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Capa B+: Especial Dia dos Pais: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Miguel Thiré

"Sempre pensei que seria pai. Laura é um presente, e o amor só cresce a cada dia".

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Ator, diretor e autor, Miguel Thiré está comemorando 32 anos de carreira assinando a direção e como um dos criadores do monólogo “O Figurante”, estrelado pelo também ator Mateus Solano de quem é parceiro e amigo dentro e fora dos palcos. O projeto (totalmente feito sem patrocínio), fica em cartaz no Teatro Fashion Mall, no Rio, de julho a novembro de 2024.

Radicado em Portugal desde 2016, o carioca atuou na TV local nas novelas “A impostora” e “Valor da Vida”, na TVI.  Por lá, também fez parte do elenco do longa “Submissão”, criou e estrelou os solos “Cidade Maravilhosa” e “Força Estranha”, e também trabalhou nos espetáculos “A Peça que dá para o Torto”, “O crédito” e “O regresso de Ricardo III”. 

Na pandemia (2020 a 2021), Miguel lotou um galpão de mil metros quadrados com a sua adaptação da experiência Imersiva “Alice, O Outro Lado da História”. Em seguida, assinou a montagem dos sucessos teatrais “Dois+Dois” e “Trair e Coçar é só começar” - sendo esta a primeira versão do sucesso que ficou 34 anos em cartaz nos palcos brasileiros. 

Em seu currículo ainda constam diversos trabalhos na TV brasileira, como as novelas “Porto dos Milagres” e “Em Família”, na TV Globo, “Paixões Proibidas”, na Band, e Poder Paralelo”, na Record. Ele ainda foi protagonista da série “Copa Hotel”, do GNT.

No cinema, o ator fez parte do elenco de projetos como “O Inventor de Sonhos”, de Ricardo Nawenberg, e “A Memória Que Me Contam”, de Lúcia Murat. Já no teatro, esteve em uma dezena de espetáculos, como tango, Bolero e Chá-chá-chá” e “A Babá” - ambos com direção de Bibi Ferreira - e encenou o monólogo “Pra Mim Chega”. 

Ao lado de Mateus Solano, estrelou entre 2016 e 2018 a peça “Selfie”, que teve temporadas de sucesso no Brasil, nos EUA e em Portugal.

Casado com a atriz luso-brasileira Gabriela Barros – vencedora do prêmio Globo de Ouro como Melhor Atriz de Ficção em 2022 por sua atuação na série portuguesa “Pôr do sol” -  o artista aguarda o lançamento do filme “Biscoito da Fortuna”. O projeto foi rodado em Portugal e conta também com nomes como Milhen Cortaz e Giselle Itié no elenco. 

Miguel é filho do também ator Cecil Thiré com a produtora de teatro Norma Pesce, irmão dos atores Luísa Thiré e Carlos Thiré e também do músico João Thiré, netos da atriz Tônia Carrero. Uma família de estrelas do qual teve influências positivas em sua escolha como ator e diretor.

Miguel Thiré é Capa exclusiva e especial de Dia dos Pais do Correio B+ desta semana. Em entrevista ao Caderno, ele fala sobre o seu primeiro Dia dos Pais, trabalhos e experiência morando em Lisboa há alguns anos.

O ator Miguel Thiré é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: João Pimentel - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves

CE - Miguel é o seu primeiro Dia dos Pais. Como tem sido a paternidade pra você nos últimos meses? Além de rotina, percebe alguma mudança em si desde que Laura nasceu?
MT -
 Olha, Tem sido uma deliciosa e desafiadora experiência. Laura é um presente, e o  amor só cresce a cada dia como diziam, pois a interação só faz crescer também. O desafio pra mim é administração de tempo entre a filha e o restante da vida.

Organizar o tempo sempre foi um desafio pra mim, e com as demandas de uma bebê vejo necessário reaprender a cada dia sobre onde empregar energia. Por exemplo, agora que acabei de estrear uma peça, "O Figurante" com Mateus Solano, na qual eu dirigi e também assinei conjuntamente o texto, foi mesmo muito desafiador fazer as duas coisas ao mesmo tempo, Laura e peça.

E digo só consegui fazer bem, porque Laura é uma menina que dorme, uma sorte! E também aqui em Lisboa não tenho o suporte da minha família, então ajuda de babá torna a vida ainda mais cara, o que faz com que o trabalho tenha que render ainda mais, é a nova ciranda da vida. Agora, ela nos últimos 5 dias começou a falar "papá" e só com isso já pagou a conta dela (hahahaha).

CE - Aliás, muitas mulheres já crescem com o desejo de ser mãe. E você, pensava em ser pai? Como a notícia chegou pra você?
MT -
 Sempre pensei que seria pai, mas nunca tive essa pressa, nem a certeza do momento certo. Eu acompanhei e "auxiliei" todo o processo do parto (foi natural com muito trabalho nosso, pois no momento ela demorou para encaixar e fizemos muito exercício). Me lembro bem que depois dela passar pelo colo da mãe e fazer os primeiros procedimentos como pesá-la, ela veio para o meu colo. Nesse momento não havia nada de estranho, meu colo parecia conhecê-la como seu eu já estivesse acostumado a ampará-la. Isso me impressionou. 

O ator é pai de Laura e marido da atriz Gabriela Barros - Divulgação

CE - Você é casado com a atriz luso-brasileira Gabriela Barros. Como tem sido pra um brasileiro educar e criar uma filha em Portugal, um país com outra cultura? E como tem sido tudo isso longe da sua família aqui?
MT -
Acho que a distância da família criou é um grande desafio. O conjunto familiar ajuda a educar e cuidar. Quanto as diferenças culturais, acho que existe tantos desafios quanto eu teria se fosse no Rio. Qual ideologia de ensino se encaixa melhor conosco? Que tipo de influências ela terá? Serão sempre os desafios em todos os lugares.

Agora, existem vários outros fatores nessa equação, bons e maus. Um bom é a qualidade de vida e alguns suportes governamentais que Portugal dá mais que o Brasil, por exemplo, não pagar creche até os três anos, outra é que a parte brasileira da cultura dela, com a festa o maior calor nas relações, a espontaneidade, tudo isso vai ficar para as poucas visitas que espero que aconteçam sempre. Uma coisa que ajuda muito é que a família da Gabi tem muita relação com o Brasil. O pai dela é brasileiro, todos já moraram no Brasil em algum momento...

CE - Como pai de uma menina num mundo moderno, já pensa em como educá-la a respeito de assuntos como machismo, feminismo, preconceitos, etc?
MT -
 Claro que penso. Não só em educá-la, mas em constantemente em me reeducar. Acho que é esse o pensamento mais importante, estar sempre aberto a atualizar cada uma das nossas certezas. Já imagino o quanto ela vai me reeducar também pois as novas gerações são o novo. E precisamos do novo.

CE - Falando em paternidade, ser filho de Cécil Thiré, neto de Tônia Carrero e ter uma família toda super renomada na arte... Entrar para o mundo artístico foi uma escolha natural sua ou alguma pressão pra seguir os passos deles? Já pensou no que faria se não fosse artista?
MT -
 Nunca ouve nenhuma pressão. Havia proximidade e amor pelo que faziam, e isso seduz. Eu acho que se não fosse ator/diretor eu iria trabalhar em algo criativo. Ciências, matemáticas ou químicas, nunca conversaram comigo. 

             Miguel e Laura - Divulgação

CE - Falando em filhos, seu novo "filho" profissional é o monólogo “O figurante”, com Mateus Solano, que está em cartaz no Rio de Janeiro até novembro e onde você é o diretor e um dos autores do texto. Como é fazer um trabalho em que você tem múltiplas funções?
MT -
Pois é. É sempre desafiador. E ao mesmo tempo é o que mais gosto de fazer. Dar molde para um trabalho de raiz, é mesmo uma paixão pois é mesmo moldar o que queremos falar. Agora, como toda a paixão me faz amar e sofrer ao mesmo tempo. A busca pela perfeição esbarra nas realidades da vida e em meio a esse duelo eu vou sobrevivendo.

CE - No Brasil parece ainda haver um certo estranhamento do público e do mercado artístico quando alguém passa a fazer várias funções além de atuar. Como tem sido pra você essa experiência? Vamos ver um monólogo seu também dirigido e escrito por você?
MT - 
Não sei se noto esse estranhamento em particular, e no meu caso venho fazendo esse trabalho de criador em paralelo à trabalhar somente como ator desde os meus 23 anos, no entanto já estou costumado. Eu, inclusive, cheguei em Lisboa tendo na bagagem um monólogo chamado "CidadeMmaravilhosa" no qual eu estava em cena e também assinava criação junto da equipe, do mesmo modo que Mateus participa desse - "O Figurante". Fazer "Cidade Maravilhosa" em Lisboa me abriu muitas portas.

CE - Você tem um “casamento” com Mateus Solano de 25 anos. Como é essa relação pessoal e profissional de vocês?
MT -
 Eu e Mateus somos como irmãos no palco e fora dele. Muitos trabalhos e muitas histórias. Nós parecemos nos complementar de uma maneira curiosa em cena e agora nessa dinâmica de diretor ator também. Quando discutimos e temos opiniões opostas acho que nossos egos dançam uma dança respeitosa entre si, e saímos sempre fortalecidos com descobertas, além do carinho,  respeito e admiração naturais estão sempre presentes. 

Mateus e Miguel - Divulgação

CE - Você já se sentiu figurante em algum momento da vida pessoal e profissional?
MT -
 Já. E acho natural. Falar desse sentimento é muito importante inclusive em um mundo em que cada vez mais nos cobra ser importantes, felizes, famosos, influenciadores e uma série de outras coisas. Querer ver o lugar que se ocupa reconhecido é humano. ao mesmo tempo a noção de que fazemos parte de um todo e que somos todos figurantes de alguém é também uma perspectiva que nos faz pensar, pra dizer o mínimo.

CE - Você tem mais de 30 anos de carreira. Olhando pra sua trajetória, teria feito algo diferente? E o que Miguel Thiré ainda não fez, mas que está nos planos?
MT -
 Teria investido mais em estudo com a cabeça mais jovem. Ferramentas como o canto, habilidades com línguas e coisas assim. Sonhos eu tenho alguns e nenhum que me norteie. Na verdade, um conceito, viver bem de retorno de bilheteria; saber que estou conseguindo pagar bem as minhas contas com dinheiro direto que as pessoas desprenderam para assistir algo do qual fiz parte. Reconheço a importância que existe no anunciante, no mecenas, no governo que apoia através de um edital. No entanto sonho em crescer mais e mais em vender ingresso autonomamente.

                     Miguel e o pai Cecil Thiré - Divulgação

CE - Morando e trabalhando fora há oito anos, do que mais sente falta do Brasil? E o que já "pegou" dos portugueses?  
MT -
 Sinto falta das casas de sucos a cada esquina, da mata atlântica e da festa que é o Brasil. SINTO FALTA DO CARNAVAL. Gosto do que Lisboa me proporciona como cidade, cultura, praia, comida. Já me sinto mais acostumado ao ritmo calmo e menos caótico de Lisboa, e quando vou ao Rio é uma espécie de caos e delícia que já não identifico como casa, mas que preciso de tempos em tempos pois me alimenta.
Sempre fui de amar o carnaval, mas só naqueles 5 dias. Dentro deles eu vivia tudo e era impossível abrir mão, chegava a negar trabalho se não respeitasse o carnaval, mas depois dos 5 dias já estava bom. São assim minhas passagens pelo Brasil hoje.

CE - Depois da estreia de “O Figurante”, já faz planos para novos projetos?
MT -
 Projetos são muitos. Estrear duas novas peças em Lisboa até janeiro, mas que ainda é cedo pra falar. E estou em conversa com uma parceria brasileira para desenvolver um formato de teatro de improviso, com o qual venho trabalhando nos últimos tempos. Como são criações, somente na hora certa posso revelar títulos e assim. Até lá , muita labuta e cuidar de Laurinha. Ah, mas o Carnaval....... que saudade...

Miguel para revista GQ - Reprodução

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Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

"Hoje meus melhores papéis são como pai, a paternidade mudou a minha forma de agir no mundo, estar em cena executando o dom que Deus me deu, ou no palco cantando, três paixões que são as missões da minha trajetória".

21/12/2025 15h30

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita Foto: Divulgação

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O ator Bernanrdo Mesquita está completando 19 anos de carreira, e esta semana estreou como Caio Velanova na primeira novela vertical original do TikTok, gravada em São Paulo.

Bernardo vive a melhor fase de sua carreira, além de ser um pai exemplar que encanta nas redes sociais com tanto amor ao filho, e após passar o ano no ar como Arcanjo Miguel, em A Vida de Jó, na TV Record, ele topou o desafio de gravar sua primeira novela vertical original do TikTok, foram apenas 10 dias de gravação em São Paulo.

Com 80 episódios de 1 minuto, a produção traz uma narrativa ágil e divertida, reunindo Ana Beatriz Tavares, Lucas Moura, Raissa Shaddad, Ariel Moche e Lilian Blanc no elenco. “Esse convite surgiu através do Eduardo Pradela, que é um produtor de elenco bem renomado, junto com a diretora Yana Sardenberg, das maiores diretoras do mercado hoje, da nova geração. Fiquei super feliz, um formato totalmente diferente”, conta Bernardo.

Na trama, ele interpreta Caio Velanova, dono de uma empresa de joias, que precisa de uma esposa de aluguel para enganar o avô e convencê-lo de que vai se casar. “A história se desenrola com Caio pedindo a esposa de aluguel, que é a Isadora Sereno, personagem da Ana Beatriz Tavares. Ela também está precisando de dinheiro para pagar o hospital da avó. É bem divertido, e o público vai ter que acompanhar no TikTok”, explica o ator.

A experiência também foi marcante de ser dirigido por Yana.  “A Yana Sardenberg dirigiu muito bem, toda equipe de câmeras, direção de luz, fotografia, o elenco maravilhoso… foi incrível trabalhar com todos”, destaca.

Carioca e torcedor do Flamengo, Bernardo sempre foi comunicativo, mas a timidez marcou sua infância. Para superá-la, buscou cursos de interpretação e descobriu sua paixão pelo teatro na Casa da Gávea. Aperfeiçoou-se no Tablado e na CAL (Casa de Artes Laranjeiras), enquanto conquistava espaço em campanhas publicitárias, testes para teatro, musicais e novelas.

Seu primeiro grande papel na TV veio em 2007, como Adalberto Rangel na novela Duas Caras (Globo). Desde então, colecionou personagens marcantes, como Fred em Malhação (2011) e Micáias em O Rico e o Lázaro (2017), além de ter sido príncipe do filme Xuxa em O Fantástico Mistério de Feiurinha.

Além da televisão, Bernardo é apaixonado pelo teatro e participou de diversas peças e musicais, relembra com amor do musical  Uma Luz Cor de Luar, que atuou ao lado de Totia Meireles e Claudia Ohana, das maiores atrizes do país com direcao de Thiago Gimenes e Keila Fuke.

A paternidade, diz ele, foi uma transformação ainda maior. Pai de Bento, de 6 anos, Bernardo afirma: “Ser pai mudou a minha vida. Ser pai é acordar todos os dias sabendo que você é responsável por um ser humano. Tento sempre me tornar um ser humano melhor para que meu filho veja isso. Ele realmente transformou minha vida para melhor. Sempre.”

Bernardo é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ele fala sobre sua trajetória, estreia e o significado da paternidade.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - Como surgiu o convite para estrelar a primeira novela vertical original do TikTok e qual foi sua reação inicial ao ser apresentado a esse formato totalmente novo?
BM - 
A diretora , Yana Sademberg, que é a diretora do projeto, junto com o produtor de elenco Eduardo Pradela, me chamaram. Fiquei honrado. Já tínhamos feito alguns trabalhos juntos, e quando eles me chamaram explicando que seria a primeira novela vertical do TikTok. O processo foi intenso (gravamos 80 episódios), mas foi uma experiência linda, muito bacana de viver.

CE - Atuar em um formato tão inovador, com episódios de apenas 1 minuto te desafiou como ator?
BM -
 A correria foi o maior desafio. Gravamos 80 episódios em apenas 10 dias. Mas o segredo está no roteiro - cada minuto tem uma sacada que prende o espectador e faz a história avançar de forma natural. Mesmo com pouco tempo, a narrativa é envolvente, e isso ajuda muito no trabalho do ator.

CE - Você mencionou que acredita que esse formato “é o futuro”. Novelas verticais, filmes e series nos streamings como você vê esse novo mercado?
BM -
 Acho que esse é o futuro. Claro que o streaming e as novelas tradicionais não vão acabar, mas o formato vertical vai ganhar um espaço importante. É algo que traz mais oportunidades pra nós, atores. Acho superinteressante ver essa nova forma de contar histórias se consolidando.

CE - Ao mesmo tempo que estreia nessa semana na novela do TikTok, você estava  no ar como o Arcanjo Miguel em A Vida de Jó na Record como foi esse duplo processo?
BM - 
Foi novo pra mim, nunca tinha feito dois projetos ao mesmo tempo. Então o meu processo é me esvaziar totalmente de um personagem antes de entrar no outro. Tento deixar a composição anterior de lado pra começar do zero. Tem dado super certo, e estou animado pra ver o resultado nas telas.

CE - Você tem um quadro no seu instagram que você conversa com Deus, que viraliza, país todo republica e bate milhões de views, um galã falando de fé, qual sua relação com Deus?
BM - 
É o meu jeito de falar com Deus sem tocar em religião. Acho importante acordar e rezar, orar do seu jeito, independente da crença. O que importa é alimentar a espiritualidade. Sempre aprendi que, se você não cuida da sua fé, a matéria não funciona. Hoje eu sei disso, na prática. A fé me equilibra, me ancora e me lembra de quem eu sou.”

CE - Como surgiu o teatro na sua vida? Quando  confirmou que a atuação era seu caminho?
BM -
 Ainda adolescente, ja sabia que queria isso.  O teatro só potencializou o que eu já sentia dentro de mim. Eu era super tímido, e ele me ajudou a ficar mais desenvolto em tudo - na vida pessoal, na forma de me comunicar. É onde me sinto completo, meu dom, e uma permissão divina completar 19 anos desse oficio. Me formei na Casa da Gávea, no Tablado e na CAL .

CE - Como você sente que evoluiu como ator ao longo desses 19 anos?
BM
- Eu evoluí muito. A experiência e a maturidade fizeram toda a diferença, tanto profissional quanto pessoalmente. Depois que me tornei pai, senti ainda mais essa transformação. Me trouxe uma nova visão de mundo e acabou refletindo no meu trabalho também.

CE - De galã da Malhação até príncipe da Xuxa, hoje protagonista de uma novela vertical,  existe um tipo de personagem ou gênero que você ainda sonha em explorar?
BM
- Todos meus personagens até hoje foram mocinhos: príncipes, galas, bons moços… Tenho muita vontade de fazer um grande vilão. Uma produção nos streamings, no cinema.

CE - E seus seguidores ficam encantados em sua relação com seu filho, como chegou a paternidade para voce ainda tao jovem?
BM -
Meu filho é a luz da minha vida. Ele veio num momento complicado, mas transformador. Hoje, quero ser uma pessoa melhor a cada dia, para que isso também seja transformador na vida dele. Depois que o Bento nasceu, tudo mudou. A minha forma de ver o trabalho, as relações, a fé… Ele me trouxe uma noção muito forte de propósito.”

CE - Projetos 2026 para nos contar?
BM
- Que venham novos personagens, novos amores, muito trabalho e um sonho de protagonizar um grande musical da Broadway, cantar é um dos meus oficios, concilio com a atuação e no palco me sinto completo.

Capa da semana B+: Entrevista exclusiva com o ator Bernardo Mesquita O ator Bernando Mesquita é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Felipe Quintini - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

 

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Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Sob a regência do Seis de Copas, a semana convida à celebração das memórias, dos afetos e dos reencontros que aquecem o coração. Permita-se viver esse clima de carinho e nostalgia. Boas Festas!

21/12/2025 14h00

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração Foto: Divulgação

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Esta é, sem dúvida, a época perfeita do ano para a energia do Seis de Copas. Vivemos o clima das festas de fim de ano, quando família e amigos se reúnem e as memórias ganham um brilho especial. Ancorada na harmonia e no equilíbrio do número seis e na sensibilidade emocional do naipe de Copas, essa carta é tradicionalmente vista como positiva e acolhedora.

O Seis de Copas fala sobre revisitar o passado com carinho, mergulhar na nostalgia e, sobretudo, estar presente para o outro. Afinal de contas, o que realmente importa na vida são os laços que construímos com amigos e família. Não se trata de bens ou posses, mas de criar boas memórias e ter consciência de como escolhemos viver e compartilhar nosso tempo.

Quando penso em lembranças marcantes das festas de fim de ano, é difícil escolher apenas uma. O que permanece mais vivo na memória não são os presentes, mas a alegria genuína de compartilhar nosso tempo e estarmos todos juntos em família nessas datas tão especiais.

O Seis de Copas nos convida a olhar para trás e recordar aquilo que verdadeiramente nos fez felizes. Muitas vezes, ao revisitar o passado, é comum fixarmo-nos apenas nos momentos difíceis... aqueles que, não raro, renderiam longas sessões de terapia. No entanto, quando observamos nossa história como um todo, percebemos que, ao lado dos desafios, também existiram fases de alegria, leveza e esperança no futuro.

O Seis de Copas celebra a bondade, a generosidade e a simplicidade do afeto. Ele nos convida a valorizar o que realmente importa: o amor, a partilha e os gestos gentis que dão sentido à vida. Sua lição é clara: viver com mais delicadeza transforma não só a nós, mas também quem está ao nosso redor.

Em um plano mais profundo, essa carta fala de enraizamento e pertencimento. Evoca família, ancestralidade e a consciência de onde viemos, convidando-nos a refletir sobre como essas raízes moldam quem somos hoje. Seja em um lugar, em uma tradição ou em uma linhagem, o Seis de Copas nos chama a reconhecer e honrar aquilo que nos sustenta.

Na imagem do Seis de Copas, as crianças representam uma memória afetiva feliz. A menina recebe flores, símbolo de beleza, afeto e prazer simples. Jardins e flores evocam para ela sentimentos de acolhimento e contentamento; são a expressão de um sonho de futuro que nasce justamente dessa lembrança: uma casa, um quintal, um jardim onde a vida possa florescer. As crianças brincam em um espaço protegido, cercadas por segurança. Ao fundo, um guarda vigia silenciosamente, assegurando que nada interrompa esse momento de inocência. Um grande escudo reforça essa sensação de proteção.

Tudo nessa cena indica que as necessidades básicas estão plenamente atendidas. Por isso, essas crianças podem ser criativas, rir, crescer e confiar na vida. As flores que brotam dos vasos mostram que tudo prospera em um ambiente de cuidado e segurança. Elas encaram o futuro com otimismo, acreditando que ele pode ser tão feliz quanto o presente.

Quando nossas necessidades essenciais — abrigo, alimentação, segurança — estão supridas, tornamo-nos capazes de prosperar emocionalmente. É nesse espaço que a autoestima se desenvolve e que podemos voltar a olhar para os sonhos e desejos que cultivávamos na juventude. Na vida adulta, nossa principal responsabilidade é garantir essa base. A partir dela, torna-se possível direcionar energia para aquilo que realmente nos traz realização..

Muitas pessoas, porém, se perdem nesse processo. Mesmo depois de atender às próprias necessidades, continuam presas à busca incessante por mais segurança, mais dinheiro, mais controle. Não conseguem se desligar do trabalho, nem encontrar espaço para o prazer simples de uma tarde livre. Aos poucos, passam a se identificar mais com a segurança material do que com a criança que brinca no jardim. A criança interior é esquecida e, com ela, suas esperanças e desejos mais genuínos.

Se hoje você já construiu uma base segura, o Seis de Copas convida a um retorno essencial: revisitar as partes esquecidas de si mesmo. Seus sonhos ainda podem florescer, mas antes é preciso lembrar que eles existem. Revisite os momentos mais felizes da sua vida e observe as pistas que eles oferecem sobre o futuro que você deseja criar.

Conhecida como a carta da nostalgia, ela encontra ressonância perfeita no Natal e nas festas de fim de ano. Não por acaso, rege esta semana. Nesse período, é quase impossível não ser tocado por memórias afetivas evocadas por músicas, aromas, sabores e sensações que permeiam as celebrações entre familiares e amigos.

Essa carta frequentemente fala da nossa ligação com a família, os avós e até com os ancestrais. Ela nos convida a refletir sobre o lugar de onde viemos e sobre a relação que mantemos com essa origem hoje.

Preservamos e honramos nossas raízes nos gestos simples que atravessam o tempo: ao repetir a receita de rabanada que passa de geração em geração, ao folhear fotos antigas que guardam histórias de quem veio antes, ao montar a mesma decoração de Natal que sempre ocupou um lugar especial na casa. São rituais aparentemente pequenos, mas carregados de afeto, que mantêm viva a memória, fortalecem o sentimento de pertencimento e nos lembram de quem somos e de onde viemos.

O Seis de Copas também fala de cura por meio da lembrança. Revisitar o passado não significa ficar preso a ele, mas sim resgatar o que houve de verdadeiro, afetuoso e essencial. Sua vibração é gentil e restauradora, lembrando-nos de que conforto, ternura e familiaridade podem ser guias preciosos enquanto seguimos adiante.

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Não é de se espantar que, ao vivenciarmos a energia deste arcano, situações e pessoas do passado queiram retornar. Pode ser uma relação antiga, um reencontro inesperado ou a reaproximação de alguém de quem você estava afastado há algum tempo: amigos da escola, da infância ou antigos colegas de trabalho com quem havia afinidade. O Seis de Copas é a carta dos reencontros e das reconciliações, mas também do resgate de atividades, interesses ou até caminhos profissionais que um dia trouxeram alegria.

E você, de que forma a energia do Seis de Copas tem se manifestado na sua vida ultimamente?

Seis de Copas no Amor

Novo relacionamento

Há uma sensação imediata de familiaridade, como se vocês já se conhecessem há muito tempo. A conexão flui com naturalidade, marcada por afinidade emocional, memórias semelhantes ou até uma impressão de laço de outras vidas.

Parceria de longo prazo

Esta carta convida a resgatar momentos felizes do passado. Se o entusiasmo diminuiu, revisitar lugares ou experiências marcantes pode reacender a conexão.

Em busca de romance

Para quem está solteiro, o Seis de Copas alerta para apegos ao passado que podem estar bloqueando o novo. Quando um amor antigo ainda ocupa espaço no coração, torna-se difícil acolher alguém diferente. Talvez seja o momento de liberar esse vínculo e abrir-se ao que vem.

Seis de Copas no trabalho

No trabalho, o Seis de Copas pode indicar o retorno de oportunidades do passado, como um convite para colaborar novamente com antigos colegas, voltar a uma área em que você já foi feliz ou resgatar talentos e habilidades que haviam sido deixados de lado. Também sugere um ambiente profissional mais harmonioso, baseado na confiança, no apoio mútuo e em relações construídas ao longo do tempo. Em alguns casos, aponta para a valorização da experiência adquirida e para a sensação de “estar em casa” no que se faz.

Seis de Copas nas finanças

Nas finanças, o Seis de Copas fala de estabilidade ligada à simplicidade e ao uso consciente dos recursos. Pode representar ajuda financeira vinda de alguém do passado, um investimento que começa a dar retorno ou escolhas baseadas em valores afetivos, e não apenas materiais. Essa carta lembra que segurança também vem do equilíbrio e da gratidão, incentivando uma relação mais saudável e generosa com o dinheiro.

Nosso passado é parte do nosso legado, e a energia do Seis de Copas o envolve como flores que desabrocham na brisa da primavera. A vida se abre agora em oportunidades de crescimento e expansão, convidando você a revisitar capítulos antigos como quem relê um livro querido — não para permanecer ali, mas para compreender o quanto já floresceu. E, às vésperas do Ano Novo, fica a pergunta essencial: que novo capítulo você está pronto para escrever no livro da sua vida?

Há dias em que o coração desperta voltado para o que foi simples, verdadeiro e afetuoso. Talvez seja exatamente isso que Clarice Lispector traduziu tão bem ao dizer: “Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.” Que essa nostalgia seja um convite para viver, no agora, aquilo que já fez a sua alma sorrir.

Uma ótima semana, boas festas e muita luz!

Ana Cristina Paixão

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