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Capa B+: Entrevista exclusiva com o músico e ator Gabriel Sater indicado ao Grammy Latino 2024

"O Grammy são anos de trabalho. Ser indicado duas vezes consecutivas, foi ainda mais emocionante. O álbum 'Faróis do Sertão' merecia muito!"

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Gabriel Sater é um artista bastante conhecido por aqui no Correio do Estado, especialmente no Correio B+, aliás em todo o mundo. Seu talento e generosidade são indiscutíveis para todos que o conhecem.

Gabriel é cantor, compositor, instrumentista, produtor musical e ator. Todos sabem que ele é filho do grande violeiro Almir Sater, de quem Gabriel herdou não só o sobrenome, mas o talento do pai.

O premiado artista usa como inspiração a convivência desde a infância com a família absolutamente musical e com nomes como Renato Teixeira, Sergio Reis, Família Espíndola, Paulo Simões, Guilherme Rondon e Dino Rocha.

Nesta semana no B+, Gabriel conversou com a gente sobre a seu novo álbum “Faróis do Sertão”, indicado ao GRAMMY Latino 2024. Melhor Álbum de Música Raízes em Língua Portuguesa.  

"O álbum é fruto de um trabalho em conjunto com Paula Cunha, João Gaspar...
Foi algo que nasceu após o meu penúltimo álbum, o 'Erva Doce', que foi muito importante na minha carreira, sendo o meu primeiro álbum a ser indicado ao Grammy Latino. A gente amou fazer, e quis realizar algo diferente, porém, que trouxesse essa energia pós 'Pantanal', após uma série de shows que eu vinha fazendo desde a minha saída da novela, por volta da metade de 2022. Dois anos depois, durante esse tempo de estrada, de retomada dos shows, eu conversei com o Gaspar que eu queria continuar com essa leva de produção e lançar, single a single, e mais um álbum. Nós já tínhamos algumas gravações de músicas guardadas pra ele, e muitas pessoas pediram 'Cavalo Preto', por exemplo, que não tinha entrado no 'Erva Doce'”, relembra Gabriel.

Em 22 de março de 2024, nasceu o álbum, “FARÓIS DO SERTÃO”, a data escolhida foi em homenagem ao “Dia da Água”. Um CD com doze faixas. Nove temas autorais (sendo um tema instrumental) e 03 releituras de clássicos da música brasileira como “Você Vai Gostar” (a famosa “Casinha Branca” de Elpídio dos Santos), “Amanheceu Peguei a Viola” (de Renato Teixeira) e “Cavalo Preto” (de Anacleto Rosas Jr.), uma das músicas de maior sucesso no remake da novela Pantanal (TV Globo/2022), que Gabriel fez parte.

O músico e ator Gabriel Sater é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Tadeu Bara - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves

O projeto traz participações especiais de lendas da música brasileira como Renato Teixeira, Luiz Carlos Sá (da icônica dupla Sá & Guarabyra), Sérgio Reis e da multi talentosa Lucy Alves. O álbum passeia entre músicas do cancioneiro popular brasileiro a composições mais modernas (compostas com poetas da nova geração brasileira) que apresentam toda versatilidade e qualidade musical de Gabriel Sater que assina com João Gaspar a produção musical e arranjos das gravações. Os ritmos e estilos passeiam pelo Folk, Rock, MPB, Latino-americano, Caipira e Sertanejo Raiz.

“Queríamos fazer um álbum que tivesse mais banda, diferentemente do 'Erva Doce' que é mais calmo e minimalista. Fomos aos poucos, nos shows, gravando esse álbum que traz a participação especial de Renato Teixeira, uma nova versão de 'Quando For A Hora'. Ele é um álbum brasileiro, de Brasil profundo. Tem uma música guardada com a Lucy Alves há muitos anos e que quando ouvimos ela no estúdio, a Lucy chegou a se emocionar. Isso mostra que o nosso caminho estava certo. Em 'Faróis do Sertão', fizemos nessa leva da música 'Quatro Fases da Lua', durante as férias que eu e Gaspar fomos para Minas Gerais em um final de ano no interior, fomos para um hotel no meio do mato que mal tinha sinal de celular, com um céu maravilhoso, e lá, compusemos essa melodia. Depois, veio a 'Quatro Fases da Lua'. Está tudo interligado. E a felicidade desse álbum está relacionada a essas participações especiais que eu citei, tem um single que eu fiz com o Daniel Rondon também. Tem outra que guardamos para gravar com o Sérgio Reis, por conta do timbre de voz dele que tem tudo a ver com a música. Tudo traz uma atmosfera antiga de fronteira com músicas que representam muitos simbolismos pra mim”, relata o músico.

                  Gabriel ao lado do pai Almir Sater - Reprodução Instagram

O novo e 6º álbum da carreira musical de Gabriel Sater intitulado, “FARÓIS DO SERTÃO”, vai concorrer ao GRAMMY Latino 2024 que acontecerá em 14 de novembro em Miami na Flórida. É a 2ª indicação consecutiva do artista ao prêmio, já que em 2023 seu álbum “ERVA DOCE” foi indicado na mesma categoria.

Vencedor do 'Prêmio da Música Brasileira' no ano passado como Melhor Intérprete Canção Popular - Reprodução Internet

"Quando eu recebi a notícia da indicação do Grammy comecei a pular, gritar, chorar... Na primeira vez, eu também não sabia. Dessa vez, foi muito parecido. A gente não se acostuma nunca. Para gravar um vídeo, você imagina só, você faz as músicas, no meu caso, é tudo artesanal, então, eu faço as músicas, os arranjos... O Grammy, são anos de trabalho para você chegar na finalização de um álbum inteiro. Quando você se inscreve no Grammy, é uma seleção super difícil. Então, ao ser indicado duas vezes consecutivas, a emoção foi uma maior do que a outra, porque eu me emocionei da mesma maneira, mas eu sabia que um dia iria sair a indicação”, se emociona Gabriel que completa:  

“Na madrugada, eu já acordei ansioso e pensando: 'Eu sinto que esse álbum merecia'. Pela qualidade dele, modéstia parte falando. Então, ao ter essa resposta positiva do 'Faróis do Sertão', foi realmente emocionante. Hoje em dia, eu vivo intensamente só para os meus projetos e acabei não abrindo as minhas produções para outros trabalhos. O que eu quero dizer é que, além de tudo, se eu não tiver o fogo de querer muito fazer um projeto, eu nem faço. O João Gaspar, que é meu coprodutor e assina comigo a produção do 'Faróis do Sertão', tem outros projetos, mas, eu, em paralelo estou focado apenas nos meus trabalhos. E não é querer ser egocêntrico, se trata apenas do sonho de cada um. Quando chegamos nessa indicação, foi tanta lágrima que dava para encher um rio (risos)."

Gabriel ao lado do maestro João Carlos Martins - Reprodução Instagram 

Para a grande revelação do remake da novela Pantanal, sucesso de crítica e público, que também refletiu em uma grande parceria com o famoso e aclamado maestro João Carlos Martins, Gabriel também realizou shows ao lado dele e já já o sonho de estar ao lado dele vai trazer novos caminhos e mais projetos com um dos maiores maestros do país. “Foi a realização de um sonho, e logo logo vocês vão saber de mais novidades para 2025 com essa grande pessoa e profissional que eu tenho a honra de estar junto”, expõem o eterno Xeréu Trindade.

Sobre a expectativa do Grammy Latino 2024 Gabriel não esconde a ansiedade e a felicidade de estar lá novamente após tanto trabalho e dedicação ao lado de sua equipe. "Eu sonho em ganhar, claro! Mas ser indicado, já é uma vitória, porque ao fazer um álbum no futuro, você já tem esse respaldo. Ganhei o 'Prêmio da Música Brasileira' no ano passado como Melhor Intérprete Canção Popular, que foi outro sonho também. Uma premiação tão séria, de credibilidade e visibilidade em todo o mundo. Esses prêmios são todos sempre muito importantes. É muita emoção.", finaliza Gabriel.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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