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Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator português sucesso na novela "Fuzuê" Pedro Carvalho

"Já tinha feito alguns vilões, mas no Brasil falando português do país foi minha estreia".

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O ator e arquiteto Pedro Carvalho tem 38 anos de vida e 20 de carreira. Ele estreou na TV portuguesa ainda adolescente e seguiu emendando trabalhos em sua terra natal. No Brasil, ele fez sua estreias em novela como o protagonista de Escrava Mãe, na Record, trama escrita por Gustavo Reiz, com quem volta a trabalhar agora na Globo em Fuzuê.

"Foi a convite do autor Gustavo Reiz, o mesmo autor de Fuzuê, no ar atualmente, onde interpreto o vilão Rui Sodré. Na época eu tinha protagonizado uma novela em Portugal, que foi muito bem. Ganhei dos prêmios consecutivos de melhor ator e isso chamou a atenção da Record, que na época estava procurando um ator para protagonizar a trama. Viram meu material e aconteceu o convite", relembra ele. 

Na emissora carioca, ele destacou-se como um vilão em O Outro Lado do Paraíso e caiu nas graças do público como o bem-humorado confeiteiro Abel de A Dona do Pedaço, de Walcyr Carrasco.

"Sempre tive o desejo de carreira internacional. A ideia inicial era era começar pelo mercado espanhol, porque falo a língua fluente. Estudei no Corazza, escola de atores do Javier Bardem, em Madri. Mas o destino colocou o Brasil primeiro no meu caminho e hoje sou muito agradecido. São quase 8 anos entre lá e cá. Amo essa vida de    ‘caixeiro viajante‘. Gravando trabalhos aqui e outros lá (em Portugal). Me sinto muito realizado com a trajetória construída no Brasil", explica.

No cinema, esteve no elenco de O Segundo Homem. O ator também pinta e é arquiteto. Em Portugal, ele abriu um hotel que administra à distância com a ajuda de aplicativos para limpeza, check-in e check-out.

Pedro é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela fala sobre sua vinda ao Brasil, personagens, amigos e negócios.

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CE - Pedro, você começou sua carreira em sua terra natal, em sua trajetória em Portugal nos conte um pouco dela.
PC -
 Atuar sempre foi minha vontade, cresci assistindo novelas. Meu desejo sempre foi ser ator, mas não sabia como iria dizer isso para a minha família. No início não foi fácil, fazia aulas de teatro escondido. Mas no segundo ano de tablado, os convites começaram a surgir e não deu mais para esconder. Venho de uma família numerosa e sou o único ator.

Entendo a reação deles. Mas ao longo do tempo, perceberam que o caminho estava dando certo e o apoio foi incondicional. Tenho muito orgulho da história em que construí em Portugal.  Já são quase 20 anos de carreira, 18 novelas, filmes, séries, peças de teatro. Tenho uma carreira estabilizada. Termino um projeto e já existem outros para iniciar. Posso, inclusive, me dar ao luxo de escolher o que quero fazer, o que faz mais sentido para mim. 

CE - O que trouxe você ao Brasil? Há quanto tempo mora aqui?
PC -
 Sempre tive o desejo de carreira internacional. A ideia inicial era era começar pelo mercado espanhol, porque falo a língua fluente. Estudei no Corazza, escola de atores do Javier Bardem, em Madri. Mas o destino colocou o Brasil primeiro no meu caminho e hoje sou muito agradecido. São quase 8 anos entre lá e cá. Amo essa vida de    ‘caixeiro viajante‘. Gravando trabalhos aqui e outros lá (em Portugal). Me sinto muito realizado com a trajetória construída no Brasil. 

CE - Como surgiu a oportunidade de fazer Escrava Mãe?
PC -
 Foi a convite do autor Gustavo Reiz, o mesmo autor de Fuzuê, no ar atualmente, onde interpreto o vilão Rui Sodré. Na época eu tinha protagonizado uma novela em Portugal, que foi muito bem. Ganhei dos prêmios consecutivos de melhor ator e isso chamou a atenção da Record, que na época estava procurando um ator para protagonizar a trama. Viram meu material e aconteceu o convite. 

Pedro em Escrava Mãe - Foto: Divulgação

CE - Como se sentiu em sua estreia no Brasil?
PC -
Um recomeço. Um sonho realizado, mas também com uma sensação de grande responsabilidade. Cresci vendo as novelas brasileiras, que têm um mercado muito forte em Portugal. Apesar da minha experiência, foi um outro ambiente, outras pessoas. Mas fui recebido com muito carinho. Em pouco tempo já me sentia em casa. No Brasil construí uma grande família. Meu coração é dividido entre Portugal e Brasil. 

CE - Como foi e é trabalhar com Gustavo Reiz?
PC -
 Incrível! Virou um grande amigo. Tenho uma grande admiração profissional por ele. Temos um diálogo aberto. É alguém em que confio de olhos fechados. 

CE - Fale um pouco de seu personagem em Fuzuê...
PC -
 Uma delícia, um desafio! Já tinha feito alguns vilões no horário das 19h, das 20h, em série, cinema e teatro, em Portugal. Mas interpretar um vilão falando o português do Brasil foi uma estreia. Sem contar que o Rui Sodré tem uma pegada diferente, tem este tom de espertalhão, um toque de um Jack Sparow de Os Piratas das Caribe. Abusado e sem escrúpulos. Está sendo muito gratificante e um grande aprendizado como ator. É muito bom poder interpretar um personagem que nada tem a ver com você. Diferente do Rui, eu não conseguiria nem roubar um chocolate no mercado (risos).

                                     O Outro Lado do Paraíso - Divulgação

CE - E como foi a construção de Abel em A Dona do Pedaço?
PC -
 Além das diretrizes do Walcyr Carrasco, que me deram muita base, tive como inspiração um ex-Big Brother de Portugal, que era boleiro também, fazia academia e tinha essa pegada de ingenuidade. Também me inspirei no Chaves. Não conhecia , mas achei genial a maneira como os atores se movimentavam em cena e peguei isso para o Abel.  

CE - Como foi trabalhar com Walcyr Carrasco?
PC - 
Uma aula! Ele é um mestre! Um dos melhores autores da TV. As obras dele serão eternizadas. Além de um excelente profissional, é de uma humanidade ímpar! Educado, generoso... Foi um grande prazer trabalhar com ele. 

CE - Fale um pouco de O Segundo Homem...
PC -
 Estreou há pouco tempo e já está com uma ótima repercussão. Foi um projeto que eu amei fazer. Curiosamente o personagem se chama Rui também e é um legionário estrangeiro, um assassino que vai estar envolvido na história de uma forma crucial. O processo de composição desse personagem foi muito intenso e o diretor Thiago Luciano nos deu uma grande liberdade criativa.

Pedro em A Dona do Pedaço - Divulgação

CE - Quem inspira você no Brasil?
PC -
O Brasil é muito rico em atores. Temos excelentes profissionais. Tenho muitos, mas falarei dos clássicos, que estão no topo da minha admiração: Tony Ramos. É incrível como ele transita com tanta perfeição em todas as atmosferas da dramaturgia. Um gênio!

CE - O que mais gosta no país?
PC - 
O acolhimento, este clima tropical. A maneira como recebem os desconhecidos. Esta característica de introduzir quem chega e a constante sensação de uma grande família. Sou completamente encantado pelo Brasil. 

CE - O que mais gosta na carreira de ator?
PC -
 Os desafios de cada projeto. É incrível a possibilidade de poder viver várias vidas, várias personalidades. O entusiasmo de ler uma sinopse boa e já imaginar os caminhos para compor, é incrível e de um prazer imensurável. Sou pintor, arquiteto, mas atuar é realmente a minha paixão. 

                      Pedro com brasileiros em Portugal - Divulgação

CE - E o seu lado pintor e arquiteto?
PC -
 Sempre desenhei , desde que me conheço por gente. O desenho é a extensão do meu braço. Algo natural e orgânico. É uma maneira de expressar emoção. E a arquitetura também tem esta vertente. Tem a ver com criação, renovação.

O meu hotel boutique se chama ‘Embaixador Apartment’s & Suites’. Todos os apartamentos têm a minha assinatura na arquitetura e no design e são todos inspirados nos típicos apartamentos de Portugal, uns com um estilo mais romântico, outros mais vintage, outros mais clássicos apartamentos para famílias maiores. Eu fiz mestrado em Arquitectura, paralelamente à formação em Artes Cénicas na escola de Teatro em Lisboa e Madrid e a parte de gestão empresarial e criação de negócio sempre foi algo que me fascinou.

CE - E o seu hotel em Portugal, como concilia?
PC -
 Quando montei este meu hotel boutique em Lisboa, criei um sistema i-tech e montei um negócio que se adaptasse à minha vida que é sempre entre ‘cá’ (Brasil) e ‘lá’ (Portugal), tenho um software bem completo no meu celular e consigo administrar o negócio à distância, abrir portas, falar com os hóspedes, controlar equipe de limpeza, mexer em preços…

Resumidamente é um conjunto de vários programas que se articulam entre eles e que me permitem fazer tudo isso, sem ser necessário ter uma equipe. Na verdade, a equipe sou apenas eu e a empresa de limpeza que está conectada a este ‘Channel Manager’ e que consegue ver os check-in’s e check-out’s e as demandas/necessidades dos hóspedes para providenciar a limpeza dos apartamentos.

Pedro em entrevista - Divulgação

CE - Como é ser considerado galã?
PC -
 Recebo com muito carinho com este título, mas não me envaidece. Essa coisa de ser galã tem muito a ver com o trabalho momentâneo. O ator precisa estar disponível para o que vier. Não me apego a isso. Se este título se for no momento em que eu precisar descontruir esta imagem para um novo papel, não irá me chatear, por exemplo. Mas recebo todas estas manifestações com muita gratidão e amor. 

CE - Projetos para 2024?
PC -
 Tem muita coisa boa para acontecer. Estou estudando novas propostas, mas ainda não posso falar muito.

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Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

"Hoje meus melhores papéis são como pai, a paternidade mudou a minha forma de agir no mundo, estar em cena executando o dom que Deus me deu, ou no palco cantando, três paixões que são as missões da minha trajetória".

21/12/2025 15h30

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita Foto: Divulgação

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O ator Bernanrdo Mesquita está completando 19 anos de carreira, e esta semana estreou como Caio Velanova na primeira novela vertical original do TikTok, gravada em São Paulo.

Bernardo vive a melhor fase de sua carreira, além de ser um pai exemplar que encanta nas redes sociais com tanto amor ao filho, e após passar o ano no ar como Arcanjo Miguel, em A Vida de Jó, na TV Record, ele topou o desafio de gravar sua primeira novela vertical original do TikTok, foram apenas 10 dias de gravação em São Paulo.

Com 80 episódios de 1 minuto, a produção traz uma narrativa ágil e divertida, reunindo Ana Beatriz Tavares, Lucas Moura, Raissa Shaddad, Ariel Moche e Lilian Blanc no elenco. “Esse convite surgiu através do Eduardo Pradela, que é um produtor de elenco bem renomado, junto com a diretora Yana Sardenberg, das maiores diretoras do mercado hoje, da nova geração. Fiquei super feliz, um formato totalmente diferente”, conta Bernardo.

Na trama, ele interpreta Caio Velanova, dono de uma empresa de joias, que precisa de uma esposa de aluguel para enganar o avô e convencê-lo de que vai se casar. “A história se desenrola com Caio pedindo a esposa de aluguel, que é a Isadora Sereno, personagem da Ana Beatriz Tavares. Ela também está precisando de dinheiro para pagar o hospital da avó. É bem divertido, e o público vai ter que acompanhar no TikTok”, explica o ator.

A experiência também foi marcante de ser dirigido por Yana.  “A Yana Sardenberg dirigiu muito bem, toda equipe de câmeras, direção de luz, fotografia, o elenco maravilhoso… foi incrível trabalhar com todos”, destaca.

Carioca e torcedor do Flamengo, Bernardo sempre foi comunicativo, mas a timidez marcou sua infância. Para superá-la, buscou cursos de interpretação e descobriu sua paixão pelo teatro na Casa da Gávea. Aperfeiçoou-se no Tablado e na CAL (Casa de Artes Laranjeiras), enquanto conquistava espaço em campanhas publicitárias, testes para teatro, musicais e novelas.

Seu primeiro grande papel na TV veio em 2007, como Adalberto Rangel na novela Duas Caras (Globo). Desde então, colecionou personagens marcantes, como Fred em Malhação (2011) e Micáias em O Rico e o Lázaro (2017), além de ter sido príncipe do filme Xuxa em O Fantástico Mistério de Feiurinha.

Além da televisão, Bernardo é apaixonado pelo teatro e participou de diversas peças e musicais, relembra com amor do musical  Uma Luz Cor de Luar, que atuou ao lado de Totia Meireles e Claudia Ohana, das maiores atrizes do país com direcao de Thiago Gimenes e Keila Fuke.

A paternidade, diz ele, foi uma transformação ainda maior. Pai de Bento, de 6 anos, Bernardo afirma: “Ser pai mudou a minha vida. Ser pai é acordar todos os dias sabendo que você é responsável por um ser humano. Tento sempre me tornar um ser humano melhor para que meu filho veja isso. Ele realmente transformou minha vida para melhor. Sempre.”

Bernardo é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ele fala sobre sua trajetória, estreia e o significado da paternidade.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - Como surgiu o convite para estrelar a primeira novela vertical original do TikTok e qual foi sua reação inicial ao ser apresentado a esse formato totalmente novo?
BM - 
A diretora , Yana Sademberg, que é a diretora do projeto, junto com o produtor de elenco Eduardo Pradela, me chamaram. Fiquei honrado. Já tínhamos feito alguns trabalhos juntos, e quando eles me chamaram explicando que seria a primeira novela vertical do TikTok. O processo foi intenso (gravamos 80 episódios), mas foi uma experiência linda, muito bacana de viver.

CE - Atuar em um formato tão inovador, com episódios de apenas 1 minuto te desafiou como ator?
BM -
 A correria foi o maior desafio. Gravamos 80 episódios em apenas 10 dias. Mas o segredo está no roteiro - cada minuto tem uma sacada que prende o espectador e faz a história avançar de forma natural. Mesmo com pouco tempo, a narrativa é envolvente, e isso ajuda muito no trabalho do ator.

CE - Você mencionou que acredita que esse formato “é o futuro”. Novelas verticais, filmes e series nos streamings como você vê esse novo mercado?
BM -
 Acho que esse é o futuro. Claro que o streaming e as novelas tradicionais não vão acabar, mas o formato vertical vai ganhar um espaço importante. É algo que traz mais oportunidades pra nós, atores. Acho superinteressante ver essa nova forma de contar histórias se consolidando.

CE - Ao mesmo tempo que estreia nessa semana na novela do TikTok, você estava  no ar como o Arcanjo Miguel em A Vida de Jó na Record como foi esse duplo processo?
BM - 
Foi novo pra mim, nunca tinha feito dois projetos ao mesmo tempo. Então o meu processo é me esvaziar totalmente de um personagem antes de entrar no outro. Tento deixar a composição anterior de lado pra começar do zero. Tem dado super certo, e estou animado pra ver o resultado nas telas.

CE - Você tem um quadro no seu instagram que você conversa com Deus, que viraliza, país todo republica e bate milhões de views, um galã falando de fé, qual sua relação com Deus?
BM - 
É o meu jeito de falar com Deus sem tocar em religião. Acho importante acordar e rezar, orar do seu jeito, independente da crença. O que importa é alimentar a espiritualidade. Sempre aprendi que, se você não cuida da sua fé, a matéria não funciona. Hoje eu sei disso, na prática. A fé me equilibra, me ancora e me lembra de quem eu sou.”

CE - Como surgiu o teatro na sua vida? Quando  confirmou que a atuação era seu caminho?
BM -
 Ainda adolescente, ja sabia que queria isso.  O teatro só potencializou o que eu já sentia dentro de mim. Eu era super tímido, e ele me ajudou a ficar mais desenvolto em tudo - na vida pessoal, na forma de me comunicar. É onde me sinto completo, meu dom, e uma permissão divina completar 19 anos desse oficio. Me formei na Casa da Gávea, no Tablado e na CAL .

CE - Como você sente que evoluiu como ator ao longo desses 19 anos?
BM
- Eu evoluí muito. A experiência e a maturidade fizeram toda a diferença, tanto profissional quanto pessoalmente. Depois que me tornei pai, senti ainda mais essa transformação. Me trouxe uma nova visão de mundo e acabou refletindo no meu trabalho também.

CE - De galã da Malhação até príncipe da Xuxa, hoje protagonista de uma novela vertical,  existe um tipo de personagem ou gênero que você ainda sonha em explorar?
BM
- Todos meus personagens até hoje foram mocinhos: príncipes, galas, bons moços… Tenho muita vontade de fazer um grande vilão. Uma produção nos streamings, no cinema.

CE - E seus seguidores ficam encantados em sua relação com seu filho, como chegou a paternidade para voce ainda tao jovem?
BM -
Meu filho é a luz da minha vida. Ele veio num momento complicado, mas transformador. Hoje, quero ser uma pessoa melhor a cada dia, para que isso também seja transformador na vida dele. Depois que o Bento nasceu, tudo mudou. A minha forma de ver o trabalho, as relações, a fé… Ele me trouxe uma noção muito forte de propósito.”

CE - Projetos 2026 para nos contar?
BM
- Que venham novos personagens, novos amores, muito trabalho e um sonho de protagonizar um grande musical da Broadway, cantar é um dos meus oficios, concilio com a atuação e no palco me sinto completo.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

 

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Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Sob a regência do Seis de Copas, a semana convida à celebração das memórias, dos afetos e dos reencontros que aquecem o coração. Permita-se viver esse clima de carinho e nostalgia. Boas Festas!

21/12/2025 14h00

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração Foto: Divulgação

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Esta é, sem dúvida, a época perfeita do ano para a energia do Seis de Copas. Vivemos o clima das festas de fim de ano, quando família e amigos se reúnem e as memórias ganham um brilho especial. Ancorada na harmonia e no equilíbrio do número seis e na sensibilidade emocional do naipe de Copas, essa carta é tradicionalmente vista como positiva e acolhedora.

O Seis de Copas fala sobre revisitar o passado com carinho, mergulhar na nostalgia e, sobretudo, estar presente para o outro. Afinal de contas, o que realmente importa na vida são os laços que construímos com amigos e família. Não se trata de bens ou posses, mas de criar boas memórias e ter consciência de como escolhemos viver e compartilhar nosso tempo.

Quando penso em lembranças marcantes das festas de fim de ano, é difícil escolher apenas uma. O que permanece mais vivo na memória não são os presentes, mas a alegria genuína de compartilhar nosso tempo e estarmos todos juntos em família nessas datas tão especiais.

O Seis de Copas nos convida a olhar para trás e recordar aquilo que verdadeiramente nos fez felizes. Muitas vezes, ao revisitar o passado, é comum fixarmo-nos apenas nos momentos difíceis... aqueles que, não raro, renderiam longas sessões de terapia. No entanto, quando observamos nossa história como um todo, percebemos que, ao lado dos desafios, também existiram fases de alegria, leveza e esperança no futuro.

O Seis de Copas celebra a bondade, a generosidade e a simplicidade do afeto. Ele nos convida a valorizar o que realmente importa: o amor, a partilha e os gestos gentis que dão sentido à vida. Sua lição é clara: viver com mais delicadeza transforma não só a nós, mas também quem está ao nosso redor.

Em um plano mais profundo, essa carta fala de enraizamento e pertencimento. Evoca família, ancestralidade e a consciência de onde viemos, convidando-nos a refletir sobre como essas raízes moldam quem somos hoje. Seja em um lugar, em uma tradição ou em uma linhagem, o Seis de Copas nos chama a reconhecer e honrar aquilo que nos sustenta.

Na imagem do Seis de Copas, as crianças representam uma memória afetiva feliz. A menina recebe flores, símbolo de beleza, afeto e prazer simples. Jardins e flores evocam para ela sentimentos de acolhimento e contentamento; são a expressão de um sonho de futuro que nasce justamente dessa lembrança: uma casa, um quintal, um jardim onde a vida possa florescer. As crianças brincam em um espaço protegido, cercadas por segurança. Ao fundo, um guarda vigia silenciosamente, assegurando que nada interrompa esse momento de inocência. Um grande escudo reforça essa sensação de proteção.

Tudo nessa cena indica que as necessidades básicas estão plenamente atendidas. Por isso, essas crianças podem ser criativas, rir, crescer e confiar na vida. As flores que brotam dos vasos mostram que tudo prospera em um ambiente de cuidado e segurança. Elas encaram o futuro com otimismo, acreditando que ele pode ser tão feliz quanto o presente.

Quando nossas necessidades essenciais — abrigo, alimentação, segurança — estão supridas, tornamo-nos capazes de prosperar emocionalmente. É nesse espaço que a autoestima se desenvolve e que podemos voltar a olhar para os sonhos e desejos que cultivávamos na juventude. Na vida adulta, nossa principal responsabilidade é garantir essa base. A partir dela, torna-se possível direcionar energia para aquilo que realmente nos traz realização..

Muitas pessoas, porém, se perdem nesse processo. Mesmo depois de atender às próprias necessidades, continuam presas à busca incessante por mais segurança, mais dinheiro, mais controle. Não conseguem se desligar do trabalho, nem encontrar espaço para o prazer simples de uma tarde livre. Aos poucos, passam a se identificar mais com a segurança material do que com a criança que brinca no jardim. A criança interior é esquecida e, com ela, suas esperanças e desejos mais genuínos.

Se hoje você já construiu uma base segura, o Seis de Copas convida a um retorno essencial: revisitar as partes esquecidas de si mesmo. Seus sonhos ainda podem florescer, mas antes é preciso lembrar que eles existem. Revisite os momentos mais felizes da sua vida e observe as pistas que eles oferecem sobre o futuro que você deseja criar.

Conhecida como a carta da nostalgia, ela encontra ressonância perfeita no Natal e nas festas de fim de ano. Não por acaso, rege esta semana. Nesse período, é quase impossível não ser tocado por memórias afetivas evocadas por músicas, aromas, sabores e sensações que permeiam as celebrações entre familiares e amigos.

Essa carta frequentemente fala da nossa ligação com a família, os avós e até com os ancestrais. Ela nos convida a refletir sobre o lugar de onde viemos e sobre a relação que mantemos com essa origem hoje.

Preservamos e honramos nossas raízes nos gestos simples que atravessam o tempo: ao repetir a receita de rabanada que passa de geração em geração, ao folhear fotos antigas que guardam histórias de quem veio antes, ao montar a mesma decoração de Natal que sempre ocupou um lugar especial na casa. São rituais aparentemente pequenos, mas carregados de afeto, que mantêm viva a memória, fortalecem o sentimento de pertencimento e nos lembram de quem somos e de onde viemos.

O Seis de Copas também fala de cura por meio da lembrança. Revisitar o passado não significa ficar preso a ele, mas sim resgatar o que houve de verdadeiro, afetuoso e essencial. Sua vibração é gentil e restauradora, lembrando-nos de que conforto, ternura e familiaridade podem ser guias preciosos enquanto seguimos adiante.

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Não é de se espantar que, ao vivenciarmos a energia deste arcano, situações e pessoas do passado queiram retornar. Pode ser uma relação antiga, um reencontro inesperado ou a reaproximação de alguém de quem você estava afastado há algum tempo: amigos da escola, da infância ou antigos colegas de trabalho com quem havia afinidade. O Seis de Copas é a carta dos reencontros e das reconciliações, mas também do resgate de atividades, interesses ou até caminhos profissionais que um dia trouxeram alegria.

E você, de que forma a energia do Seis de Copas tem se manifestado na sua vida ultimamente?

Seis de Copas no Amor

Novo relacionamento

Há uma sensação imediata de familiaridade, como se vocês já se conhecessem há muito tempo. A conexão flui com naturalidade, marcada por afinidade emocional, memórias semelhantes ou até uma impressão de laço de outras vidas.

Parceria de longo prazo

Esta carta convida a resgatar momentos felizes do passado. Se o entusiasmo diminuiu, revisitar lugares ou experiências marcantes pode reacender a conexão.

Em busca de romance

Para quem está solteiro, o Seis de Copas alerta para apegos ao passado que podem estar bloqueando o novo. Quando um amor antigo ainda ocupa espaço no coração, torna-se difícil acolher alguém diferente. Talvez seja o momento de liberar esse vínculo e abrir-se ao que vem.

Seis de Copas no trabalho

No trabalho, o Seis de Copas pode indicar o retorno de oportunidades do passado, como um convite para colaborar novamente com antigos colegas, voltar a uma área em que você já foi feliz ou resgatar talentos e habilidades que haviam sido deixados de lado. Também sugere um ambiente profissional mais harmonioso, baseado na confiança, no apoio mútuo e em relações construídas ao longo do tempo. Em alguns casos, aponta para a valorização da experiência adquirida e para a sensação de “estar em casa” no que se faz.

Seis de Copas nas finanças

Nas finanças, o Seis de Copas fala de estabilidade ligada à simplicidade e ao uso consciente dos recursos. Pode representar ajuda financeira vinda de alguém do passado, um investimento que começa a dar retorno ou escolhas baseadas em valores afetivos, e não apenas materiais. Essa carta lembra que segurança também vem do equilíbrio e da gratidão, incentivando uma relação mais saudável e generosa com o dinheiro.

Nosso passado é parte do nosso legado, e a energia do Seis de Copas o envolve como flores que desabrocham na brisa da primavera. A vida se abre agora em oportunidades de crescimento e expansão, convidando você a revisitar capítulos antigos como quem relê um livro querido — não para permanecer ali, mas para compreender o quanto já floresceu. E, às vésperas do Ano Novo, fica a pergunta essencial: que novo capítulo você está pronto para escrever no livro da sua vida?

Há dias em que o coração desperta voltado para o que foi simples, verdadeiro e afetuoso. Talvez seja exatamente isso que Clarice Lispector traduziu tão bem ao dizer: “Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.” Que essa nostalgia seja um convite para viver, no agora, aquilo que já fez a sua alma sorrir.

Uma ótima semana, boas festas e muita luz!

Ana Cristina Paixão

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