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Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz de "Fuzuê" Heslaine Vieira

No mês da consciência negra o Correio B+ celebra com Heslaine e seus sucessos na TV. "Tenho orgulho das escolhas artísticas que fiz e da artista que venho sendo ao longo dessa jornada".

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Entre cinema, produções para streaming e novelas, a mineira de Ipatinga, iniciou a carreira em 2006, na produção da HBO “Filhos do Carnaval”. Na série da TV Cultura “Pedro e Bianca”, interpretou a protagonista Bianca, criação de Cao Hamburger ganhadora do Emmy Kids Awards em 2013.

Em 2017, ficou conhecida nacionalmente como a Ellen de 'Malhação Viva a Diferença', produção que também venceu o Emmy Kids Awads e gerou o spin off “As Five” a partir do pedido do público e ganhou três temporadas (2020, 2022).

Heslaine também trabalhou no filme “Meus 15 anos: o filme” (2017) 'Carcereiros' (2018), 'Sob Pressão: Plantão Covid' (2020), ‘Nos tempos do Imperador’ (2021, 2022) e está no longa metragem ganhador do Indy Film Festival 2023 - “Derrapada”, do cineasta Pedro Amorim.

Entre tantos trabalhos e uma trajetória de sucesso, a atriz de 28 anos é sucesso na novela "Fuzuê" da TV Globo. "Tenho orgulho das escolhas artísticas que fiz, das personagens que interpretei e da artista que venho sendo ao longo dessa jornada. Sou realizada por ter chegado até aqui sem passar por cima de ninguém e respeitando muito minha vontade de contar histórias amor". 

Heslaine é a nossa Capa do Correio B+ desta semana, e junto com ela celebramos o mês da consciência negra. Na matéria exclusiva ela fala sobre sua paixão por atuar, personagens marcantes, escolhas e seu sucesso na novela da TV Globo Fuzuê.

A atriz Heslaine Vieira é Capa do Correio B+ desta semana - Foto: Marcio Farias - Diagramação - Denis Felipe e Denise Neves

CE - Como você descreveria sua jornada até agora como atriz?
HV -
Eu sempre tive muita fé e sempre fui muito predestinada, por isso, sinto que fui agraciada por Deus pelas oportunidades certas que surgiram no meu caminho. Eu batalhei muito, mas sei que muitas outras mulheres como eu que não tiveram as oportunidades que tive, porque o mundo quase sempre não é justo.

Tenho orgulho das escolhas artísticas que fiz, das personagens que interpretei e da artista que venho sendo ao longo dessa jornada. Sou realizada por ter chegado até aqui sem passar por cima de ninguém e respeitando muito minha vontade de contar histórias amor. 

CE - Quais são os principais aprendizados que você teve ao longo da sua carreira?
HV -
 Interpretar personagens diferentes ensinam tanto... Você se abre pra viver experiências que talvez jamais vivesse. São muitos universos se conversando. É preciso se desprender das suas próprias amarras, estar disposto e entregue para imergir nas circunstâncias apresentadas no texto.

E aprendi também que dentro dessa carreira, em relação as escolhas, as coisas não dependem unicamente de você. Existem muitas pessoas envolvidas em uma escalação, em decisões importantes, e quase nunca passar ou não em um teste tem a ver com a sua capacidade. Isso aliviou muito a pressão que eu sempre me coloquei. Nòs atores vamos sempre com muita sede, muita vontade, se entregando pras personagens. Hoje eu confio que o que tem que ser meu, será.

CE - O que te marcou ao interpretar Ellen em "Malhação Viva a Diferença" em 2017?
HV - 
A Ellen foi um divisor de águas na minha carreira. Ela é um grande presente. Uma personagem cheia de camadas, de possibilidades e que tem muito de mim. Nós temos sonhos e experiências de vida bem similares, e isso me ensinou bem a separar as coisas. Quando a personagem é muito diferente de você não é tão difícil. Ela me mostrou diariamente o poder da minha voz.

A Ellen falava, se colocava, e eu sempre admirei isso.  Além de tudo ela era uma menina acima da média, dedicada, amiga, e tinha uma família que eu me orgulho muito. Foi especial ter me encontrado com pessoas tão potentes logo no meu primeiro grande trabalho na globo. E também fui muito feliz quando esse reconhecimento de Malhação chegou através do Emmy Kids. Foi o segundo, com o mesmo autor, o Cao. Pedro e Bianca, uma série que também fui protagonista, ganhou esse mesmo prêmio. 

Foto: Marcio Farias

CE - Como você lidou com a notoriedade nacional após o sucesso de "Malhação Viva a Diferença"?
HV - 
Sempre nutri muito carinho pelas as pessoas que se identificam comigo ou que gostam do meu trabalho, mas o “sucesso” nunca me brilhou os olhos. Sempre fui pé no chão. Agradeço, fico feliz pelo reconhecimento, me dedico muito no meu trabalho mas entendo que a nossa vida é uma montanha russa. Existem altos e baixos, e eu acredito que saiba lidar com isso!

CE - O que você mais gosta no processo de criação de um personagem?
HV -
 Eu gosto de tudo. Contar historias é o que amo fazer. Amo imaginar, pesquisar, ver a caracterização, figurino, opino em tudo, experimento em casa, mudo. Enfim, é muito divertido fazer uma personagem ganhar vida. 

CE - Como você mantém a autenticidade em seus papéis?
HV -
 Eu parto do princípio que minhas personagens são humanas. Digo isso porque tenho prazer em buscar camadas que talvez não tenham imaginado em um primeiro momento. Em qualquer personagem que eu faça, tento colocar contradição, dúvida, amor.

Busco objetivos em cena mas também tento viver o presente entre o “ação” e o “corta”. Colorir as intenções é um trabalho que gosto de fazer. Pensar fora da caixa, me desafiar. A Soraya é uma mulher dona de si, mas ela tem medos, ela diz que não se apaixona mas o olhar as vezes entrega. Nós não somos uma coisa só, e nem fazemos tudo exatamente como dizemos. Essa complexidade me atrai. 

Como Ellen em MALHAÇÃO - Foto: Divulgação

CE - Qual foi o desafio mais interessante ao interpretar em "Carcereiros" (2018)?
HV - 
Era um universo que eu não tinha conhecimento mais aprofundado e fui pesquisar. Assisti muitos vídeos, documentários, entrevistas.

Foi doloroso entrar em contato com essa realidade. Essas mulheres são muito solitárias, quase todas as vezes abandonadas pelos seus companheiros. Eu não sou mãe também, e a Jussara era. E tinha sofrido grandes violências seguidamente. Foi minha primeira vez interpretando mãe, dependente química e foi minha primeira vez fazendo cena em que eu morria. Ela é assassinada. Foi uma personagem que exigiu muito de mim.

CE - Em que aspectos você se identifica com seu personagem em "Nos Tempos do Imperador"?
HV- 
A Zayla foi uma vilazinha, então o ponto que me identifico com ela é o fato de ser predestinada. Por motivos diferentes, e por moral diferente, mas sempre buscamos o que queremos. Eu vou atras e nunca fui de desistir fácil, ela também não. 

CE - Qual a sensação de fazer parte do longa-metragem "Derrapada" ganhador do Indy Film Festival 2023?
HV -
Eu tenho muito orgulho desse filme. Sou muito feliz de ter encontrado Matheus, Pedro, Izabella, Estrela nesse processo. Fazer cinema no Brasil é querer muito contar uma história. E nós contamos com muito amor! Tentamos fugir do obvio, tocamos em assuntos delicados, colocamos o dedo na ferida e falamos de vida real.

Uma parte desse longa foi feito em Cataguazes e foi exibido lá para os jovens e também foi feito aqui em Madureira onde também foi exibido. A Alícia e o Samuca são especiais e isso tudo trouxe muita identificação para as pessoas que assistiram.

Com a turma de FUZUÊ - Foto: Divulgação

CE - Como foi trabalhar com o cineasta Pedro Amorim em "Derrapada"?
HV - 
Eu sou apaixonada pelo trabalho do Pedro e estou com muita vontade de trabalhar com ele de novo. Ele e Carol Minêm são de uma sensibilidade artística incrível.

Eu amo a condução dele, as escolhas, a forma como ele lida com os profissionais que estão ali dispostos a dar tudo de si pra contar a história. Pra mim é uma honra ter feito um filme com esse grande cineasta!

CE - Como foi o convite para interpretar a Soraya, em "Fuzuê", e compartilhe como foi o processo de criação.
HV -
 Quando ele fez escrava mãe eu fiz teste mas não passei e agora quando chegou o “sim” para interpretar a Soraya vibrei muito. Eu já tinha feito testes para outras novelas. A Frida foi maravilhosa e o Gustavo também. Eu já tinha falado que queria muito trabalhar com ele. A Soraya foi construída com colaboração de muita gente. Eu me entreguei com tudo pra ela.

Fiz muitas pesquisas, conversei muito com o autor, os diretores artístico e geral, com a caracterização e o figurino. Mas ela nasceu mesmo na minha primeira cena com a Giovana nos arcos da Lapa. Era uma cena de amizade, de corre (trabalho), e estava um dia lindo. Quando pisei ali, tudo aconteceu e eu já senti que viveríamos uma linda história juntas. 

CE - Como equilibra sua participação em cinema, streaming e novelas?
HV - 
Meus primeiros trabalhos foram no cinema com séries e filmes. Fazem sete anos que estou na Globo e em alguns momentos consegui conciliar agenda. È importante interpretar em diferentes linguagens para trazer mais qualidade artística. Fico feliz que a globo tenha me liberado em alguns momentos para fazer isso. 

CE - Qual é o seu filme ou série favorito em que já atuou?
HV -
 Difícil responder. Todo último trabalho vira meu favorito. Eu acho que é porque acabei de sair e tudo fica muito mais fresco na mente. È mais intenso. Sinto que escolhi bem meus trabalhos, e tenho orgulho de todos eles. 

Nos Tempos do Imperador - Foto: Divulgação

CE - Qual foi o projeto mais desafiador que você já participou?
HV -
 Carcereiros.

CE - Quais são os temas ou questões que você gostaria de explorar em seus futuros papéis?
HV -
 Eu quero fazer algo completamente diferente da Soraya agora. Assim como foi com a Ellen. Gosto de me sentir desafiada e gosto muito de experimentar.

CE - Quais foram os momentos mais engraçados ou inusitados nos bastidores de alguma produção?
HV -
 Esses dias mesmo, estava muito calor na cidade cenográfica e nós começamos uma crise de riso que foi difícil segurar.

Quando finalmente conseguimos, apareceu um bichinho voador e passou seguidas vezes perto do meu nariz e eu segui tentando entregar a cena mas não consegui, tive que parar. Foi muito engraçado tentar afastar o bichinho, parar de suar e rir ao mesmo tempo. 

CE - Como você vê o papel da diversidade na indústria do entretenimento?
HV - 
A arte tem grande poder transformador. Nosso papel é questionar, é mostrar potência e criar novas narrativas. O que nós assistimos tem grande impacto no nosso comportamento como sociedade. È fundamental que além de termos diversidade tenhamos protagonismo. Precisamos recriar imagens por tanto tempo enraizadas em nós. 

CE - Quais são seus planos futuros na carreira artística?
HV -
 Eu tenho vontade de seguir interpretando personagens muito diferentes entre si. Gosto de desafio, gosto de criar. E também quero estudar pra me reciclar. Sigo contratada da Globo e focada 100% em Fuzuê. Vamos ver o que o futuro reserva pra mim mas uma coisa é certa, o que tiver que ser, será.

As FIVE - Foto: Divulgação

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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