A atriz Nicole Orsini começou sua carreira de atriz como Haya em Os Dez Mandamentos, da Record TV. Logo depois, ela foi chamada para um teste, e passou, interpretando a feiticeira Berenice, em DPA (Detetives do Prédio Azul), no canal Gloob.
Após participar dessa mesma série, se tornou uma personalidade das redes sociais também pelo seu canal de mesmo nome no YouTube. Em 2018, ela participou da segunda temporada do spin-off Vlog da Mila, e em 2019, fez seu próprio spin-off chamado Vlog da Berê.
Em 2021, no spin-off Boletim Extraordinário do Tobby, ela fez sua única aparição em "Berenice, Cachorro-Quente e Feitiços"Nicole Orsini vem encantando os fãs de D.P.A. - Detetives do Prédio Azul - há nove temporadas como a feiticeira Berenice, na série que é um dos maiores sucessos do canal Gloob.
"Está sendo uma experiência incrível, e será ainda mais quando a gente estrear e percorrer o Brasil com a peça, dando a oportunidade para tantas pessoas estarem próximas da gente", conta.
Além do Rio de Janeiro, a turnê passará em 2023 pelas cidades de Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC).
O sucesso da personagem é tão grande que em 27 de outubro ela ganhou um spin-off com a série "Acampamento de Magia para Jovens Bruxos", no Globoplay.
A atriz Nicole Orsini é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em conversa com o Caderno elafalou sobre relação com a família, fãs, o sucesso de DPA e sua personagem, a feiticeira Berenice.
CE - Como é a sua relação com redes sociais?
NO - Hoje em dia, as redes sociais são praticamente um complemento, uma extensão da carreira artística. Eu desde pequena entendi a importância disso, tanto que quando eu entrei no meu primeiro trabalho, que foi a novela Os Dez Mandamentos, na Record, eu criei meu Instagram, até para promover o meu trabalho como atriz.
No início, eu só usava realmente pra postar coisas sobre o meu trabalho, aí, quando surgiu o TikTok, eu fazia os vídeos por entretenimento porque eu achava divertido. Na época, era até um musical e eu não sabia que virar TikToker ia ganhar a força que tem hoje, tanto que tem pessoas que ganham a vida fazendo isso, mas eu não me vejo usando como meu trabalho principal. O meu trabalho vai ser sempre como atriz, que é a carreira que eu amo, mas eu uso as redes sociais como um complemento e como uma forma também de me comunicar com o meu público. Agora, com o lançamento do spin-off de DPA da Berenice, que é a série “Acampamento de Magia para Jovens Bruxos”, que estreou no Globoplay, tem um público muito forte do TikTok e do Twitter que está super engajado com a série. E eu adoro ver os edits e os comentários que as pessoas fazem.
CE - Sempre quis trabalhar como atriz?
NO - Sempre fui uma criança muito arteira, muito artística também, e eu me lembro que sempre obrigava a minha mãe a decorar as falas, fosse da novela que eu estava assistindo, do filme, da série, eu era viciada em Sítio do Pica Pau Amarelo. Lembro que eu me fantasiava de Emília, pedia para minha mãe a ser a Cuca pra ela fazer as cenas junto comigo. Mas eu não tinha muita noção ainda do que era ser atriz.
Eu só tive mesmo quando a amiga da minha mãe ia colocar a filha em um curso de interpretação, que por acaso, o professor era o Rodrigo Candelot, que fez o pai da Mila em DPA. Então eu fiz o curso com ela e me apaixonei pela carreira de atriz, lembro que eu amei o curso. E o Rodrigo já falou que eu era boa, pra minha mãe investir em mim, aí eu comecei a estudar e foi então que eu soube o que eu queria ser de verdade.
Porque antes eu sempre fui muito curiosa, sempre fui muito artística, quando eu era menorzinha, então, eu me interessava por todos os tipos de profissão, na carreira de médica, de professor, lembro até que eu adorava dar aula pra minha mãe. E quando eu descobri a carreira de artista, eu pensei “pronto, é uma forma de eu viver todas as vidas em uma só”. Então, eu me dei conta que era isso realmente que eu queria ser aos sete anos de idade, mais ou menos.
CE - Você começou a sua carreira na Record em uma novela bíblica, como surgiu esse convite?
NO - Quando decidi que queria ser atriz, comecei a estudar. Entrei em um outro curso de interpretação, com a preparadora Rosana Garcia, e no final o produtor de elenco da Record na época, o Marcos Reis, dava uma olhada no material das crianças, e foi mais uma pessoa que acreditou no meu talento, falou também pra minha mãe investir nisso, pra eu investir nisso, porque eu era boa, e me chamou pra um teste para a novela “Os 10 Mandamentos”.
Esse foi o primeiro teste que eu fiz na vida, éramos eu e mais uma menina, porque já estava na fase final. A menina começou a chorar e não conseguiu fazer o teste, e eu consegui, passei, assim, no mesmo dia. Foi uma felicidade enorme, e é muito louco como as coisas aconteceram na minha vida, porque uma coisa foi ligando a outra. Esse curso que eu fiz, teve o produtor que me levou pra Record, e na Record teve uma diretora que depois entrou no DPA e me escalou para fazer a Berenice. Foi uma mistura de estudo, de preparação, e de estar com as pessoas certas no momento certo.
CE - Como foi essa experiência? E qual a sua religião?
NO - Foi uma experiência como estar na “Disney”, tudo era incrível pra mim. Eu era, com certeza, a pessoa mais feliz de estar ali, mais espevitada, alegre o tempo todo, nunca se cansava, nunca tinha tempo ruim para mim. Eu lembro até que eu gravei uma noturna um dia, o elenco todo cansado já querendo ir pra casa, a equipe também. E eu lá pulando, dançando, querendo ir para mais uma.
E foi um projeto, assim como o DPA, em que a minha personagem foi ganhando força ao longo do tempo. Quando eu cheguei, era só um elenco de apoio, eu tinha uma fala ou outra. Tinha cena em que eu nem aparecia direito, ou aparecia e não tinha fala. Já na segunda temporada da novela, a personagem ganhou força, já fazia parte do enredo principal, e eu lembro que eu aprendi muito nessa novela, foi como se fosse um curso mesmo pra mim, aprendi muito.
Na segunda temporada, a minha personagem viveu momentos muito traumáticos porque ela perdia o pai, ia pro deserto, passava fome, sede, tinha cena que eu desmaiava. A mãe era sequestrada, tinha que enterrar o avô no deserto, assim, coisas bizarras que foram basicamente um pra mim. Aprendia ali a dar tudo de mim, a chorar, a viver coisas que eu nunca tinha vivido na minha vida, né? E por isso era muito difícil ter de onde tirar essa emoção.
A perda maior que eu tive na minha vida foi o cachorro da minha avó que eu amava e fiquei super triste. Em muitas cenas eu tirava a emoção imaginando que eu pudesse perder a minha mãe, que sempre foi minha melhor amiga, sempre fui muito apegada a ela. E para finalizar, o nome da minha personagem era Raya, que significa vida em latim, e eu fazia a sobrinha de Moisés, que era filha da Adira e do Menarém. Adira era uma das irmãs da Zípora, que se casava com o Moisés, só para contextualizar que personagem eu era.
CE - DPA é uma febre e um sucesso enorme, como integrou o elenco?
NO - Uma amiga da minha mãe, a Isabel Gueron, que também é atriz, chamou a atenção da minha mãe para um teste que estava sendo anunciado. Minha mãe mandou material para a Cibele Santa Cruz, que era a produtora de elenco do DPA na época. Eu já estava sem esperanças porque era um ano que eu estava fazendo alguns testes, que não estava tendo resposta.
E quando eu vi, eu já tinha feito três testes, já estava entre as top 5. O teste começou com quase mil crianças e eu terminei entre as cinco finalistas. E coincidentemente, quem estava entrando para dirigir a série na temporada que eu ia fazer era a diretora Vivianne Jundi, que trabalhou comigo em “Os 10 Mandamentos” e já conhecia o meu trabalho. Porque por ela já conhecer o meu trabalho, ela já sabia que eu era boa em decorar o texto. E ela basicamente me escalou e eu amo muito a Vivi. Novamente, uma mistura de estar preparada no momento certo, com as pessoas certas.
CE - Você também canta Nicole?
NO - Canto, inclusive eu canto na série, tem algumas músicas autorais da Berenice, do Gloob , e que também canto na peça do DPA, e eu sempre usei o canto como um hobby. Eu canto desde que eu era criança, sempre fui apaixonada por karaokê ou cantar as músicas da série Violeta, que eu gostava muito quando eu era criança.
Comprei um microfone e comecei a brincar de videoclipe, eu adorava Katy Perry também quando eu era mais nova, e comecei a cantar como um hobby, até que na pandemia eu pensei em usar isso como uma forma profissional também de eu virar cantora. Falei com uns amigos que são produtores, que tem uma gravadora, e aí compus algumas músicas, inclusive, comecei a produzir junto com ele, só que aí veio a pandemia que parou tudo. Depois, emendei um projeto atrás do outro e tive que abandonar essa carreira de cantora que, quem sabe no futuro, vocês não veem aí uma Nicole Cantora?
CE - Como está sendo fazer a peça DPA?
NO - Está sendo uma experiência incrível poder usar a minha voz ali. Eu tenho sempre que estar com a voz boa para fazer as apresentações nos finais de semana, porque além de cantar, também interpreto. Então o teatro está sendo mais especial também por conta disso, né?
É um formato diferente de atuar na televisão, que muitas vezes é um trabalho mais individual, não tem cena com todo o pessoal do elenco e você só vê o trabalho pronto na televisão, meses depois de pronto, meses depois que você gravou.
No teatro não. É ali, agora, quando você está no palco, está tudo valendo, já é uma ação. Se você errar, você tem que transformar aquele erro em cena, porque está todo mundo vendo. E você contracena com todo o elenco, é um trabalho coletivo que você tem que jogar a peteca para o outro e esperar que ele receba e jogue de novo para você. Então, é um processo que você aprende muito a ter empatia e generosidade com o seu parceiro de cena. E está sendo um projeto de muitos aprendizados.
CE - Você fará turnê?
NO - Sim, nós vamos fazer turnê pelo país e as próximas cidades que a gente vai visitar são Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, e depois nós vamos para São Paulo, Belo Horizonte e outras cidades no ano que vem, que vocês vão ver mais pra frente. Estou bem animada por isso, porque eu vou poder conhecer públicos diferentes ao redor do Brasil que curtem DPA, que curtem a Berenice, e cada público tem um calor diferente, tem uma energia diferente.
CE - A série ganhará um spin-off? Conta pra gente?
NO - Graças a resposta positiva que a Berenice teve com o público e com o canal, eu ganhei um spin-off, que foi o Vlog da Bere, que começou pequenininho lá no meu quarto, onde é o cenário do meu quarto no prédio azul, e eu gravava como se estivesse gravando num celular mesmo, num formato de um vídeo pro YouTube, e só foi também pro YouTube do Mundo Gloob inicialmente.
Os episódios tinham em média 5 minutos, e na segunda temporada, já aumentamos bastante, porque sempre foi do desejo da autora de DPA, Flávia Lins e Silva, explorar o reino mágico de Ondion, que é o reino mágico do universo de DPA, conhecendo a farmácia Filomilus, que foi um cenário lindo, e mágico, e lúdico que eles fizeram pra segunda temporada do Vlog. A série foi pro Globoplay, e tivemos participações super especiais, como a da Stella Miranda, do Douglas Silva, da Totia Meireles, Juliana Alves, que fez a participação a temporada toda, que era dona da farmácia, e também Livian Aragão, entre outras,
E graças ao sucesso da série, eu ganhei um spin-off original Globoplay, que estreou dia 27 de outubro, em comemoração ao Dia das Crianças e o Halloween, que é o Acampamento de Magia para Jovens Bruxos, uma série onde a Berenice explora a floresta Herzilã do Reino Mágico de Ondion.
CE - E como foi a construção e crescimento da sua personagem, a feiticeira Berenice?
NO - Por minha mãe já ter uma experiência com a televisão, ela foi apresentadora do Sportv por muitos anos, de programas de saúde e bem-estar, ela sempre me ajudou. Desde a minha primeira novela, desde meu primeiro trabalho, ela sempre passava os textos comigo, sempre ajudava na criação dos meus personagens e com a Berenice não foi diferente.
Até porque quando eu passei no teste e recebi os roteiros, a gente viu que ela era uma personagem malvada na primeira temporada. Ela transformava os detetives em animais e se eles não faziam o que ela mandava, se qualquer um não fazia o que ela mandava, ela soltava o bordão dela e transformava alguém em alguma coisa. E minha mãe alertou que as crianças iriam odiar a personagem desse jeito, a gente tem que fazer uma forma da Berenice ser querida.
Então ela sempre me ajudou muito na construção da minha personagem pra dar o tom certo, pra dar um tom mais fofo, pra Berenice também não ser uma personagem irritante. Ela ser uma personagem carismática, do jeitinho dela, que é um jeitinho mimado, mas que é um jeitinho que acabou que foi tão querido pelas crianças que era pra eu só fazer uma participação na nona temporada, mas o público gostou tanto e abraçou tanto a minha Berenice que ela voltou na décima primeira e não saiu desde então.
Os detetives saíram, trocaram os detetives, mas eu não saí. Eu não fiz a décima temporada porque já estava escrita, mas aí eu voltei na décima primeira porque o canal e o público gostaram bastante da Berenice. E é muito doido, hoje, depois de dez temporadas com o DPA, ver como a minha personagem cresceu, que era pra ser só uma participação. Ela cresceu, ganhou força.
Eu pude crescer junto com ela. Ao mesmo tempo que ela estava estudando ali pra passar no vestibular mágico, eu também estava tendo que estudar na escola. Ao mesmo tempo que ela tinha o crush dela, eu também tinha o meu crush. E também eu tive essa oportunidade de ganhar um spin-off só da minha personagem, que foi o Acampamento de Magia para Jovens Bruxos.
CE - Porque acha que DPA é um sucesso tão grande assim?
NO - Acho que o DPA faz tanto sucesso porque a nossa autora, Flávia Lins e Silva, tem uma mente brilhante e muito criativa, que mesmo depois de 18 temporadas consegue inovar e fazer uma história diferente a cada episódio. Eu assisti a DPA nas primeiras temporadas e eu sempre quis viver num prédio onde existisse magia.
E essa magia dá um lúdico muito legal pra criança que assiste. E também é um programa que os pais querem que seus filhos assistam, por ser um programa muito educativo. Então no final de cada episódio, sempre tem uma lição de moral sobre ajudar o próximo, sobre alguma coisa que incentive o bem. Já ensinamos várias coisas sobre história, já tivemos a participação de Pedro Álvares Cabral, então já contamos sobre a descoberta do Brasil. Também já tivemos Pabllo Picasso como um dos personagens que visitava o prédio.
É um programa que não incentiva o consumo de nada. Não é uma coisa que incentiva, por exemplo, que se você comprar tal coisa, você vai conseguir fazer. Investigar num prédio é uma coisa que toda criança pode fazer. Então, é uma brincadeira fácil, né? Que você não precisa comprar nada para ter.
CE - Como é a relação com o elenco?
NO - Somos uma família muito grande e unida, e quando entrei, tinha a mesma idade dos detetives que faziam na época. Passávamos a tarde toda juntos, depois da escola, então nos tornamos muito irmãos. Somos tão amigos que nos víamos até quando não estamos trabalhando. São amizades que levo pra vida.
CE - As Redes Sociais e o Youtube foram uma consequência do sucesso de DPA?
NO - Youtube eu tenho desde pequena, porque sempre gostei de gravar vídeos. Tive, inclusive que interromper quando comecei a gravar DPA, porque a agenda ficou corrida. Já as redes sociais, como instagram, Tik Tok e Twitter foram se intensificando durante o meu sucesso com a DPA. Quanto mais temporadas eu fazia, mais seguidores eu ganhava e ia interagindo com eles, mas bastidores eu postava e assim fui crescendo nas redes.
CE - Como tudo começou?
NO - Sempre fui uma criança muito interessada em música e adorava também ver vídeos no YouTube. Adorava ler por causa da minha avó, foi um hábito que ela colocou em mim, porque sempre que a gente ia no cinema ver algum filme a gente passava por uma livraria e ela sempre comprava um livro pra mim. Adorava me vestir, fingir que eu estava fazendo videoclipes e eu pedi pra minha mãe comprar um iPod e foi assim que tudo começou.
Esse mundo se abriu pra mim e eu começava a me vestir, eu tinha o aplicativo que fazia uns videoclipes e eu cantava as músicas, e aprendia a editar os meus próprios vídeos sozinha. Também criei um canal no YouTube pra eu mostrar os meus livros e mostrar os meus videoclipes e minha mãe começou a me dirigir, por conta da experiência que ela já tinha como apresentadora de TV. Ela então falou: se você quer fazer o canal no YouTube, então vamos fazer direito.
Ela me dirigia, falava o que falar, o que não falar, como me portar diante de uma câmera, então tudo começou com o iPod que abriu esse mundo pra mim. E depois eu entrei no curso de interpretação e as coisas começaram a se desenrolar a partir daí.
CE - E hoje como é o seu trabalho nas redes?
NO - Sou uma pessoa super engajada nas minhas redes sociais. Eu adoro saber o que o povo está achando dos meus trabalhos no Twitter. Estou sempre conversando com eles por lá, inclusive com a estreia de Acampamento de Magia para Jovens Bruxos, o pessoal do Twitter foi à loucura e eu tô adorando saber o feedback de cada um. Gosto muito de me comunicar com o meu público através do Instagram e do TikTok, onde eu mostro os bastidores de gravação, mostro coisas pessoais às vezes e uso para promover o meu trabalho, que é sempre muito importante. E as redes sociais eu uso como uma forma de me comunicar com as pessoas que me assistem, que eu acho muito importante ter essa troca com os meus fãs.
CE - Como é tão jovem influenciar tantas pessoas?
NO - Foi uma responsabilidade muito grande que eu tive que receber muito nova, pois eu não influencio só pessoas, eu influencio crianças, por causa do meu público de DPA. E eu recebi essa responsabilidade muito nova e como eu cresci junto com o meu público, porque quando eu era criança o meu público também era criança e foi crescendo, entrou na adolescência junto comigo.
Então, às vezes as pessoas que me assistiam se espelhavam muito em mim pelas minhas redes sociais, pelo que eu postava. Então, eu sempre tive que tomar muito cuidado com o que eu postava, com a minha imagem. Então, onde eu era vista, com as pessoas que eu era vista, tinha que tomar cuidado até com o que eu fazia publicamente, porque aquilo poderia influenciar as pessoas de uma forma errada. Eu sempre tive que ter esse cuidado com a minha imagem, o que eu confesso que de vez em quando era um pouco assustador pra mim, por eu estar nessa transição de infância pra adolescência, que é um período que você cresce e amadurece muito, e pra crescer e amadurecer, você tem que errar e aprender com seus erros.
Eu sempre tinha que manter essa imagem ali de garota perfeita, que não faz nada, que não erra, mas o que na real a gente sabe que não é isso, porque muitas vezes pra crescer a gente precisa errar pra aprender com os nossos erros. E eu crescendo sabendo que eu tava influenciando muitas crianças era assustador, mas também foi um processo muito gostoso que eu aprendi muito e com certeza amadureci mais por conta disso.
CE - Como é a sua relação com os fãs?
NO - Amo muito os meus fãs, que são os Nick Lovers e gosto cada vez mais de estar próxima deles, recebendo sorrisos, abraços, isso faz meu dia mais feliz. Gosto de interagir com eles nas minhas redes sociais, pergunto o que estão achando, mando vídeos agradecendo pelo carinho. E com a peça rodando pelo Brasil, vou ter contato mais próximo com meus fãs e isso é incrível.
CE - Quais os projetos para o próximo ano?
NO - Além da turnê com a peça, que faremos nos fins de semana, estou doida para receber novos desafios profissionais. Gostaria muito de fazer uma novela, ou série ou até mesmo um filme, encarar novos personagens.
CE - Como concilia família e trabalho?
NO - Misturo trabalho com a família, já que minha mãe me acompanha desde pequena. Muitas vezes dividimos as tarefas, enquanto estou gravando, ela cuida das minhas redes sociais, ela faz os bastidores pra eu postar depois.
Ela é minha mãe, assistente, assessora pessoal, coach, tudo. E sempre vejo meus amigos no fim de semana, quando tenho uma pausa. Já tive que faltar alguns eventos, algumas festas, viagens, mas entendi que era por algo maior. Tive que ter essa responsabilidade, atuar sempre foi meu sonho e sempre soube que teria que abdicar de algumas coisas pra isso, e tudo bem. Me divertia de outras maneiras e também sempre tive muitos amigos no trabalho.
CE - Como será o seu fim de ano?
NO - Farei a mesma coisa do ano passado, que é alugar uma casa em Búzios com meus amigos, vai ser festa e curtição todos os dias, vamos aproveitar a praia, ficaremos uma semana por lá. Já estou animada para meu Ano Novo com esses amigos que são desde criança.