando uma musiquinha no meu quarto, fico ali dançando, gosto muito, muito de dançar, fora isso, como uma boa carioca, eu amo ir à praia é o meu lugar favorito no mundo, amo ver o pôr-do-sol, o nascer do sol, sentar pra ver as ondas, isso realmente parece uma coisa boba, mas pra mim é algo que eu valorizo demais.

Gosto muito de ver filme, sou apaixonada por filme, série e agora, sendo atriz, é algo muito interessante, quando eu vejo alguma coisa, às vezes, realmente vendo como telespectadora, às vezes eu vejo pra aprender. Essa semana, eu vi “Nosso Sonho”, que está no cinema, que conta a história do Claudinho & Buchecha e eu chorava de ver a história, mas não só isso, chorava de ver a atuação deles. Caramba, olha que mágico isso. Olha que legal fazer isso, então, até nisso, estou conseguindo ressignificar com a minha profissão agora. Mas continua sendo um hobby, assistir filme, ver série, gosto de ler livro, passear.

CE- Existe algum papel dos seus sonhos que você adoraria interpretar no futuro?
BS -
 Eu quero muito, sonho muito em fazer uma vilã, sempre quis fazer uma vilã. Uma vilã mesmo, tipo Carminha de Avenida Brasil, aquela vilã que todo mundo acha carismática, eu sempre quis ser uma vilã e falo isso pra todo mundo dentro da Globo também. Vi Avenida Brasil muitas vezes, A dona do pedaço também, a Jô que a Agatha Moreira fez, acho aquilo ali magnífico. Você poder se ver como uma vilã, é um papel que eu adoraria fazer e espero que eu tenha uma oportunidade por aí.

CE- Você assistiu “Elas por Elas”, chegou a pesquisar sobre a novela? Qual é o peso de estrear em um remake?
BS-
Pesquisei, assisti, se não me engano foram 10 capítulos do remake da primeira versão. A gente recebeu muitas referências de filmes, séries porque a Amora sempre fala que a novela é uma dramédia então, é um gênero que a gente gosta de saber como funciona, como é essa dinâmica. Assisti o primeiro capítulo, fui assistindo o segundo e foi dando aquela curiosidade da trama da Thaís, como se enrolou isso, então ver o remake foi algo que eu realmente fiz, que pesquisei.

Começar em um remake tá sendo algo absurdo porque sei que a responsabilidade dobra. O Lázaro, que hoje em dia faz o Mário Fofoca sempre fala dessa responsabilidade por ele estar interpretando um personagem do Gustavo, então, se o Lázaro Ramos está preocupado, quem sou eu que estou começando agora pra não me preocupar. Então pra mim por mais que tenha esse peso de começar no remake, é uma honra estar em um remake e estreando na TV Globo.

Matéria Capa Correio B+ exclusiva: Equipe

Foto: Fael Gregorio (@fael_gregorio)

Styling: Leo Augusto (@leoaugusttoo)

Beauty: Igor (Igor.beauty)

Retouch: Krlos (@pvretouch)

Assistente de foto: Krlos (@krlospavarini)

 

Correio B

Mega Park chega a shopping de Campo Grande

Pela primeira vez na cidade, parque promete uma das maiores estruturas com brinquedos como Kamikaze, Montanha Russa com Loop e Evolution;

14/11/2024 13h30

Mega Park chega a shopping de Campo Grande

Mega Park chega a shopping de Campo Grande Reprodução: Instagram

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A espera acabou ! O Mega Park chega a Campo Grande nesta sexta-feira (15) em coincidência com o feriado da Proclamação da República. O parque que reúne brinquedos e atrações para todas as idades, desembarcará na parte externa Shopping Bosque dos Ipês e ficará até o dia 15 de dezembro na cidade.

O parque que promete ser uma das maiores estruturas já vista, contará com uma variedade de brinquedos e atrações, tanto para crianças quanto para os adultos.

Dentre os brinquedos, terão aqueles como roda-gigante que permitirá uma vista panorâmica, o famoso kamikaze e o brinquedo conhecido por 'agitar' todo mundo, samba, além dos tradicionais como evolution, crazy looping e fresby. Para o público infantil é possível encontrar o carrosel e carrinho bate-bate para acompanhar o papai e a mamãe.

Este ano, o destaque fica para a mega montanha-russa com loop. "Campo Grande nunca viu nada igual!", diz a divulgação. Se intitulando como o 'gigante em diversões', o parque já passou por países como Argentina, Paraguai e Uruguai na América do Sul.

  • Passaporte Ilimitado: 

Com o passaporte individual, você terá acesso a todos os brinquedos e poderá aproveitar quantas vezes quiser dentro do horário da sessão escolhida. Sem limites para a diversão!

  • Horário de funcionamento:

Segunda a Sexta: Das 18h às 22h

Sábados, Domingos e Feriados:

  • 1ª Sessão: Das 15h às 18h
  • 2ª Sessão: Das 18h às 22h

Para quem adquirir os ingressos pelo site, há promoções imperdíveis:

Segunda a Sexta: R$ 60,00

Sábados, Domingos e Feriados:

  • 1ª Sessão: R$ 60,00
  • 2ª Sessão: R$ 70,00

É importante lembrar que os ingressos são promocionais e válidos para um dia. 

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LITERATURA

Paraguai homenageia Aurineide Alencar, cordelista paraibana que mora em Dourados

Paraibana de nascimento e douradense de coração, Aurineide Alencar parte hoje, com a sua kombi lotada de cordéis, para o outro lado da fronteira, onde será celebrada como Madrina de Honor pela Academia Paraguaya de Literatura Moderna (APLM)

14/11/2024 10h00

"Onde o cordel chega, chega também a oportunidade de abrir espaço para um maior entendimento entre os povos" Foto: Divulgação

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A cordelista Aurineide Alencar, natural de Catolé do Rocha, na Paraíba, e douradense de coração, está prestes a embarcar em uma jornada que promete levar a literatura de cordel a novos horizontes. Acompanhada de sua Cordelteca Itinerante, uma Kombi adaptada como espaço cultural recheado de livros de cordel, Aurineide percorrerá mais de 400 quilômetros para atravessar a fronteira com o objetivo de difundir a rica tradição literária nordestina.
 

Aurineide parte de Dourados hoje, com destino à cidade de Hernandarias, no Paraguai, onde receberá grande homenagem. Ela será celebrada como Madrina de Honor durante a Sessão Solene organizada pela Academia Paraguaya de Literatura Moderna (APLM), no Café Literário La Tobateña. O evento contará com a presença de autoridades locais e escritores de diversas instituições literárias, e, além de Aurineide, serão lançadas obras de outros escritores e incorporados novos membros à APLM.

Durante a cerimônia, a cordelista será nomeada Visitante Ilustre do município de Hernandarias, um reconhecimento pelo seu trabalho incansável em promover e preservar a cultura do cordel e por sua contribuição significativa à literatura popular. A APLM também concederá um reconhecimento especial a Aurineide pelo esforço contínuo na divulgação e na valorização do cordel, gênero literário que ainda é quase desconhecido no âmbito latino-americano.

POESIA E MÚSICA

“Aproveitarei essa viagem tão especial para levar a Cordelteca Itinerante a algumas escolas paraguaias, uma maneira de fazer um intercâmbio cultural com as crianças e os adolescentes locais, apresentando o cordel nordestino”, conta a cordelista.

Em seu retorno a Dourados, Aurineide fará uma parada em Foz do Iguaçu (PR), já em território brasileiro, onde apresentará seu projeto e promoverá encontros com o público local, levando a Cordelteca a instituições de ensino. O objetivo dessa escala na viagem é, uma vez mais, compartilhar a produção realizada em terras sul-mato-grossenses dos cordéis com o fascinante universo da literatura popular nordestina.

A viagem de Aurineide faz parte de uma missão pessoal e cultural que tem como propósito a preservação e a divulgação da prática e da leitura dos folhetos, como se costuma chamar os impressos de cordel, uma forma de literatura tradicional da Região Nordeste, que mistura poesia e música, muitas vezes narrando histórias de coragem, luta e sabedoria popular, mas também casos mais prosaicos, que envolvem humor, irreverência, religiosidade, crenças, pelejas – entre personagens reais ou fictícios – e o sobrenatural.

A cordelista, que é também professora aposentada e mestre em Literatura pela Universidade Nacional de Assunção, no Paraguai, tem se dedicado há anos a levar o cordel para as novas gerações, principalmente para as crianças e os jovens, como uma ferramenta de aprendizado e de contato com a cultura popular. Em sua bibliografia, também se destacam, entre outros assuntos, além da temática nordestina, a cultura de Mato Grosso do Sul.

A ARTISTA

Aurineide Alencar, que iniciou sua trajetória no sertão da Paraíba, sempre teve no cordel uma forma de expressão cultural e artística profunda. Aos 18 anos, mudou-se para Deodápolis e, depois, tornou-se moradora de Dourados, onde seguiu sua carreira de professora, adaptando os conteúdos escolares ao estilo do cordel e compartilhando a riqueza da literatura nordestina com seus alunos.

Ao longo dos anos, ela também participou de diversos concursos literários, lançando seu primeiro livro, “Nas Veredas do Cordel”, e ingressando na Academia Douradense de Letras. Sua Cordelteca Itinerante é um projeto que representa sua paixão por levar o cordel a todos os cantos, onde possa mostrar a importância desse gênero literário na formação de cidadãos conscientes e na valorização da cultura brasileira.

“Levar o cordel para mais pessoas, de diferentes locais, é promover encontros, resgatar e fortalecer as tradições culturais do Nordeste. Onde o cordel chega, chega também a oportunidade de abrir espaço para um maior entendimento entre os povos”, pontua a cordelista.

A homenagem que Aurineide receberá em Hernandarias, no Paraguai, é um justo reconhecimento pelo seu trabalho incansável na preservação e na divulgação da literatura de cordel. Seu empenho em resgatar e revitalizar esse gênero literário, que é uma das expressões culturais mais significativas do Brasil, é motivo de orgulho para todos os amantes da cultura popular.

Sua presença em eventos como esse é um reflexo do impacto positivo de seu trabalho, que inspira e valoriza a literatura como ferramenta de educação, cultura e identidade. Essa jornada a bordo da Cordelteca só será possível graças ao apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Dourados, do Sindicato Municipal dos Trabalhadores de Dourados e dos vereadores Sérgio Nogueira e Elias Ishy.

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