Correio B

Correio B+

Capa B+: Entrevista exclusiva com a premiada atriz Renata Brás

"A minha trajetória foi marcada por muita resiliência, luta e determinação"

Continue lendo...

Renata Brás está começando 2025 cheia de projetos. Ela retornou aos palcos dia 9 de janeiro com o sucesso “Brilho Eterno”, onde vive um triângulo amoroso com Reynaldo Gianecchini e Tainá Muller, em SP.

A peça, aliás, lhe rendeu o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz Coadjuvante de 2022. Na TV, a paulistana entra em fevereiro em “A Caverna Encantada”, no SBT, onde dará vida à divertida perua rica Úrsula.

No cinema, a artista estreia em março o longa “Uma advogada brilhante”, ao lado de Leandro Hassum. E, ainda este ano poderá ser vista dublando Lucy, a Bisnaguinha, na terceira temporada do desenho “Osmar – a primeira fatia de pão de forma”, na Nickelodeon.

Atriz, bailarina e cantora, Renata iniciou sua carreira artística profissionalmente ao integrar o grupo A Patotinha no início dos anos 90. Depois disso, trabalhou como assistente de palco de Silvio Santos e Gugu Liberato em diversos programas como “Viva a Noite” e “Domingo Legal”, no SBT.

Já e, seu primeiro trabalho como atriz foi no teatro com o sucesso “Splish Splash”, sob a direção de Wolf Maya, em 1993. Desde então, contabiliza dezenas de espetáculos no currículo, como  os musicais “Grease”, “Chicago”, “Hairspray” “Cabaret” e “Hebe – O musical”, onde interpretou Nair Bello.

Em três décadas de carreira, a atriz atuou na TV em projetos como o seriado “Meu Cunhado” e as novelas “Carrossel” e “Carinha de Anjo”. Mas ela ganhou projeção nacional em 2019 ao fazer o quadro conhecido como “A Ciumenta” em “A Praça é Nossa”. Por conta do sucesso no humorístico, a atriz levou a personagem para o teatro em 2022, assinando seu primeiro monólogo autoral chamado “A Ciumenta”, sob a direção de André Dias. 

Brás também trabalhou no cinema nos filmes “Os Parças 2”, “De Perto Ela Não é Normal” e “10 Horas para o Natal”. Já no streaming, atuou ao lado de Leandro Hassum: “Meu cunhado é um vampiro”, sucesso na Netflix.

Renata é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela fala sobre carreira, trabalhos e retorno aos palcos no mês de janeiro.

Renata Brás é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Nanda Farias - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves

CE - Renata você tem uma carreira vitoriosa de três décadas. Como você avalia sua trajetória, e como planeja sua carreira para os próximos 30 anos?
RB -
 São 30 anos como atriz e 32 dedicados ao meio artístico como um todo. Ao refletir sobre essa trajetória, percebo que ela foi marcada por muita resiliência, persistência, luta e determinação. Enfrentei inúmeros “nãos”, mas também recebi ótimos “sims”, que me proporcionaram trabalhos significativos e gratificantes. Ainda assim, sei que há muito a ser conquistado.

Nos próximos 30 anos, fazer bons personagens, fazer cinema e explorar ainda mais o universo do streaming. Peço a Deus oportunidades, pois elas são essenciais e entre meus maiores desejos está o de fazer uma vilã em novela, fazer outro monólogo no teatro e dessa vez um drama. Continuar minha missão, envelhecer fazendo arte.

CE - Você está prestes a entrar em A Caverna Encantada, no SBT. O que pode adiantar sobre Úrsula, sua personagem? E como foi fazer esse trabalho para o público infanto-juvenil?
RB - 
A Úrsula é divertida e ricaaaa! (Risos). É muito gratificante trabalhar para o público infantil e infantojuvenil. Eu adoro crianças! Inclusive, trabalhei em Carinha de Anjo e Carrossel no SBT, e foi uma experiência incrível.

Os fãs desse tipo de produção têm uma inocência e um brilho especial no olhar. O carinho é sincero e eu aprendo muito com elas. Quando estou perto delas, sinto como se voltasse a ser criança também. Com os atores mirins, costumo ser a “amiga adulta”, uma troca maravilhosa, especialmente pela energia que elas trazem. Amo esse público com todo o coração!

CE - Seu ano mal começou e já está cheia de projetos, como a reestreia da peça “Brilho Eterno”, em SP, onde você faz triângulo amoroso com Reynaldo Gianecchini e Tainá Muller, e que já lhe rendeu prêmio Bibi Ferreira em 2022. Como é retomar esse espetáculo agora? E como esse prêmio impactou na sua carreira?
RB -
Fazer “Brilho Eterno” em 22 foi muito especial. Eu gosto muito do filme, e esse foi um trabalho diferente desde o início. Começamos a ensaiar ainda na pandemia, com leituras online, e o processo demorou para acontecer. Além disso, eu já tinha vontade de trabalhar com o Gianni, porque quase fizemos “Cabaret” juntos, com a Cláudia Raia. Porém, na época, ele teve um imprevisto de saúde e precisou se ausentar.

Então, nos reencontramos agora, depois de 10 anos, em “Brilho Eterno”. Depois do prêmio, ganhou um gostinho especial, um reconhecimento que tornou tudo ainda mais marcante. Está sendo uma experiência muito enriquecedora. Trabalhar com o Jorge Farjalla também tem sido um grande aprendizado. Ele sabe exatamente o que quer e, além disso, é sempre estimulante trabalhar com novos diretores e em novas produções.

Meu Cunhado É Um Vampiro - Divulgação

CE - Pra esse ano você ainda vai lançar seu segundo filme ao lado de Leandro Hassum. O que pode falar desse longa? E como é refazer essa dobradinha com o humorista?
RB -
 Amo essa dobradinha! Tenho o maior prazer em trabalhar com o Lelê. Me divirto muito. Ele tem ideias rápidas, improvisa com facilidade e, quando precisa ser sério ele é. Ninguém imagina, né? Risos.

Então, fico sempre atenta, porque aprendo muito com ele. Espero que venham muitas outras parcerias como essa. E essa dobradinha também é com a Alê Machado, a mesma diretora de “Meu Cunhado é um Vampiro”, na Netflix. Em “Uma Advogada Brilhante” interpreto a MC MOne, uma funkeira já com muito sucesso e que vai ao tribunal porque plagiaram sua música.

CE - Você ganhou fama ao entrar para o grupo As Patotinhas na década de 1990. Como se descobriu cantora? Quais lembranças tem desse período? Pensa em retomar a carreira musical?
RB -
 A Patotinha foi um marco nos anos 80. Eu entrei no final dos anos 80, quase já nos 90, na segunda formação do grupo. Foi uma experiência muito legal. Na época, eu não tinha nenhuma experiência com canto e descobri no teste que podia cantar, que era afinada.

A partir disso comecei a estudar canto e fui ganhando experiência na prática, no palco e em programas de televisão, o que foi bem importante para o meu desenvolvimento. Depois, trabalhei em musicais renomados como ‘Grease”, “Chicago’, “Cabaret” e continuo cantando em alguns projetos. Tenho planos para a música também.

CE - Aliás, em que momento você decidiu se dedicar às artes cênicas e investir na carreira de atriz?
RB -
 Em 1993, fui fazer um teste para o musical “Splish Splash’, com direção do Wolf Maya. Na época, o teste era para coro e dança, corpo de baile. Mas ali surgiu uma oportunidade: o Wolf me testou para um papel e passei para interpretar Dayse, uma fofoqueira. Desde então, comecei a estudar artes cênicas e nunca mais parei.

Renata Brás - Divulgação

CE - Durante 4 anos você integrou o elenco de A praça é Nossa, no SBT, onde fazia o quadro A Ciumenta. Como foi essa experiência? Quais as vantagens e as desvantagens de fazer a mesma personagem por tanto tempo?
RB -
 Foi maravilhoso interpretar A Ciumenta. “A Praça” é um programa tradicional e, hoje, é o único de humor na TV aberta que permanece no ar há tantos anos. Aprendi muito ali. No começo, fiz elenco de apoio, escada para os humoristas com o Zé Bonitinho, o João Plenário, o Canarinho, o Golias. Aquilo foi uma verdadeira escola para a comédia e o humor. Até que, finalmente, tive o meu próprio quadro, A Ciumenta, que chamamos de “cabeça de quadro”.

Foi um aprendizado enorme e a personagem caiu no gosto popular. Até hoje, as pessoas me perguntam por que não estou mais lá. Parece que foram muitos anos fazendo A Ciumenta, mas nunca me cansei, porque o carinho do público é enorme. Eles pedem para eu voltar, perguntam se vou retomar a personagem. O mais legal é que esse público é muito bacana, sempre lembrando dos meus bordões e, às vezes, me reconhecendo. Isso é muito gratificante.

CE - Inclusive, você levou A Ciumenta pro teatro. Como foi essa oportunidade de dar continuidade a um trabalho iniciado na TV? E como é ser uma atriz que assume as rédeas da carreira e monta seus projetos?
RB -
 Sempre tive vontade de fazer um monólogo e, quando percebi o sucesso da personagem na TV, pensei: Por que não? Então, escrevi A Ciumenta para o teatro e foi uma das melhores coisas que fiz porque quando não estou em cartaz, é para o meu filho que eu corro. (Risos).

É importante para o ator ter seu próprio projeto e não ficar apenas esperando convites para trabalhos. Se autoproduzir não é nada fácil, mas me dediquei profundamente a isso e cresci muito com essa experiência. Já estou pensando em outros projetos próprios.

Em Brilho Eterno - Divulgação

CE - Você é uma atriz que transita bem entre o drama e o humor. Existe uma preferência?  
RB -
 Tenho feito muito mais comédia, mas não foi uma escolha. Aconteceu naturalmente. Se for para escolher, depende muito do meu astral e do momento da minha vida.

No momento, estou sentindo falta de fazer drama. Estou pensando nisso e direcionando minha energia para esse lado, mas jamais vou deixar a comédia. É muito bom rir de si mesma, fazer os outros rirem e se divertir enquanto trabalha.

CE - Renata Brás é crítica? Se assiste?
RB -
Ah, eu sou crítica, sim. Eu assisto. Quando eu gosto, eu fico feliz. Mas quando eu não gosto, eu falo: “Poxa, eu poderia ter feito melhor”. Às vezes, quando eu acabo de gravar uma cena, eu falo: “Caramba, eu poderia ter feito assim, assado”.

Mas acho que eu sou muito mais crítica quando eu estou fazendo drama. Eu me levo muito mais a sério. Na comédia, eu me jogo. Por isso que eu falo que tá mais na minha zona de conforto. Eu amo o que eu faço. Mas não tem como não ser crítica. A gente sempre tem que melhorar.

 

Correio B+

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

"Hoje meus melhores papéis são como pai, a paternidade mudou a minha forma de agir no mundo, estar em cena executando o dom que Deus me deu, ou no palco cantando, três paixões que são as missões da minha trajetória".

21/12/2025 15h30

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ator Bernanrdo Mesquita está completando 19 anos de carreira, e esta semana estreou como Caio Velanova na primeira novela vertical original do TikTok, gravada em São Paulo.

Bernardo vive a melhor fase de sua carreira, além de ser um pai exemplar que encanta nas redes sociais com tanto amor ao filho, e após passar o ano no ar como Arcanjo Miguel, em A Vida de Jó, na TV Record, ele topou o desafio de gravar sua primeira novela vertical original do TikTok, foram apenas 10 dias de gravação em São Paulo.

Com 80 episódios de 1 minuto, a produção traz uma narrativa ágil e divertida, reunindo Ana Beatriz Tavares, Lucas Moura, Raissa Shaddad, Ariel Moche e Lilian Blanc no elenco. “Esse convite surgiu através do Eduardo Pradela, que é um produtor de elenco bem renomado, junto com a diretora Yana Sardenberg, das maiores diretoras do mercado hoje, da nova geração. Fiquei super feliz, um formato totalmente diferente”, conta Bernardo.

Na trama, ele interpreta Caio Velanova, dono de uma empresa de joias, que precisa de uma esposa de aluguel para enganar o avô e convencê-lo de que vai se casar. “A história se desenrola com Caio pedindo a esposa de aluguel, que é a Isadora Sereno, personagem da Ana Beatriz Tavares. Ela também está precisando de dinheiro para pagar o hospital da avó. É bem divertido, e o público vai ter que acompanhar no TikTok”, explica o ator.

A experiência também foi marcante de ser dirigido por Yana.  “A Yana Sardenberg dirigiu muito bem, toda equipe de câmeras, direção de luz, fotografia, o elenco maravilhoso… foi incrível trabalhar com todos”, destaca.

Carioca e torcedor do Flamengo, Bernardo sempre foi comunicativo, mas a timidez marcou sua infância. Para superá-la, buscou cursos de interpretação e descobriu sua paixão pelo teatro na Casa da Gávea. Aperfeiçoou-se no Tablado e na CAL (Casa de Artes Laranjeiras), enquanto conquistava espaço em campanhas publicitárias, testes para teatro, musicais e novelas.

Seu primeiro grande papel na TV veio em 2007, como Adalberto Rangel na novela Duas Caras (Globo). Desde então, colecionou personagens marcantes, como Fred em Malhação (2011) e Micáias em O Rico e o Lázaro (2017), além de ter sido príncipe do filme Xuxa em O Fantástico Mistério de Feiurinha.

Além da televisão, Bernardo é apaixonado pelo teatro e participou de diversas peças e musicais, relembra com amor do musical  Uma Luz Cor de Luar, que atuou ao lado de Totia Meireles e Claudia Ohana, das maiores atrizes do país com direcao de Thiago Gimenes e Keila Fuke.

A paternidade, diz ele, foi uma transformação ainda maior. Pai de Bento, de 6 anos, Bernardo afirma: “Ser pai mudou a minha vida. Ser pai é acordar todos os dias sabendo que você é responsável por um ser humano. Tento sempre me tornar um ser humano melhor para que meu filho veja isso. Ele realmente transformou minha vida para melhor. Sempre.”

Bernardo é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ele fala sobre sua trajetória, estreia e o significado da paternidade.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - Como surgiu o convite para estrelar a primeira novela vertical original do TikTok e qual foi sua reação inicial ao ser apresentado a esse formato totalmente novo?
BM - 
A diretora , Yana Sademberg, que é a diretora do projeto, junto com o produtor de elenco Eduardo Pradela, me chamaram. Fiquei honrado. Já tínhamos feito alguns trabalhos juntos, e quando eles me chamaram explicando que seria a primeira novela vertical do TikTok. O processo foi intenso (gravamos 80 episódios), mas foi uma experiência linda, muito bacana de viver.

CE - Atuar em um formato tão inovador, com episódios de apenas 1 minuto te desafiou como ator?
BM -
 A correria foi o maior desafio. Gravamos 80 episódios em apenas 10 dias. Mas o segredo está no roteiro - cada minuto tem uma sacada que prende o espectador e faz a história avançar de forma natural. Mesmo com pouco tempo, a narrativa é envolvente, e isso ajuda muito no trabalho do ator.

CE - Você mencionou que acredita que esse formato “é o futuro”. Novelas verticais, filmes e series nos streamings como você vê esse novo mercado?
BM -
 Acho que esse é o futuro. Claro que o streaming e as novelas tradicionais não vão acabar, mas o formato vertical vai ganhar um espaço importante. É algo que traz mais oportunidades pra nós, atores. Acho superinteressante ver essa nova forma de contar histórias se consolidando.

CE - Ao mesmo tempo que estreia nessa semana na novela do TikTok, você estava  no ar como o Arcanjo Miguel em A Vida de Jó na Record como foi esse duplo processo?
BM - 
Foi novo pra mim, nunca tinha feito dois projetos ao mesmo tempo. Então o meu processo é me esvaziar totalmente de um personagem antes de entrar no outro. Tento deixar a composição anterior de lado pra começar do zero. Tem dado super certo, e estou animado pra ver o resultado nas telas.

CE - Você tem um quadro no seu instagram que você conversa com Deus, que viraliza, país todo republica e bate milhões de views, um galã falando de fé, qual sua relação com Deus?
BM - 
É o meu jeito de falar com Deus sem tocar em religião. Acho importante acordar e rezar, orar do seu jeito, independente da crença. O que importa é alimentar a espiritualidade. Sempre aprendi que, se você não cuida da sua fé, a matéria não funciona. Hoje eu sei disso, na prática. A fé me equilibra, me ancora e me lembra de quem eu sou.”

CE - Como surgiu o teatro na sua vida? Quando  confirmou que a atuação era seu caminho?
BM -
 Ainda adolescente, ja sabia que queria isso.  O teatro só potencializou o que eu já sentia dentro de mim. Eu era super tímido, e ele me ajudou a ficar mais desenvolto em tudo - na vida pessoal, na forma de me comunicar. É onde me sinto completo, meu dom, e uma permissão divina completar 19 anos desse oficio. Me formei na Casa da Gávea, no Tablado e na CAL .

CE - Como você sente que evoluiu como ator ao longo desses 19 anos?
BM
- Eu evoluí muito. A experiência e a maturidade fizeram toda a diferença, tanto profissional quanto pessoalmente. Depois que me tornei pai, senti ainda mais essa transformação. Me trouxe uma nova visão de mundo e acabou refletindo no meu trabalho também.

CE - De galã da Malhação até príncipe da Xuxa, hoje protagonista de uma novela vertical,  existe um tipo de personagem ou gênero que você ainda sonha em explorar?
BM
- Todos meus personagens até hoje foram mocinhos: príncipes, galas, bons moços… Tenho muita vontade de fazer um grande vilão. Uma produção nos streamings, no cinema.

CE - E seus seguidores ficam encantados em sua relação com seu filho, como chegou a paternidade para voce ainda tao jovem?
BM -
Meu filho é a luz da minha vida. Ele veio num momento complicado, mas transformador. Hoje, quero ser uma pessoa melhor a cada dia, para que isso também seja transformador na vida dele. Depois que o Bento nasceu, tudo mudou. A minha forma de ver o trabalho, as relações, a fé… Ele me trouxe uma noção muito forte de propósito.”

CE - Projetos 2026 para nos contar?
BM
- Que venham novos personagens, novos amores, muito trabalho e um sonho de protagonizar um grande musical da Broadway, cantar é um dos meus oficios, concilio com a atuação e no palco me sinto completo.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

 

Correio B+

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Sob a regência do Seis de Copas, a semana convida à celebração das memórias, dos afetos e dos reencontros que aquecem o coração. Permita-se viver esse clima de carinho e nostalgia. Boas Festas!

21/12/2025 14h00

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Esta é, sem dúvida, a época perfeita do ano para a energia do Seis de Copas. Vivemos o clima das festas de fim de ano, quando família e amigos se reúnem e as memórias ganham um brilho especial. Ancorada na harmonia e no equilíbrio do número seis e na sensibilidade emocional do naipe de Copas, essa carta é tradicionalmente vista como positiva e acolhedora.

O Seis de Copas fala sobre revisitar o passado com carinho, mergulhar na nostalgia e, sobretudo, estar presente para o outro. Afinal de contas, o que realmente importa na vida são os laços que construímos com amigos e família. Não se trata de bens ou posses, mas de criar boas memórias e ter consciência de como escolhemos viver e compartilhar nosso tempo.

Quando penso em lembranças marcantes das festas de fim de ano, é difícil escolher apenas uma. O que permanece mais vivo na memória não são os presentes, mas a alegria genuína de compartilhar nosso tempo e estarmos todos juntos em família nessas datas tão especiais.

O Seis de Copas nos convida a olhar para trás e recordar aquilo que verdadeiramente nos fez felizes. Muitas vezes, ao revisitar o passado, é comum fixarmo-nos apenas nos momentos difíceis... aqueles que, não raro, renderiam longas sessões de terapia. No entanto, quando observamos nossa história como um todo, percebemos que, ao lado dos desafios, também existiram fases de alegria, leveza e esperança no futuro.

O Seis de Copas celebra a bondade, a generosidade e a simplicidade do afeto. Ele nos convida a valorizar o que realmente importa: o amor, a partilha e os gestos gentis que dão sentido à vida. Sua lição é clara: viver com mais delicadeza transforma não só a nós, mas também quem está ao nosso redor.

Em um plano mais profundo, essa carta fala de enraizamento e pertencimento. Evoca família, ancestralidade e a consciência de onde viemos, convidando-nos a refletir sobre como essas raízes moldam quem somos hoje. Seja em um lugar, em uma tradição ou em uma linhagem, o Seis de Copas nos chama a reconhecer e honrar aquilo que nos sustenta.

Na imagem do Seis de Copas, as crianças representam uma memória afetiva feliz. A menina recebe flores, símbolo de beleza, afeto e prazer simples. Jardins e flores evocam para ela sentimentos de acolhimento e contentamento; são a expressão de um sonho de futuro que nasce justamente dessa lembrança: uma casa, um quintal, um jardim onde a vida possa florescer. As crianças brincam em um espaço protegido, cercadas por segurança. Ao fundo, um guarda vigia silenciosamente, assegurando que nada interrompa esse momento de inocência. Um grande escudo reforça essa sensação de proteção.

Tudo nessa cena indica que as necessidades básicas estão plenamente atendidas. Por isso, essas crianças podem ser criativas, rir, crescer e confiar na vida. As flores que brotam dos vasos mostram que tudo prospera em um ambiente de cuidado e segurança. Elas encaram o futuro com otimismo, acreditando que ele pode ser tão feliz quanto o presente.

Quando nossas necessidades essenciais — abrigo, alimentação, segurança — estão supridas, tornamo-nos capazes de prosperar emocionalmente. É nesse espaço que a autoestima se desenvolve e que podemos voltar a olhar para os sonhos e desejos que cultivávamos na juventude. Na vida adulta, nossa principal responsabilidade é garantir essa base. A partir dela, torna-se possível direcionar energia para aquilo que realmente nos traz realização..

Muitas pessoas, porém, se perdem nesse processo. Mesmo depois de atender às próprias necessidades, continuam presas à busca incessante por mais segurança, mais dinheiro, mais controle. Não conseguem se desligar do trabalho, nem encontrar espaço para o prazer simples de uma tarde livre. Aos poucos, passam a se identificar mais com a segurança material do que com a criança que brinca no jardim. A criança interior é esquecida e, com ela, suas esperanças e desejos mais genuínos.

Se hoje você já construiu uma base segura, o Seis de Copas convida a um retorno essencial: revisitar as partes esquecidas de si mesmo. Seus sonhos ainda podem florescer, mas antes é preciso lembrar que eles existem. Revisite os momentos mais felizes da sua vida e observe as pistas que eles oferecem sobre o futuro que você deseja criar.

Conhecida como a carta da nostalgia, ela encontra ressonância perfeita no Natal e nas festas de fim de ano. Não por acaso, rege esta semana. Nesse período, é quase impossível não ser tocado por memórias afetivas evocadas por músicas, aromas, sabores e sensações que permeiam as celebrações entre familiares e amigos.

Essa carta frequentemente fala da nossa ligação com a família, os avós e até com os ancestrais. Ela nos convida a refletir sobre o lugar de onde viemos e sobre a relação que mantemos com essa origem hoje.

Preservamos e honramos nossas raízes nos gestos simples que atravessam o tempo: ao repetir a receita de rabanada que passa de geração em geração, ao folhear fotos antigas que guardam histórias de quem veio antes, ao montar a mesma decoração de Natal que sempre ocupou um lugar especial na casa. São rituais aparentemente pequenos, mas carregados de afeto, que mantêm viva a memória, fortalecem o sentimento de pertencimento e nos lembram de quem somos e de onde viemos.

O Seis de Copas também fala de cura por meio da lembrança. Revisitar o passado não significa ficar preso a ele, mas sim resgatar o que houve de verdadeiro, afetuoso e essencial. Sua vibração é gentil e restauradora, lembrando-nos de que conforto, ternura e familiaridade podem ser guias preciosos enquanto seguimos adiante.

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Não é de se espantar que, ao vivenciarmos a energia deste arcano, situações e pessoas do passado queiram retornar. Pode ser uma relação antiga, um reencontro inesperado ou a reaproximação de alguém de quem você estava afastado há algum tempo: amigos da escola, da infância ou antigos colegas de trabalho com quem havia afinidade. O Seis de Copas é a carta dos reencontros e das reconciliações, mas também do resgate de atividades, interesses ou até caminhos profissionais que um dia trouxeram alegria.

E você, de que forma a energia do Seis de Copas tem se manifestado na sua vida ultimamente?

Seis de Copas no Amor

Novo relacionamento

Há uma sensação imediata de familiaridade, como se vocês já se conhecessem há muito tempo. A conexão flui com naturalidade, marcada por afinidade emocional, memórias semelhantes ou até uma impressão de laço de outras vidas.

Parceria de longo prazo

Esta carta convida a resgatar momentos felizes do passado. Se o entusiasmo diminuiu, revisitar lugares ou experiências marcantes pode reacender a conexão.

Em busca de romance

Para quem está solteiro, o Seis de Copas alerta para apegos ao passado que podem estar bloqueando o novo. Quando um amor antigo ainda ocupa espaço no coração, torna-se difícil acolher alguém diferente. Talvez seja o momento de liberar esse vínculo e abrir-se ao que vem.

Seis de Copas no trabalho

No trabalho, o Seis de Copas pode indicar o retorno de oportunidades do passado, como um convite para colaborar novamente com antigos colegas, voltar a uma área em que você já foi feliz ou resgatar talentos e habilidades que haviam sido deixados de lado. Também sugere um ambiente profissional mais harmonioso, baseado na confiança, no apoio mútuo e em relações construídas ao longo do tempo. Em alguns casos, aponta para a valorização da experiência adquirida e para a sensação de “estar em casa” no que se faz.

Seis de Copas nas finanças

Nas finanças, o Seis de Copas fala de estabilidade ligada à simplicidade e ao uso consciente dos recursos. Pode representar ajuda financeira vinda de alguém do passado, um investimento que começa a dar retorno ou escolhas baseadas em valores afetivos, e não apenas materiais. Essa carta lembra que segurança também vem do equilíbrio e da gratidão, incentivando uma relação mais saudável e generosa com o dinheiro.

Nosso passado é parte do nosso legado, e a energia do Seis de Copas o envolve como flores que desabrocham na brisa da primavera. A vida se abre agora em oportunidades de crescimento e expansão, convidando você a revisitar capítulos antigos como quem relê um livro querido — não para permanecer ali, mas para compreender o quanto já floresceu. E, às vésperas do Ano Novo, fica a pergunta essencial: que novo capítulo você está pronto para escrever no livro da sua vida?

Há dias em que o coração desperta voltado para o que foi simples, verdadeiro e afetuoso. Talvez seja exatamente isso que Clarice Lispector traduziu tão bem ao dizer: “Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.” Que essa nostalgia seja um convite para viver, no agora, aquilo que já fez a sua alma sorrir.

Uma ótima semana, boas festas e muita luz!

Ana Cristina Paixão

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).